jun 20th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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45
Quando falamos de teorias falamos que ela estuda ruído em processos.
Um processo visa a resolver um dado problema da espécie e o ruído é um fator que causa instabilidade, pois começa a reduzir a eficácia do dado processo.
Neste momento começamos a ter o efeito da necessidade de melhorar o processo. Criamos uma latência por mudanças e começamos a analisar diferentes forças de mudança:

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jun 20th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Primeira abordagem.
Uma teoria é algo que fica entre as Intuições e as Decisões, a partir de um dado problema.

Muitos acreditam que as teorias cortam as intuições, mas, ao contrário, uma teoria eficaz sofistica as intuições e decisões fazendo com que sejam mais efetivas.
Uma teoria vem para reduzir a taxa de achismo de das emoções primárias, procurando estudar as forças em movimento para compreender de forma mais racional um dado problema. Refletir sobre ele para sofisticar as intuições e tomar decisões mais eficazes.

O foco da teoria é, portanto, tentar enxergar melhor um dado problema, que está criando algum ruído em uma dado processo.
- Um processo é uma ação humana para resolver um dado problema da espécie;
- Um ruído é quando esse processo tem algum tipo de problema que está aumentando a taxa de sofrimento;
- A hipótese teórica vai defender identificar o problema (processo + ruído) e propor uma solução mais eficaz.

Uma teoria precisa:
- – analisar o dado problema (processo + ruído);
- – compreender as forças de conservação e mudança que atuam nele para gerar o ruído;
- – e sugerir mudanças na forma de pensar e/ou agir para que ele saia de “a” para “b”.
- – a mudança de forma de pensar resultará em prognósticos diferentes;
- – a mudança de forma de agir resultará em resultados diferentes.
Diante das forças é preciso analisar as primárias, secundárias, terciárias para que se possa colocar um peso em cada uma delas.

Uma teoria aponta, ao final, o que se espera de resultados, seja na forma de pensar ou agir.
Os resultados esperados são o “teste necessário” para comprovar no que a teoria precisa de ajuste.
É isso, que dizes?
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jun 20th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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O que é sempre vamos ter na espécie, alterando apenas as mídias, com taxas maiores ou menores?

O que seria estruturante?
- 1- A sobrevivência e seu espelho invertido:
- A reprodução/infertilidade;
- Produção/Falta de produção;
- 2 – Sofisticações da existência:
- Reconhecimento/Invisibilidade;
- Amor/Desamor;
- Significado/falta de significado.
- 3 – Consequências dos itens de cima:
- Sofrimento/felicidade;
- Injustiça/Justiça;
- Ilusões/Desilusões.
Tudo que é 01 – é imutável, pois sem isso a espécie não vive;
O que há é um modelo mais ou menos eficaz dessa sobrevivência.
Que gera:
Mais ou menos o que está em 2.
Que gera:
Mais ou menos o que está em 3,
No individual e no coletivo.
Podemos dizer que temos:
Fatores estruturantes e importantes, que geram redução ou amento de sentimentos diversos.
Uma teoria social sempre começa de 01 e entende que 02 e 03 variam conforme vários fatores, mas nunca chegam a propor zero.
É isso, que dizes?
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jun 20th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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A) isolar a força disruptiva principal, procurando identificar seu DNA;

B) ir no passado para saber como agiu;
C) voltar ao presente para fazer projeções e, só então, agir.
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jun 19th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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São teorias que trabalham com períodos de tempo mais longos.
São iguais às outras, mas com um cenário maior.
Suas previsões ajudam na estratégia de longo prazo, o que acaba balizando decisões de curto e médio.
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jun 19th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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O modelo que estamos acostumados em todos os ambientes, incluindo na política, é criar afinidades afetivas dentro de um determinado campo.

Isso faz sentido em um mundo em que as ideias estavam mais ou menos consolidadas.
Num mundo novo, no qual temos novas ideias em formação, diria um Modelo Mental emergente, que passa a revisar tudo, precisamos nos acostumar a trabalhar com adesão por conceitos.
É preciso definir algumas linhas de ação:
- – ética – por que você está propondo mudanças?
- – estratégia – para onde?
- – tática – como?
Isso precisa ser definido de forma clara e ser apresentado para quem tenha interesse em aderir.
Vai haver uma afinidade conceitual em torno de ideias.

Cito sempre o exemplo da energia solar.
Quem vende produtos dessa linha, geralmente, é conceitual.
Quem quer aderir, que venha, quem não quer, que compre nos outros.
É isso, que dizes?
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jun 19th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Todo o material da semana reunido em um só lugar. Aqui! Favor comentar todos os vídeos e textos, exceto o principal, nos comentários abaixo, sempre cite sobre qual vídeo, texto, ou assunto está comentando!
Vídeo principal da semana:
Formulário de avaliação do Vídeo Principal:
https://docs.google.com/forms/d/1dzCLMVS8AVKo1PiEuLf2p_P7Ruh51O32h5AnZWfqmMQ/viewform?usp=send_form
Repostas dos sócios para o formulário do vídeo principal: Vídeos complementares:
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1eH62EW8prEoGVbF4wFV6Xx1grt88PVZj2xKqSx1AGLE/edit?usp=sharing
Vídeos complementares:
01:
02:
03:
04
Nepô, fiquei curioso em saber o que tem hoje na suas bancadas filosofia, teoria e metodologia ?
05
Vocês acreditam que no futuro próximo teremos menos líderes e, em substituição, mais meritocracia ?
06
Nepô, Achei interessante o exemplo do Elvis/John, outro caso bacana penso ser o do Freud/Jung. Mas no seu caso Nepo/Levy, em que pontos você desgarrou do Levy. McLuham teve algo a ver com isso
Textos complementares:
http://nepo.com.br/category/2014-ebooks/antropologia-cognitiva-2014-ebooks/conceituacoes/estruturantes/como-produzimos-cultura/
http://nepo.com.br/2014/06/24/taxas-de-participacao/
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jun 19th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Podemos dizer que a evolução humana é marcada por três fases:
- – a oral, que inclui a etapa da proto-linguagem, antes das palavras;
- – a escrita, que vai até 1940, com a chegada do computador;
- – e a digital, que vem até os dias de hoje.

Se somos Homo Sapiens, aquela espécie, “homo”, que “sabe”.
(Cabe aqui um estudo mais aprofundado das diversas comparações entre os outros homos.)
O saber é assim o que caracteriza o homos.
E o nosso cérebro é apoiado por ferramenta de saberes diferentes, o que pode adjetivar a espécie em três:
- O Homo Sapiens Oral – aquele que usa apenas as ferramentas orais para saber;
- O Homo Sapiens Escrito – aquele que usa apenas as ferramentas escritas para saber;
- O Homo Sapiens Digital – aquele que usa por enquanto as ferramentas digitais para saber.
(É interessante observar que coloquei o apenas, pois quem escreve não deixa de falar ou de usar o computador: é um somatório.)
Ao analisarmos o Homo Sapiens Digital podemos dizer que ele tem algumas etapas na sua evolução: (Entenda evolução como caminhar e não progresso, melhoria, avanço moral.)
- Homo Sapiens Digital Primitiva – até a chegada da Internet;
- Homo Sapiens Digital Contemporânea – aquele que já se utiliza do Digital em uma ampla rede de trocas.
O Homo Sapiens Digital Contemporâneo tem como possibilidades presentes e futuras:
- – capacidade de lidar, através do novo Ambiente Cognitivo, com mais facilidade com problemas muito mais complexos;
- – capacidade de recriar códigos genéticos, podendo criar novas espécies, incluindo mais inteligentes do que outras e talvez do que ele mesmo;
- capacidade de recriar o Modelo Mental atual, seu Ambiente de Pensamento e, por sua vez, rever o Modelo Operacional de toda a sociedade;
- capacidade de observação e compreensão do universo que nos cerca de forma muito mais abrangente.
É isso, que dizes?
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jun 18th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Um caso clássico de erro é o da Sociedade do Conhecimento:
(Se identificou o sintoma – aumento de produtos intangíveis;
E resolver achar que ele era a força e não a chegada do computador, que nos levaria à sociedade digital, que pede ações de restauração, metodologias, completamente diferentes.)
Podemos dizer que um sintoma, assim, é uma força que precisa se conhecida.

Existem forças, assim:
- Que são primárias – que exercem maior influência no processo disruptivo;
- Que são secundárias – que exercem menor força no processo disruptivo;
- Que são terciárias – que são impactadas pelas outras forças.
As forças primárias, geralmente, são provocadoras das forças secundárias. Ou seja, a força primária é Causa e as secundárias consequências.
Nos meus estudos da Revolução Cognitiva, eu diagnostiquei:
- Causa primária – aumento demográfico;
- Causa secundária – pressão sobre setor produtivo e aumento radical da taxa de inovação;
- Causa terciária – surgimento de Tecnologias Cognitivas Disruptivas, que permitam gerar a radicalização da inovação e da produção;
- Causas quartenárias– mudanças na Plástica Cerebral, Modelo Mental, Cultura e Organizações que viabilizem a mudança que o aumento demográfico demanda.
Assim, quando vejo que a sociedade está em crise hoje, gerando anomalias de todo os tipos, vou procurar que força pode estar criando fortemente essa anomalia, que é a FORÇA PRINCIPAL, primária.
Vou encontrar o salto demográfico de 1 para 7 bilhões.
O resto é consequência desse força, que gera um problema de logística enorme em muito pouco o tempo, pressionado o setor produtivo a fazer cada vez mais com menos em curto espaço de tempo.
E aí analiso que para fazer isso, é preciso acelerar a implantação, através de ações de restauração que é o estímulo da disseminação das novas Tecnologias Cognitivas Disruptivas, que são os agentes de mudança.
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, Epistemologia, Filosofia Tecno-Cognitiva, Lidando com crises | No Comments »
jun 18th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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- Quando temos escassez, tendemos a ter teorias dogmáticas, com poucas informações;
- Quando temos abundância, tendemos a ter muitas informações, mas sem teorias.

Procure na escassez não ficar dogmático, mesmo com poucas informações.
E na abundância ter uma teoria não dogmática para poder lidar com o volume maior de informações.
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, Epistemologia, Filosofia Tecno-Cognitiva, Filtros de informação | No Comments »
jun 18th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Este áudio aqui eu começo essa discussão:
Hoje, estamos perdidos, pois temos muita informação e nos falta um guia para organizá-la.
Há uma crise do Ambiente de Pensamento Analógico, Se quiser saber ver mais aqui.
E a minha recomendação é:
Escolha um autor, que tenha uma teoria consistente, que esteja afinada já com o novo Ambiente de Pensamento Digital.
Se aprofunde nele, mas não com a intenção de segui-lo, mas de superá-lo.
De colocar a sua diversidade em cima do que ele trabalha.

Muitos dirão que poderão fazer isso com vários.
Sim, é possível, mas mais difícil.
Conhecer profundamente um autor é praticamente conhecer uma escola de pensamento que ele representa.
Obviamente, que existem autores e autores.
O eficaz é aquele que nos ajuda a dar um salto de visão sobre o problema que estamos reduzindo sofrimento na sociedade.
Ir fundo nas ideias dele será um salto quântico para que possa começar a ordenar as informações que chegam colocando-as em ordem de relevância.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, Epistemologia, Filosofia Tecno-Cognitiva, Filtros de informação | No Comments »
jun 18th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Podemos dizer que vivemos uma crise do atual Ambiente de Pensamento Analógico:

- Quando temos escassez de canais de informação, você tende a criar teorias mais consolidadas, pois há pouca capacidade de serem questionadas.
- Há uma baixa inovação do Ambiente de Pensamento da sociedade.
- Há uma baixa taxa de inovação, forte controle.
- O Ambiente de Pensamento tende a um certo dogmatismo, a consolidação.
- Quando temos uma Revolução Cognitiva passamos da escassez de canais à abundância.
- O antigo Ambiente de Pensamento começa a ficar obsoleto, pois temos uma quebra de Paradigma de Pensamento.
- E novas teorias precisam ser criadas.
- Os dados começam a sair de todos os lados, questionando o antigo Ambiente de Pensamento.
- Há uma crise profunda do Ambiente de Pensamento que não consegue explicar novos fenômenos, pois eram Teorias produzidas por uma dada realidade objetiva e subjetiva.
- Há fatos novos e um novo Ambiente de Pensamento produzindo Teorias completamente diferentes.
Surgem os Pensadores para criar o novo Ambiente de Pensamento emergente, que vai moldar as organizações futuras.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Ambientes de Pensamento, Antropologia Cognitiva, Como produzimos Cultura?, Conceituações, Estruturantes | 2 Comments »
jun 18th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Vou avançando com o conceito, como vemos abaixo, que melhora a figura do outro post.

Note que eu coloco uma divisão no Modelo Mental, pois:
- Há algo que vem da Plástica Cerebral que é um input de dentro para fora. É o cérebro emitindo novos sinais.
- E há algo que vem da Cultura que é um input de fora para dentro. É a cultura tentando compreender estes novos sinais.
Se destacarmos este lado consciente, como sugiro na figura abaixo:

Há uma relação entre o lado consciente do Modelo Mental que vai tentar compreender os novos inputs que chegam. Este papel cabe pela ordem:
- – aos filósofos;
- – aos teóricos;
- – e depois aos metodológicos.
Veja como podemos expressar:

Note que há pensadores e agentes de mudança que se conscientizam de determinadas atividades do novo Modelo Mental, já estão inseridos nele, com mudanças na nova Plástica Cerebral e passam a produzir Filosofias, Teorias e Metodologias.
Iniciando um processo de criação e disseminação da nova Cultural, que é resultado de um Modelo Mental emergente. E passam a trocar a nova visão com as organizações.
Assim, não será o Modelo Mental Consciente “puro” que vai alterar a sociedade e a cultura, mas a interpretação das intuições do Modelo Mental Inconsciente, que precisarão entrar em um “código” compreensível, através do uso das ferramentas de pensamento que temos hoje: Filosofia, Teoria e Metodologia.
Estas passarão a construir um novo Ambiente de Pensamento, como vemos na figura abaixo, com idas e vindas, contradições, que serão os embates para criação da nova cultura e, por sua vez, das organizações, vou trabalhar nestes destaque:

Aqui como veremos abaixo podemos dizer que temos o novo Ambiente de Pensamento:

O Ambiente de Pensamento será composto por todas as Filosofias, Teorias e Metodologias que serão feitas dentro do novo Modelo Mental, que serão completamente diferentes do passado.
Não estamos falando de outro paradigma em nenhum destes campos, mas de um novo Paradigma Mental, que é pai e mãe de tudo que virá a seguir.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Agentes de Mudança, Antropologia Cognitiva, Conceituações, Estruturantes, Modelo Mental | 1 Comment »
jun 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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De maneira geral, uma crise interrompe um processo que vinha em uma determinada continuidade.

Detalhemos:
- Um dado processo vem em uma continuidade;
- Começam a aparecer os primeiros sintomas de instabilidade e o respectivo aumento da taxa de sofrimento;
- Forças Disruptivas passam a atuar para criar uma anomalia, que podem ser do presente ou do passado, acumulativas;
- Há uma crise;
- É preciso agir com Ações de Restauração;
- Reduz-se a taxa de sofrimento;
- O processo entra em processo de continuidade novamente, até a próxima anomalia.
Na verdade, quando temos Forças Disruptivas podemos saber lidar com elas, ou não. Quando há uma crise, o que acontece é que não conhecemos estas forças, ou não queremos vê-las, as neglicenciamos.
Toda teoria, assim, é o estudo das Forças Disruptivas que criam uma anomalia em um determinado ambiente. E uma Metodologia consiste nas ações de restauração para voltar a uma continuidade com a redução da Taxa de Sofrimento.
Toda teoria é o estudo de anomalias, que geram crises e estas sofrimento.
O objetivo de uma teoria é, portanto, aprender:
- – qual é o processo e suas características;
- – que forças podem atuar como disruptivas, tanto no presente quanto no passado;
- – conhecer a fundo estas forças, através dos estudos comparativos do presente e do passado;
- – como se procede a anomalia e que tipo sofrimento causa, com sua respectiva taxa.
O objetivo da teoria é gerar Ações de Restauração para que o processo volte a seu fluxo, digamos normal, ou alterado propositalmente, que consiga reduzir, de novo, a Taxa de Sofrimento.
Um fator principal para lidar com esta anomalia é conhecer as Forças Disruptivas e não confundi-las com sintomas. Uma força age para criar um processo disruptivo em um dado processo. Um sintoma é a percepção de que algo está mudando, mas não necessariamente se identifica a força.

É isso que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, Epistemologia, Filosofia Tecno-Cognitiva, Lidando com crises | No Comments »
jun 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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A Plástica Cerebral e sua relação com as Tecnologias Cognitivas estabelece um Modelo Mental Estruturante, que é o que tem mais peso para definição de uma pessoa.

Os outros compõe junto com esta.
Por que isso?
A Tecnologia Cognitiva exerce forte influência no cérebro.
Os outros Modelos Mentais Secundários são características que compõe a primeira.
A saber, como vemos na figura abaixo:

A base de definição parte do Estruturante, pois é a composição do cérebro, que se modifica e depois os secundários, compondo diferentes realidades.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Conceituações, Estruturantes, Modelo Mental | 1 Comment »
jun 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Quando temos uma Revolução Cognitiva temos algo interessante na sociedade.
O modelo abaixo aponta como é:

E como passamos a estar:

Note que temos algo muito interessante, pois o Ambiente Cognitivo mais sofisticado não é o que está no Centro de Decisão. Ou seja, quem tem capacidade de pensar melhor e ferramentas para decidir melhor não é o grupo que está tomando as decisões.
E isso inicia um processo de disputa de poder entre dois Ambientes Cognitivos em paralelo.
- Um que tem uma forma mais sofisticada de tomada de decisão, mas que não está AINDA no Centro da Decisão;
- E outro mais antigo e, portanto, cada vez mais obsoleto, tomando decisões ainda no modelo antigo.
Todo o processo que começa a ocorrer na sociedade é o movimento de crescimento, como se fosse um vírus do novo Ambiente Cognitivo para que ele possa passar a ser o Centro de Decisão, como vemos na figura abaixo:

O problema que existe para que o novo Modelo Mental possa se expandir é a sua capacidade de que as periferias passem a se utilizar das novas Tecnologias Cognitivas, que é a base fundamental para que o novo processo passe a ocorrer.
Não é uma cultura que está se estabelecendo, mas um novo Modelo Mental gerador de uma nova cultura. Quem não usa as novas Tecnologias não poderá ser um difusor daquela nova Cultura!
O interessante nesse processo, note na figura abaixo, de que o antigo Centro de Decisão vai mudar de posição, ele passa a Periferia, sendo a A e há um novo Centro de Decisões, que começa a agir na sociedade lentamente:

Este é todo o processo de migração de um Modelo de tomada de decisões para outro mais sofisticado. Na Europa, pós-prensa, este ciclo durou 350 anos, da chegada da prensa até à Revolução Francesa quando o papel impresso passou a ser o veículo principal e a ferramenta do novo Centro de Decisões.
Hoje, estamos já com vários segmentos da sociedade já operando no novo Modelo e “periferando” o atual Centro de Decisão por ter um modelo de tomada de decisões mais obsoleto.
Isso não se dá de forma regular, mas vai criando algo como vemos na figura abaixo, que é mais representativo do que acontece:

São micro centros de decisão, como o Google, por exemplo, ou a Amazon, que vai tomando conta de segmentos da sociedade, tal como os aplicativos de táxi, que vão introduzindo o novo modelo até que ele passe a ocupar toda a bola do centro.
E o que hoje é centro ficará na periferia, assim com foi com o mundo oral, o escrito manuscrito e o digital sem Colaboração de Massa.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, Círculos de Poder, Conceituações, Estruturantes, Política 3.0 | 1 Comment »
jun 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Outro desenho que podemos fazer da sociedade é o que apresento abaixo:

Note que existe uma relação entre os Ambientes Cognitivos e o Centro de Decisão.
Quanto mais primitivo é o Ambiente Cognitivo que a pessoa está inserido, mais afastado ele estará do Centro de Decisões.
As decisões são feitas, através de um complexo modelo que envolve Tecnologias Cognitivas e de forma compatível: Plástica Cerebral, Modelo Mental, Cultura e Organizações.
Há, assim, um gap entre as diferentes camadas, que geralmente se refletem no poder aquisitivo de seus membros. Quanto mais longe do Ambiente Cognitivo mais sofisticado, mais pobre e mais longe estará o indivíduo das oportunidades a serem oferecidas.
Veremos agora o que acontece quando temos uma Revolução Cognitiva, que é algo bem interessante.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, Círculos de Poder, Estruturantes, Política 3.0 | 1 Comment »
jun 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Uma sociedade funciona da seguinte maneira, conforme vemos na figura abaixo:

- Há um círculo de tomada de poder que decide e toma decisões;
- Um segundo anel, que vou chamar inicialmente de periferia “A”;
- E ou outro anel mais afastado de periferia “b”.
Ao final de uma Era Cognitiva, onde há forte concentração de ideias, temos algo parecido com isso:

Note que as Organizações, moldadas pela Era Cognitiva que termina concentram as decisões a despeito de toda a sociedade, tomando cada vez mais decisões com a participação me menos gente.
O desenho é proporcional ao tamanho da espécie, pois, pelos dados que tenho hoje, tivemos um salto demográfico ao mesmo tempo que tivemos uma concentração de decisões.
Isso nos leva a uma crise de representação, pois temos menos gente tomando a decisões por mais gente.
O movimento que marca uma Revolução Cognitiva nos leva a um movimento de ampliação do Centro de Decisão, que pode (apesar de não querer) se abrir, pois tem novas ferramentas para que possa de forma sustentável (custo/benefício) incorporar mais gente nas decisões.
Como vemos o movimento na figura abaixo:

O objetivo é alargar, ao máximo, o espaço de tomada de decisões, através do novo Ambiente Cognitivo, que permite aumentar a Diversidade das Decisões em um tempo e um custo compatível.
Isso vai esbarrar em um problema sério que veremos no próximo post que é os Ambientes Cognitivos em paralelo, que convivem na mesma época e lugar.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, Círculos de Poder, Estruturantes, Política 3.0 | 1 Comment »
jun 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Como podemos saber onde estão os problemas relevantes para que a Ciência possa se debruçar?

A vida se manifesta e esbarra em paredes.
Obstáculos que causam sofrimentos.
Quando isso acontece algo precisa mudar:
- – ou a maneira que vemos um dado problema, temos que mudar a forma que pensamos;
- – ou a maneira que resolvemos um dado problema, temos que mudar a forma como agimos.
No primeiro caso, temos um problema filosófico-teórico.
E no segundo um problema metodológico.

- A sabedoria consiste em saber e negociar com ambos.
- Algo pode ser mudado na forma de pensar e algo no agir.
- Em alguns momentos mais ou menos para um lado ou para o outro.
Quando não há sofrimento, não paramos para pensar, seguimos adiante.
Os impasses que merecem estudo é quando há sofrimentos a serem minimizados.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, Ciência 3.0, Ética, Filosofia Tecno-Cognitiva | 1 Comment »
jun 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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A base da produção de conhecimento da Ciência Analógica é a aprovação por pares.

Pesquisadores avaliam o trabalho de outros pesquisadores para a publicação. Foi o melhor modelo possível dentro do Ambiente Cognitivo Analógico, baseado nas Tecnologias Cognitivas Escrita Impressa e Oral.
O grande problema do modelo é que foi tirando vida das pesquisas. E se não há vida não há teoria que seja relevante!
Você vai encontrar a vida e os problemas onde temos sofrimento., ver mais sobre isso aqui.

Hoje, a Ciência Analógica se afastou dos sofrimentos e, portanto, da vida.
Não há vida nos trabalhos acadêmicos, pois eles estão sendo produzidas por pessoas que não sofrem para outros que não sofrem. Não é à toa que temos hoje uma preocupação excessiva com a forma e pouca com o conteúdo!
O papel da Ciência é reduzir o sofrimento da sociedade, através do estudo de problemas complexos. Quanto mais afastado está o teórico/pesquisador dos sofrimentos, do pensar e agir, mais distante está da vida e, portanto, mais falsa será a teoria que está sendo feita.
É falsa a teoria que não visa a redução de sofrimento, pois a vida se expressa, através deles.
Um problema é gerado por um sofrimento mais refletido e mal resolvido.
Existem problemas que são mais complexos e pedem a ajuda de alguém que pode pensar mais sobre ele.

Assim, a produção acadêmica atual é de baixa qualidade, pois está distante do sofrimento das pessoas. A vida não se revela para quem não está disposto a ajudar a reduzir sofrimento.
As teorias ficam capengas e de pouca utilidade.
A Ciência 3.0 procura recolocar o foco dos estudos no sofrimento para resgatar a capacidade de aproximar a teoria da vida.
Assim, como fizeram os fundadores do Pensamento Analógico temos hoje o desafio de criar o Pensamento Digital.

Esta é a base filosófica e ética da nova Ciência.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, Ciência 3.0 | 2 Comments »
jun 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Desenvolvi aqui a hipótese que estamos migrando de um Modelo Mental Analógico para um Digital. E que este movimento passa por mudanças na plástica cerebral, a partir do uso intenso de novas Tecnologias Cognitivas.

Este uso intenso faz com que o Pensador 3.0 passe a sentir e intuir coisas completamente diferentes dos seus antecessores e começar a produzir novos pensamentos.
Não podemos dizer que são apenas novos paradigmas, pois é mais fundo do que isso.
É como se viessem alienígenas para a terra e começasse a revisar tudo que foi feito pela Ciência com outros olhos.
Veja mais sobre isso neste vídeo:
Se compararmos este fenômeno com o fim da Idade Média e o surgimento da construção do Modelo Mental Escrito Impresso, vamos ver algumas similaridades:
- – retorno da ética dos sofrimentos da sociedade, como foco;
- – questionamento dos códigos/formato em que a ciência é feita;
- – volta ao foco em problemas para redução de sofrimento;
- – procura da referência da sociedade e não mais pelos pares da antiga instituição.
O desafio da primeira geração dos novos Pensadores 3.0 não é pequena, pois:
- – é preciso questionar o modelo vigente;
- – trabalhar à margem sem grande apoio financeiro, ainda mais em países mais conservadores e periféricos;
- – começar a desenvolver todo o novo modelo, com as dúvidas se aquilo que se faz é ciência, pois é diferente da prática tradicional.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, Aplicações, Ciência 3.0, Conceituações, Epistemologia, Estruturantes, Filosofia Tecno-Cognitiva, Modelo Mental | 1 Comment »
jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Mudanças estão acontecendo e precisamos entender o principal.
O modelo atual é o seguinte:

Os problemas estão longe do ambiente de ensino, pois eram demorados e dava tempo para os organizadores de conteúdo empacotarem os assuntos para depois os alunos, com os assuntos memorizados se prepararem para resolvê-los.
Havia um controle da inovação, em função do controle das ideias, que permitia que o tempo fosse demorado.
Hoje, com a Canalização Horizontal da Sociedade esse tempo se encurtou.
Além disso, estamos entrando em uma nova Era Cognitiva, que traz:
- – uma expansão das ideias durante essa primeira etapa;
- – um novo modelo mental que trará uma revisão dos atuais paradigmas do conhecimento (ver mais sobre isso aqui).
Isso nos leva para um modelo que o problema vai para a sala de aula como objeto de estudo e se constrói junto soluções com os alunos para que se ganhe tempo.
Os novos cidadãos do mundo estão vivendo em um ambiente muito mais líquido e precisarão saber lidar melhor com os problemas.
Além disso, terão que se capacitar para desenvolver o conhecimento em um outro ambiente não mais analógico, mas digital, como vemos na figura abaixo:

Assim, o aprendizado não se dá a partir das teorias para a sala de aula.
Mas da sala de aula que analisa os problemas e vai buscar as teorias que possam ser úteis para melhorar a solução de um dado problema.
Que é a característica iluminista de uma dada época.
Os autores não terão mérito pelo que disseram, mas sofrerão uma revisa, diante dos novos problemas para saber se suas ideias continuam válidas.
Se irão sobreviver no novo Modelo Mental.
Quanto mais um autor conseguiu estar fora do Modelo Mental datado da época, mais chance têm de se manter atual e vice-versa.
É isso, que dizes?
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jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Estamos recomeçando tudo de novo.

Como assim?
- O Modelo Mental Analógico nos coloca com um sentimento e uma emoção específica e nos permite ver o mundo de uma determinada maneira, um ângulo.
- O Modelo Mental Digital nos colocará com um sentimento e uma emoção nova e nos permitirá ver o mundo de uma nova maneira determinada maneira, um novo ângulo.
Tudo será revisto, pois é uma nova Espécie que surge e revisará muitas coisas do Modelo Mental atual. Temos uma radical mudança na forma (como o conhecimento será compartilhado) e de conteúdo (o que será compartilhado).
Estamos apenas iniciando as revisões.
Uma delas, o cérebro é o epicentro da espécie e se modifica sem nos pedir licença.

Daí, temos que revisar todo o modelo de se fazer cultura e de como projetamos as organizações.
No fundo, quem primeiro muda, antes de todos, é o cérebro, de forma, até o momento, inegociável, quando o potencializamos com novas ferramentais. Depois vem o resto, onde há possibilidade de negociação.
Os novos pensadores digitais já não sentirão e pensarão como os atuais pensadores, como já não estão mais fazendo, e vão começar a criar teorias completamente diferentes das atuais.
Pelo simples fato, de intuir diferente.
Quanto mais usarem os ambientes digitais, mais criarão novos paradigmas.
É isso, que dizes?
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jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Não podemos começar a fazer um planejamento da Educação 3.0 sem compreender que tudo que foi ensinado, até então vai ficar obsoleto.

Todo nosso aprendizado foi feito e produzido por uma Espécie e o que estará sendo feito, a partir de agora por outra, já que a Plástica Cerebral mudou e, com ela, o Modelo Mental.
Vamos começar a lidar com um conjunto de novas propostas teóricas que soarão completamente estranhas.
O que já vejo que acontece é que as pessoas vão criticar estas propostas, a partir do Modelo Mental atual e isso será feito de forma horizontal e não vertical.
Deixa explicar melhor, mas vou colocar uma figura:

Um novo paradigma vem procurar dar respostas a problemas que não conseguem ter respostas nos paradigmas passados.
Qualquer crítica que vai ser feita tem que levar em conta que o novo paradigma está procurando uma resposta melhor para um problema com respostas insuficientes.
É óbvio que nesse processo haverá a procura de teorias ainda inconsistentes, com algumas falhas, mas que já vai apontar respostas melhores para soluções de problemas que estão em aberto.
Assim, não se pode atacar o novo paradigma olhando para o processo que ainda está em construção, mas para a nova resposta que está se dando para o velho problema.

Note que é até uma covardia, pois se ataca o novo paradigma onde ele ainda é mais fraco, na sua forma, pois a preocupação não está ali, mas procurar dar uma resposta melhor a um dado problema.
É um movimento conservador que procura questionar algo pelo que não é relevante no momento que se procura dar respostas novas e inovadoras, onde não se conseguia avançar.
O final de uma Era Cognitiva nos leva, por controle das ideias, um reforço muito grande a forma, pois os paradigmas ficam meio estacionados.
Ou seja, a maior parte da produção acadêmica começa a ficar mais concentrada na forma do que no conteúdo e vai, aos poucos, esquecendo-se um pouco do foco da ciência que são os problemas.
Um conjunto de problemas começa a ficar com explicações capengas.

Assim, quando surge algo muito novo não se pode criticar pelos critérios tradicionais:
- – forma;
- – análise com os velhos paradigmas.
É preciso olhar para o resultado e ver se há uma explicação lógica e consistente, ou pelo menos interessante, para um dado problema.
E se ela satisfaz mais do que a que vem sendo dada pelo modelo atual.
Não haverá uma teoria nova e um novo paradigma que já venha para fora pronto e acabado, mas se mostrará relevante e interessante se já conseguir ver algo novo onde poucos conseguem enxergar de forma melhor.
O que tenho observado é que as críticas, que eu recebo, por exemplo, não procuram ver o problema para o qual o esforço está sendo feito, mas apenas o aspecto formal da teoria.
O que pouco importa.
Um novo paradigma não pode ser adjetivado pelo Modelo Mental e paradigma anterior.
Só pode ser analisado e avaliado pela resposta que está dando para o problema analisado.
Se tem mais lógica do que as anteriores, ou se tem uma lógica coerente do que se propõe.
É isso, que dizes?
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jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Abaixo vou tentar resumir as minhas conclusões dos estudos da Antropologia Cognitiva:

Note que o cérebro entra em contato com novas Tecnologias Cognitivas e altera a sua Plástica Cerebral e responde, através das Tecnologias Cognitivas, novas ou usadas.
(O cérebro sempre usa Tecnologias Cognitivas para se expressar, pois ele não tem autonomia, não é natural.)
Vai se criando um novo Modelo Mental, mas que é ainda numa primeira fase intuitivo. Falei mais sobre isso aqui.
As passagens da mudança da Plástica Cerebral até a mudança radical do Ambiente Social até ele ficar mais compatível com o novo Modelo Mental passa por alguns agentes:
- Os Tecno-empreendedores – responsáveis por criar e disseminar as novas Tecnologias Cognitivas na sociedade;
- Os Pensadores – que nos ajudam a ver diferente;
- E os líderes sociais – que nos ajudam a criar projetos para fazer diferente.
É isso, que dizes?
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jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Podemos dizer que temos dois momentos na construção de um novo Modelos Mental, após a chegada de uma Revolução Cognitiva:

- – o intuitivo – muito ligado a emoções primitivas – há algo novo, “mas não sem bem o que é”;
- – o reflexivo – a tentativa de transformar essas sensações em pensamentos e isso é feito, no primeiro momento pelos filósofos.
Os novos filósofos precisam para que possam filosofar estarem pilotando as novas Tecnologias Cognitivas, pois para ver diferente é preciso pela ordem:
- – mudar a plástica cerebral;
- – para começar a sentir o novo Modelo Mental, na sua fase intuitiva;
- – para iniciar um processo de reflexão diante das sensações que o novo Modelo Mental provoca;
- – e comparar estas sensações com o que está estabelecido como Cultura Teórica Hegemônica vigente na sociedade.

O resultado disso é o início de um questionamento da Cultura Teórica Hegemônica, através de novas reflexões QUE SÓ PODEM SER FEITAS se o filósofo estiver já novo novo e emergente Modelo Mental mais sofisticado, o que vai lhe dar condições para começar a:
- – sentir diferente;
- – produzir de forma diferente;
- – e questionar a Cultura Teórica Hegemônica do Modelo Mental mais sofisticado para o menos sofisticado.
Fiz aqui um desenho de como isso se deu na última Revolução Cognitiva. Note que todos os filósofos tiveram que necessariamente se utilizar fortemente do papel impresso e disseminar suas ideias, através dele:

Foram eles que tentaram passar a:
– Sensação – emoções primárias – do novo Modelo Mental para reflexão;
– e permitir depois deles que mais gente pudesse começar a “operar” no novo modelo.
Esta foi a base para que outros viessem depois para transformar as reflexões em ações, mudando a cultura e as organizações e o Ambiente Social.
É isso, que dizes?
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jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Comentei aqui neste áudio algo de importante para meus estudos:
Nele, defendo que um Modelo Mental não é superior ao outro do ponto de vista moral, mas prático.
Quanto mais formos no planeta, mais complexos serão os problemas e mais o Modelo Mental mais sofisticado poderá lidar com eles e isso vai gerar valor.
O que é o valor do ponto estritamente de sobrevivência?

Fazer mais com menos.
Assim, as soluções para os problemas da Espécie ficarão mais adequadas por aquele Modelo Mental e isso será exportado daquele epicentro para fora.
Os Modelos Mentais menos sofisticados terão duas reações:
- – de tentativa de adesão, ou compra dos produtos e serviços gerados, criando dependência;
- – ou de rejeição, através de um tipo de fundamentalismo e defesa do Modelo Mental mais antigo, porém com a Taxa de Sofrimento elevada.
Assim, a história do mundo será sempre contada das regiões que têm o Modelo Mental mais sofisticado para os menos sofisticados, pois serão um pólo de atração e de disseminação da nova Cultura.
Modelos Mentais geram um tipo de cultura e definem uma proposta de Ambiente Tecno-Social compatível.
As regiões periféricas ao Modelo Mental mais sofisticado acabarão por tentar fazer um ajuste que é:
- – tentar absorver o Ambiente Social proposto pela nova Cultura;
- – porém com um problema: com um Modelo Mental diferente.
Podemos dizer, por exemplo, que a República é resultado de:
- – Escrita disseminada;
- – Novo Modelo Mental escrito;
- – Cultura Escrita;
- – Ambiente Social Escrito com organizações compatíveis.

Quando se traz este pacote para uma região que tem outro Modelo Mental menos sofisticado, obviamente que será feito um ajuste, pois a República em um país, como o Brasil, por exemplo, ou em toda a América Latina tem ainda hegemonicamente um Modelo Mental Oral.
O que explica uma situação de República Monarquizada, pois os eleitores votam muito mais em um rei do que em um presidente, pois o Modelo Mental Oral os leva para essa direção.
É isso, que dizes?
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jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Diante do ciclo, temos o seguinte movimento:

Vamos detalhar cada ponto:
- Vermelho – início da expansão, surgimento de Nova Tecnologia Cognitiva e início de mudanças na Plástica Cerebral;
- Curva ascendente – novo Modelo Mental em expansão, fase inovadora, com aumento demográfico, com um conjunto de pensadores/empreendedores apontando sugestões de mudanças na sociedade, com resistências;
- Novo Ambiente Social – criação do novo Ambiente Social mais sofisticado, com mudanças de leis;
- Consolidação – o novo Ambiente Social inicia um processo de consolidação, iniciando um processo de continuação do crescimento demográfico, porém com concentração de ideias, gerando crises e latências para a próxima Revolução Cognitiva mais adiante.
É isso, que dizes?
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jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Os aspectos de Contração e Expansão do Espiral Cognitivo e do movimento de mudanças de Modelo Mental, a meu ver são ajustes à força maior que é a demografia.

A demografia é, a meu ver, o principal elemento de mudanças da espécie.
Todas as referências para analisar fenômenos animais, o humano também é animal, começa pelo tamanho “do bando”. O tamanho do bando define com que complexidade estamos lidando e, por sua vez, vai definir uma série de outros fatores.
Como vemos na figura abaixo:

Note que temos um ponto de início do processo, que é justamente quando surge uma nova Tecnologia Cognitiva mais sofisticada que inicia o processo de mudança do cérebro e o empodera de uma nova maneira.
A partir daí, começamos um ciclo de mudanças, que vai desaguar em um Ambiente Social mais sofisticado e com mais capacidade de lidar com a complexidade demográfica que foi gerada, a partir da redução da Taxa de Sofrimento.
É isso, que dizes?
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jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Veremos agora o Espiral Cognitivo no seu aspecto de mudança de Modelo Mental:

Note, como vimos aqui, que há uma mudança de Contração e Expansão, mas ela não é a única, além dela surge um movimento de criação de um NOVO Modelo Mental, que é o ajuste pela ordem:
- – do cérebro que cria uma nova plástica cerebral;
- – que gera um novo Modelo Mental;
- – que começa a mudar a Cultura;
- – e, por fim, que altera as organizações da sociedade.
Este movimento são as consequências de uma causa maior a Demografia, que nos leva a aumentar a complexidade do cérebro para lidar com problemas cada vez mais complexos, como veremos no próximo post.
É isso, que dizes?
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jun 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Vamos apresentar uma proposta de como nossa espécie avança na história.
Podemos chamar esse movimento de Contração/Expansão do Pêndulo.

Podemos dizer que de maneira geral temos momentos de expansão e contração cognitivas.
Isso se dá em tribos ou civilizações isoladas, até antes das grandes navegações do século XVI.
E depois com o processo de globalização começa a ocorrer de maneira geral no que podemos chamar de um ambiente único da espécie.
Tais expansões e contrações podem ocorrer por mudanças:
- – Políticas – ditadura ou democracias, ou chefes tribais e/ou monarquias mais fechadas ou mais abertas;
- – Tecnológicas – quando novas Tecnologias Cognitivas permite a redução de custos da circulação de ideias e permite uma taxa maior de horizontalização dos canais.

Neste momentos teremos similaridades nas consequências, tais como a descentralização ou centralização:
- – dos canais de ideias;
- – dos canais produtivos;
- – do poder.
Note que este é um dos aspectos do Espiral Cognitivo, pois é algo que tem similaridade entre os movimentos que ficam nos extremos, mas, como todo espiral, tem outros fatores que geram consequências, como veremos aqui.
É isso, que dizes?
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jun 15th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Não importa o que dizem os teóricos, mas como as pessoas pensam.
E em cima disso se cria a nova teoria.
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jun 15th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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E varia sempre entre dois pólos, conforme contexto
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jun 14th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Segue abaixo a linha estrutural:




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jun 14th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Abaixo podemos ver como o Modelo Mental Escrito foi sendo construído, através da rejeição gradual dos pilares do Modelo Mental Oral, através dos filósofos que interferiram na Epistemologia de como vemos a verdade.
Interessante que começa com Lutero, justamente questionando a Igreja por dentro, que era o epicentro do pensamento.
Há:
- – uma descentralização dos códigos, com a difusão da leitura;
- – a facilitação da passagem do latim para línguas nativas;
- – um afastamento gradual de um pensamento divino para um mais racional;
- – e um abandono da noção da verdade absoluta para uma verdade sempre relativa, o que quebra os dogmas.

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jun 14th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Veja as etapas fazendo, para facilitar a compreensão, uma comparação com a informática:

A percepção mais importante para mim agora é comparar o Modelo Mental com o Sistema Operacional, pois começo a concluir que ele está preso a um determinado tipo de produção de “aplicativos”.
Há um aprisionamento do pensamento, a partir de um dado Modelo Mental, que vai produzir determinados aplicativos e impressões, ou seja, Cultura e Organizações que vão expressar esse modelo.
Como exemplo.
Não adianta os EUA invadirem o Iraque para implantar uma democracia no modelo ocidental, se o Modelo Mental da população for oral, pois eles vão voltar para algo similar do que era antes: um líder forte que os proteja e consiga administrar brigas entre tribos rivais, quase sempre religiosas.

Uma mudança no mundo passa pela difusão de um novo Modelo Mental mais sofisticado, que é ele o produtor de uma nova Cultura. Não adianta vir com a cultura que é produzida por outro Modelo Mental, pois é um “sistema operacional” incompatível.
Não roda.
É isso, que dizes?
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jun 13th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Tenho para mim que a nossa espécie estuda e pensa para não sofrer.

E todo sofrimento é fruto de uma dada ilusão, que bate e volta na parede dura da vida.
A ilusão torna-se prática e esta esbarra na vida – a parede onde às ilusões batem e voltam.
Todas as verdades são falsas- verdades enquanto não tocarem na vida.
Ao retornarem se sabe que ali há uma ilusão a ser trabalhada.
Nada na vida é falso.
Falso é sempre o que pensamos sobre a vida.
Conhecer, assim, é um jogo de eco, como morcegos, que vamos procurando, via ondas, onde nos equivocamos.
Assim, o conhecimento pelo sofrimento exige uma prática ativa, na qual colocamos o estudo de um dado problema no centro de nossas vidas.
Temos que ser agentes de transformação do problema que escolhemos a minimizar no mundo.
Quem não estuda e se dedica a minimizar um problema, é um artista, mas não um cientista.
(Nada contra os artistas que têm outra missão).

Quem estuda o que não vive, estará longe da parede e não terá o sofrimento, que bate e volta na vida, como referência.
Será um bom passatempo, mas não ciência.
O papel da ciência é reduzir sofrimento causado por problemas complexos para ajudar os que não têm tempo, paciência ou perfil para um trabalho lógico.
A ciência dialoga com a vida o tempo todo e aprende com ela.
Assim, o filósofo aprende e ensina ao teórico; este faz o mesmo com o metodológico e este ao operacional.
É uma rede que se auto-alimenta em torno de um dado problema, medido, na eficácia da taxa de redução de sofrimento, que proporciona.
Conhecer é uma luta contra o sofrimento, que justifica e ajuda no processo.
A ciência deve, ao máximo, se dedicar dos maiores aos menores sofrimentos humanos.
A curiosidade científica no abstrato deve se encaixar nessa escala de prioridade.
Uma ciência pouco ética tem uma baixa taxa de humanidade, pois estuda assuntos e não problemas.

Ou problemas de baixa prioridade na redução de sofrimento no mundo.
Hoje, a ciência, ao final de uma Ditadura Cognitiva, está vivendo praticamente sem problemas.
Não são agentes de transformação.
São agentes de preservação e brincam de fingir que estudam.
São artistas sem arte.
A produção acadêmica em sua maioria serve para alimentar as traças de autoridades sem liderança.
Estes, a meu ver, são os princípios para o quais a ciência foi inventada e é para onde deveria retornar na primavera cognitiva em curso.
É isso, que dizes?
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jun 13th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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O Léo, sócio do Clube, me pergunta:

Bom, vamos lá.
O cara que não se diz da Escola de Toronto é o Pierre Lévy.

Por que ele diz que não é e é.
A Escola de Toronto não é um Torontismo.
Ou Mchluhaismo.
Pois tudo que tem ismo tem por trás uma metodologia proposta. Ex: Marxismo – implantar a metodologia do comunismo. na sociedade. Taylorismo – linha de produção; Darwinismo – práticas competitivas, baseada na competição da espécie, etc.
O que não tem metodologia não vai ter ismo.

A Escola de Toronto é uma escola teórica da comunicação.
Dei detalhes mais didáticos aqui.
Qual é a tese principal dos caras, no curto, grosso e popular: A mídia (ferramenta) faz a cabeça da massa sem a massa sentir.
Ou, como disse McLuhan:
“O meio é a mensagem”. (no original era o meio é a massagem – do cérebro).
Não importa o canal que assiste, a tevê muda a sua cabeça.

Essa afirmação levada para uma mesa de laboratório teórica, nos leva a uma revisão de como pensamos a sociedade, as ciências humanas e a compreensão da Internet.
Se a mídia muda a nossa cabeça, ela, na verdade, vem antes da Cultura. A Cultura não seria a única alteradora do ser humano, pois teríamos que pensar a nossa espécie como uma tecno-espécie que vive em uma tecno-ecologia, sujeita a mudanças tecnológicas em forte escala.
Isso vai se ler no Pierre Lévy, em livros de fácil leitura, como o Cibercultura, de 1999.
Quando se abre essa porta, tem um mundo pela frente, pois os caras foram atrás dessa tese, ao estudar a chegada da escrita, do alfabeto, do rádio, da televisão e o Lévy da Internet.
Nunca na história dessa humanidade, um grupo de pesquisadores da comunicação foram tão a fundo nessa tese, em tantos pontos da história para nos dar subsídios do que ocorre depois de uma Revolução Cognitiva.
A Escola de Toronto, a meu ver, é o grande achado para entender a Internet, pois dá uma base forte para podermos comparar os tempos e ir mais fundo.
Gosto bastante do livro do Havelock: “A Revolução da Escrita na Grécia”.

Os livros do MacLuhan são herméticos, pois ele é muito doido, disfuncional, começa a falar do cinto, passa para a cobra, depois já entra uma nave espacial e volta a um picolé de uva. 😉
Você vai vê-lo de forma muito melhor no Youtube nos vídeos e entrevistas que ele deu, ali que consegui captar melhor o cara.
Eu começaria por aí.
E ao começar a ter problema, grite!
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jun 13th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Fiz este vídeo na discussão da III Semana do Campeonato Cognitivo do Clube do Nepô:
Faço um desenho agora das três instâncias que precisamos definir para poder participar de um Diálogo Honesto em um ambiente mais líquido:

- A definição Ética é algo que resume o significado do que por que estamos aqui.
- Minha opção, por exemplo, é pela redução de sofrimento, tanto a minha quanto de mais gente.
- A definição do problema é abraçar um problema para o qual vai estudar, pensar, agir e reciclar.
- Ele é um guia de estudos e referência para que você possa contribuir como algo para deixar um legado. Não somos Deuses, não podemos entender de tudo, mas algo específico pode merecer nossa atenção e dedicação. Eu me dedico ao estudo do problema: como reduzir o sofrimento a partir da Revolução Cognitiva, o que me obriga a estudá-la.
- A definição da Teoria Guia é optar dentro das várias que existem, uma que faça mais sentido e passar a aprofundar seus argumentos, melhorá-los, aperfeiçoa-los.
- Acho importante escolher um autor que vai nos guiar, no meu caso foi o Pierre Lévy e depois descobri que ele bebeu da Escola de Toronto e fui em frente. Isso é um bom atalho. Conhecer não pode ser um jogo de xadrez múltiplo, que você fica ciscando, é preciso fazer opções e se dedicar aquilo que faz mais sentido. Sem isso, você nunca vai avançar de forma mais consistente.
Quando não trabalhos a percepção da percepção estas opções não são assumidas de forma conscientes.

Muitas vezes são, mas não são assumidas de maneira clara.
O Diálogo Honesto pressupõe um jogo em que todos abrem as cartas para começar a ver como vão se juntar.
O que é sólido: o rumo geral.
O que é líquido: os ajustes, a partir dos ventos.

A escolha de uma teoria não é um dogma, pois é baseada em argumentos que estão ali para serem trocados e aperfeiçoados.
- Não tomar estas decisões faz você uma pessoa despreparada para um Diálogo Honesto.
- Esconder estas decisões faz você uma pessoa despreparada para um Diálogo Honesto.
- Transformar argumentos em dogmas faz você uma pessoa despreparada para um Diálogo Honesto.

É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, Ciência 3.0, Educação 3.0, Epistemologia | 2 Comments »
jun 13th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Não acredito que vai dar certo propostas que:

1 – não tenham como eixo a descentralização radical de oportunidades, principalmente a justiça;
2 – uma proposta inovadora e radical de educação;
3 – uma fórmula criativa de transformar miséria em talento empreendedor;
4 – medidas de curto prazo sempre alinhadas com uma visão de médio e longo;
5- um radical plano de inclusão digital;
6- um uso inovador da internet para superar os nós da política;
7 – uma revisão profunda de todas as ideologias do século passado;
8 – uma integração criativa entre desenvolvimento e sustentabilidade;
9- uma proposta inovadora para transformar violência em participação;
10 – um jeito criativo de exportar e vender este novo país, com tudo que ele vai produzir de ideias, produtos e serviços para o mundo.
Que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, Política 3.0 | No Comments »
jun 12th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Somos diferentes culturalmente em vários aspectos, mas também somos COGNITIVAMENTE.Uma pessoa que viveu sua vida na oralidade terá um Modelo Mental diferente de quem viveu no mundo baseado na escrita que será diferente do pessoal que agora está até o pescoço no digital.

O cérebro se adapta a cada um destes ambientes, como defendi aqui, e isso nos leva para Modelos Mentais diferentes, que pedem ambientes culturais diferentes.
Um ser oral não conseguirá nunca “comprar” as ideias de um mundo liberal, baseado nos indivíduos, uma ideia que só foi possível ser disseminada em uma Europa alfabetizada, pós-papel impresso.
Isso, do ponto de vista, social, político e econômico define muita coisa e não é um corte que os estrategistas ou os pesquisadores de opinião fazem, pois se divide por faixas etárias, de poder aquisitivo, cultural, gênero.

Porém, o Modelo Mental é determinante para uma série de atitudes.
- O Modelo Mental Oral, por exemplo, é mais religioso, emocional, supersticioso e tem maior tendência a acreditar em soluções mágicas para seus problemas, tende a votar e demandar um modelo monárquico.
- O Modelo Mental Escrito, por exemplo, é menos religioso, ou vê Deus de forma mais etérea, racional, menos supersticioso e tem maior tendência a acreditar em soluções mais lógicas para seus problemas, tende a votar e demandar um modelo republicano clássico.
- O Modelo Mental digital, emergente, é um misto dos dois, porém com uma religiosidade ainda mais etérea, diria até politeísta, intuitivo (que seria um misto do emocional e racional) pouco supersticioso e tem maior tendência a acreditar em soluções próprias e coletivas para resolver seus problemas , tende a demandar um modelo republicano inovador.
Muito do que vivemos hoje de conflitos ideológicos não fazem o menor sentido, pois vê-se que um Hugo Chavez não faria sucesso nunca em um mundo oralizado, bem como, uma Margareth Thacher só conseguiu ser eleita em um mundo escrito.
Isso nos leva para um desafio GIGANTESCO para o próximo século, pois trata-se de uma população enorme ORAL, com tendências monárquicas, sujeitas à manipulação dos líderes carismáticos de todos os tipos.

Qualquer movimento iluminista do século XXI tem que apostar fortemente em:
- – uma radical inclusão digital para a disseminação do novo meio e do novo Modelo Mental como um elemento fundamental de desenvolvimento de Plásticas Cerebrais mais sofisticadas para lidar com problemas complexos;
- – e o que passa por inventar um modelo de Educação Inovadora de Massa, que possa esquecer o papel impresso como ferramenta, pulando a barreira e saltando direto para o Digital.
Muitas das instabilidades que teremos nesse novo século será pela incapacidade que teremos de ver isso claramente e implementar o quanto antes essa política.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, E-book 2014 - segundo trimestre, Em Busca da República Digital?, Política 3.0, Religião 3.0 | No Comments »
jun 12th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Hierarquia é a ordenação de elementos em ordem de importância.

Muitos defendem que acabou a hierarquia no mundo Digital.
Discordo.
Note bem a definição.
Ordenação de importância.
O problema no mundo e na evolução cultural e política da sociedade é de que deve haver uma taxa MUITO maior de meritocracia na ordem de importância.
Estamos saindo de um Ambiente Cognitivo com um forte e rígido controle da hierarquia, como ocorre na Idade Média. Nestes momentos a ordem de importância é rígida e estabelecida por autoridades sem liderança.
A Idade Média e a Idade Mídia são compatíveis!

Um sistema social, seja ele qual for, precisa sempre para gerar valor inverter isso, trocando no menor tempo possível as autoridades sem liderança e colocando lideranças para ter autoridade.
As Revoluções Cognitivas procuram fazer um macro-ajustes sistêmico da espécie que aumenta em tamanho, flexibilizando a hierarquia.
(Uma hierarquia rígida e fechada, enquanto a população aumenta vertiginosamente, só é possível ser mantida com forte controle das ideias, de tal forma a criar uma violenta homogenização social e uma redução drástica da diversidade humana, se refletindo cada vez mais em crises.)
Este é o grande desafio do mundo digital, criar ambientes, através da Colaboração de Massa, turbinadas pelos Algoritmos Digitais, que possam aumentar a taxa de meritocracia, fazendo com que a ordem de importância seja a mais coerente possível com os problemas a serem enfrentados.
Não vamos acabar com a hierarquia, portanto, pois sempre precisaremos criar ambientes que definam melhor a ordem da importância para tomarmos decisão.
Só que iremos precisar que essa ordem de importância seja muito mais flexível e permita que muito mais gente participe dela.

A base da Governança Digital é justamente permitir que isso seja possível, através da implantação de uma Nova Cultura Digital, que será fruto do Modelo Mental emergente, que espelha a Plástica Cerebral que está mudando radicalmente nos mais jovens com o uso dos novos aparelhos.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, E-books Terceiro Semestre, Em busca da Empresa Líquida | No Comments »
jun 12th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Todas as religiões foram marcadas pelos Ambientes Cognitivos.

O surgimento da escrita há 10 mil anos nos legou o monoteísmo.
O livro é monoteísta.
Alguém de algum lugar distante que manda uma mensagem única, trazida por alguém que sabe ler.
Note que todas as religiões tiveram esse modelo até que os humanos passaram a ler também e começaram a interpretar sozinhos o livro.
Quem foi o primeiro a levar isso adiante foi Lutero.
As religiões escritas, depois de Lutero, passaram a algo mais racional.
Hoje, nos países mais letrados Deus é menos poderoso do que nos países mais Orais.
Hoje, Deus nos países Orais é um Deus semi-eletrônico, revivendo uma Idade Mídia religiosa, com impactos na política, na cultura e na sociedade.
Assim, podemos pensar que toda mudança de Ambiente Cognitivo teve impactos nas religiões.
O mundo digital é algo muito sofisticado, pois é uma oralidade, semi escrita, participativa, a distância. E há, em função do aumento cada vez maior da transparência, um forte descontentamento hoje com as religiões de plantão.

Como na Idade Média elas perderam o viço, se empedraram nos seus dogmas e interesses da hierarquia de plantão.
Há no ar uma vontade de algo novo.
A oralidade no passado, antes da escrita, tendia ao politeísmo.
O que unificou a religião foi a escrita.
Há, assim, uma tendência politeísta ou uma afirmação de várias fés e tribos, em torno das premissas básicas que marcam a necessidade histórica de religião no mundo:
- – parâmetros éticos, de algo acima de mim mesmo – um poder superior;
- – um conforto diante da finitude da vida humana;
- – e alguém – mágico – a quem recorrer quando não há mais forças humanas que resolvam.
Acredito que isso sejam demandas humanas históricas e perenes.

Acredito que nos locais onde o digital passar a ser hegemônica teremos um politeísmo de seitas, um pouco do que ocorre hoje, se relacionando pelas redes sociais.
Por outro lado, uma radicalização da oralidade, como temos visto, de fundamentalistas que precisam ser ainda mais dogmáticos para lidar com um mundo cada vez mais complexo.
Disse isso aqui.
Teremos, assim, três Deuses em paralelo:
- – Os monoteístas mágicos – orais;
- – Os racionais -monoteístas escritos;
- – E os politeístas digitais.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, Religião 3.0, Web 2.0 e etc... | 2 Comments »
jun 12th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Viver é sofrer.

Porém, há taxas.
Quanto mais tivermos gente no planeta, melhor terão que ser as nossas decisões para reduzir a taxa de sofrimento.
Revoluções Cognitivas vêm ao mundo para, pela ordem:
- Sofisticar a Plástica Cerebral de nossos cérebros;
- Criar novos Modelos Mentais;
- Remodelar a Cultura, através das Reformas radicais das nossas organizações.
Assim, tal movimento é basicamente Reformador de velhas práticas e vai permitir que um conjunto de processos sejam revistos, a partir de:
- – nova visão;
- – nova maneira de resolver o problema, via Plataformas Digitais Colaborativas.
Porém, estamos falando aqui de sofrimentos operacionais.

Aqueles provocados por processos inadequados para o tamanho da população que temos.
Há, além deles, os sofrimentos existenciais, que, a meu ver, ficam ainda mais agudos quando os primeiros ainda estão sem solução.
Podemos, portanto, dizer que uma Revolução Cognitiva vem ao mundo para procurar reduzir uma taxa de sofrimento operacional e que, por consequência, reduzirá uma taxa de sofrimento existencial.
Mas em nenhuma hipótese vamos imaginar o fim do sofrimento e nem achar que um sofrimento não está vinculado com o outro.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Ética, Existência | No Comments »
jun 12th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Inteligência tem sido definida popularmente e ao longo da história de muitas formas diferentes, tal como em termos da capacidade de alguém/algo para lógica, abstração, memorização,compreensão, autoconhecimento, comunicação, aprendizado, controle emocional, planejamento e resolução de problemas (Wikipédia).

O cérebro humano não trabalha sem um suporte tecnológico.
Ou seja, não produzimos inteligência, que é o resultado de seus esforços,no vazio.
Lá atrás, criar um tipo de inteligência artificial, diferentes dos outros animais, foi a nossa diferença competitiva, enquanto espécie.
Os outros animais usam o cérebro sem suporte, nós não.
Precisamos da linguagem e de toda a sofisticação que criamos a partir dela, tal como a escrita e agora os códigos digitais.
Quando alguém fala que estamos inventando agora a Inteligência Artificial, eu acho graça, pois estamos apenas ampliando a que sempre tivemos.
Nossa Inteligência sempre foi artificial!!!

Quando inventamos máquinas que nos ajudam a pensar, ou começam a ter mais autonomia para apresentar resultados, a partir de alguns problemas sugeridos, estamos na escalada da nossa sofisticação da Inteligência.
Quando falamos de humanos estaremos sempre falando de Inteligência Artificial.
Note que quando inventamos a escrita a sua grande revolução foi permitir criar uma memória auxiliar fora do nosso cérebro que limitava a capacidade de criar da espécie, pois boa parte do consumo cognitivo era para lembrar e não para inventar.
A escrita foi um agente inteligente que nos permitiu liberar determinadas tarefas para colocar outras mais sofisticadas no lugar, assim como a calculadora, o computador e os computadores cada vez mais sofisticados que estamos inventando.
Não estamos, assim, criando agora algo novo, mas apenas sofisticando algo que nossos antepassados iniciaram.
Quanto mais complexidade tivermos, mais teremos que ter ferramentas inteligentes para nos guiar, sofisticando nosso cérebro.

O que podemos apontar como uma guinada é quando tivermos uma Revolução Cognitiva, a partir da massificação de Agentes Inteligentes, alterando de forma radical a plástica cerebral de alguma forma, criando um novo Modelo Mental, que seria uma referência de mudanças similares no passado.
Quando falamos de determinadas experiências que estão sendo feitas, não estamos falando de Inteligência Artificial, mas na criação de um Cérebro Artificial, que estaria produzindo um outro tipo de inteligência.
Enquanto ele depender de nós para se reproduzir e gerar novos “agentes como eles” seriam um desdobramento do nosso cérebro, que continuaria dando ordens.
Mas se houver a possibilidade de reprodução – a despeito de nós – aí podemos considerar que há a característica de uma verdadeira espécie autônoma:
- – se reproduz;
- – e tem autonomia para sobreviver.
Isso seria uma espécie, com um cérebro próprio, que podemos chamar de artificial, pois fomos nós que fizemos, mas para eles, será algo bem natural. Aí, na verdade, teríamos criado uma nova espécie e não uma Inteligência Artificial da antiga espécie.
Tudo isso, teoricamente, é possível, é?

Mas teria essa diferença.
Se falarmos de Inteligência Humana e nós comandando o jogo, estamos falando apenas de Inteligência Humana, que é e sempre foi artificial.
Que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Conceituações, Estruturantes, Filosofia Tecno-Cognitiva, Tecno-espécie | 1 Comment »
jun 12th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Uma nova metodologia social nos leva de “a” para “b” por algum motivo.

Uma nova metodologia vem mudar uma velha que por algum motivo deixou de funcionar a contento.
O motivo é a melhoria de aprimorar como estamos resolvendo um dado problema.
Uma nova metodologia, assim, traz uma promessa.
Tem que apresentar a que ela se propõe de forma clara e apontar quais são as aferições comparativas entre “a” (o agora) com “b” (o depois).
É quase uma campanha política.

E aí podemos ter duas possibilidades:
A) resultados intangíveis – da ordem cognitiva e/ou afetiva, que levará a resultados de curto, médio e longo prazo;
B) resultados tangíveis – da ordem prática/operacional que levará a resultados de curto, médio e longo prazo.

Assim, é preciso uma planilha que aponte em “a” e “b”:
- Por que mudar?
- Benefícios e riscos?
- Que ações serão feitas?
- Qual o custo?
- O que se espera de resultados?
- Quando?
- Onde?
- Como medir?
- Quais são os índices?
- Quais as datas de medição?
- O que pode ser considerado um sucesso?
- O que pode ser considerado um fracasso?
De maneira geral, novas metodologias atualmente são muito mais promessas ao vento.
- São feitas para fingir mudanças.
- Procura-se tapar o sol com a peneira para problemas contínuos.
Acredito que sem medição não estamos falando de metodologias, mas de falsas metodologias.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks | No Comments »
jun 12th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Um Modelo Mental é a expressão viva das mudanças da plástica cerebral. Ver mais esta relação neste post.

A plástica cerebral é moldada TAMBÉM e fortemente pelas Tecnologias Cognitivas.
Temos uma Inteligência Artificial, que se sofistica, conforme mudam e se sofisticam as tecnologias cognitivas.
Não teremos em um momento da história um único Modelo Mental, mas vários em paralelo, pois serão resultados do uso das Tecnologias pelas diferentes camadas da população no mesmo país, ou em diferentes regiões.
E teremos também uma relação de outros fatores culturais nos Modelos Mentais.
O Modelo Mental Digital brasileiro é diferente do Norueguês, com pontos de divergência e convergência.

Há, digamos, três fases de um Modelo Mental:
- – chegada – quando a nova Tecnologia Cognitiva se massifica;
- – hegemonia – quando ele consegue se estabelecer como hegemônico;
- – ocaso – quando uma nova Tecnologia Cognitiva se massifica.
Existe, portanto, um Modelo Mental mais, digamos, competitivo a cada momento da história, que conseguirá lidar com mais facilidades com problemas complexos. O cérebro se sofistica para isso: lidar cada vez mais com os problemas complexos, que os aumentos demográficos produz.
Há dois tipos de Modelos Mentais.
- Em expansão – que estão em processo de expansão da diversidade, quando as Tecnologias Cognitivas são descentralizadoras. Ex: alfabeto, papel impresso, Internet;
- Em contração – que estão em processo de contração das diversidade, quando as Tecnologias Cognitivas são centralizadoras: Ex: Rádio e Televisão.

- Quando temos uma fase na humanidade que o Modelo Mental está em contração, temos sistemáticas crises e o aumento de propostas centralizadoras de poder, como tivemos no século passado.
- Quando temos uma fase na humanidade que o Modelo Mental está em expansão, temos, ao contrário, um período de saída das crises passadas e o aumento de propostas descentralizadoras de poder, como estamos começando a viver neste século.
Assim, podemos dizer que temos uma dupla característica dos modelos mentais. A primeira é da ordem do que permite em termos expansão/contração, como vemos na figura abaixo:

A outra, relacionada a anterior interfere na questão da diversidade. Quanto mais centralizada for a tendência da Tecnologia Cognitiva mais perderemos em diversidade e vice-versa, como vemos na figura abaixo:

Temos várias outras variações, mas farei isso ao longo dos próximos posts.
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Conceituações, Discurso do Método 2.0 - Compartilho, logo existo!, E-books Terceiro Semestre, Em busca da Antropologia Cognitiva, Históricas | No Comments »
jun 11th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Comentei aqui as 4 etapas para estabelecer um Diálogo Honesto.

Note que temos dois perfis em termos de impedimento para um diálogo, que vou chamar de:
- – Incapacidade de diálogo estrutural – despreparado e ainda incapaz para um diálogo honesto no geral;
- – Incapacidade de diálogo conjuntural – incapaz para um determinado diálogo específico.
Diria ainda que no caso Estrutural temos os despreparados eventuais (que terão mais facilidade sendo superadas algumas barreiras) e os crônicos (que dificilmente conseguirão estabelecer um diálogo)
INCAPACIDADE DE DIÁLOGO ESTRUTURAL:
No caso 1, há pessoas que estão intoxicadas de dogmatismos variados.
O dogmatismo é a incapacidade de perceber a percepção.
Ou seja, há uma relação direta da pessoa com uma dada visão da realidade, inventada obviamente, da qual ela não abre mão.
“Eu vejo uma realidade que é A realidade”.
E quando isso acontece dificilmente vai se estabelecer um diálogo honesto.
Por isso, todas as minhas aulas começam com a problematização da percepção da percepção e a separação entre realidade e percepção.

O dogmatismo (a perda da capacidade de ver a percepção) é a praga do mundo atual, provocador da macro-crise da comunicação que estamos passando, provocada pela Ditadura Cognitiva dos meios eletrônicos de massa do século passado quenos colocaram nessa situação.
Quando alguém consegue olhar para a sua própria percepção tem chance de ver que ela pode estar equivocada e precisa do outro para saber se há um fantasma na sua frente, sim ou não.
É quem duvida da percepção que pode sentar para dialogar, de outra forma fica impossível.

INCAPACIDADE DE DIÁLOGO CONJUNTURAL:
Mas nem sempre uma pessoa que já está trabalhando a percepção da percepção, está disposta a dialogar sobre tudo.
Vejo isso várias vezes.
Um diálogo precisa de:
- – interesse mútuo em torno de um dado problema que ambos querem ver resolvido;
- – tempo para se dedicar a hipóteses sobre ele.
(Diálogo não giram em torno de assuntos, pois assuntos são ótimos para passar o tempo. Um diálogo honeste necessariamente altera algo na maneira das pessoas agirem, se não é passatempo.)
Quando as duas coisas não batem, a tendência é que a coisa não vá adiante.
Por isso, acho que comentar um texto, ou sentar para conversar exige uma dedicação e uma vontade para que isso ocorra.
Volta e meia, quando uma pessoa, que não é um dogmático estrutural, reage de forma estranha a um dado texto, ou a um dado papo, pode anotar: é a pressa.
A pessoa quer, mas não tem tempo e aí normalmente, passa pela tangente.
- Ou chega a conclusões sem conseguir passar pela compreensão do que foi dito;
- Ou precisa colocar o diálogo em uma dada gaveta e isso implica em adjetivar.
Os adjetivos servem para isso: cortar um diálogo e poder dormir tranquilo, achando que conversou, quando, na verdade, empedrou outro e arquivou.

Um debate honesto é um espaço sagrado.
Em que vai se sentar com vontade e tempo para realmente se dedicar a juntos trocar impressões sobre um determinado problema e tentar mudar a forma de agir e pensar sobre ele.
O problema que hoje perdemos muito tempo em papos irrelevantes (diálogos desonestos ou monólogos honestos) , que não são diálogos e nem são honestos, pois são superficiais, e não selecionamos que conversas e que papos poderiam ser mais proveitosos.
E isso faz parte de uma escolha consciente e racional que deve nos levar a:
- – correr dos dogmáticos estruturais – fuja como o diabo do Windows; 😉
- – ver quando há um dogmatismo conjuntural – a pessoa está sem tempo ou não se interessa por aquele tema;
- – e achar, finalmente, quem quer se aprofundar e vai dedicar um tempo para aquilo.
Nestes momentos, temos algo mágico que é aonde a sociedade pode dar um salto: criar mais e mais uma metodologia para estabelecer Diálogos Honestos, em que as partes estão dispostas a se entender e a mudar algo que gera sofrimento comum.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Capacitação 3.0, Da Filosofia dos Dialogadores, Educação 3.0, Filosofia Tecno-Cognitiva | 5 Comments »
jun 11th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Comecei neste post, outra linha de abordagem sobre como podemos revisar como pensamos o ser humano e como produzimos cultura.

O que podemos começar a dizer que estamos tateando é que nossa espécie tem mudanças profundas e consistentes, mas que NEM TODAS ELAS são provocadas por fatores culturais.
- Hoje, é comum dizer que a espécie humana é cultural.
- Mas nem tudo que ela modifica advém da cultura.
Essa é a mudança radical de visão que temos que trabalhar para entender o século XXI.
Veja a figura:

Na tabela acima, coloquei, em uma ordem de prioridades, instâncias ou camadas de produção de cultura e seus resultados, as organizações, e como elas são influenciadas, ou melhor, aonde o ser humano tem ingerência e onde ele não tem.
- Note que o cérebro, em termos de massa, não pode ser alterado rapidamente;
- Os neurocientistas têm nos mostrado que a plástica cerebral se modifica ao longo do tempo e durante uma mesma vida, ou seja, é algo mais mutante em menor tempo;
- Assim, o cérebro tem uma autonomia de mudança a despeito de seu dono;
- Na linha da Escola de Toronto, há mudanças cerebrais nas mudanças de Tecnologias Cognitivas, ou de mídia.

Assim, apenas trabalhando em uma abordagem dedutiva da Antropologia Cognitiva, ainda sem comprovação, pois vai ser difícil por enquanto, podemos dizer que antes da produção da Cultura existem instâncias anteriores, das quais a Cultura é passiva e não ativa!
- A cultura não é capaz de interferir nas mudanças anatômicas das redes cerebrais.
- E estas parecem que mudam com a chegada de novas mídias.
- E assim ela passa a ser obrigada a se alterar de um movimento que vem da plástica cerebral para fora;
- E não da cultura para dentro.
(Note bem que NÃO ESTOU DIZENDO QUE NÃO HÁ INSTÂNCIAS DE NEGOCIAÇÃO, sim há, porém não são tão fortes como pensamos, do ponto de vista da cultura interferindo em determinados fatores.)
Muitos dirão que as Tecnologias Cognitivas são filhas da cultura. E são.
Mas, pelo passado, vemos que os efeitos das mudanças na Plástica Cerebral pelas Tecnologias Cognitivas são indiretos. A linguagem, a escrita, o papel impresso, o rádio, a televisão ou a Internet provocaram estas mudanças, mas sem que houvesse um projeto político ou cultural, ou uma intenção dessa alteração cerebral. Elas aconteceram pelo uso, independente das vontades culturais.
Note ainda que coloquei depois das Tecnologias Cognitivas uma nova camada ou instância, que é a do Modelo Mental.
O Modelo Mental é o lado tangível da Plástica Cerebral. Você não vê a mudança da Plástica Cerebral, mas você percebe que algo está se alterando quando percebe que uma nova geração em contato intenso com as novas tecnologias, começa a ter atitudes não usuais dentro da cultura vigente. É a plástica cerebral mandando recado, alterando o Modelo Mental e este começando a apontar necessidade de mudar a cultura!
A plástica cerebral, a meu ver, não atua diretamente na sociedade, pois ela “dialoga” e/ou “interage” com a sociedade, via um determinado Modelo Mental.
- O Modelo Mental escrito é um, que tende a várias características;
- O Modelo Mental oral é outro, que tende a várias características.
- O Digital idem.
O Modelo mental, ele sim, vai ser alterado e começar a negociar com a Cultura. Por isso, podemos falar de uma Cultura Oral, Escrita ou Digital, que é o Modelo Mental se relacionando com a Cultura. E o Modelo Mental é o agente explícito da plástica cerebral em processo de alteração.
São salas em que há forte passagem de um lado para outro, mas são salas separadas e têm que ser colocados de forma separada.
A velha cultura é, assim, influenciada pelo novo Modelo Mental, que procura expressão e passa a procurar, aí sim em um processo cultural, mudar as organizações ao longo do tempo para ver uma relação harmônica entre:
- Novas Tecnologias Cognitivas/Nova Plastica Cerebral;
- Novo Modelo Mental/Nova Cultura;
- Nova Cultura/Novos modelos de organização.

O que estou a dizer, portanto, é que o nosso cérebro, que é artificial e sempre foi, se modifica conforme o “capacete” tecnológico disponível e começa a irradiar um novo Modelo Mental, que influencia as camadas externas, pela ordem:
- – O modelo mental;
- – A Cultura;
- – As Organizações.
Assim, não há uma relação de interferência da Cultura com a Plástica Cerebral, que se modifica pelo uso de uma dada Tecnologia Cognitiva, que veio à sociedade, sem esta intenção, mas provocando uma mudança do cérebro irreversível.
Nas críticas que recebi apontam esse modelo como esquemático.
Porém, são instância de negociação mútua, quando estamos falando da introdução de uma nova Tecnologia Cognitiva em larga escala. É uma teoria emergente que vem procurar resolver um problema emergente: como explicar a demanda de mudança de cultura tão radical de novas gerações em um período tão curto de tempo, a partir do uso intenso de novas tecnologias?
Tal modelo se aplica, em função da demanda, para tornar mais compreensível os atuais fenômenos de mudanças na maneira de sentir e pensar de um conjunto grande de pessoas adeptos radicais de novas Tecnologias Cognitivas em um período muito curto, como as manifestações no Brasil no ano passado.
É preciso aí neste caso decupar bem as partes.
Os jovens, a meu ver, tiveram um acesso muito rápido a um conjunto novo de novas tecnologias cognitivas, alteraram a plástica cerebral (um dia máquina vão conseguir medir isso), criaram um novo modelo mental e estão querendo agora expressar isso que sentem, tentando influenciar a cultura e mudar as organizações da sociedade.

Isso é uma hipótese para explicar esse fenômeno diferente.
Qualquer crítica que seja feita a essa hipótese, deve analisar o fenômeno para a qual a hipótese está sendo criada e, em caso de não concordância, ter uma explicação mais plausível para que possamos comparar as duas visões.
Quando se faz hipóteses muito diferentes, procura-se tentar entender fenômenos muito diferentes. Assim, quando se questiona uma hipótese deve-se procurar colocar outra melhor no lugar que procure explicar o MESMO mistério que está para ser desvendado.
E assim se avança.
Se não há a vontade de explicar aquilo que a teoria está tentando, ou não se apresenta outras alternativas, fica uma discussão no vazio. Há uma crítica transversal a teoria, pois há um descompromisso de se responder a pergunta formulada.
Assim, questionamento estão abertos, desde que se procure apontar teorias mais consistentes, ou furos na atual, que possam colaborar para revermos e avançarmos juntos na compreensão de algo importante.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Conceituações, Discurso do Método 2.0 - Compartilho, logo existo!, E-books Terceiro Semestre, Em busca da Antropologia Cognitiva, Estruturantes, Existência | 1 Comment »
jun 11th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Amanhã começa a Copa.

Onde?
No Brasil.
Em que Brasil?
Há uma crise no país, como no mundo, de representação.
Aqui temos três países em paralelo:
- – os orais – que querem uma monarquia;
- – os escritos – que querem melhorias na República;
- – os digitais (que foram às ruas ano passado) que querem algo completamente novo.
A maioria, entretanto, vive no mundo da oralidade, com suas superstições, fés, temores que votam em reis, que irão tirá-los da miséria com um manto sagrado. Aqueles que oferecem o paraíso na terra, que querem o poder absoluto e que são caridosos sem serem emancipativos. O que esperar de uma santa majestade?

Vivemos sob a égide de uma pseudo-república, uma monarquia brasileira disfarçada em pleno século XXI, que dialoga diretamente com os seus súditos orais.
Foi essa neo-monarquia que resolveu organizar a copa, com a anuência dos escritos e dos digitais. Porém, as promessas que foram feitas para os três segmentos foram esquecidas peles orais, mas não pelos outros:
– não será investido um centavo de dinheiro público;
– o país terá um forte legado;
– a Copa vai trazer crescimento;
– E nós vamos entregar tudo a tempo para não passar vergonha.
Neste país mágico que os orais acreditam vai ter Copa.
Porém, para as outras duas camadas cognitivas, que não esqueceram as promessas, não bate a promessa com o que está sendo entregue. Há uma certa decepção ao se abrir o pacote.

Como os orais que são a maioria e mandam na monarquia brasileira não cobram, (pois foram, por uma história perversa, aprisionados na Idade Média e continuam condenados à ela), ninguém vem a público explicar o que foi prometido e não cumprido, pois não dá voto.
Agora é festa. Não há mais (e isso já faz tempo) necessidade de dialogar com os outros Brasis, que são os “sem-voto”. O que interessa são os orais os “com-votos”.
Esta Copa, assim, está sendo feita em um reino mágico de um país distante, com muita bunda, sorrisos, um povo feliz, natureza bela, com obras super-faturadas e não entregues, sem coordenação lógica entre passado, presente e futuro.
- De um lado compra-se armas químicas contra ataques imaginários.
- Do outro, como em Campinas, onde treinam algumas seleções, há um surto de dengue, estes malditos mosquitos terroristas.
- De um lado se vê barcos da marinha costeando a costa;
- Do outro um jornalista ( e o amigo do meu filho anteontem) sendo assaltado, com todo o policiamento reforçado.
A Copa é em um país que não existe.

Sim, tem Copa nesse país distante, neste reino de fantasia que foi criado, sem lógica e sem discurso para quem vive só de emoção. O apelo agora é vamos esquecer tudo que passou e vamos cair de novo na oralidade.
Mas tem, como muitos estão afirmando, um sentimento difuso que é o de que #não_vai_ ter_ copa.
Como se a Copa está aí?
Mas aonde?
Aquela Copa prometida não vai ter, a não ser que esqueçamos as promessas.
O que foi prometido, comprado e encomendado não veio.
E pior: não tem um call center que possa se ligar para se reclamar do produto.
Ao se abrir o pacote, se viu que compramos filé e veio salsicha.
E nem explicação.
A Copa é essa: engulam sem água.

Para muita gente, como eu me sinto, a Copa é num Brasil distante. Num reino da fantasia, onde um rei “bondoso” fez uma Copa e todos viveram felizes para sempre.
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, E-books Terceiro Semestre, Política 3.0 | 1 Comment »
jun 10th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Todo o material da semana reunido em um só lugar. Aqui!
Favor comentar todos os vídeos e textos, exceto o principal, nos comentários abaixo, sempre cite sobre qual vídeo, texto, ou assunto está comentando!

Vídeo principal da semana:
Formulário de avaliação do Vídeo Principal:
https://docs.google.com/forms/d/1p5JrR-m3tEc6qRdhWk_YNOsdqGE19KZzwgaUtamaOZ8/viewform
Repostas dos sócios para o formulário do vídeo principal:
https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0Agv7qg2mm8UNdC1XRDlhWndrZWs5NThFd0ViX2VtNFE&usp=sharing
Vídeos complementares:
Complementar 01:
Complementar 02:
Complementar 03:
https://www.youtube.com/watch?v=_mM6sXqeQ0c
Complementar 04:
Complementar 05:
Complementar 06:
Complementar 07:
Complementar 08:
Textos complementares:
01 – O lado sólido do conhecimento mais líquido, que complementa o vídeo.
02 – A escola de Toronto para Dummies 😉
03 – Como produzimos cultura?
04 – Sequência sobre Círculos do Poder
05- Homo Sapiens
(aguarde)
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, I Campeonato Cognitivo do Clube do Nepô para Difusão e Implantação da Governança Digital | 2 Comments »
jun 10th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Como podemos avaliar quanto uma organização será impactada pelo digital?

Temos que aplicar o Cálculo do Futuro.
O grande impacto da Cultura Digital nos negócios (note que não falo de tecnologias, mas de cultura) é a possibilidade da criação de Reintermediação a baixo custo. Ou seja, estabelece-se como possível a troca, com alta taxa de confiança e a comodidade entre uma camada de fornecedor e consumidor.
Assim, logo de cara temos uma crise dos velhos intermediadores, que geravam valor fazendo essa troca, gerando confiança e comodidade.
Estes estão sendo e serão os mais impactados pela nova Cultura.

E isso impacta diretamente na área de Serviços, que nada mais é do que intermediar trocas.
E aí teremos algumas variações, tendendo a estarem mais protegidos:
– proteção legal, como bancos;
– necessidade de presença física, como restaurantes, bares, etc.
Tudo que puder:
- – migrar para o digital;
- – puder ser feito a distância;
- – e puder burlar ou mudar a legislação.
Será fortemente impactado.

Mais protegidos temporariamente são aqueles que geram valor com produtos.
Também em escala.
- – quanto mais difícil for a sua extração ou produção;
- – quanto maior for a estrutura para produção;
- – e quanto maior for a incapacidade de descentralização.
Mais protegidos estarão.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, E-books Terceiro Semestre, Em busca da Empresa Líquida, Epistemologia, Filosofia Tecno-Cognitiva, Gestão da Governança Digital | 2 Comments »
jun 10th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Toda o estrategista trabalha com uma fórmula de cálculo do futuro.

O cálculo do futuro é um algoritmo, mais ou menos sofisticado, que:
- – analisa as forças;
- – estabelece relações entre elas;
- – pontua as principais (ou a principal) e as secundárias;
- – gradua os contextos;
- – e a relações entre forças e contexto.
Algo como:

Cada força atua em relação às outras e variam, conforme contextos.
Uma boa teoria é aquela que consegue adequá-las para que possa criar projeções, dentro de determinadas mudanças.
Vou aplicar isso a um caso prático no próximo post.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, E-books Terceiro Semestre, Em busca da Empresa Líquida, Epistemologia, Estruturantes, Filosofia Tecno-Cognitiva | 1 Comment »
jun 10th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Estou atendendo um cliente na área privada para aprofundar o que seria a cultura digital.

A grande mudança que temos para a área de negócios com a chegada das Mídias Participativas é a introdução de uma nova possibilidade de confiança nas trocas. Podemos até em falar na Confiança Digital.
Podemos partir da seguinte premissa:
- – o ser humano é interdependente, precisa das trocas para sobreviver;
- – toda troca exige uma taxa de confiança para que se reduza riscos;
- – as trocas são feitas dentro de um ambiente cognitivo, através das ferramentas disponíveis;
- – ao se alterar o Ambiente Cognitivo, pode haver alteração no modelo de confiança.
Esta é a melhor explicação para o declínio das organizações tradicionais, principalmente as que geram valor na intermediação.
Note que um conjunto grande de organizações tradicionais, até a chegada das Mídias Participativas, “vendia” antes de tudo confiança, fazendo a ponte entre um determinado fornecedor e o consumidor.
É o caso, por exemplo, da Indústria do Turismo.
Veja a figura abaixo:

Este modelo pré-Mídias Participativas gerava valor para a agência de Turismo, pois o consumidor tem dúvida se pode confiar num dado fornecedor, como um hotel que estava oferecendo serviços, além da dificuldade que tinha de estabelecer contato com ele diretamente.
A Agência da Turismo, durante anos fez uma preciosa Intermediação entre fornecedor e consumidor do turismo, garantindo, com isso, uma boa taxa de confiança entre as partes, além do conforto.
É assim que era gerado o valor de forma estável ou até ascendente, dependendo da competência de cada Agência.

Muitos se iludem hoje com a Internet de que a mudança é a chegada da tecnologia das redes, onde consumidor e fornecedor podem falar diretamente.
Esta é uma parte pequena.
O processo de uso da Internet vem desde 1995 no Brasil e isso não abalou as Agências de Turismo. Isso pode ter atrapalhado um pouco, mas não gerou grandes problemas para o antigo intermediador, pois a taxa de confiança e comodidade ainda era maior com ele.
O que abala o mercado é quando surgem Plataformas em que se consegue o aumento da Taxa de Confiança e Comodidade, com redução de custos!!! Isso estabelece um novo ambiente de trocas do mercado e muda completamente a geração de valor.
E aí está a grande novidade das Mídias Participativas, a Colaboração de Massa, via Algoritmos Digitais de Colaboração de Massa.
Há um processo acelerado de (RE)INTERMEDIAÇÃO entre o consumidor e os fornecedores, que passam conviver em uma mesma plataforma que permite que ambos os lados sejam conhecidos por uma espécie de “SPC Digital”, criando um novo ambiente de troca. Muda-se a cultura do negócio e não apenas a tecnologia que se faz o negócio.
Ou seja, quando se faz negócios nestas Plataformas Digitais Colaborativas todos se avaliam o tempo todo de duas formas:
- – de forma voluntária – classificando consumidor e fornecedor, através ícones, tais como estrelas, curtir ou comentários;
- – de forma involuntária – através de cliques, transações feitas, desfeitas, etc.
A mudança permite que haja uma (RE)INTERMEDIAÇÃO como vemos no modelo abaixo:

Antes das Plataformas Digitais Colaborativas não era possível que um consumidor pudesse se sentir seguro de fazer contato direto com os fornecedores do turismo, ou fechar sozinho um pacote.
Não só por falta de ferramenta para isso, mas principalmente pelo problema da confiança, o mesmo pode-se dizer do fornecedor aceitar qualquer cliente.
As Plataformas Digitais fecham o circuito estabelecendo uma Taxa de Confiança mais elevada. Assim, o serviço de Intermediação que gerava valor, através da comodidade e confiança vai perdendo o dito cujo.
O valor, no caso da intermediação, sempre é gerado por algo que dois lados precisam para poder trocar e precisam de alguém no meio para juntar as partes. Quando há uma nova forma de troca de forma mais barata e que mantenha uma razoável taxa de confiança, significa que o que fazia a intermediação tende a perder gradativo valor.
Estamos na verdade criando uma nova Cultura de Intermediação, que deixa de ser analógica e passa a ser digital, mas não digital do uso da Internet, mas do uso de novas Plataformas Digitais Colaborativas, cujo o centro é a Colaboração de Massa, regulada por Algoritmos Digitais.

A crise do Turismo no Brasil só não é maior, pois:
- – há um enorme contingente de brasileiros (consumidores e fornecedores) ainda fora da Cultura Digital;
- – um certo conservadorismo no geral.
Porém, o cenário do futuro é todo disruptivo.
Quanto mais gente for aderindo e sofisticando o consumo, mais e mais as antigas intermediações vão perder o valor. Isso vale para tudo, incluindo a Indústria do Turismo.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, E-books Terceiro Semestre, Em busca da Empresa Líquida, Empresa 3.0, Estruturantes | 1 Comment »
jun 9th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Este vídeo é impactante e eis uma análise sobre ele:
O que as crianças querem?
Ser felizes quando crescer.
Serem amados pelos que eles são.
Nós não estamos aprendendo a ser felizes e saudáveis.
Isso não é prioridade da escola.
Por que ser feliz e saudável não é uma prática a ser aprendida na escola?
Por que a escola não ensina isso?
Existem oito coisas fundamentais:
- Exercícios;
- Dieta e nutrição;
- Tempo com a natureza;
- Contribuição e serviços para outros;
- Relações;
- Lazer;
- Relaxamento e gerenciamento do stress;
- Envolvimento espiritual.
Ken Robison disse que a escola mata a criatividade.

Os hackers são inovadores, todo mundo que desafia e muda o sistema é um hacker.
Aqueles que procuram criar um mundo diferente e melhor.
Isto é um modelo mental.
Precisamos de mais gente com esse modelo mental.
Tudo está para ser hackeado, incluindo a educação.
Podemos chamar isso de Escola Hacker.
Temos que aprender uma forma de aprender que hackeie o conhecimento para ficar mais fácil daquilo que queremos aprender.
Não podemos ter medos dos atalhos.
Tenho que me envolver com aquilo que eu gosto e me interessa.
Tenho muito a dizer sobre tudo isso e comento depois.
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jun 9th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Não adianta tentar avançar em um Diálogo Honesto em aulas participativas, se não houver algumas premissas. Isso vale para tudo: sala de aula, conversa entre amigos, presencialmente ou a distância, via digital.

- Comunicar – alguém diz algo, que vamos chamar de Hipótese Primária, que nos leva de um ponto “a” para um ponto “b” no pensar e no agir, diante de um problema;
- Entender – alguém resume o que escutou para que haja um entendimento dos entendimentos;
- Discordar – verifica-se as discordâncias e as concordâncias, onde vamos aprimorar os argumentos de ambos os lados;
- Somar – Vê-se o que se pode evoluir de ambas as partes.

E vamos para os próximos capítulos da novela.
O problema é que normalmente as pessoas comentam as hipótese primária com uma taxa de baixa escuta, pois estamos intoxicados pela falta de diálogo do século passado.
A pessoa finge que ouviu, mas não entendeu direito.
E já emite uma opinião, discordante, por exemplo.
Muitas vezes usa-se adjetivos: perigoso, ingênuo, precipitado, conservador, inconsistente, etc. (Isso é mais frequente online do que presencial.)
Porém, não se sabe se a pessoa entendeu o que foi dito.

É preciso passar pela segunda etapa, que é tentar alinhar conceitos, no entendimento do entendimento antes de inciar a etapa seguinte que é entrar nas discordâncias e concordâncias, pois o caos se avizinha.
Eu posso falar em ética.
O que você entende por ética?
E aí começa um debate interminável pelo simples fato de que são duas pessoas de áreas distintas que entendem ética de maneiras distintas. É preciso alinhar conceitos, expressões, antes de começar a discordar ou concordar.

Se não forem dados os passos acima, o risco de problemas de comunicação é grande. Precisamos criar métodos para que possamos voltar a conversar!
É isso, que dizes?
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jun 9th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Ser aplicarmos a Antropologia Cognitiva no Brasil, vamos ter três países:
- – O Modelo Mental Oral – que não sabe ler, pouco lê e não consegue se expressar, via texto, reforçado pelo rádio e a televisão que o mantém no mesmo lugar;
- – O Modelo Mental Escrito – que lê;
- – E o Modelo Mental Digital – emergente, principalmente da juventude de classe média, que saiu às ruas ano passado.

Arrisco a dizer que se fizermos pesquisa com estes públicos, teremos uma certa similaridade de definições políticas.
Leio o livro dos Liberais brasileiros, por exemplo, do Rodrigo Constantino, que defende a liberdade dos indivíduos.
O liberalismo é, sem dúvida, filho do papel impresso daqueles que passaram a ter independência de leitura e, por sua vez, ganharam coragem para propor e literalmente “matar o rei”.
![bebe lendo[1]](http://nepo.com.br/wp-content/uploads/2014/06/bebe-lendo1.jpg)
O Modelo Mental de um ser que vai procurar a liberdade é de alguém que tem uma autonomia de pensamento, do desenvolvimento de raciocínio próprio, filho de todo o movimento iluminista pós-papel impresso.
Um Modelo Mental escrito está pronto para sair da monarquia e ir para um mundo mais Republicano e abrir mão de um Estado mais concentrador, pois terá discernimento para si de uma série de decisões.
E o Modelo Mental digital já quer mais descentralização ainda e está pronto para “matar os atuais políticos” (vide as manifestações de 2013).
A oralidade puxa pela transmissão do conhecimento mais emocional, pois a mensagem nunca vem sozinha, como num livro, mas sempre acompanhada de alguém que conta uma estória, influenciando de alguma forma o resultado da comunicação.
O Modelo Mental Oral dificulta o pensamento individual, mais reflexivo e tende a um movimento mais coletivo, massificado, por tendência.
Ideias liberais dificilmente irão prosperar em um ambiente oral, não por que não contenham suas verdades, mas é pré-prensa, onde o rei (alguém mais mágico e poderoso) faz a diferença.
(Hoje, na América Latina acredito que a população está votando, no fundo, pela volta de um tipo de Monarquia-Republicana.)

Assim como, ideias liberais, não vão prosperar em um segmento mais oralizado, não conseguiremos que um modelo mais monárquico seja aceito em um mundo de modelo mental mais escrito, que quer mais autonomia de ação.
Não é uma questão de querer, mas de Modelo Mental, que como tenho tido, afeta o agir, o pensar e o sentir.
- O Modelo Mental oral pede uma certa proteção divina contra as intempéries, proteção, abrindo mão de uma certa liberdade para isso.
- Bem como um Modelo Mental escrito tende a querer mais independência e menos proteção;
- O Modelo Mental digital, por sua vez, quer muito mais independência do que o escrito.
A crise que vivemos hoje na América Latina é a tentativa, a partir das eleições livres, de saber como vamos superar a convivência destes três modelos, distintos, nas mesmas regiões, que estão separados na história por alguns séculos.
A América Latina vive mais do que uma diversidade de poder aquisitivo, mas convive com três Modelos Mentais distintos e o que tem prevalecido são governantes que atendem a faixa mais numerosa, que é o da oralidade, que quer mais proteção.
A oralidade é, portanto, mais religiosa, é mais fé e menos razão.

Quando falamos que o problema do país é Educação eu tendo a discordar da frase, assim solta.
O problema do país é a incapacidade de autonomia do uso de Ambientes Cognitivos mais sofisticados, que dê a um conjunto maior de brasileiros a capacidade de pensar de forma mais autônoma e e galgar à oportunidades mais sofisticadas de ação.
Precisamos sim ter um atalho e temos.
Hoje, pela primeira vez na história desta humanidade, (risos) temos algo completamente inusitado: a oralidade descentralizada a distância.
Note que o livro permitiu a escrita a distância a baixo custo.
Hoje, diferente do rádio e da televisão, podemos ter pessoas acessando conhecimentos variados, através do celular.
Não é como um Telecurso de um para milhões, mas a possibilidade de aulas de poucos para poucos, a partir dos interesses, através do uso de celulares, baixando arquivos.

Esta é uma janela de oportunidade que se abre para um país oral, que tem pressa em criar autonomia dos mais despossuídos.
É preciso um radical esforço para:
- – ampliar a rede de gente que possa ouvir e baixar, facilitando a compra;
- – preparar as escolas para que esse modelo seja adotado.
Temos que imaginar um grande projeto educacional baseado na voz, enquanto as pessoas estão transitando pelas cidades, com possibilidade de espaços para discussão do que foi escutado.
É um encurtamento gigantesco de tempo e esforço.
Nesse cenário, cada professor em sala de aula hoje será também alguém que está gravando aulas para colocar na rede e ser ouvido por qualquer um que deseje, do fundamental ao pós doutorado.
Temos que ter um bom diagnóstico de nossos problemas e um bom tratamento.
Fica a ideia.
É isso, que dizes?
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jun 9th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Estamos vivendo a primeira grande crise da Rede.

O não apoio ao Governador de São Paulo cria um impasse no que vinha caminhando, aparentemente com uma certa lógica.
1) do movimento a partido:
2) de partido à coligação.
Mas qual foi o objetivo de criar o partido e a coligação?
Criar algo novo. Uma rede, tendo o digital como eixo.
Porém, vivemos no epicentro de um mundo novo, que ainda está praticamente na barriga da mãe e só conseguimos ainda fazer ultra sonografias.
O bebê ainda não nasceu, mas já está grandinho.

O problema é que o século passado com toda a sua intoxicação ainda exerce um forte poder em todos nós.
A Era Oral-Escrita-Eletrônica com suas ideologias, seus pensamentos, seus embates.
- Direita x Esquerda;
- Capitalismo x Comunismo;
- Estatistas x Liberais.
O problema (e não é fácil entender isso) é que tudo que vivemos até aqui foi filho de uma Era que está no fim.
As ideias liberais e marxistas foram filhas da Era Escrita Impressa, que nos legou as Revoluções Liberais do século passado, pois o máximo que conseguíamos de representação e de experimentação foi tentado até aqui. As paredes eram de uma Era Cognitiva que deu o que tinha que dar, ainda mais pressionada pelo salto quântico na demografia de 1 para 7 bilhões em 200 anos.
O digital zera esse jogo.
Agora, não se pode mais pensar o futuro da política e da economia, com bases nas limitações cognitivas que tínhamos no passado.
Nosso cérebro foi empoderado por um novo “Capacete Cognitivo“, hoje podemos mudar o modelo da sociedade, a partir do uso sábio das novas tecnologias.
- E isso não é uma teoria, mas uma prática.
- Não é uma vontade, mais uma ação.
- Ser digital e viver o digital, não enquanto usuário, mas um ser auto-mutante, difusor, implantador de uma NOVA CULTURA.

E quando falo em viver o digital não estou falando de usar um computador, um celular ou o Facebook, mas aceitar uma nova cultura emergente, que nos leva à descentralização do poder, do capital e das oportunidades.
- Quem é liberal tem que ser um liberal 3.0.
- Quem é de esquerda tem que ser da esquerda 3.0.
- Quem hoje não quiser implantar uma República Digital é reacionário.
- E quem quer implantar é inovador.
O jogo está, de novo, embaralhado.
Estamos, do ponto de vista da história, próximos aos pensadores dos séculos XVI, XVII e XVIII, que criaram o modelo da República versus à monarquia dos séculos passados, a partir do potencial que a escrita impressa nos legou.
Hoje, é preciso criar uma grande frente de Republicanos Digitais, que tenham como eixo principal a descentralização, de fato, do poder (inclusive os de dentro do partido), do capital e das oportunidades, tendo como preocupação a preservação da diversidade dos seres vivos do planeta.

A Rede está confusa, o que era natural que acontecesse, pois ao entrar no atual modelo intoxicado não haverá nunca saída.
E quando se quer negociar ou discutir, é preciso ter uma visão de onde estamos e para onde vamos.
A Rede hoje não é esquerda, não é direita, não é liberal, não é conservadora. É tudo isso misturada, sem um norte, pois não basta dizer não, isso é um primeiro passo, mas é preciso dizer sim para algo que a história aponte como uma liderança para passar de um ponto “a” para o “b”.
É tempo de constituir um núcleo multi-partidário, um movimento, sem partido, que abra a defesa da República Digital no país.
E isso pode passar por um partido, ou não, desde que se entenda claramente o que é tática (passar por um partido agora) para recriar os partidos (amanhã).
Mas isso não está ABSOLUTAMENTE claro.
No meu ver, todos que queiram estimular e experimentar essa nova cultura política mais aberta, entra para a roda, desde que tenha como premissa os eixos centrais: descentralizar o poder, o capital, as oportunidades, respeitando a diversidade dos seres vivos.
- Quer isso, está dentro.
- Não quer, está fora.
E quando se fala em descentralizar o poder saiba que muita gente que se diz progressista vai se tornar rapidinho um grande reacionário e vice-versa.
É hora de reagrupar, conceituar, criar estratégias mais consistente, para avançar.
É isso, que dizes?
Veja alguns áudios que gravei sobre República Digital:
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jun 9th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Nós não vamos inventar uma inteligência artificial, nossa inteligência já é – e sempre foi – artificial!

O cérebro humano não trabalha no vazio.
Não é como os outros animais que anda sem uma tecnologia para sustentá-lo.
Por vários motivos, inclusive anatômicos (para poder sair da barriga da mãe), não pudemos crescê-lo mais do que o tamanho atual e passamos a potencializá-lo desde o início (e cada vez mais) artificialmente.
Não podemos entender nossa sociedade e a cultura que ela cria, se não compreendermos essa artificialidade do cérebro, que é o epicentro da espécie, onde tudo começa e, por que não dizer, termina.
Portanto, se pensarmos nosso cérebro de forma artificial, temos que entender que vivemos épocas na sociedade que há uma hegemonia de um determinado Modelo Mental.
O Modelo Mental é o que vemos abaixo:

É a relação do cérebro como o seu “capacete” (Tecnologias Cognitivas) e o que ele produz – independente de nós – para se ajustar a esse novo instrumento de trabalho para o qual é apresentado.
O modelo mental se constrói lá dentro e é algo que é independente de nossa vontade, pois nós não temos controle sobre ele (até agora), pois o cérebro tem movimentos independentes, a partir do momento que entra em contato com determinadas situações. Ainda mais quando se trata daquilo que é seu suporte básico: as Tecnologias Cognitivas – a placa-mãe da espécie – o modelo mental seria o software.
Essa relação entre tecnologias cognitivas e cérebros produz um Modelo Mental, que muda com o tempo, pois a Inteligência é Artificial, sujeita às Conjunturas Cognitivas de plantão.
Não é o cérebro, portanto, que produz cultura e nem as Tecnologias Cognitivas, mas a relação deles dois, que estou chamando de Modelo Mental que procura ser uma relação harmônica para produzir uma nova cultura – esta sim com a possibilidade de nossa ingerência.
Mas note que o Modelo Mental emergente vai iniciar um processo na sociedade de produção de um novo modelo de Cultura, que será mais e mais introduzido, sem que tenhamos a noção de que se trata do cérebro dando sinais de “que é para lá que eu quero ir, pois é mais compatível com o que construí aqui dentro”.
Nossa Cultura, portanto, ao longo do tempo, é filha do Modelo Mental que vamos construindo na relação do Cérebro com seu Capacete, como vemos na figura abaixo:

O mais importante de tudo isso – para quem estuda a sociedade humana – é aceitar que essa mudança do Modelo Mental não é feita de forma consciente e nem pode haver uma inferência com as atuais ferramentas que temos para impedir essa mudança no cérebro, que modifica o Modelo Mental.
É algo para o qual somos IMPOTENTES.
O Modelo Mental é resultado de uma relação autônoma do cérebro com o seu “capacete”.
Assim, o que estamos dizendo aqui é que a nossa Macro-Cultura ao longo do tempo é filha de algo que independente de nós, pois o nosso cérebro ao ganhar uma nova Tecnologia Cognitiva de presente e poder se expandir, toma as providências necessárias SEM NÓS.
E depois começa a girar de uma nova forma e pede um modelo de sociedade que seja compatível com o que ele tem lá dentro.
(Acredito que é a explicação mais plausível para as manifestações do ano passado. Quem foi para as ruas foi o novo Modelo Mental!!!)

Esta é a conclusão e a evolução mas lógica dos estudos da Escola de Toronto, no qual McLuhan, sua expressão maior dizia que o “meio é a mensagem”,
O “meio” é aquilo (o capacete) que o cérebro usa para operar e se modica sozinho, produzindo um Modelo Mental que passa a tentar a Cultura em uma dada direção, pois os humanos que passam por essa mutação tendem a agir, pensar e sentir de um novo jeito.
Essa visão Antropológica Cognitiva nos leva a pensar nossa história de forma completamente diferente, pois todas as mudanças que começam a ocorrer, a partir de uma Revolução Cognitiva, quando o cérebro, basicamente, troca de capacete e se expande, não são, em alguma medida, opcionais.
Obviamente, que há espaços para os ajustes – e muitos – mas, por outro lado, existe um Modelo Mental emergente que vai procurar o seu espaço no mundo.
Se aplicarmos essa tese à chegada do papel impresso em 1450, quando a Escrita chegou de vez à espécie, depois de quase 9,5 mil anos enrustida, podemos supor que todo o renascimento, bem como o iluminismo, a república e o próprio capitalismo nada mais foram do que o modelo mental emergente da escrita imperssa transformando a cultura para se sentir mais à vontade.

Por fim, temos o elemento Malthusiano nessa análise.
Quanto mais gente, mas complexo tem que ser o nosso cérebro, nosso modelo mental e, por sua vez, nossa cultura e todas as organizações que ela é capaz de criar. Assim, uma sociedade de 7 bilhões de habitantes força o surgimento destas novas Tecnologias Cognitivas, que forçam o novo Modelo Mental, que força a revisão de toda a Cultura, que força, por sua vez, as mudanças modelos sociais, políticos e econômicos.
Somos escravos do modelo artificial que criamos.
Quem resistir às mudanças emergente, não está brigando com pessoas, mas, no fundo, com cérebros modificados!
Não temos a autonomia que achamos que temos.
É preciso revisar a nossa onipotência enquanto espécie, somos muito mais tecno-biológicos do que achamos.
Nós mandamos e podemos fazer muita coisa, mas nosso cérebro manda muito em nós, sem que possamos dizer não.
E se ele muda, por causa de nossas invenções e loucuras (como crescer muito mais do que imaginávamos) nós vamos mudar também. Esta é a revisão básica que as ciências humanas terão que fazer para entender melhor o século que entra.
É isso, que dizes?
Post – post:
A partir dos debates abaixo, achei que poderia melhorar o desenho para expressar melhor o que estou vendo:

Note que crio a figura da Plástica Cerebral que não aparecia na figura passada, que são mudanças dentro e exclusivas do cérebro, São mudanças independentes.
Este conjunto de relações entre Plástica Cerebral x Tecnologias Cognitivas forma um dado Modelo Mental e este interage com a cultura, em vários níveis, macro, médio e micro.
Sinto que fica mai próximo do que quero passar.
Grato às provocações do Mangi e Léo.
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jun 9th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Não faremos reformas na política, na educação, nas organizações, mas teremos que facilitar para que a nova cultura, que já está sendo vivida pelo nosso novo cérebro possa ser exercida. Não será mais do mesmo, mas mais do que nunca foi vivido, pois o nosso cérebro não é mais o mesmo e nem nós, estamos radicalmente mutantes!
A Antropologia Cognitiva nos mostra que estamos entrando em um outra Era da Civilização Humana.

Podemos dizer que temos:
- – Macro-Eras Civilizatórias – quando nosso cérebro se modifica radicalmente, a partir de um novo Ambiente Cognitivo, tal como a Oralidade, a Escrita e o Digital, criando uma nova Mentalidade Cognitiva e, por sua vez, novas médio e micro eras;
- – Médio-Eras Civilizatórias – que são marcadas por marcos que os historiadores marcam como Idade Média, Moderna, etc;
- – Micro-Eras Civilizatórias – quando temos fenômenos sociais, políticos e econômicos que estabelecem determinados parâmetros, tal como o feudalismo ou o capitalismo, que cria um ambiente político-econômico-social que acaba se espalhando por vários países.
A chegada de uma nova Macro-Era Civilizatória é, portanto, produtora de uma nova Mentalidade Cognitiva e esta de uma nova Cultura que mudará completamente a forma como organizamos a sociedade e suas organizações, criando novas médio e micros-eras.

Difícil perceber o seu surgimento, pois estamos no epicentro do furacão, mas podemos dizer que somos os primeiros pesquisadores sociais a conseguir enxergar esse fenômeno com a ajuda dos pesquisadores da Escola de Toronto, que conseguiram perceber o quanto as Tecnologias Cognitivas influenciam a nossa espécie.
Portanto, quando pensamos em termos de sociedade e de seu futuro temos que ter a noção de que estamos entrando em uma nova Macro-Era Civilizacional em que todas as cartas que estão na mesa serão embaralhadas e distribuídas de novo.

Uma Macro-Era Civilizacional é basicamente a chegada de um novo “Capacete Cognitivo” que expande o potencial do epicentro da espécie: o cérebro. Os limites que tínhamos, até então, já não existem mais a não ser na nossa dificuldade de nos desintoxicar das barreiras que já não existem.

Podemos dizer melhor.
Que até o momento nossos limites para resolver determinados Impasses Civilizatórios Tecno-Cognitivos, quando só saímos de determinadas crises, ao criar um novo Ambiente Cognitivo.
Por mais que quiséssemos, por exemplo, melhorar o sistema político, havia um limite que o Ambiente Cognitivo Oral-Impresso-Eletrônico permitia.
O mesmo vale para a Educação, Ciência, Organizações, etc. Ou seja, deram tudo o que tinham que dar no Ambiente Cognitivo que chega ao fim.
Com a chegada do Digital, que introduz uma nova Macro-Era Civilizacional há um novo potencial, que rompe estas barreiras.
E a limitação JÁ NÃO É MAIS TECNOLÓGICA.
É a dificuldade que temos de nos DESINTOXICAR do modelo antigo, que tinha a limitação tecnológica anterior.
Isso nos leva a dizer que todo o movimento agora será em dupla direção:
- – Desintoxicar da Macro-era cognitiva que chega ao fim;
- -E e inovar para criar a nova Macro-era, a partir do novo potencial que nosso cérebro pode agora exercer, tanto individual quanto coletivamente, deixando a nova Cultura vicejar.
Assim, não faz sentido falar em Reformas, mas em Revoluções, mas não revoluções sociais, mas mudanças profundas em que deixamos a nova cultura ir, aos poucos, resolvendo os antigos impasses.

Não faremos reformas na política, na educação, nas organizações, mas teremos que facilitar para que a nova cultura, que já está sendo vivida pelo nosso novo cérebro possa ser exercida. Não será mais do mesmo, mas mais do que nunca foi vivido, pois o nosso cérebro não é mais o mesmo e nem nós, estamos radicalmente mutantes!
É perceber as suas marcas e suas características para deixá-la florescer.
Este é o papel dos Agentes de Implantação da Governança Digital têm que exercer!
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, Conceituações, Existência, Históricas | 2 Comments »
jun 6th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Tenho experimentado o Facebook para promover um tipo de curso, que chamei de Campeonato Cognitivo. Uma figura que procura reproduzir o modelo segue abaixo:

O modelo se encaixa, pois aqui quero trabalhar com eles os meus principais conceitos. Meu objetivo é a cada semana problematizar um deles, com dois objetivos:
- – marcar um debate e um tema para que eles lembrem que discutiram aquilo em uma dada semana;
- – conhecer o conceito e poder opinar sobre ele.
Assim, o curso a distância começa com um áudio/vídeo colocado no Youtube no início da semana de aula, que é postada no grupo fechado.

Vi que a discussão sobre o vídeo de forma desestruturada não funcionava, pois eu preciso conhecer o que cada aluno pensa sobre um dado conceito, assim, pergunto e peço para resumir, tirar dúvidas, discordar e agregar ao conceito em um formulário que crio no Google Groups.
Preciso de algo mais estruturado para poder dar atenção a cada um.
O formulário do Google serve a este propósito, pois posso:
- – saber quem viu e ver o que comentou dentro da lógica que gostaria;
- – poder comentar para cada um no próprio formulário, em que os alunos têm acesso depois;
- – salvar em PDF e colocar no grupo, ao final de cada atividade.
Isso é o básico, a parte estruturada do curso.

O que vem depois é um debate aberto, disperso, por vezes, caótico das pessoas, no qual participo parcialmente, quando posso, e estimulado por eles, vou complementando o material com outros temas correlatos. O chat do Facebook está bombando.
Por enquanto tem funcionado.
A vantagem e desvantagem de usar o Facebook para tal:
- – adensamento das pessoas;
- – manter as pessoas em um ambiente que estão acostumadas.
Desvantagem:
- – Dispersão;
- – E problema da plataforma de recuperação, o que exige um esforço maior da minha parte.

Mais detalhes ou atualizações sobre a experiência depois.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, Discurso do Método 2.0 - Compartilho, logo existo!, E-books Terceiro Semestre, Educação 3.0 | 1 Comment »
jun 6th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Os professores que dão aulas analógicas e verticais não têm este problema.

Este problema vai surgir para a nova geração que tentará trabalhar com aulas participativas.
Aulas participativas só fazem sentido quando focadas em problemas, pois assuntos não são passíveis de participação.
Um professor de aula participativa é um difusor de uma determinada teoria e conduta.
Ao contrário do que se possa imaginar, ele não será um dogmático ou ou doutrinador por causa disso.
Ter uma visão e um método de abordagem aberto é um atalho para os alunos, pois se apresenta um método para ser questionado.
O professor participativo é, antes de tudo, um pesquisador. Se ele não for um pesquisador, não pode estar aberto e, portanto, não pode promover aulas participativas.

Aulas participativas, assim, serão um diálogo entre:
- – a visão do professor diante de um dado problema;
- – e a dos participantes ao ter contato com aquela visão.
E aí temos entre os participantes:
- – a compreensão dos participantes sobre a lógica apresentada pelo professor;
- – o fosso entre a lógica apresentada e a sua;
- – a capacidade de comparação e adequação.

Há que se abrir um Diálogo Honesto em que ambos os lados precisam:
- – compreender os argumentos prós e contras;
- – criar canais (conceitos, formas de dizer, exemplos) que reduzam o fosso entre as visões;
- – e a procura de um entendimento mútuo.
É condição SINEQUANON para que haja por parte dos presentes uma abertura para o diálogo.
Professor e participante têm que ter um espaço para:
- – Eis a minha percepção;
- – Qual é a sua?
- – E como podemos trocar?

O problema é que no modelo de aula participativa não há espaço para dogmatismos, nem do professor e nem do participante, pois o dogmático não vem para trocar figurinhas. Ele sempre vem com o álbum completo e fechado.
E aí há dois casos de dogmatismo:
- – dogmático passivo – que não vai mudar, mas não faz disso uma bandeira de vida, não é um dogmático, digamos, evangelizador, militante;
- – dogmático ativo – que não vai mudar e quer impor a sua visão e questionar todas as outras, não a partir de uma dada lógica aberta, passível de argumentação, mas algo fechado, pois todo dogmatismo acaba virando muito mais uma fé do que uma teoria.
O que unifica qualquer dogmático é sempre:
- – um padrão de pensamento;
- – um padrão de atitude.
Independente do que ocorrer, ele vai agir e pensar dentro de um determinado código pré-programado.

Nem sempre um dogmático consegue articular bem a lógica original, antes de abraçar o dogma e isso faz dele uma pessoa com dificuldade não só de escuta, que é um padrão, mas de argumentação. Ele argumenta com baixa taxa de percepção. Repete padrões.
Um ou mais dogmáticos ativos em sala de aula É O MAIOR DESAFIO PARA UM PROFESSOR PARTICIPATIVO.
Exige uma experiência muito grande, pois não se pode impedir que as pessoas falem. E o professor de aula participativa quer estimular a participação, mas terá dificuldade de separar o que é uma pessoa que fala de outra que participa, que não é a mesma coisa.
O dogmático falante, não está querendo participar, mas justamente está falando para impedir que o diálogo ocorra, mesmo que seja inconsciente. O professor ficará receoso de ser autoritário e não conseguirá exercer a sua autoridade de condutor de um debate honesto.
A sinuca de bico é grande e exigem muita atenção.

É preciso observar que o ato de falar não quer dizer que as pessoas estão dialogando e participando.
Participar é querer fazer parte.
Assim, impor a sua visão não é se encaixar no todo, mas querer impor-se ao todo.
São duas coisas COMPLETAMENTE diferentes.
- Falar é usar um dado canal para emitir um som;
- Dialogar é um exercício complexo de escuta-expressão para o qual tem que haver um espaço para a troca e de mudança.
Eu te mudo, enquanto você está me mudando.

Assim, é preciso:
- – identificar ao longo das conversas qual é a taxa de dogmatismo;
- – identificar se o dogmatismo é passivo ou ativo;
- – se é localizado ou é um grupo.
Com uma alta taxa de dogmatismo na sala participativa, deve se adotar:
- – não interrupção do professor até que conclua o seu pensamento, pois é costumeiro que se interrompa todo o tempo, discordando sem antes ouvir os argumentos;
- – pedir para que os dogmáticos ao discordar, e vão discordar o tempo todo, detalhem o que entenderam para se evidenciar o baixo nível da capacidade de escuta;
- – confrontar a capacidade de escuta do dogmático com a capacidade de escuta dos outros membros da turma.
Se o problema atingir um determinado nível de exaustão, é o caso de abrir um “kit de socorro” – o que chamamos de “Discutir a relação em aulas participativas”.
Abrir o problema para a turma e pedir sugestões de conduta, demonstrando o seu desconforto com a falta de abertura de pessoas para o diálogo e sugestões para que se possa melhorar o ambiente, tentando inibir a ação dos dogmáticos.
Estou adotando agora, como critério, que a aceitação de presença nas minhas aulas participativas tenham como pré-condição para matrícula, a vontade ou a possibilidade de mudar algo, de aprender, de se transformar.

Isso tem que ser um acordo tácito de todos, incluindo o professor.
Se isso é pré-condição e tem pessoas que aceitam isso antes, mas depois não se portam de forma adequada é o caso de problematizar e se ver como agir.
Se não houver uma ação do professor, alunos ou grupos de dogmáticos, principalmente ativos, podem baixar muito a qualidade de um encontro participativo. Como resultado, pode ocorrer o esvaziamento da turma em encontros seguintes.
Todo cuidado é pouco.
Que dizes?
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jun 6th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Aqui vamos discutir algo geral das ciências e apoio para pesquisadores e críticos ao se deparar com fenômenos.
Note que temos três momentos no desenvolvimento de análise de um dado problema, como vemos abaixo:

Toda teoria, a princípio, visa chegar a um dado tratamento. Conhece-se para mudar ou se relacionar melhor com os fenômenos que nos cercam. O tratamento é a metodologia que vai, a partir de um diagnóstico dos sintomas agir em um dado problema.
O primeiro passo é analisar o sintoma.
Que tipo de sintoma é para que possamos ver como e de que forma vamos dedicar nosso tempo para sermos mais eficazes.
- É um sintoma conhecido, ou próximo do conhecido?
- Ou é um sintoma novo e desconhecido?

Sintomas diferentes denotam que há algo na maneira de vermos a realidade que precisa de ajuste, pois se há um sintoma que não conhecemos, há algo na nossa percepção que NÃO ESTÁ PRONTO para captar aquele fenômeno.
Ou ele é novo, provocado por alguma força da realidade que se alterou, da qual não imaginávamos que provocaria esse novo fenômeno. Ou é algo que sempre esteve ali e passou a ter algo diferente que nos chama a atenção.
Assim, nestes casos é preciso REVER A PERCEPÇÃO para poder diagnosticar o problema.

Há, assim, duas opções de MÉTODO para se lidar com um dado problema, ou foi escolhida por alguém e pode se analisar se há, ou não, um erro metodológico. O método indutivo e o dedutivo:
- Indutivo – de baixo para cima, dos fatos para ver onde se encaixam nas teorias prontas, pois o que falta é coletar mais informações;
- Dedutivo – de cima para baixo, que vem recendo as teorias prontos, pois há um erro na nossa percepção que precisa ser revisto.

De maneira geral, o método indutivo é o mais utilizado, pois demanda menos esforço e se trabalha mais com os sentidos, pois trata-se de ir levantando dados, pois as teorias de plantão não precisam de grandes ajustes.
Porém, se são sintomas novos, o método indutivo será mais demorado, custoso e pouco eficaz, pois irá trabalhar com o mesmo paradigma para analisar sintomas novos, não procedendo a REVISÃO TEÓRICA necessária. O diagnóstico levará a um tratamento ineficaz.
Demonstro abaixo o desafio de cada uma das escolhas e a revisão necessária:
Não há um método melhor do que outro, mas são duas ferramentas disponíveis para o pesquisador, dependendo do sintoma que será analisado.
Nossa academia hoje está viciada e intoxicada do método indutivo, pois vivemos no século passado um forte controle das ideias, o que fez com que os sintomas pudessem ser, principalmente no campo das ciências sociais, bem conhecidos.
Com a chegada da Internet e a Expansão Cognitiva muitos sintomas começam a aparecer bem diferentes do que estamos acostumados, mas em função do piloto automático insistimos em analisá-los com o método que estamos acostumados.
Vide os equívocos que estão sendo cometidos.
É isso, que dizes?
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