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Eis aqui uma tentativa de organizar o laboratório.

Primeiro vamos ver como as ações humanas ocorrem:

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  • Filosofia – fundamentos estruturantes;
  • Teoria – análise de um dado problema;
  • Metodologia – regras para atuação no problema analisado;
  • Operacional – uso das regras metodológicos para resolver um dado problema.

Cada um destes itens recebe insumo e faz uma entrega:

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O que é entrega na instância de cima é insumo na de baixo, como vemos abaixo:

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Quando temos crise há uma inversão na cadeia, pois, dependendo da crise, o problema volta para a instância de cima para saber qual é o problema anterior para ser arrumado, como vemos abaixo:

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É isso, vou detalhar depois cada bancada.

É isso, que dizes?

Aprofundando a problemologia.

Acredito que deve haver um equilíbrio entre curiosidade, que é também um problema diante do desconhecido e problemas que causa sofrimento. O desconhecido não causa sofrimento, pois gera ignorância. Produzi o quadro abaixo:

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É isso, que dizes?

Untitled design (37) Todo o material da semana reunido em um só lugar. Aqui! Favor comentar todos os vídeos e textos, exceto o principal, nos comentários abaixo, sempre cite sobre qual vídeo, texto, ou assunto está comentando! Vídeo principal da semana: Formulário de avaliação do Vídeo Principal e da Semana que termina:

https://docs.google.com/forms/d/156oY4kMw03MmV4yY9doscAA8J7b4mVPvNUJYL0Sqcl0/viewform

 

Repostas dos sócios para o formulário do vídeo principal: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1-NUxGHH1pgFK3pTesJflm7xCzSlJiaYiGoqNIMJI59o/edit#gid=993117555

Vídeos complementares: 01:

02:

Textos complementares:

http://nepo.com.br/2014/07/07/a-complexidade-demografica/

http://nepo.com.br/2014/07/07/os-movimentos-autonomos-do-cerebro/

Falei um pouco sobre isso neste vídeo.

Vamos ao debate.

Um sistema econômico, qualquer que seja ele, terá:

empresismo

 

Se analisarmos no passado, por exemplo, as navegações foram todas bancadas pelos reis, através de recursos que tinham. E a sociedade não era capitalista.

Na Idade Média havia de ter algo para pagar os fabricantes dos castelos.

Bem verdade, que o problema era resolvido, através de escravidão em boa parte, mas havia alguma coisa que circulava que se chamava dinheiro, seja moeda, ouro, etc. Não é à toa que os espanhóis e portugueses vieram para cá com sangue na boca atrás de riquezas.

Faz tempo que a humanidade chegou em um modelo de troca mais dinâmico que é o dinheiro.

Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais: são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial“, tirei daqui.

Note a data IV antes de cristo!!!!

Mais de 2,4 mil anos atrás.

Assim, o dinheiro e um setor que cuida do mesmo não foi inventado pelo capitalismo. É algo que vai existir EM QUALQUER SISTEMA ECONÔMICO, como uma ferramenta para facilitar as trocas. Ainda mais quando aumentamos a Complexidade Demográfica!

Aliado ao setor financeiro, temos o setor produtivo, que é financiado por ele de alguma forma.

O setor produtivo é o responsável por produzir bens e serviços.

Há uma relação – e isso vai haver em qualquer sistema econômico – entre os recursos financeiros e o produtivo.

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Quando os críticos do Capitalismo resolveram batizar o Sistema Econômico atual, resolveram destacar o lado Financeiro como o principal do novo sistema econômico.

O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas e anarquistas (Karl Marx, Proudhon, Sombart) no final do século XIX e no início do século XX, para identificar o sistema político-econômico existente na sociedade ocidental quando se referiam a ele em suas críticas, porém, o nome dado pelos idealizadores do sistema político-econômico ocidental, os britânicos John Locke e Adam Smith, dentre outros, já desde o início do século XIX, é liberalismo, tirei daqui.

  • Note-se que define-se o sistema econômico passado como Feudalismo, um sistema baseado no Feudo.
  • E o Capitalismo, um sistema baseado no capital e não em empresas, pois se dá um destaque ao aspecto financeiro.

(É importante também notar a luta social e política que foi criar um ambiente político e econômico contra o poder monárquico e do clero. Os liberais eram libertários para a época.)

Seria, a meu ver, comparar banana com laranja, pois houve também um setor financeiro no feudalismo, incipiente, mas houve, como antes também. Quem inventou os bancos e os banqueiros não foi o capitalismo!

Veja como definimos economia:

“A Economia ou ciência econômica (português brasileiro)) é uma ciência que consiste na análise da produção, distribuição e consumo de bens e serviços.”

Assim o termo capitalismo esconde  o lado produtivo do atual sistema econômico. E todos são chamados de capitalistas, desde o dono do botequim da esquina até o dono da maior financeira de Wall Street.

Ambos querem explorar os pobres e escravizá-los, o que é muito mais mito do que realidade, pois os dois, em vários momentos, têm interesses diferentes em certa medida.

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Assim, se vamos alinhar, pela lógica, com feudalismo, o feudo como centro da produção, teríamos, pela lógica, algo como o “empresismo”.

Um sistema econômico que tem como base produtiva as empresas (públicas ou privadas) que trabalham sob um modelo de contratação de funcionários, com salários negociados entre as partes.

Saímos de um modelo mais escravagista para um em que o trabalhador foi, aos poucos, ganhando mais liberdade de escolha onde se deve trabalhar, o que não quer dizer que estamos no paraíso.

O que percebo quando se critica o capitalismo é que se imagina que temos agora um ambiente de usura e ganância, mas que antes dele era muito melhor. E que o dinheiro só é algo reverenciado agora e não o foi no passado.

Ledo engano.

O que se propõe é criar um novo ambiente econômico baseado em outra lógica, onde a administração da ganância não entraria, pois seria constituída de seres humanos sem ganância, bons, puros e livres.

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A meu ver, pelo que a história nos mostra, e eu gosto de aprender com ela, o ser humano há mais de 10 mil anos teve e sempre terá que lidar com esse tipo de transtorno da ambição: fama, poder e dinheiro.

É preciso uma sociedade que possa regulá-los.

Quando se propõe sistemas alternativos, como o socialismo ou o comunismo, imagina-se um ambiente econômico em que não vai haver um sistema financeiro, nem dinheiro e que todos trabalharão e viverão de uma forma mais harmônica pelo bem comum.

Qualquer aposta nessa direção deveria já ter sido testada em um espaço pequeno, como já tivemos em vários pontos isolados, lembro dos Kibutz em Israel, que estão cada vez mais dentro do ambiente do empresismo.

Marx quando imaginou o comunismo imaginou um sistema ideal que:

O comunismo (do latim communis – comum, universal) é uma ideologia política e socioeconômica, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes sociais e apátrida, baseada na propriedade comum e no controle dos meios de produção, tirei daqui.

Sua inspiração foi afirmar que no passado as tribos viviam sem propriedade privada, e que esta não seria inerente ao ser humano, podendo imaginar uma sociedade de comuns = comunismo, sem classes e sem propriedades.

Porém, é preciso entender e a Antropologia Cognitiva pode ajudar nisso algumas coisas:

– existe uma Conjuntura Tecno-demográfica que moldará a sociedade, conforme o tamanho da população nesta direção, conforme a fórmula da Complexidade Descentralizadora:

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Ou seja, vamos começar a construir um novo modelo econômico e político terá que refletir e ser eficaz para atender à essa Conjuntura, muito mais descentralizado do que o atual.

A meu ver o capitalismo, que é a criação de redes de produção mais livres, tendo o interesse de cada indivíduo como motivação, através do lucro, não foi uma vontade daqueles “capitalistas”, mas uma saída da espécie para criar um ambiente de produção compatível com o aumento demográfico em curso, com seus méritos e vícios.

Toda a possibilidade que tivemos de saltar de 1 para 7 bilhões foi justamente pela capacidade de manter essa rede funcionando e se reinventando.

SUPERPOPULAÇÃO

Ou seja, tivemos o desenvolvimento de um setor produtivo e de um setor financeiro que foi se sofisticando ao longo dos últimos 200 anos, criando uma rede responsável por colocar produtos e serviços para 7 bilhões de habitantes.

As críticas pertinentes ao atual ambiente econômico, a meu ver são:

  • – forte concentração produtiva, em todo o mundo;
  • – forte concentração do capital, com problemas para toda a sociedade, incluindo o setor produtivo;
  • – desigualdades sociais com baixa capacidade de autonomia de grande parte da população mundial.

Eu diria que esses problemas são resultados de, pela ordem:

  • – concentração de ideias;
  • – de oportunidades;
  • – de inovação;
  • – e, portanto, do capital.

Veremos que a grande reforma do sistema econômico atual será feita não pela política, mas através das primeiras experiências econômicas distributivas dos empreendedores. Isso formará um novo quadro de empreendedores, que vão demandar um ambiente político compatível. Diria até que estão fazendo mais pela descentralização da sociedade que todos os partidos políticos juntos!

(Se olharmos o surgimento do “capitalismo”, veremos que primeiro veio o ambiente econômico, que depois demandou um sistema político compatível e não o contrário!)

Assim, ao destacar a parte financeira do atual sistema econômica, como se fosse o carro chefe, aliar essa parte a ganância, como se fosse invenção do sistema e acreditar que qualquer outro ambiente econômico não terá finanças é trabalhar com conceitos PROFUNDAMENTE equivocados.

Acreditar que a atual concentração é resultado do próprio sistema é natural, mas já temos novas ferramentas teóricas para entender que trata-se de um momento que começa a chegar a seu limite, com as novas possibilidades que o mundo digital aponta.

É isso, que dizes?

 

 

Leis da Antropologia Cognitiva:

(03/07/14) 

Em ppt:

 

Dentro de um laboratório estaremos trabalhando com: Clipboard079

  • As fórmulas procuram estabelecer as relações entre as forças e contextos, criando os fundamentos de uma dada teoria;
  • As predições permitem a aplicação das fórmulas para prever as tendências e fatos futuros, que é o uso das fórmulas para calcular futuro;
  • As metodologias são ações a serem feitas para poder lidar com estas tendências.

É isso, que dizes?

Quando temos uma Revolução Cognitiva temos um processo de declínio da Taxa de Ganância da sociedade, como tendência e o aumento da taxa de princípios, ver abaixo:

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Por que isso acontece?

  • – Aumento da taxa de diálogo entre as organizações-sociedade – que permite que a Taxa de Ganância seja mais controlada, fiscalizada e coibida, aumentando a narrativa dos princípios.

(Assim, não é à toa que haja neste momento movimentos filosóficos em torno do resgate de um discurso ético, que passa a ser cada vez mais falado, como marketing e praticado por alguns. A tendência é aumentar).

Ao se implantar Plataformas Digitais Colaborativas se restabelece a possibilidade de aumento da Taxa de Diálogo Organizações-Sociedade e se restabelece novos princípios, mais compatíveis com a demanda da sociedade. 

É isso, que dizes?

Cada época é marcada por uma agenda.

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Por uma demanda social mais forte, da qual filósofos, líderes políticos que de destacam conseguem perceber.

Muitos criticam uma época, um pensador, um político, um presidente sem compreender qual era a agenda e como ele se saiu dentro dela.

Vejo no Brasil, por exemplo, agora perto das eleições comparações entre diferentes mandatos de presidente, como se todos tivessem a mesma agenda.

Aliás, a briga política é justamente tentar apagar a agenda de cada presidente como se ela não fosse pré-condição para que o outro pudesse ter uma nova agenda.

Digamos que tivemos no país, algo parecido com a figura abaixo:

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Não é possível comparar agendas entre diferentes momentos, pois cada um se propôs a uma, foi eleito para isso e cumpriu, bem ou mal a sua missão.

O importante é que a agenda de um seja mantida pelo outro, isso tem sido, bem ou mal feito e que se possa pensar em uma nova agenda.

Um debate político mais equilibrado deve trabalhar na comparação das agendas, ver se todos estão afinados com ela.

  • Isso é o que eu chamo de Política no Atacado.
  • E se há um consenso da agenda, analisar a Política do Varejo nos itens extra-agenda  que foi feito, qual é a eficácia em desenvolver as agendas secundárias.

Cansa um pouco que comparemos tomates com melancias.

E isso também acontece com pensadores.

Muitos criticam aquilo que ele não disse, ou que disse demais, sem analisar que ele é um “filho” mais velho dos que vieram depois e tinha um abacaxi a descascar.

É isso, que dizes?

Uma boa aplicação da fórmula Complexidade Concentradora é o que ocorreu na Idade Média, com a Igreja proibindo todo tipo de pensamento diferente do que pregava.

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Não havia como processar ideias novas.

Assim, o que se viu foi o achatamento da diversidade, criando o discurso único.

Todo o pensamento da época tinha que ser homogêneo com o da igreja, pois não havia formas de processar algo diferente.

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Isso só passou a acontecer com a chegada do papel impresso, que permitiu um novo modelo de processamento das ideias circulantes, viabilizando um aumento da taxa de diversidade.

O mesmo ocorre hoje.

O século XX foi incapaz de lidar com a Diversidade Demográfica e operou um ambiente para que as pessoas se homogenizassem, reduzindo a diversidade de pensamento.

Muitos vão atribuir a vários fatores, existem, mas o fundamental: pura e simples incapacidade de processamento, o que agora passa a ser possível com a chegada da Internet Colaborativa.

É isso, que dizes?

Quando temos uma Revolução Cognitiva temos um processo de declínio da Taxa de discussão sobre assuntos e aumentamos o enfoque em problemas:

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Por que isso acontece?

  • – Aumento da taxa de diálogo entre as organizações-sociedade – que permite que os sofrimentos esquecidos subam de prioridade, pedindo mais presteza das organizações;
  • Aumento da taxa de inovação – o que torna o debate em torno de assuntos, que são problemas cristalizados com resposta única, cada vez mais obsoletos;

(Assim, não é à toa que haja neste momento movimentos filosóficos-educacionais em torno do resgate de uma didática em torno de problemas).

Ao se implantar Plataformas Digitais Colaborativas e novos modelos de ensino se restabelece a possibilidade de aumento da Taxa de Debates em torno de problemas. 

É isso, que dizes?

Quando temos uma Revolução Cognitiva temos um processo de declínio da Taxa de Sofrimento da sociedade, como tendência, ver abaixo:

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Por que isso acontece?

  • Aumento da taxa de canalização da sociedade –  mais vozes;
  • Aumento da taxa de transparência da sociedade –  mais fiscalização;
  • Aumento da taxa de articulação da sociedade –  mais cobranças.

Como vemos no quadro abaixo:

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(Assim, não é à toa que haja neste momento movimentos filosóficos em torno da Sofrimentologia, que é uma preocupação com o sofrimento esquecido pré-Revolução Cognitiva.)

Tivemos neste momento um pico de fechamento das organizações da sociedade, voltando-se para referências internas, tal como:

  • Ciência – busca da verdade e não resolução de problemas e sofrimento;
  • Empresas – busca do lucro e não resolução de problemas e sofrimentos.

O que provavelmente ocorre pode ser visto na figura abaixo:

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O aumento da Complexidade Demográfica versus a Centralização dos Canais de Ideias faz com que as organizações percam a capacidade de processar o diálogo com mais gente para tomar decisões e, portanto, elas se fecham.

Reduzem, assim, a taxa de diálogo organizações-sociedade.

Mesmo as que querem dialogar têm dificuldade, pois as ferramentas disponíveis eram impraticáveis, pois havia problemas na relação custo-benefício.

Ao se implantar Plataformas Digitais Colaborativas se restabelece a possibilidade de voltar a dialogar, pois permite-se que haja a Colaboração de Massa, aumentando, assim, a Taxa de Diálogo Organização-Sociedade.

É isso, que dizes?

Como vimos aqui, cada novo habitante no planeta traz mais diversidade para o mesmo.

Mas nem sempre as condições existentes (culturais e tecnológicas) permitem que essa diversidade seja absorvida pela sociedade.

E aí temos um fenômeno interessante, como vemos abaixo, que há um jogo de Diversidade e Homogenização para que haja um equilíbrio, como vemos abaixo:

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Note que há:

  • (+D) + diversidade;
  • (+H) + homogenização.

As ofertas serão homogenizadas até que possamos aumentar a diversidade de mudanças da Inovação, por exemplo.

O fator mais interessante é na área de Ideias.

Quanto mais gente tivermos no planeta, haverá uma tendência a homogenização em toda a extensão da sociedade, como vemos abaixo: 

 

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O aumento da demanda na Complexidade Demográfica vai gerar um grande surto de Homogenização na sociedade, pois a Complexidade Demográfica  precisa ser equilibrada com a capacidade de todo o ambiente em lidar com ela.

Quando saltamos de 1 para 7 bilhões necessariamente tivemos necessidade de homogenizar a produção, a inovação, as ideias e a governança para que houvesse uma redução forçada da diversidade.

Ou seja, o que dissemos para os novos habitantes foi o seguinte:

“Quer chegar? Tudo bem, mas eu vou precisar tirar a sua taxa de diversidade, pois não tenho condições de processar mais diversidade!”

O aumento de diversidade só é passível de incorporação na sociedade quando criamos novas ferramentas para realizar esse processamento de forma mais sofisticada, através de novos modelos de geração e processamento de ideias.

Aí começamos, artificialmente, ou tecnologicamente, poder aceitar mais diversidade, mas para isso vamos ter que alterar todo os lados do sistema, como vemos abaixo:

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Ou seja, uma Revolução Cognitiva permite que a Diversidade Demográfica, que trouxe o viés de homogenização na sociedade possa a ser vencido, pois conseguimos criar em todo o ambiente novos modelos que possam absorver essa diversidade, de forma sustentável mais harmônica.

Mas para isso começamos um ciclo de mudanças em todos os lados, começando com a comunicação, alterando a taxa de inovação, mudando a forma de produção e, por sua vez, da governança.

Aumentando a taxa de diversidade como um todo.

É isso, que dizes?

Estamos trabalhando com a base do Pentágono:

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Quando estamos falando de Complexidade Demográfica estamos partindo do princípio de que quando uma pessoa vem ao mundo ela gera demandas a serem produzidas ao longo de toda a sua vida.

Além disso, ela traz um aumento da Taxa de Diversidade a mais para o planeta, pois os humanos são muito diferente do que os outros, mais diferentes ainda do que uma indivíduo de que outras espécie animais, não humanas, entre si.

Assim, a chegada de um novo ser humano gera um aumento de processamento de:

  • mais quantidade – demanda objetiva;
  • mais qualidade – demanda subjetiva.

Isso gera dois problemas de processamento:

  • –  números – complexidade numérica;
  • palavras – complexidade das palavras .

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Esse fato gera mais pressão na sociedade, pois teremos em todos os lados de:

  • Aumento de ofertas;
  • De necessidade de mudança;
  • De gerenciar mais ideias;
  • De tomar decisões melhores, no sentido de haver necessidade de incorporar mais essa diversidade.

Todos os lados terão que, de alguma forma, se ajustar para receber essa nova pessoa.

Temos duas possibilidades em toda a cadeia, quando possível:

Diversificar  ou Homogenizar.

A homogenização será feita quando não tivermos condições de gerar diversificação, a partir dos limites existentes (culturais e tecnológicos).

É isso, que dizes?

 

 

Conceitos são conceitos nada mais que conceitos?

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Sim e não.

Conceitos procuram representar algo. São pinceladas que formam um quadro maior que é uma teoria.

Muita gente acha que discussão de conceitos é uma besteira e podemos sair usando que está tudo bem.

Porém, às vezes sim e às vezes não.

Sim, quando o uso de um ou mais conceitos não gera confusão de interpretação e de ação. Todo conceito está dentro de uma teoria e toda a teoria é passível de interpretação. Teorias deveriam gerar metodologias e estas devem gerar ações, que provocam, conforme sua eficácia, redução, manutenção ou aumento de sofrimento.

Um conceito, assim, é quase como se fosse uma bala, dentro de uma pistola teórica.

Se podemos ter um conceito de festim ;),  sinônimo,  indolor, não vejo problema nenhum.

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Estava discutindo com o Rodrigo Palhano, do Clube do Nepô,  sobre o conceito “Desintermediação” aplicada à chegada na Internet e a descentralização de um dado processo, tal como cooperativa de táxi = aplicativos de táxi.

“Há uma desintermediação da cooperativa”.

Tem muita gente usando nessa linha e eu já usei também, mas vi que quando eu saio e desintermedio a cooperativas de táxi eu automaticamente estou sendo reintermediado por uma empresa de aplicativo, pois eu preciso desse novo ambiente para fazer a corrida.

Eu posso usar sem problema o conceito “desintermediação”, pois de fato está ocorrendo, mas se eu deixo solto, sem apontar para a imediata reintermediação, que se passa a ter.

Eu defendo que há um processo de desintermediação na sociedade, quando, na verdade, está vendo uma passagem de uma intermediação “a” para uma intermediação “b”. Assim, é mais preciso, mesmo que soe estranho falar em reintermediação.

O cara tem que parar para pensar e ver o que a maioria não consegue enxergar. Às vezes, alguns conceitos são educativos, justamente pela estranheza.

Nós não viemos para nublar ou “desnublar” pouco, mas para ajudar a enxergar melhor, dentro da nossa limitação de visão em um dado momento do desenvolvimento da teoria diante do problema!

Ou seja, como ocorreu no fim da Idade Média.

Fomos desintermediados do rei e fomos intermediados pelos políticos da república.

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Não há, assim, desintermediação pura para um paraíso desintermediado. (Isso é uma tendência de muitos tecno-otimistas.)

Não se trata de chatice e nem de preciosismo, pois uma análise completa será feita e ações serão tomadas em nome de um mundo desintermediado e não vamos tornar invisíveis as ações dos novos intermediadores que começam a ter também os novos problemas de intermediação. Ou seja, vou deixar de ser preciso e é justamente isso que os conceitos procuram: precisão. Não dar muita margem para que não se compreenda com clareza o que você está vendo e o que você está identificando.

O papel do teórico é não deixar margem de dúvida aonde ele acha que não deve deixar!

Ou seja, neste caso,  ser humano será eternamente intermediado por organizações.

A mesma coisa no uso do termo “virtual” quando usado para descrever atividades na Internet e eu rejeito é justamente por esconder que não é uma virtualidade o que está ocorrendo, mas uma comunicação a distância.

Isso faz toda diferença, pois não se namora virtualmente, mas a distância, como é e foi no telefone. Mesmo um namoro em que os dois não se conheçam e escondem a sua identidade. Seria igual a um namore no escuro em uma boate, nas devidas proporções. Assim, haveria uma peseudo-virtualidade na relação, mas não por causa da rede, apenas pelo anonimato, que a rede pode favorecer em alguns casos específicos, como também pode ocorrer fora dela.

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Há, porém, conceitos que podem ser usados como sinônimos que, até um dado momento, não aparentam ter consequências danosas. Os problemas de conceitos mal empregados vão se mostrando danosos com a disseminação e, principalmente, no uso prático.

Eu, por exemplo, por uma questão de fuga dos “sindicatos” de plantão (diferentes escolas que estudam a Internet) resolvi usar “controle de ideias”, para não usar controle da informação.

Foi consciente e proposital.

O uso de controle da informação vai esbarrar em todo o pessoal que estuda informação e vai prender o conceito em uma escola específica, o que eu não quero, pois procuro trabalhar com uma ciência nova, que é a Antropologia Cognitiva. E quanto mais a nova ciência transitar com conceitos novos por entre as ciências existentes, melhor, pois cria um estranhamento e uma possível desintoxicação, obrigando ver de novo e não usar velhos conceitos que seriam chamados indevidamente.

Mas se alguém usar controle da informação, a partir, por exemplo, dos efeitos na sociedade do rádio e da televisão e eu usar controle das ideias, não vejo grandes problemas. Seriam sinônimos, grosso modo, até que eu conclua que há problemas e aí revemos.

Minha decisão neste caso não foi estratégica, ou seja de conteúdo, mas simplesmente tática para evitar alguns transtornos.

  • Assim, conceitos ajudam a precisar e evitar confusões mentais e de ação.
  • Quando são usados sinônimos indolores, tudo bem.
  • Mas quando terão consequência de problemas de interpretação, tudo mal.

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Para fechar, outro dia estava discutindo em um áudio o conceito “capitalismo” e sugeri mudar para “empresismo”, que seria mais coerente com feudalismo.

  • Feudo – núcleo do sistema econômico anterior;
  • Empresa – núcleo do sistema atual.

Uma pessoa tachou de burocrático o áudio, como se não tivesse importância.

Não concordo.

Quando uso capitalismo eu escondo toda a rede de empresas produtivas, sem as quais não haveria oferta. Cria uma visão de um sistema só baseado no capital, quando, na verdade, sua origem foi para ser algo mais complexo, livre e dinâmico em relação ao que tínhamos no final da Idade Média.

Quando se questiona o capitalismo, muito por causa do conceito, se destaca a ganância, como se fosse o sistema do capital, do dinheiro, quando, na verdade, todos os sistemas econômicos são baseados nas trocas e há – nas contrações de ideias, aumento de poder e, por sua vez de ganância.

Querer concentrar riqueza não é algo do atual sistema econômico, mas do próprio ser humano, diante de algumas conjunturas sociais.

(O interessante que o conceito “capitalismo” foi justamente dado por quem era e continua a ser contra ele, esquecendo que há toda uma rede de empreendedores, do empresismo, que o sustenta.)

Isso nos leva para pensamentos e ações completamente distintas.

Ou seja, conceitos são balas poderosas e podem, como já vimos, quando imprecisos, até matar.

Que dizes?

Bom, agora que definimos os lados do Pentágono, podemos observar o que eles colaboram para o seu equilíbrio:

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A saber:

  • CD – Complexidade Demográfica – responsável pela demanda;
  • P – Produção – responsável pela oferta;
  • I – Inovação – responsável pelas mudanças;
  • C – Comunicação – responsável pela circulação de ideias;
  • G – Governança – responsável pela tomada de decisões.

Há variações de taxas em cada um destes lados, quando há alterações dos outros.

É isso, que dizes?

Quando formos analisar a história, teremos que ter um conjunto de fatores para poder compreender vários movimentos de aumentos de taxa e redução no Polígono da Espécie Humana, pois estão relacionadas, a saber:

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Os lados são influenciados pelo todo e pelas partes.

Teremos mais ou menos alterações nas taxas de cada lado, conforme possamos lidar com o aumento da Complexidade Demográfica.

  • +- complexidade demográfica – número de habitantes, com forte impacto nas suas respectivas concentrações;
  •  
  • +-  produção – capacidade de gerar produtos e serviços, conforme a complexidade demográfica;
  • +-  inovação – capacidade de inovar, a partir dos impasses produtivos;
  • +-  comunicação – capacidade de gerar mais diversidade para resolver os problemas de inovação (quanto mais baixa a taxa de diversidade, mais baixa é a taxa de inovação);
  • +-  governança – capacidade de dar mais ou menos autonomia para as pontas para inovar e produzir.

Quando há mudança de um lado, há ajustes nos demais.

Sempre, porém, quem traz necessidade de mudança para o ambiente é sempre o aumento da população que cria problemas para todos os outros lados.

Obviamente, se não houver um equilíbrio não se pode crescer a população, por falta de produtos e serviços. Ou há uma redução com mortandades de crianças e adultos e/ou provocando uma redução da taxa de crescimento.

É isso, que dizes?

Para tender melhor o Polígono da Espécie Humana vamos precisar entender os movimentos internos de cada um dos seus lados para poder depois relacionar fatores entre eles.

Aqui vamos ver como varia o Ecossistema de Governança, e os fatores que mais importam na sua regulação e relação com o Polígono.

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O que é mais relevante para o Polígono é o movimento Vertical e Horizontal da Governança, que altera e é alterada pela Taxas de Autonomia.

  • Quando temos pessoas que têm mais autonomia para lidar com as  Tecnologias Cognitivas e processar melhor palavras e números temos uma maior independência nas pontas e, portanto, podemos por tendência termos uma Governança mais horizontal;
  • E quando temos pessoas que têm menos autonomia para lidar com as  Tecnologias Cognitivas e processar melhor palavras e números temos uma maior dependência nas pontas e, portanto, podemos por tendência termos uma Governança mais vertical.

Note que há relações aí, pois não podemos aumentar a Taxa de Horizontalidade em uma dada Governança se não podemos contar com autonomia das pontas.  Ou haverá um desequilíbrio.

Para que possamos recriar uma nova Governança, mais e mais pessoas terão que se apoderar das novas Tecnologias Cognitivas para recriar a Governança, que pede uma maior Taxa de Autonomia das pontas para lidar com a maior Taxa de Complexidade, com alta Taxa de Diversidade!

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Ou seja, quando há baixa autonomia diante do aumento da Taxa de Complexidade Demográfica a Governança tenderá à Verticalização.

Só haverá, de novo uma horizontalização, quando temos novas Tecnologias Cognitivas, que nos permitam processar mais diversidade e recuperar a autonomia nas pontas!

Caso isso não seja possível, a autonomia será abafada e incentivada, procurando ser homogenizada para que haja um reequilíbrio do polígono!

Por isso, tivemos a forte Contração de Governança no século passado, tanto em termos de comunicação como dos modelos de governança.

Inovamos no que podíamos na Produção, mas, talvez, tenhamos regredido na Governança, que ficou mais concentrada.

Só haverá inovação na Comunicação e na Governança para restabelecer o equilíbrio, quando temos novas Tecnologias Cognitivas, que SÃO AS ÚNICAS que permitem inovações mais radicais na Comunicação e, por sua vez, na Governança!

Os regimes totalitários do século passado, portanto, tentaram fazer à força o que a televisão e o rádio conseguiram na “maciota”: reduzir a autonomia da espécie para que se pudesse lidar com a complexidade demográfica.

Todo o movimento atual é de resgate da autonomia de uma parcela da população para construir um novo modelo de Governança mais sofisticado para que possa reequilibrar o Polígono.

É isso, que dizes?

Para tender melhor o Polígono da Espécie Humana vamos precisar entender os movimentos internos de cada um dos seus lados para poder depois relacionar fatores entre eles.

Aqui vamos ver como varia o Ecossistema de Comunicação, e os fatores que mais importam na sua regulação e relação com o Polígono.

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O que é mais relevante para o Polígono é o movimento de Contração e Expansão da Comunicação, que alteram e é alterada pelas Taxas de Diversidade:

Note que há relações aí, pois não podemos aumentar a Taxa de Diversidade da Espécie Humana se não podemos incorporar essa diversidade no Polígono. Ou seja, haverá um reequilíbrio, levando uma contração para outra área para que o ambiente continue sustentável! 

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Ou seja, a comunicação tenderá à Contração, toda vez que houver aumento da população.

Só haverá, de novo expansão, caso consigamos ter novas Tecnologias Cognitivas, que nos permitam processar mais diversidade!

Caso isso não seja possível, a diversidade será abafada, homogenizada para que haja um reequilíbrio do polígono!

Por isso, tivemos a forte Contração Cognitiva no século passado, tanto em termos de comunicação e governança.

Inovamos no que podíamos na Produção, mas, talvez, tenhamos regredido na Comunicação, que ficou mais concentrada e na Governança.

Só haverá inovação na Comunicação e na Governança para restabelecer o equilíbrio, quando temos novas Tecnologias Cognitivas, que SÃO AS ÚNICAS que permitem inovações mais radicais na Comunicação e, por sua vez, na Governança!

Os regimes totalitários do século passado, portanto, tentaram fazer à força o que a televisão e o rádio conseguiram na “maciota”: reduzir a diversidade da espécie para que se pudesse lidar com a complexidade demográfica.

É isso, que dizes?

Como vimos aqui, as espécies animais estabelecem uma relação triangular entre:

  • Complexidade Demográfica;
  • Modelo de Comunicação;
  • Modelo de Governança.

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Porém, o modelo precisa ser sofisticado para a espécie humana.

Por quê?

As outras espécies não conseguem reinventar por conta própria seu modelo de comunicação e governança. Eles estão embutidos em seu instinto e são, de certa forma fixos, ou com pequenas variações ao longo de muito tempo.

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O ser humano por ser uma Tecno-Espécie reinventa os seus modelos de comunicação e governança, pois eles estão baseados, limitados e potencializados por tecnologias.

Por isso, somos A ÚNICA ESPÉCIE DO PLANETA que pode crescer a taxas que as outras não podem, pois conseguimos reinventar os modelos de comunicação e governança.

Como fazemos isso?

Através da inovação, pela ordem:

  • – das tecnologias;
  • – do nosso cérebro;
  • – dos modelos mentais;
  • – do ambiente de pensamento;
  • – e, por fim, das organizações.

No nosso caso, portanto, não temos um Triângulo da Espécie, mas um pentágono, como vemos abaixo:

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Ao aumentar a complexidade demográfica, criamos pela ordem:

  • Crises na produção;
  • Crises de inovação;
  • Crises no Modelo de Comunicação;
  • Crises no Modelo de Governança;
  • Que nos leva a Crises Demográficas.

Este Pentágono da Espécie Humana se relaciona e estabelece os macro-movimentos da espécie, criando movimentos de modificações.

É isso, que dizes?

Cheguei aqui a um fundamento da Antropologia Cognitiva.

Que já estava quicando na frente do gol, mas agora posso trabalhar de forma mais clara.

As espécies animais, qualquer uma estabelece a seguinte relação, como vemos abaixo:

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Há uma relação entre:

A complexidade demográfica, o modelo de comunicação e de governança dos animais que formam grupos sociais, ou seja:

Quanto maior for os membros da espécie, mais este modelo tende a se sofisticar de forma a permitir que haja mais e mais comunicação a distância.

Assim, o que define uma espécie animal é a sua capacidade de gerenciar o tamanho da espécie, através de uma comunicação e uma governança ADEQUADA para a complexidade demográfica exigida.

O triângulo de aplica diferente em relação à espécie humana, como veremos adiante.

É isso, que dizes?

 

Acredito que todo problema cria em torno de si uma rede social de soluções.

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E conforme o conhecimento das pessoas que estão na rede, naquele momento de solução, a rede cria uma determinada hierarquia.

Se há um super-especialista, como um mecânico com um carro quebrado, vai se criar uma rede vertical. Se estiverem presentes mais de um mecânico vai se estabelecer uma rede mais horizontal para debate da melhor solução.

As redes tendem, mas não necessariamente, migram para a meritocracia da solução.

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Quando isso não acontece, geralmente começamos a ter o aumento da taxa de sofrimento dos membros da rede, pois o custo de solução fica mais alto ou insatisfatório.

Existem dois tipos de redes:

  • as especializadas e permanentes – que lidam com um conjunto definido de problemas;
  • as genéricas e temporárias – que lidam com um problema específico, se forma, resolve e se dissolve.

Uma rede de baixa qualidade é aquela que as pessoas que estão para decidir não são as mais capacitadas para isso e vice-versa, o que causa uma maior taxa de sofrimento.

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As redes digitais colaborativas conseguem, através da colaboração de massa, aumenta o rodízio da rede, alterando e dando para cada nó a possibilidade de ser a autoridade competente líquida para resolver um dado problema.

É por isso que conseguem ser redes mais qualificadas.

É isso, que dizes?

Acho que podemos usar uns gráficos que andam pela Rede para nos ajudar a pensar sobre teorias.

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  • Este de cima apresenta pontos soltos, sem relevância, que chamou de informação.
  • E de conhecimento, os que foram unidos por vários pontos.

Teorizar é poder relacionar itens diferentes. Fazer relações, por ordem de importância, em determinados contextos.

No quadro da informação, por exemplo, podemos ter alguém lendo livros e mais livros, se informando, mas não conseguindo agrupar tudo que foi lido.

No quadro dois é feita a relação.

Porém, em ambos os casos temos um impasse, pois as junções de pontos deve ter um determinado objetivo, senão a pessoa se perde. Digamos que o que organiza o pensamento é termos um problema.

Do qual temos as impressões e depois refletimos sobre ele, juntando pontos:

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Teorizar nada mais é do que analisar os pontos e tentar criar relações de causas e efeitos, simples ou múltiplas sobre ele, a partir de um dado problema a ser minimizado ou resolvido.

podendo de alguma forma prever o seguinte:

“A” tem mais força do que “B” em tal situação e influencia de tal maneira.

E isso vai se sofisticando, até poder sair de um modelo das impressões para o das reflexões, que vai sendo registrado em  algumas “fórmulas” ou matemáticas ou lógicas.

Com estas relações, é possível:

  • – fazer previsões com menos taxa de erro, pois previsão sempre é precária;
  • – criar metodologias que podem, a partir do desenho das forças, agir para reduzir danos e aumentar as oportunidades para redução de sofrimento.

Teorizar é, no fundo, um mapa como este abaixo:

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No qual, quando recebemos uma dada informação, conseguimos colocar melhor em um dado ponto do mapa. A referência se o mapa está ou não eficaz será dada pela redução de sofrimento da metodologia que será gerada pela teoria.

É isso, que dizes?

Um bate papo é uma conversa entre pessoas sem um determinado fim, em torno de assuntos. Diálogo é uma conversa entre pessoas que procura resolver um dado problema, conforme for encaminhado pode ser produtivo ou improdutivo.

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  • Existem regras para um bate papo para que aconteça de forma civilizada.
  • Porém, um diálogo exige regras ainda mais rígidas para que se torne produtivo.

Um Diálogo Eficaz exige:

  • – que as partes estejam REALMENTE interessadas em resolver um dado problema;
  • – que estejam focadas para reduzir o sofrimento deles ou de terceiros, ver mais o conceito de sofrimentologia;
  • – que as partes confiem na boa intenção do outro para resolver o dado problema;
  • – estejam abertas a discutir visões e métodos para resolvê-lo;
  • – capacidade de escuta e de expressão para apresentar e ouvir pontos de vista;
  • – queiram e possam se dedicar um tempo para a troca sobre o dado problema.

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Há duas hierarquias em um diálogo:

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  • Um diálogo será mais vertical, quando uma pessoa  tem mais experiência/eficácia/tempo em lidar pensar sobre aquele problema;
  • Um diálogo será mais horizontal, quando há um equilíbrio maior entre as pessoas em termos de experiência/eficácia/tempo em lidar pensar sobre aquela problema.

Quanto maior é o “gap” entre a experiência/eficácia sobre a experiência diante do problema, mais o início do diálogo tende à verticalização. Bem como, quanto mais diferente for a abordagem sobre o mesmo problema por pessoas distintas, mais haverá a tendência de verticalização na comunicação.

Um Diálogo Eficaz, entretanto, visa horizontalizar o conhecimento sobre o dado problema em qualquer das circunstâncias, como vemos abaixo:

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Note que ele naturalmente começa mais verticalizado e, como a troca, espera-se que vá se horizontalizando.

Note, entretanto, que quando falamos em horizontalizar não significa que haverá pensamento comuns, mas se conhecerá mais a fundo o pensamento de ambos os lados e o diálogo se torna mais fácil. E os diferentes tipos de visão e abordagem em relação ao problema ficam definidos, permitindo que os participantes possam de forma mais consciente tomar melhores decisões, com mais diversidade, a partir da troca.

No processo de verticalização para a horizontalização, precisamos, de forma prática:

  • – ajustar os conceitos para que todos possam estar seguros que estão entendendo como cada um entende as diferentes terminologias (isso se torna mais crítico em equipes multidisciplinares);
  • – criar, quando necessário, conceitos intermediários, conceitos pontes para que a comunicação possa fluir de forma mais fácil;
  • – tirar as dúvidas sobre a narrativa do outro, de tal forma a poder, com suas próprias palavras, detalhar o que o outro está dizendo.

Diria, assim, que temos as seguintes fases:

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As fases não seguem uma regra temporal, pois no decorrer do processo há ajustes em que alguns pontos são recorrentes, mas seriam:

  • Definindo as regras – baseados no que expus mais acima para que se possa começar o debate. Se alguém não está disposto a dialogar, não se deve começar, pois a tendência de ser ineficaz ou virar um bate papo é grande;
  • Ajustando a melhor hierarquia – compreendendo o desnível entre as diferentes experiências para balizar o tempo e o melhor método para a horizontalização;
  • Alinhando conceitos – geralmente ao longo do processo quando há um problema de compreensão de conceitos diferentes;
  • Compreendendo narrativas – relevância de entender qual é a narrativa do outro para poder começar a se trabalhar com argumentos.

Por fim, eis alguns riscos e virtudes nos ambientes de Diálogo Eficaz:

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Riscos devem ser evitados e virtudes, incentivadas.

É isso, que dizes?
 

 

 

 

Um pé é um pé.

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Se você compra um novo sapato, o sapato vai se adaptar ao pé, mas o pé não vai se adaptar ao sapato.

O pé é feito de osso, músculo e pele.

Diferente do cérebro.

O cérebro é um ser vivo dentro do nosso cérebro, assim como o pulmão e o coração.

Eles agem sem te pedir licença.

São movimentos criados para você viver, mesmo que você não queira.

Porém, o cérebro é diferente do pulmão e do coração ele é mais plástico. Quando ele se relaciona com algo de fora diferente, diferente do pé, ele se adapta, muda, se molda para poder trabalhar melhor.

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Assim, o cérebro é o único órgão do nosso corpo que se modifica de forma mais radical, a partir de algumas circunstâncias.

O cérebro muda de forma incremental ou radical.

  • Ao longo do tempo, com mudanças no ambiente cultural e natural.
  • A curto prazo quando introduzimos novas tecnologias, principalmente as cognitivas.

O cérebro altera a plástica cerebral.

E é a plástica cerebral do cérebro o epicentro da nossa cultura.

Quando ela muda, tudo muda.

E a sociedade, por incrível que pareça, vai se adaptar, ou podemos dizer, que vai negociar uma nova cultura, novas organizações com essa nova plástica cerebral. Por isso, que tenho defendido que somos uma espécie só: homo sapiens, com várias versões, conforme o uso das tecnologias, que têm plásticas cerebrais distintas.

Os usuários das Plataformas Digitais Colaborativas, por exemplo, são os Homo Sapiens 3.2, que vão dominar o planeta.

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Sabe por que?

Pois conseguem lidar de forma melhor e mais eficaz com a complexidade demográfica existente. A complexidade demográfica não é um valor moral e nem a nova versão da espécie é mais inteligente do que a outra.

Somos relacionais. Mudamos, conforme a Conjuntura Tecno-demográfica ecologia.

Quanto mais gente, mais complexidades, o que exige de nós uma plástica, ou se quiser, um cérebro mais sofisticado que consiga lidar melhor com mais dados. Um analfabeto consegue lidar com uma taxa de complexidade, mas saiu daquele patamar, ele se torna dependente de alguém que domine uma maior sofisticação.

Note: não estou dizendo que o analfabeto é um ser inferior. Estou dizendo que ele fica CONDENADO a uma inferioridade se não conseguimos fazer com que a sua plástica cerebral possa ser alterada para lidar com Tecnologias Cognitivas mais complexas!!

Esse ser humano com uma nova versão, portanto, não é mais sábio do que os demais, ele é simplesmente mais apto a resolver problemas mais complexos o que vai levá-lo a produzir serviços e produtos de uma nova maneira, o que irá levá-lo a dominar o mundo.

Se quisermos que o mundo não seja tão desequilibrado, precisamos entender qual é a raiz da dominação para que possamos criar vacinas contra ela!

Se quisermos que isso aconteça de forma menos agressiva e violenta (pois vai ocorre sem que nada possamos fazer), é preciso que compreendamos o papel fundamental das novas Tecnologias Cognitivas para o futuro da espécie e pratiquemos um trabalho radical de inclusão digital.

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Paralelo a isso, é preciso criar novas filosofias que possam colocar uma bandeira nessa escalada em direção ao trabalho com mais complexidade.

Desenvolvi a ideia da Sofrimentologia, que seria uma forma de balizar nossas conquistas futuras como uma forma de reduzir sofrimento da espécie humana, dos mais radiciais para os menos radicais.

Mas isso tudo nos leva ao cenário do novo Século.

Quanto mais consciência tivermos deles mais rápido poderemos interferir com mais sabedoria no nosso futuro e vice-versa.

É isso, que dizes?

Leio as propostas do “socialismo do século XXI”, ver mais aqui.

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A ideia básica é tentar fazer uma reavaliação dos problemas do comunismo do século passado e reinventar o modelo. É a proposta do movimento de esquerda na Venezuela, com muitos simpatizantes no Brasil. Não conseguirão.

Há um erro gigantesco de visão do que é a economia e a política e a sua relação com a demografia e as Tecnologias Cognitivas.

Vamos detalhar na seguinte máxima:

Quanto maior for a complexidade demográfica, mais sofisticado terá que ser o ambiente econômico e político, regulado e alterado profundamente nas mudanças das Tecnologias Cognitivas, que ajudam o cérebro a operar.

Não adianta saudosismos de tentar modelos antigos, clássicos, das tribos antigas, pois quanto mais gente tivermos no planeta, mais e mais precisaremos sofisticar os ambientes de produção, descentralizando o poder econômico e político.

Há uma complexidade que o aumento demográfico traz e isso vai gerando mais e mais crises, até que consigamos tecnologias que nos permitam lidar com elas.

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O ambiente econômico e político não trabalham no vazio, de forma natural, são tecno-ambientes políticos e econômicos, criados de forma artificial pelas possibilidades e impossibilidades que o Ambiente Cognitivo permite.

Uma campanha antes da televisão era algo, depois outra coisa, estou certo?

Antes de falarmos em cultura, existe um cérebro que usa um “capacete” (Tecnologias Cognitivas) para trabalhar que é moldado por ela.

Assim, temos o que podemos chamar de Conjuntura Demográfica e Conjuntura Cognitiva.

Todas as propostas políticas e econômicas, os modelos criados, as alternativas possíveis eram fruto da Conjuntura Demográfica e da Cognitiva passadas.

  • Quando mudamos a Conjuntura Demográfica, de 1 para 7 bilhões nos últimos 200 anos.
  • E criamos um novo “capacete” cognitivo que nos permite resolver problemas de uma nova forma, com a participação de mais gente nas decisões.

Temos uma nova sofisticação, uma quebra de barreiras, na maneira que podemos pensar as soluções econômicas e políticas.

A Tecno-ecologia mudou radicalmente e vais nos levar a mudar todo o resto!

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O que eu quero dizer e vou repetir de uma nova maneira é:

Todas os modelos políticos e econômicos oficiais e alternativos criados pelo ser humano até aqui eram resultados da demografia e do Ambiente Cognitivo Analógicos que tínhamos. Como temos hoje um novo ferramental para podermos trabalhar, temos novas alternativas políticas e econômicos para reinventar o ambiente social.

Não, não é, assim, a política e a economia que governam de forma autônoma a história. Elas são reguladas e condicionadas pelo tamanho da população e pelas tecnologias cognitivas que nos fazem pensar, nos relacionar, trocar, comunicar, informar, articular, aprender, conhecer de forma diferente em função do que temos disponível. Acorda: o cérebro muda sem nos pedir licença!

As propostas tanto do socialismo do século XXI ou de manutenção do Capitalismo do jeito centralizado do que está hoje são resquícios do século passado, são visões conservadoras, anti progressistas.

Veja aqui um quadro possível para o futuro:

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Ou seja, as propostas que temos “na mesa” refletem uma briga passada, de retrovisor, que já passou e não está mais colocada, pois tentavam o máximo dentro de escopo social que era limitada pelas tecnologias daquela época, mudando o cenário, temos um novo leque GIGANTESCO de oportunidades.

Ambos os movimentos, de reviver o socialismo, seja lá o adjetivo que queiram colocar, ou de manter o atual capitalismo concentrador, são anti-históricos, conservadores e vão ficar enterrados no século XX, talvez com sobrevidas até o meio do atual século.

O novo século e todos os que querem mudança terão que se engajar nas novas oportunidades que a nova Conjuntura Tecno-Demográfica permite.

Descentralizar o capital e as oportunidades, repensando o modelo político e econômico em bases completamente diferentes, tendo as Plataformas Digitais Colaborativas e a Colaboração de Massa, como o grande instrumento de aumentar a diversidade humana, a baixo custo!

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  • Se a economia e a política dos últimos 200 anos foram filhas do papel impresso e dos meios eletrônicos de massa;
  • A economia e a política dos próximos 200 anos serão filhas do mundo digital.

Vamos sair da escuridão, o tempo urge!

É isso, que dizes?

Quando inventamos nossa primeira tribo, criamos um chefe e, na sequência, começamos a criticá-lo.

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Falar mal do chefe, das autoridades, do governo é, ao mesmo tempo, um esporte, um hábito, um prazer, um desejo, algo que faz bem tanto para as pessoas quanto para a sociedade.

É nessas críticas costumeiras que vamos melhorando a maneira de pensar sobre o que queremos em termos de governança. Claro, que só reclamar não leva a lugar nenhum, é preciso também participar, mas de qualquer forma nada mais humano do que reclamar e poder fazer isso.

Viva a Democracia!

Quando se reclama de um governo, entretanto, não está se reclamando necessariamente do país, que são duas entidades diferentes.

Estrangulamento e fogueira

Eu posso não gostar de um governo de um determinado país e não ter absolutamente nada contra o conjunto de pessoas que moram nele. Posso até achar que escolheram mal ou aceitam o seu representante, mas uma coisa é:

  • – tomate;
  • – outro o extrato de tomate.

Há momentos na história que há tentativas de se confundir país com governo, governo com pátria. Pensamento com dogma, dogma com heresia.

Tivemos isso na ditadura militar, quando o projeto de poder era um bloco e nos legou aquela famosa frase: ame-o ou deixe-o. Ou mesmo no final da Idade Média quando a Igreja definiu o monopólio do amor à Deus e todas as verdades sobre a terra a partir do Papa.

Não aceitar o que o Papa dizia era fogueira na certa.

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Assim, quando temos em qualquer época a tentativa de juntar pátria-governo, país-governo, projeto de governo com pais estamos diante de um projeto autoritário, pois é dado o direito a todos de discordar de um dado governo, ou de seu projeto, sem estar ferindo o país, ou um grupo dentro dele.

O PT, ou parte do PT, ou um grupo forte dentro do PT, seguindo ou fortemente inspirado na doutrina marxista de luta de classes se define como um grupo em favor do proletariado (no passado) e dos pobres (no presente).

E define o país em dois grupos os pobres que são excluídos e os ricos que os excluem.

E faz, assim, uma definição de projeto de governo em defesa de um país dos pobres e um governo dos pobres, para os pobres, com os pobres contra os ricos.

Até aí podemos chamar isso de um nicho e uma bandeira da política – sem problema.

O problema quando se tenta vender que são os ÚNICOS que ´podem ajudar este segmento e iniciam um projeto de caça-as-bruxas de quem não concordar com essa tese.

Isso é feito de uma forma tão repetida e está tão enraizado dentro da ideologia dos que sobraram dentro do PT que se acredita que nenhum outro projeto de governo a favor dos pobres, ou de país, seja possível, a não ser o projeto do PT. Existe um marqueteiro que cria isso, mas, o pior, que tem muito mané que REALMENTE acredita nisso.

Assim, falar mal do governo hoje passou a ser com o que foi na ditadura, de que o esporte nacional de criticar o governo, que é da própria espécie, é algo que vai contra a a pátria dos pobres, contra o pobre, pois o PT é o pobre e falar mal do PT é não gostar de pobre.

A hipnose é a seguinte, criando-se um neologismo:

PT_pobre_Brasil, PT_defesa_uníca_dos_pobres, PT_Brasil_pobre é algo que não se separam. Querem criar uma haghtag #PT_pobre.

Notem que vivemos hoje um momento de conjuntura política completamente diferente de 2002, quando o PT começou a sua jornada como governo federal, o que juntou um novo governo como uma nova agenda.

Foi um casamento feliz, que ocorreu em diversos estados da nação, via vários Governadores, que assumiram junto com o PT, tendo como eixo o ataque direto à exclusão social e melhorias dos serviços públicos.

A exclusão social no Brasil – que vem desde 1500, era uma bola que estava quicando na frente do gol, pois:

  • – tivemos primeiro que limpar a área da ditadura para resgatar um modelo arcaico de democracia;
  • – lidamos com o problema grave da inflação, que aumentava ainda mais esta exclusão;
  • – chegou o momento de ter políticas mais ativas contra a miséria absoluta;
  • – tendo agora uma outra pauta relevante que é tentar melhorar os serviços públicos de educação, saúde (incluindo saneamento), mobilidade e segurança.

A ideia de que o PT é o único partido no Brasil que procura reduzir o problema da exclusão social é vendida dentro da ideias de que todos os outros nada fizeram.

Porém, é preciso ver a agenda que existia e analisar como essa agenda foi tratada nos Estados, em paralelo ao governo federal do PT, pois nem todo governo estadual do Brasil, felizmente, é do PT.

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Se analisarmos os projetos dos dois candidatos de oposição, tanto o Eduardo Campos e Aécio Neves, em Pernambuco e em Minas, temos que analisar seus governos para ver se eles foram contra os pobres.

Se sim, faria sentido o discurso do PT-pobre-Brasil.

Se esse discurso fosse verdadeiro, só teríamos no Brasil governadores do PT, pois os pobres, que são a maioria em Pernambuco e Minas teriam rejeitado os dois candidatos.

Porém, ambos tiveram governos foram reeleitos e bem avaliados, com boa taxa de aprovação dos cidadãos, que viram neles governadores que assumiram as agendas do país: contra a exclusão e na melhoria dos serviços públicos, com altos e baixo, como é de todo governo.

O que ser quer, assim, vender com esse discurso primário de criar novas palavras no dicionário?

“PT-pobre-Brasil” versus “Eles-Elite-Não-Brasil”

Tal proposta é apostar ainda mais na incapacidade de lidar com cenários mais complexos de uma grande parcela da população brasileira.

É uma visão simplista, dogmática, arcaica e maniqueísta para fácil compreensão, mas que escamoteia várias discussões relevantes que estão em pauta hoje.

Qual a melhor forma de promover a exclusão e melhorar os serviços públicos?

Existem as experiências de vários Estados nessa direção, pois ninguém no país hoje, prefeito, governador ou presidente será eleito, ou reeleito, sem que coloque estes pontos em destaque.

Ou seja, o PT se aproveitou do momento bom da economia mundial para vender a ideia que é o partido que melhor sabe trabalhar com a economia (escondendo claro os insucessos da Dilma).

E quer transformar uma agenda nacional de combate à exclusão, que é a bola da vez em todos os Estados e Municípios) como propriedade sua, tentando vender uma ideia de que ninguém está nessa agenda. Pior:  que o único que tem direito à essa agenda.

A realidade, entretanto, mostra que todos que querem fazer política no Brasil vão estar nessa agenda, senão não serão eleitos. E isso não é uma agenda do PT, mas a agenda imposta pelo próprio avanço natural da democracia adolescente do país.

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Ou seja, querem criar um mito de que falar mal do governo é uma heresia contra os pobres e que querer um outro governo é ir contra a entidade sagrada:  “PT-pobre-Brasil”.

Isso é um discurso autoritário, oportunista, maniqueísta e muito pouco conscientizador, pois não se quer discutir projetos, na base da discussão racional, mas apostar tudo no voto emocional, levando nossa democracia  para o fundo do poço, onde ela parece que consegue ir cada vez mais fundo.

Note que o PT é o único partido na disputa atual com esse discurso segregador.

Ou seja, eu devo, quero e preciso falar mal do governo.

E não quero que ninguém venha me impedir, pois isso não é uma heresia!

É um direito e ninguém vai tirar.

É isso, que dizes?

Qual é o objetivo que podemos ter no mundo?

Homens vítimas de saúde mental podem se tornar violentos

Chegamos, passamos um tempo e vamos embora.

Nada, absolutamente nada vai mudar isso.

E nada nada absolutamente nada que seja feito pelo maior líder espiritual, religioso, filosófico, teórico vai mudar uma verdade: vamos continuar sofrendo hoje, como sofremos ontem como sofreremos amanhã.

Viver é sofrer.

Pode reparar que os maiores absurdos da história foram feitos em nome, da venda da ilusão do fim do sofrimento humano como um passa de mágica.

Assim, de forma consciente, devemos escolher algo a fazer entre o chegar e o partir.

E se o sofrimento é certo, temos dois caminhos possíveis:

  • – nos divertir;
  • – procurar reduzir o sofrimento nosso e alheio, a partir da escolha de um dado problema.

Talvez os dois fiquem de bom tamanho, nem um e nem outro, mas se divertir procurando reduzir o nosso sofrimento e o dos demais.

Assim, podemos dizer que isso é a sofrimentologia.

Uma proposta filosófica, que certamente não é nova, para abraçar como uma ética de vida.

É isso, que dizes?

Tudo é um feito no mundo para você não ter uma voz.

Todos vão te convencer que é preciso ir à lua para  depois voltar para você ter a sua própria voz, opinião.

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Ao tentar expressar a primeira ideia um caminhão de críticos te dirão que falta ler um caminhão de livros que eles pretensamente já leram.

A base de toda a autoridade é tirar a autoridade do outro para se manter como autoridade!

E assim cria-se uma escalada de quem pode falar, a partir de critérios subjetivos, que se refletem em diplomas, batas, coroas, ternos, etc….

O mundo em geral não é feito para se ter opinião, mas seguir a dos outros.

Há o massacre da voz alheia, ainda mais no fim de Ditaduras Cognitivas.

Por isso, devemos nos agarrar a um problema no mundo.

Um problema te dá um chão, pois quando não temos um problema não podemos testar se a nossa voz faz sentido. Se estamos dizendo algo interessante.

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A libertação de sua própria voz, assim, está ligado a escolher um dado problema no mundo, que provoca sofrimento. Se você consegue reduzir o sofrimento, já é um primeiro passo de que algo está fazendo sentido, mesmo que tenha que ser aprimorado.

Neste que é possível criar este espaço de avaliação:

Problema<->solução<-> taxa de sofrimento.

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Ao se analisar estes resultados, que é o que importa na sociedade, terminam as autoridades, pois é evidente que você pode julgar, com certa autonomia, teus atos e medir a redução de sofrimento, no que chamei da ética da sofrimentologia.

O objetivo é claro: ser o melhor que puder na solução/minimização daquele problema.

Assim, você será a sua própria autoridade e poderá a ter a sua voz, pois há algo no mundo que você entende.

E quando se entende algo, a partir da luta com um problema, muitos outros mundos se abrem.

É isso, que dizes?

Os jovens brasileiros sonham em poder ter empregos melhores, mas significativos, que possam deixar um legado.

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Não terão muitas perspectiva se continuarmos nessa toada.

O Brasil é um país conservador, autoritário, que detesta inovação, incentivar o talento. Seguimos um modelo conservador de produção de riquezas, muito mais contando com a mãe natureza do que a nossa capacidade de inovar em cima dela.

Se existe uma luta política que os jovens deveriam adotar é de procurar incentivar, pela ordem:

  • – a descentralização do capital, para que se possa ter dinheiro para novos negócios;
  • – a desburocratização para que abrir uma empresa não seja uma guerra mundial;
  • – um ambiente em que a inovação seja incentivada.

Um dos maiores crimes que o país está cometendo com o seu futuro é condenar COMO PRATICAMENTE A ÚNICA ALTERNATIVA para os jovens mais brilhantes a um emprego público para sobreviver.

Nada contra o funcionalismo público, mas uma coisa é quem tem vocação para aquela carreira, a outra é como a única alternativa!!!

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O Governo não é gerador de inovação por tradição.

Se as cabeças mais privilegiadas se enterram na máquina pública por falta de opção, o que estamos fazendo é reduzindo a nossa capacidade de gerar novas riquezas. Simples assim.

E aí entramos em um círculo vicioso:

  • O Estado querendo tirar mais dos mesmos;
  • E os mesmos ficando cada vez mais os mesmos e reclamando mais do estado.

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Hoje, um jovem empreendedor é considerado pela família um derrotado, pois não conseguiu um emprego público. Este sim uma garantia para toda vida.

Se existe algo que precisa ser RADICALMENTE alterado no país é diversificar a possibilidade de sonho dos jovens mais brilhantes, em que o empreendedorismo seja não a última, mas, quem sabe a primeira opção.

É isso, que dizes?

Saiu um dos artigos que mais me chamou a atenção este ano.

O preço do poder de Wall Street (HBR, junho 2014), de Gautam Mukunda.

Segue o resumo que a revista sempre coloca:

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 O artigo tem um diagnóstico ótimo, mas não vai nas raízes do problema para poder apontar uma boa alternativa, pois não vê a Revolução Cognitiva como saída.

Eu acredito que esse aumento de poder se deve à concentração das ideias no século passado, que fez com que as organizações se voltassem para elas mesmas.

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Nestes momentos de Contração Cognitiva há:

  • – uma perda de controle das organizações pela sociedade de maneira geral;
  • – um aumento de controle da sociedades das organizações.

O que aumenta a taxa de princípios da sociedade e reduz a ganância é justamente quando a sociedade pode cobrar mais das organizações o seu fim: servir a sociedade e não se servir dela.

Nestes momentos de fim de Ditadura Cognitiva temos um aumento radical do material sobre o que vamos chamar de espiritual do mundo, princípios, filosofias, redução de sofrimento, etc.

E há, por consequência, um aumento dos setores mais ligados diretamente ao dinheiro.

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O que discordo do artigo de Mukunda, portanto, é de que isso se dará através de reformas, ele sugere várias, dentro do atual Ambiente Cognitivo. Sim, há leis que podem ser mudadas, mas o que tem que haver de fato é o incentivo à aquelas que promovam à descentralização do capital, através da pulverização das redes.

Hoje, uma organização para se capitalizar precisa ir ao mercado financeiro e aceitar a lógica de curto prazo. É o que está acontecendo com o Google e o Facebook.

Muitas das decisões que estão tomando vão contra a lógica de quem usa a rede, criando um problema e uma latência, que vai desembocar em novas empresas.

Para que elas sejam possíveis, será necessário criar um mercado de capital 3.0, no qual vamos ter que criar uma bolsa de valores 3.0 pulverizando muito mais os empréstimos de cidadão para cidadão.

Que é que tem se chamado de Crowdfunding, que precisa ser muito mais incentivado.

Hoje, se alguém quiser criar uma plataforma de vizinho empresta dinheiro para o vizinho, o Banco Central vem em cima e fecha, como já ocorreu.

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A centralização do capital é, portanto, filha da Concentração Cognitiva e o novo modelo que deve surgir como alternativa é justamente a pulverização dos empréstimos, como em todas as outras áreas, via Plataformas Digitais Colaborativas.

Não é, portanto, regulando o que está que vai ser resolver, mas é justamente desregulando, através das redes.

É isso, que dizes?

 

Independente do resultado da próxima eleição, podemos dizer que vivemos o fim de uma Era PT no país. Hoje, o PT não tem militantes ideológicos, mas pagos para fazer campanha, que é a demonstração clara que um ciclo se fechou. Um partido ideológico tem militantes, um fisiológico (ou digamos tradicional) tem cabos eleitorais.

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Vamos aos fatos.

Em 1979, surgiu uma frente de esquerda formada por várias correntes políticas de todos os lados, que se unificou em torno de algumas bandeiras largas, que agregavam:

  • – contra o stalinismo –  no Brasil o Partidão, que dominava boa parte do dito movimento social;
  • – contra exclusão social;
  • – um partido construído a partir das bases;
  • – um compromisso ético na política;
  • – em defesa de algo difuso, tal como um socialismo democrático.

Na época, havia se esgotado a frente de oposição, formada pelo MDB, formada pós-ditadura, que se dividiu entre o PT e o que hoje é o PSDB.

Passados mais de 30 anos, a frente se dividiu, como toda frente, que cumpre um determinado papel na história:

  • Parte criou o PSOL e outras siglas mais a esquerda;
  • Parte saiu da política;
  • Parte morreu ou foi assassinada, como o Chico Mendes;
  • Parte continuou no PT;
  • Parte está com a Marina, na Rede;
  • Parte no PSB;
  • Parte por aí.

Não houve, entretanto, nessa avançar do PT em direção ao poder uma narrativa que fizesse a ponte do que foi abandonado antes e o que se transformou agora!

Quem foi para o Governo abriu mão do projeto do socialismo? Caso não, o que é um socialismo democrático? Aderiram ao capitalismo? A que tipo de capitalismo?

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Muitos dizem que o PT é o partido mais ideológico do país.

Discordo, nunca foi enquanto partido, mas enquanto uma frente de esquerda difusa, que tinha no socialismo democrático – nunca colocado em prática em nenhum país do mundo – como bandeira.

(O PT, na época, era contra Fidel e Stalin, contra a ditadura do proletariado, apesar de várias práticas internas autoritárias.)

Ideologia, a meu ver, é algo que aponta uma visão, um ideário, que aponta uma direção de “a” para “b”, de onde estamos para onde vamos. Faz-se as frentes em torno disso e cria-se partidos, propostas e movimentos para “ganhar”  “organizar!” a sociedade para estas ideias.

O ciclo PT se esgotou, assim,  enquanto um ideário claro.

Hoje, é algo confuso, sem narrativa, sem discurso, sem auto-crítica, sem uma visão clara de onde estamos e para onde vamos.

É o que está acontecendo, aliás, com toda a esquerda da América Latina, orfã de um novo projeto, ficando, assim, agarrado a um passado que já não existe e se sustenta mais, vide o que está acontecendo na Venezuela.

(É bom dizer que com a complexidade que temos hoje temos que inventar um modelo econômico social, da república e do capitalismo para lá, para melhor e não para trás, para pior, se não faltará tudo.)

  • O que é triste é que o PT se esgotou sem debate, sem discussão.
  • Não acabou, definhou como proposta.
  • Hoje, é um MDB com alguns arroubos mais radicais.

O PT, assim, ficou dividido em dois grandes grupos:

  • – os ainda ideológicos – um pequeno segmento dogmático de uma esquerda conservadora mais tradicional, que não consegue se reinventar. Lembra muito o velho MR8 do passado (do ponto de vista de um final trágico), que caiu nos braços do Orestes Quércia – O MR8 não tinha um líder carismático;
  • – e os dirigentes principais, que se alinharam em torno de uma figura emblemática, do Lula e seu projeto particular narcisista de poder.

Seria um Peronismo tupiniquim atualizado.

Sai MDB, entra PT, mas sai PT e entra o que?

O que nos coloca diante de um novo enigma ideológico.

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O que precisamos ter para o século XXI em um Brasil desigual, com sérios problemas de organização política, que aponte um sonho político mais viável para os órfãos do PT?

Tenho repetido sempre a necessidade de entender o momento histórico e a Conjuntura Cognitiva que estamos vivendo como a ÚNICA forma de ter propostas.

Os movimentos comunista e liberal dos últimos dois séculos foram construídos dentro de uma Era Cognitiva marcada pela potencialização e limitações dos papel impresso, seguidos pela Ditadura Cognitiva dos meios eletrônicos de massa, que nos legou, devido a concentração de ideias, as fases mais radicais do fascismo e do comunismo.

Era um ambiente que nos limitava em termos de participação.

Hoje, a Internet refaz todo o cenário social-político e econômico do novo século, pois permite criar ferramentas de participação de massa, que cria um espaço de mudança organizacional muito mais descentralizado do que no passado. As cartas estão sendo reembaralhadas.

É preciso, entretanto, enterrar o Ambiente de Pensamento fruto daquela Era Cognitiva Analógica e construir um novo, que aponte uma saída para as desigualdades, mas dentro de um novo contexto.

Não concentrador como foi tanto a esquerda quanto à direita do século passado, mas renovador, descentralizador, que possa tentar incluir com autonomia e não para usar os mais pobres para se manter no poder.

Há claramente nas manifestações em todo o mundo um clamor por uma refundação da república em outras bases.

O som das ruas é claro: estamos cansado deste rabo, que está balançando o cachorro.

E os projetos que temos hoje é evitar apenas de trocar de rabo.

É preciso reinventar o cachorro!

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Defendo a criação de um movimento Republicano Digital, supra-partidário, cujo eixo, acredito eu, deve girar em torno da descentralização do poder, do capital e das oportunidades, com forte ênfase na inclusão social, via digital, com formas criativas de recuperar o gap, através da autonomia e incentivo ao talento represado.

Um novo ciclo se abre e precisamos construir uma nova frente política, matando as ilusões que tivemos no século passado no mundo e no Brasil, que nos leva a compreender que:

  • – o capitalismo é uma rede, que precisa ser muito mais capilarizada e descentralizada;
  • – assumir que sem uma rede produtiva descentralizada, via iniciativa privada (não importa o nome) passaremos grandes necessidades, pois estamos diante de uma mega complexidade demográfica, que nada centralizado vai nos ajudar a superar;
  • – precisamos, assim, inovar na maneira de fazer política, através de plataformas de colaboração de massa para aumentar a diversidades das decisões;
  • – precisamos ser criativos para em pouco tempo reduzir o “gap” entre as diferentes classes sociais, não criando dependência, mas autonomia, transformando sofrimento em talento.

Assim, não é  mais “a” versus “b”, mas “a” para “b”.

Um novo projeto político para um novo momento histórico-cognitivo.

É hora de enterrar o século XXI – urgente! E plantar um novo jardim.

É isso, que dizes?

 

 

Há duas opções de lidar com um problema:

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Como saber qual o melhor caminho escolher?

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Por que fazemos esta escolha? Veja abaixo:

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Quando temos um problema desconhecido, a sequência natural seria a seguinte:

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Não é possível usar o método indutivo sem antes definir e fazer um levantamento do DNA do problema desconhecido, pois é preciso desenvolver uma nova teoria, antes de fazer o levantamento dos dados.

Para só então começar a coletar os dados.

Se isso não for feito, os dados levantados serão coletados como se fosse um problema conhecido, quando, na verdade, não é.

Um problema desconhecido pede um reconhecimento de terreno, criando deduções e interpretações prévias, antes de se ir a campo para coletar dados.

É isso, que dizes?

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Todo problema a ser tratado pela ciência tem uma taxa de sofrimento que provoca.

O objetivo do trabalho que será feito é reduzir esta taxa.

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Todo o material da semana reunido em um só lugar. Aqui! Favor comentar todos os vídeos e textos, exceto o principal, nos comentários abaixo, sempre cite sobre qual vídeo, texto, ou assunto está comentando!

Vídeo principal da semana:

Formulário de avaliação do Vídeo Principal e da Semana que termina:

https://docs.google.com/forms/d/1nsCPIiTVzKab273PhuQRQ1HpjYbLuBaspGCxAUcI3TM/viewform

Repostas dos sócios para o formulário do vídeo principal:

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1Dat9Yin1u2vyBGaN4gEHk7VIn2OIvHK7Oj1mwHyh48A/edit?usp=sharing

Vídeos complementares:

01:

02

03:

04 – encontro Skype:

05 – fundamentos

Textos complementares:

http://nepo.com.br/2014/06/30/o-cerebro-nao-e-o-pe-portanto-nao-se-adapta-ao-sapato/

Fundamentos – http://nepo.com.br/category/2014-ebooks/antropologia-cognitiva-2014-ebooks/conceituacoes/estruturantes/fundamentos/

Capitalismo – http://nepo.com.br/2014/07/03/capitalismo-e-um-conceito-equivocado-e-por-causa-disso-causa-muita-confusao/

 “Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo” – George Santayana.

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Há duas abordagens sobre a Internet, se formos trabalhar com teorias distintas.

  • As que partem do estudo do presente pelo presente e chegam a diversas conclusões;
  • As que partem do estudo do passado para entender o presente e também chegam a diversas conclusões.

Diria que as primeiras têm chances de se iludir mais dos que os segundos.

  • Quanto mais passado, mais dados, mais comparações, mais aprendizado.
  • Quanto menos passado, menos dados, etc.

Ao se analisar a chegada da Internet, portanto, há abordagens do presente-para-o-presente que nos levam a começar a cometer mais erros teóricos.

  • Um deles é do da Rede como salvadora do mundo.
  • A rede mais descentralizada como o fim para todos os males.
  • A rede como a grande vacina contra a cura da humanidade.

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O que aconteceu também com os iluministas com a chegada do livro impresso.

As Tecnologias Cognitivas trazem tantas novidades e mais liberdade para o ser humano que são fáceis de nos intoxicar.

Muitos iluministas acreditaram que quanto mais livros, mais consciência e mais liberdade.

Porém, a coisa não foi bem assim.

A rede social, turbinada por Tecnologias Cognitivas, resolve problemas do passado (que não tinham mais solução no Ambiente Cognitivo passado) e avança em vários aspectos, mas bate nos problemas futuros.

Há uma relação fundamental para recolocar as coisas no lugar.

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 Teremos redes mais complexas para uma complexidade demográfica maior.

A rede tecno-social que vai sendo criada vai permitir:

  • – que possamos crescer ainda mais;
  • – mas vai esbarrar nos limites de complexidade da própria rede, pois quanto mais gente mais complexidade e quanto mais complexidade precisamos de redes mais sofisticadas.

A rede tecno-social é uma ferramenta, assim, para lidar com mais complexidade e será a base para a reformulação de todas as organizações que irão ter novas autoridades renovadas, mas que tentarão, por tendência humana, a se consolidar no poder.

São ciclos que vão e vêm de renovação e consolidação.

A humanidade não está entrando em um paraíso com a Internet, apenas em um novo oásis temporário, que servirá para uma revisão completa dos ambientes sociais atuais, mas que esbarrará em novos limites mais adiante, pois ao mesmo tempo que resolve o déficit demográfico passado, vai produzindo um novo para o futuro.

Além disso, temos visto que uma nova Rede Social NÃO SE ESPALHA DE FORMA HOMOGÊNEA pela sociedade.

Hoje, temos muito mais gente no ambiente da Idade Média, oralizado, do que escrito, imagine dentro do Digital. Para a maior parte dos habitantes do planeta, vivemos um Ambiente Cognitivo pré-revolução francesa. As pré-condições para a República não estão dadas para estes!!!

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Hoje, convivemos com várias Versões Cognitivas da Espécie Humana, que são capazes de lidar com diferentes níveis de complexidade.

Assim, não é a humanidade que está chegando no digital, mas uma parcela ainda pequena da humanidade, 2 bilhões de 7 bilhões, que estão começando a construir um mundo novo e, por sua vez, liderar esse mundo, pois serão a espécie mais complexa.

Além disso, temos que entender que a rede é uma Plataforma Baixa, onde o jogo do ser humano será jogado. Em cima dela, temos o Ambiente de Pensamento, que produz filosofias, teorias e metodologias. E são estes pensamentos que formam as organizações.

A Plataforma baixa influencia – e muito – o Modelo Cognitivo, que influencia o Ambiente de Pensamento, que forma as organizações. Assim, temos um longo período no qual vamos colocar por sobre a nova Rede Tecno-Social Digital muitas ideias para construir a nova sociedade, revendo muito do passado.

Os milhares de anos do passado nos dão uma base para saber o que é mais fixo e o que é variável na espécie humana.

As redes vieram para equilibrar a relação Ambiente Social – Demografia, mas não os definem, apenas cria um novo cenário cognitivo, onde boa parte é reconstruída, mantendo algumas taxas de injustiça e de desigualdade.

Tendo consciência de tudo isso, podemos superar estes desafios?

Não sei.

É isso, que dizes?

 

 

Muita gente acha que o ambiente de um Diálogo Honesto está dado sempre.

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Não está.

Um Diálogo Honesto é a pré-disposição de duas pessoas se dedicarem a conversar em torno de um problema que causa sofrimento.

Para que isso aconteça, é pré-condição:

  • – Que os envolvidos queiram reduzir o sofrimento causado por um problema mal minimizado ou mal resolvido;
  • – Estejam abertos para estudar formas para se chegar a uma solução, não tenha um pacote fechado;
  • – Queiram somar esforços nessa direção;
  • – Tenham tempo para se dedicar a compreender a abordagem do outro, comparar com a sua, fazer uma síntese e chegar a uma que possa ser comum.

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Há outros encontros que promovem conversas em torno de assuntos ou até de problemas, mas estão longe de ser o que chamo de Diálogos Honestos.

Se estas pré-condições acima não estão dadas, tudo tende a virar uma grande frustração, se o objetivo é um travar um Diálogo Honesto.

Sugiro procurar pessoas que caminhem nessa direção para evitar desgaste e perda de tempo.

É isso, que dizes?

Temos muitas fantasias em relação ao mundo e a sociedade.

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Mas, ao refletirmos sobre os fatos, podemos chegar a conclusões diferentes, pois não temos a sociedade que queremos, mas a sociedade que podemos.

Temos que aplicar as seguintes regras ao modelo social que criamos, a partir da visão das redes, pois:

  • – as sociedades se estruturam em redes sociais, regidas pelas Tecnologias Cognitivas de plantão;
  • as redes sociais criadas (de troca de produtos, serviços e ideias) devem nos ajudar a reduzir sofrimentos e nos manter vivos, lidando com a complexidade demográfica que temos pela frente;
  • – a hierarquia da rede se ajustará à hierarquia possível, a partir da possibilidade de autonomia seus membros de lidar com a complexidade;
  • – quanto mais os integrantes da rede tiverem baixa autonomia, mais a rede tenderá a verticalização e vice-versa;
  • – quem tiver mais desenvoltura no uso das Tecnologias Cognitivas mais sofisticadas tenderá, ao longo do tempo, a ser os nós mais importantes das redes, tendendo ao posto mais alto da hierarquia.

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Só haverá mudanças de longo prazo nas hierarquias das redes, quando:

  • – aumentar a autonomia de tomada de decisões de seus membros;
  • – quando mais membros da rede possam se utilizar e dominar as Tecnologias Cognitivas mais sofisticadas.

Só haverá mudanças de curto prazo nas hierarquias das redes, quando:

  • – surgir uma nova Tecnologia Cognitiva mais sofisticada e um novo grupo a dominar, desbancado o antigo grupo.

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Podemos apresentar o seguinte desenho que representa a ideia acima:

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Quanto maior for a capacidade dos membros da rede, mais ela tenderá a uma maior horizontalização e vice-versa.

É isso, que dizes?

 

 

Tenho desenvolvido aqui uma tese de que somos diferentes espécies humanas vivendo no mesmo planeta, divididos por diferentes Plásticas Cerebrais que usam diferentes Tecnologias Cognitivas.

O que acontece na sociedade em uma Revolução Cognitiva?

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O poder, a elite é, antes da Revolução Cognitiva, a espécie, de maneira geral, mas sofisticada para lidar com a complexidade.

Quando uma nova Tecnologia Cognitiva se massifica a antiga “elite” resiste ao novo e começa a aparecer uma “elite” emergente, uma nova espécie, que passa a se utilizar das novas Tecnologias Cognitivas, o que a leva a ter uma plástica cerebral mais sofisticada e ver o mundo de forma diferente.

E há, a partir daí, um choque interessante, pois a antiga elite, de fato, não é mais aquela que detêm o cérebro mais sofisticado. Ela perde lugar, do ponto de vista competitivo, para a nova espécie emergente.

O que não significa a perda de poder.

Assim, se inicia uma briga de duas espécies humanas, regidas por Tecnologias Cognitivas distintas, pelo poder.

Abre-se na sociedade uma luta entre duas espécies: a nova que quer mudanças que sejam compatíveis com a sua capacidade de complexidade versus a antiga que quer manter o status-quo.

(Hoje, essa espécie emergente está ainda muito ligada as empresas de tecnologia, como o Google, Facebook, etc, que cada vez mais vão ganhando espaço, mas isso é o início da batalha.)

Foi o que aconteceu no fim da Idade Média, quando clero e monarquia, que eram a elite dominante e os cérebros mais complexos perderam lugar para o homo sapiens que passou a usar o papel impresso. Demorou 350 anos essa luta entre as duas espécies: a emergente versus a decadente. A República foi a vitória da espécie mais sofisticada.

A história demonstra que a nova espécie mais complexa sempre vence, mas demora e há, se repetir o passado muito sangue envolvido.

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Além disso, temos aí algo relevante que é a espécie oral – majoritária no mundo –  que tende em muitos casos, diante da complexidade, pregar um  fundamentalismo, tentar resgatar elementos do passado que não voltam, pois 7 bilhões nos leva a querer uma espécie cada vez mais complexa.

Assim, teremos três espécies em briga relevante:

  • A oral contra todos;
  • A escrita contra a digital e em muitos casos mantendo o oral no lugar que está;
  • A nova emergente, querendo tomar o lugar da escrita.

Diferente da Idade Média temos:

  • – um mundo muito mais conectado e unificado;
  • – muito mais gente;
  • – tecnologias cognitivas muito mais disruptivas;
  • – e que se modificam com muito mais velocidade.

Tenho dito que é preciso criar uma inteligência do mundo digital para:

  • – entender o cenário;
  • – criar pontes para a migração;
  • – e – PRINCIPALMENTE, priorizar de forma RADICAL a passagem da espécie oral para a digital, pulando a fase escrita, como forma de ter cada vez menos gente fundamentalista.

É isso, que dizes?

Falo muito da ética baseada em esforços para redução de sofrimentos.

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Ou seja, já que estamos aqui como um passatempo entre nascer e morrer a que nós devemos nos dedicar?

Esse sentido ético do por que estamos aqui é a base para uma atuação social.

Cada um escolhe o seu propósito.

O que sugiro é se balizar pela luta da redução do sofrimento humano.

Ok, mas se isso passa a sair da ética para algo mais prático, como podemos fazer projetos nas organizações para redução de sofrimento?

Teríamos que começar a criar a métrica do sofrimento, ou o sofrimetrômetro para poder balizar o que estamos falando.

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Colocaria na escala o seguinte:

  • – processos que causam morte de maneira geral;
  • – processos que causam morte prematuras;
  • – processos que causam dores desnecessárias;
  • – processos que podem reduzir as dores.

Nessa escalada podemos definir, por exemplo, no Brasil uma série de prioridades baseado nestes parâmetros de cima, tal como as mortes prematuras por acidente de trânsito ou por assassinato.

Colocar isso em um gráfico e ver que medidas podem ser adotadas para reduzir estes números gradualmente e tudo que isso implica.

É isso, que dizes?

 

Vimos aqui, que existe uma baixa de diálogo entre a academia brasileira e a sociedade.

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O problema é a prioridade das pesquisas.

Hoje, o pesquisador pesquisa o que ele quiser, ou o que o seu orientador ou uma linha de pesquisa em um dado departamento definir.

É preciso descentralizar a escolha das pesquisas que serão feitas, através da aproximação da sociedade, via digital.

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Uma experiência interessante seria criar enquetes na Internet em que se colocasse:

  • – sugestões de dentro para fora;
  • – sugestões de fora para dentro.

E que esse diálogo pudesse balizar as pesquisas.

Deveria haver um estímulo para que os deparamentos estimulassem seu público alvo, aquele que podere ver seu sofrimento minimizado ou reduzido para que participasse dos debates.

Produzindo uma pesquisa colaborativa envolvendo o público alvo ao longo de todo o processo e avaliando também os resultados.

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É uma forma de reduzir o fosso.

Que dizes?

Tenho defendido que a melhor forma de filtrar o excesso de informação é escolher um autor relevante.

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Alguém que você tenha a intuição de que realmente vai te ajudar a melhorar a sua visão e prática para minimizar/resolver um dado problema.

Minha sugestão tem sido se aprofundar nele para poder superá-lo.

Quanto mais fundo conhecer este autor, mas terá capacidade de entendê-lo e poder amanhã escolher um novo caminho.

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Chamaria esse autor de autor-ponte, pois ele será um guia que te levará de “a” ´para “b”.

Um autor, geralmente, para chegar a algumas conclusões fez uma síntese de centenas de outros e consegue resumir tudo, a partir de um determinado ponto de vista.

Alexander, do clube, nessa papo que tivemos, lembrou que quando fazemos isso abraçamos “tradições”. Ou seja, optamos por determinada escola.

E acho que é justamente isso quando queremos estudar.

Precisamos escolher de forma racional e consciente um ponto de vista, partir de um ponto e partir dele e ir fundo nele até que possamos, com esta escolha, começarmos a ter uma voz própria e autêntica.

Vamos perceber até onde aquela “tradição” pode nos levar e onde temos que começar a caminhar sozinhos, articulando coisas novas que eles não articularam.

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Não ter um ponto de partida sugere que você está sozinho e perdido.

É impossível que ao analisar um problema você não tenha um conjunto de teóricos que tenham se debruçado sobre eles e escolhidos rotas diferentes.

Acredito que um autor-ponte é um grande atalho e um ótimo guia, um padrinho, para se trabalhar com teorias.

Um autor-ponte geralmente faz parte de uma escola teórica, que faz parte de uma escola filosófica e isso vai te dando base para seguir com eles, romper e/ou acrescentar coisas.

Quem não tem um autor-ponte vai ter dificuldade triplicada para criar teorias.

É isso, que dizes?

 

Muitos dizem que o problema do Brasil é Educação.

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Discordo.

O problema que temos é:

– o grande volume de brasileiros que ainda está no mundo Oral, ou pertence ao que chamo Homo Sapiens Oral.

O Homo Sapiens Oral tem um grave problema de lidar com um determinada complexidade (processamento de dados e palavras). Assim, tem baixa autonomia.

Ele tende, para lidar com o aumento de complexidade que o mundo apresenta ter duas opções combinadas:

  • – fechamento em pequenas comunidades protetoras, geralmente religiosas;
  • – procura de proteção em lideranças que passem tranquilidade emocional, isso se reflete nas escolha de seus líderes locais ou nacionais.

Há uma baixa autonomia para decidir e forte dependência dos líderes o que cria um círculo vicioso para todo o país.

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Muitos dizem que o povo não sabe votar.

Ele sabe votar, mas vota da forma que acha mais compatível com a complexidade que consegue lidar.

Quando falamos em eleições do século XXI não estamos falando de decisões pouco complexas em um mundo hiper conectado de 7 bilhões de pessoas em um país de 200 milhões de habitantes, que se apertar o botão “A” temos como consequência “B”, “C”, “D”.

Quando falamos em sair de um país desigual para um mais mais igual, haverá a necessidade de capacitar boa parte da população para lidar com mais complexidade, o que é COMPLETAMENTE diferente de “ter educação”.

O modelo educacional atual não é capacitador de autonomia e nem de lidar com problemas mais complexos, mas apenas gerador de diploma.

E todos falam em ter como referência mais diploma, mas não mais autonomia que é o fundamental para lidar com um mundo cada vez mais complexo.

Se o brasileiro puder lidar melhor com a complexidade mais e mais vai conseguir se inserir de forma mais consciente no mundo que está aí fora e vice-versa.

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Digamos que cumpre esse papel MUITO parcialmente, a um custo alto e baixo resultado.

O salto que precisamos dar tem dois problemas:

  • – custo – quanto podemos investir para ter os melhores resultados;
  • – tempo – no menor tempo possível.

É preciso focar bem claramente no que precisamos capacitar o brasileiro:

  • – capacidade de processar palavras;
  • – capacidade de processar números.

E tomar decisões cada vez mais complexas.

E isso passa pelo uso -para mudança da plástica cerebral – o quanto antes possível das Tecnologias Cognitivas mais modernas.

Este é o eixo da educação que temos que ter que seria.

  • Foco em problemas dos mais simples para o mais complexo.
  • Com forte ênfase na autonomia da matemática e português;
  • Através do uso intensivo de Tecnologias Cognitivas.

O salto que podemos imaginar é assumir que vamos pular a escrita.

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Sim, vamos pular a escrita.

O papel impresso foi uma invenção de século XV para disseminar ideias descentralizadas, através de livros e jornais.

Não havia outra forma de disseminar ideias naquele momento.

Depois tivemos a centralização do rádio e televisão no século passado e a tentativa de doutrinação, ou o que chamamos de educação de massa, através da centralização.

O século XXI oferece a porta que o Brasil precisava para tirar o gap educacional que é a oralidade descentralizada, através de equipamentos móveis, celulares.

Hoje, começamos a ter a possibilidade de ao invés de distribuir livros, caros e lentos, passar o conteúdo, através da voz.

Em cidades em que as pessoas têm pouco tempo para ler, mas muito tempo para escutar enquanto estão se deslocando, temos que ganhar esse tempo dando conteúdo capacitador.

Devemos procurar uma combinação de:

  • – conteúdo oral;
  • – debate presencial e a distância;
  • – avaliação a distância.

Sim, não podemos saltar disso que temos para isso que se propõe, mas temos que criar projetos pilotos para testar o modelo e implementar as avaliações, ajustes em direção à multiplicação.

É isso, que dizes?

PS – se a pessoa lida com autonomia no ler e escrever e calcular, todos os outros problemas ele teria mais dificuldade de lidar. Talvez, pensar em um esforço GIGANTESCO nessa direção e repensar como se encaixariam as outras disciplinas.

Note que hoje o ensino do português não é para dar autonomia do pensar, mas quase como se fosse para o aluno ser um professor de português, em que aprende gramática sem compreender como isso vai ajudá-lo na sua expressão.

Tudo isso tem que ser visto no âmbito de um projeto para suprir o gap que temos  e ir ajustando o pessoal depois disso.

 

Há uma relação de causa e efeito entre problemas e Revoluções Cognitivas.

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Quando há concentração de ideias, as respostas para os problemas vão se tornando padrão.

O padrão das respostas viram assuntos.

E há uma tendência de se trabalhar a produção e disseminação do conhecimento em torno de assuntos. Isso é possível, pois o controle das ideias, criam  uma baixa taxa de inovação.

Todo o modelo de produção de conhecimento (ciência) e de transmissão de conhecimento (ensino) tende a ser modulada por assuntos.

Note que há uma relação da expressão de sofrimento vinda de fora para dentro da sociedade para as organizações de ensino e pesquisa, como vemos na figura abaixo:

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Em um momento de Contração Cognitiva o desenho tende a ser desta forma:

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Note que os problemas que estão sendo discutidos nas organizações expressam uma baixa taxa de sofrimento de fora para dentro, tendo pouca prioridade.

A tendência é que, ao longo do tempo, os problemas vão perdendo a prioridade de estudos e a tendência é ir mais e mais para um estudo e disseminação de assuntos, que são problemas que foram resolvidos no passado e que vão sendo repetidos.

O estudo e a pesquisa por assuntos tem como características:

  • – baixa taxa de solução de sofrimentos de fora para dentro;
  • – compatível com baixa inovação;
  • – fortalecem a estrutura de poder das organizações, pois há quem domina os assuntos sem a possibilidade de medição de sua eficácia na sociedade.

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Quando temos uma Revolução Cognitiva há um aumento de canalização da sociedade, aumentando a expressão do sofrimento que antes estavam invisíveis, aumentando gradualmente o fluxo e revertendo as prioridades:

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  • Assim, o estudo de assuntos será predominante na Contração;
  • E o de problemas na expansão.

Obviamente, que haverá ainda em cada Revolução Cognitiva, a partir de seus novos códigos uma adequação para uso intenso das novas Tecnologias Cognitivas disponíveis.

É isso, que dizes?

Vivemos uma cultura da participação? O século XXI será mais colaborativo? A partir das provocações de Denise Pires no Clube.

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Bom, vamos lá que é um boa pergunta.

O século XXI traz um novo tecno-ambiente de troca humana.

A Internet com colaboração de massa permite que se potencialize a cooperação entre as pessoas, pois há a seguinte relação que define a Taxa de Participação da sociedade:

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Há de maneira gerar um desejo de participar, mas isso pode crescer ou se reduzir dependendo do ambiente. O desejo de participar tem um custo.

  • Qual o esforço que eu tenho para participar.
  • Ligar? Escrever? Esperar em uma fila? Aguardar longo tempo no telefone?
  • A isso atribuímos um custo de participação.
  • Por fim, há um esforço de participar e um resultado, a partir da minha participação.
  • Ou seja, o que eu sugeri, reclamei, sugeri, construí alterou algo?

E o resultado destes três elementos vai nos dar uma Taxa de Participação, que é sinergética.

  • Quanto mais o circuito se mostra eficaz, mais eu tenho MAIS desejo de participar;
  • Quanto menos o circuito se mostra eficaz, mais eu tenho MENOS desejo de participar.

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O novo Ambiente Cognitivo, de fato, colabora para que se aumente a taxa, pois ficou mais fácil participar, via telas, cliques, reduzindo o custo de participação e, dependendo do projeto, se aumenta  a eficácia de mudanças a partir da participação, aumentando o desejo de participar mais.

Assim, cria-se um fluxo virtuoso de aumento de participação, pois o novo ambiente permite que um lado humano mais altruísta venha à tona.

Vivemos, como tenho repetido, em uma tecno-ecologia.

Estamos saindo de uma Tecno-ecologia em que a taxa de participação era baixo, pois o Ambiente Cognitivo tinha um custo muito alto de participação.

Hoje, a Colaboração de Massa ganha o GRANDE apoio dos algoritmos, que permitem que mais gente possa participar com efetivo resultado nas mudanças a partir dessa participação.

E aí nos vivemos um momento mais participativo, mas não por que a espécie agora é mais participativa, mas que um lado participativo está podendo ser mais estimulado.

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E isso, a meu ver, ocorre a cada Revolução Cognitiva, em que aumentamos o tamanho da espécie e precisamos criar ambientes mais sofisticados de interação, onde a participação maior em prol de todos tende a ser estimulada para resolver crises que antes eram impossíveis de serem resolvidas.

É isso, que dizes?

A base do marxismo é a questão da luta de classes, que é o motor da história.

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Diria que a Filosofia Tecno-cognitiva e a Antropologia Cognitiva vão em direção contrária a essa hipótese, pois partiríamos pelo marxismos do princípio que somos todos a mesma espécie e haveria uma divisão entre exploradores e explorados. 

A divisão que há não é esta.

O que há de novo nos meus estudos é de que:

Somos diferentes espécies humanas que vivem em paralelo na sociedade.

E que há uma que consegue lidar com mais complexidade, desenvolvendo um cérebro mais complexo e que tenderá ao topo da pirâmide. ]

Quero deixar claro que não é uma espécie mais inteligente, mais sábia, mas evoluída. Apenas se apoderam de Tecnologias Cognitivas, muda a plástica cerebral, adota um modelo mental mais sofisticado e consegue lidar melhor com complexidades.

Tem mais chance de lidar com problemas mais complexos, através de um processamento maior dos números e das palavras e isso a faz ser a espécie dominante, ainda mais em um mundo que sempre – até o momento – de aumento demográfico.

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O que há não é uma luta entre as classes, mas uma cooperação entre as diferentes espécies em direção a um modelo hierárquico, que procura sempre colocar o Homo Sapiens mais complexo no topo de uma dada hierarquia.

Esta hierarquia pode ser mais ou menos rígida, conforme as oportunidades que as outras espécies tenham para se apoderar das Tecnologias mais Complexas.

Quanto mais homogêneo for o convívio entre a as espécies mais a pirâmide tenderá a ser mais horizontal e vice-versa. Nas regiões onde há o maior desnível entre as espécies, mais vertical fica a pirâmide e vice-versa.

As crises que acontecem nas sociedades se dão quando:

  • – a “elite” não é formada pelos homo sapiens mais complexo;
  • – não se quer que os outros homo sapiens possam se capacitar para a complexidade;
  • – a espécie mais sofisticado se cristaliza e impede que as outras possam ganhar complexidade.

Note que, antes que me joguem pedra, quero afirmar que o homo sapiens mais complexo não é resultado de raça, credo, povo, religião, escolha de Deus. Não é mais inteligente do que os demais. São aptos para lidar, apenas, com maior complexidade, ou melhor, são mais aptos a lidar com um volume maior de dados. Como um computador.

Todo ser humano pode chegar a essa complexidade na mesma geração ou nas seguintes, desde que haja um esforço nessa direção. Ou seja, ao contrário do que possa parecer, estou indo no ponto das desigualdades para podermos REALMENTE ir para um mundo menos desigual.

Quando se demonstra que o desnível entre os países está justamente na capacitação do cérebro, mais ou menos complexo, e que isso é passível de mudança, desde que consigamos criar políticas para isso.

Note que há aspectos culturais envolvidos, mas um homo sapiens de qualquer cultura tenderá a ter determinadas características similares (não iguais) ao ter contato com aquela Tecnologia Cognitiva.

Porém, vou definir melhor o que entendo por classe.

No que temos estudado, temos visto que o não existe apenas uma espécie humana, mas várias que convivem em paralelo, a partir do uso das Tecnologias Cognitivas.

A saber:

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A espécie que estaria no topo e vai formar o que chamamos hoje de “elite” no mundo e nos respectivos países será formada pelas que usam as Tecnologias Cognitivas mais sofisticadas e estão aptas a resolver os problemas mais complexos da espécie, que é a capacidade de processar com mais eficácia mais números e mais palavras.

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Quem vai mandar sempre no mundo é o Homo Sapiens mais sofisticado, pois conseguirá um custo/benefício melhor na solução de problemas e poderá produzir e vender o resultado desse processo. 

E passará a dominar os outros que estão em um nível de solução de complexidade menor.

E haverá assim um alinhamento nas regiões e intra-regiões que vai espelhar essa relação de interdependência entre as diferentes espécies em paralelo.

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A hierarquia de um dado grupo, de um país ou do mundo sempre tenderá a colocar no topo o Homo Sapiens mais sofisticado. Quando isso não for um fato, as crises começam a acontecer e haverá um movimento para que o grupo mais capacitado seja colocado lá.

Pode demorar, mas acontecerá algo nessa direção.

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E se houver um golpe, uma revolução, uma revolta, com o tempo o modelo tenderá a voltar para um modelo de hierarquia similar, no qual o Homo Sapiens que consegue lidar com mais complexidade tenderá ao topo, se não houver um movimento forte de capacitação para que as outras espécies lidem com as tecnologias mais complexas.

Muitos dirão que esta visão é Darwinista e que estamos querendo escamotear a opressão de uma classe sobre a outra.

O que há e isso acontece com certeza é que há a tentativa de se congelar o modelo, criando uma rigidez entre as diferentes espécies, evitando que aquela menos capacitada para problemas complexos, passem a ganhar ferramentas para que isso seja feito.

E há uma tentativa de transformar algo que poderia ser mudado pelo uso de tecnologias mais complexas – a capacitação de um homo sapiens menos complexo para um mais complexo, colocando fatores raciais, de classe, de casta, que são invenções de dominação e não algo que de fato ocorre.

A ideia de que somos várias espécies em paralelo NOS AJUDA MUITO a entender o principal problema que temos que lidar e poder atacá-lo para que haja uma redução de diferença entre estas, pois trata-se apenas do acesso e uso intenso de uma dada Tecnologia mais complexa.

Se isso não for feito, vamos cristalizar as diferentes espécies, com uma taxa de injustiça maior.

É isso, que dizes?

Quando você pensa no ambiente acadêmico, imagina um conjunto de pessoas em uma sala discutindo e debatendo questões de forma aberta, trocando e aprofundando os temas.

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No que conheço das ciências sociais nada mais distante da realidade.

É cada um com o seu “tema”, “sua especialidade” nadando em uma raia em paralelo aos outros.

Há muito pouca troca.

A Ciência Social  Analógica vive o fim de um longo ciclo de fechamento para os problemas da sociedade. No Brasil, por exemplo, a ideia de mérito por artigos publicados e não pela contribuição para a sociedade é destes absurdos.

Assim, temos uma ciência sem problema e sociedade sem ciência.

O desafio da Ciência 3.0 é voltar à sociedade e escolher os problemas relevantes.

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Um problema relevante é:

  • – que causa maior sofrimento;
  • – que tem um diagnóstico complexo.

E que, por causa disso, pede uma dedicação de análise científica sobre ele que seja capaz de superar as intuições e sentimentos intuitivos.

Problemas complexos precisam de uma metodologia de análise para produzir tratamentos mais eficazes.

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Tenho feito a experiência da prática de Teorias Participativas.

Teorias participativas são aquelas que são feitas com as pessoas que estão sofrendo com um dado problema.

Normalmente, esse espaço de debate, teoricamente, deveria ser feito dentro de um espaço acadêmico que viria depois com uma receita para solução.

O problema é que as ciências sociais hoje – em função da macro-crise que vivem – estão preocupadas com os aspectos formais e não com o foco no problema – motivo pelo qual toda ciência é necessária.

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Assim, é preciso capacitar o “sofredor do problema” de ferramentas científicas, de forma dos muros da academia, para que possam minimizar o sofrimento.

E este é o principal desafio da Ciência 3.0.

Não estaremos produzindo e falando com o mesmo público de dentro dos muros, mas com o que está do lado de fora, com grande dificuldade de trabalho em cima da lógica. Porém, digo eu, é melhor começar a trabalhar no momento com quem sofre o problema, pois tem interesse em ir adiante e depois envolver os acadêmicos sociais, do que o contrário.

É isso, que dizes?

 

Um problema é algo que causa sofrimento e precisa ser resolvido ou minimizado.

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Podemos dizer que dois tipos de problemas:

  • os simples – que qualquer um pode resolver;
  • e os complexos – aqueles que exigem um ou mais especialistas.

Os problemas complexos podem também ser divididos em dois:

  • conhecidos – complexos que já existe metodologia comprovada;
  • desconhecidos – complexos que exigem a criação de novas metodologias.

Os problemas conhecidos são resolvidos por profissionais, aqueles que sabem fazer.

Problemas

Os problemas desconhecidos exigem o estudo de teóricos para poder:

  • – diagnosticá-los;
  • – procurar um tratamento para ele, através do desenvolvimento de uma metodologia.

A grande dificuldade quando lidamos com problemas é justamente conseguir entender em que situação ele se encaixa:

  • – Podemos resolver sozinhos?
  • – Precisamos de ajuda de um especialista?
  • – Ou ainda não há metodologias e nem especialistas capazes de desenvolver metodologias para ele?

É isso, que dizes?

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Meu Kobo acordou com problemas.

Descobri que ele levou um tombo aqui na arrumação de casa.

Caiu do criado mudo no chão, o que dá uns dois palmos de distância.

Muito frágil para um aparelho que é basicamente móvel.

Se você pensa em comprar um, é preciso tratá-lo como um copo de cristal, o que é meio estranho para algo que venho substituir o livro.

Comparado com meu celular Samsung que já caiu várias vezes é algo impensável, pelo preço que paguei, quase R$ 650,00.

Fiz contato com a empresa que diz que esse tipo de dano NÃO ESTÁ NA GARANTIA e o equipamento não será trocado.

Prevejo o tempo que as pessoas vão dar de graça estes equipamentos,  pois vão acordar para a ideia que nada melhor do que poder fechar o mercado para quem usa seu próprio equipamento.

Minha tendência agora é algo um pouco maior do que um celular que eu possa ter os diferentes players do mercado.

Depois de seis meses lhes digo:

Bom:

  • 1) peso;
  • 2) luz que permite ler em qualquer lugar;
  • 3) compras de novos ebooks, muito fácil de fazer.

Não gostei:

1) a forma de mudar como se lê o livro, se você vira de lado na cama, tem que reconfigurar para clicar com um dedo e idem quando vira de novo, a ideia de botões por fora seria bem melhor;

2) a interface para marcar um trecho de um livro é um parto, difícil mesmo. Não é nem por estar deitado. O aplicativo Android Kobo para o celular é bem melhor;

3) travamento – muito frequente ainda mais quando se coloca coisas novas do computador;

4) deu esse problema na tela e ainda não tenho um ano de uso. O 0800 da Kobo não está legal, não atende e a Cultura ficou de me mandar outro, vamos ver.

Me perguntaria você.

Se pudesse comprar um igual, compraria?

Não, relação de custo/benefício ruim.

Vamos revisar a forma de produzir teorias, a partir da chegada da Cultura 3.2.

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Toda a revisão da atual cultura será introduzida a ideia de mais participação.

O Digital 2.0  permite justamente que passemos a trabalhar com uma Comunicação mais Matemática. O que chamei de Colaboração Matemática.

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As teorias participativas têm como característica:

  • – serem produzidas de forma aberta para acesso a todos;
  • – publicadas diretamente pelos autores na Internet;
  • – abertas a comentários;
  • – dedicadas a um determinado problema;
  • – se comunicando diretamente com os que sofrem com aquele problema;
  • – muito mais líquidas e versionadas, pois está permanentemente em evolução.

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Note que não haverá Aulas Participativas se os professores que forem para dentro da sala não estiverem trabalhando com Teorias Participativas, pois só vai poder haver colaboração dos alunos se o processo for aberto e em construção, em torno de um dado problema. 

É isso, que dizes?

Quando temos depois de uma Revolução Cognitiva um novo Modelo Cognitivo há uma espécie nova, um outro modelo de Homo Sapiens 3.2 mais preparado para lidar com a complexidade.

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Ele não é melhor do que os outros, apenas é mais preparado para lidar com determinados problemas complexos que as outras espécie, em paralelo, não são.

Esta nova espécie começa um processo lento de criação de dois movimentos:

Em ambos os processos já dentro da nova Cultura que vai sendo criada.

O interessante desse processo é que existe dois movimentos distintos:

  • – a introdução de novos ambientes de comunicação e produção, que se utilizam das novas ferramentas disponíveis;
  • – e uma revisão da comunicação e da produção, dos ambientes que não se utilizam da nova plataformas, mas se introduz aí apenas uma Cultura nova.

O exemplo típico é a sala de aula.

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A cultura 3.2 revisa a sala de aula e, ao invés de introduzir tecnologia no ambiente presencial, vai tratar de tirar toda a tecnologia para privilegiar a troca oral, pois percebe:

  • – o quanto a oralidade é rica em termos de troca;
  • – de que o digital traz um transtorno que chamo de Anorexia Presencial;
  • – o uso desnecessário de tecnologias quando podemos falar e ouvir;
  • – e a necessidade de se alterar o modelo de transmissão de conhecimento: do modelo vertical para um mais horizontal.

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Há, assim, dois movimentos:

  • – para problemas que exigem novas tecnologias digitais colaborativas, o uso de novas tecnologias +cultura;
  • – para problemas que NÃO exigem novas tecnologias digitais colaborativas, a revisão do uso de velhas tecnologias + a nova cultura.

É isso, que dizes?

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Tenho desenvolvido aqui a ideia do que o ser humano agora já tem membros que pertencem a espécie Homo Sapiens 3.2. São aqueles que se utilizam fortemente das mídias sociais.

Vimos que a Cultura é formada por:

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Vimos que o Modelo Cognitivo é formado pela relação intensa entre a Plástica Cerebral e as Tecnologias Cognitivas.

Assim, quando mudamos as Tecnologia Cognitivas mudamos a Plástica e começamos a gerar um novo Modelo Cognitivo.

Há, assim, em curso de forma emergente uma nova Cultura 3.2, que começa a ser difundida na sociedade pelos Homo Sapiens 3.2.

Só que ela é criada a partir do uso das Tecnologias, mas vai gerando uma Cultura que extrapola a nova Espécie, pois começamos a alterar nosso Ambiente de Pensamento e criando novas Organizações, que passam a viver em paralelo.

Vou detalhar isso mais adiante.

É isso, que dizes?

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1) Não se pode julgar uma teoria, sem saber sobre qual problema ela procura ajudar a minimizar sofrimentos;

2) A eficiência estará na sua capacidade de ajudar a pensar e, agir melhor sobre ele;

3) Uma teoria sem problema é arte;

4) A arte visa exercitar as emoções e as percepções;

5) Arte é algo fundamental, mas não é teoria;

6) a ciência tende a se dedicar a problemas complexos, pois para os mais simples não é chamada;

7) a filosofia é convocada, apenas, para validar a lógica das teorias;

8) e as teorias validam as lógicas das metodologias;

9) apenas metodologias tocam no mundo, com a filosofia e a lógica introjetadas;

9) as filosofias, as teorias e as metodologias formam um ambiente de pensamento;

10) ambientes de pensamento estão dentro de um dado modelo cognitivo regidos pela relação provisória e promíscua entre a plástica cerebral e as tecnologias cognitivas;

11) toda metodologia procura, assim, um determinado resultado, que vai validar a teoria e a filosofia embutida, dentro de um dado ambiente de pensamento, regido por um modelo cognitivo;

12) uma metodologia que não apresenta medições possíveis não é uma metodologia, pois não permite validar nada. É um jogo de dados.

A grande novidade da Cultura 3.2 é a possibilidade de podermos criar uma Comunicação Matemática.

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No Século XXI estamos juntando duas linguagens que sempre andaram meio separadas:

  • – as palavras;
  • – e os números.

Note que toda a evolução da espécie em direção ao aumento demográfico foi no desenvolvimento de melhorias de filosofias, teorias, metodologias e tecnologias que pudessem melhorar ambas as linguagens.

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Só que elas iam em paralelo.

O computador, uma máquina que nasce para calcular e que vem com essa função primordial até a chegada da Internet, acaba por explodir o seu uso no Século XXI.

Há, pela primeira vez de forma massiva, a introdução de uma numeração das palavras.

Ou seja, estamos introduzindo fortemente a matemática dos algoritmos para poder nos comunicar melhor.

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Há, assim:

– uma melhoria na performance da comunicação, principalmente a de massa;
– a redução de áreas de sombra, do que se faz do que se diz.

E isso nos leva para algo completamente diferente que é a possibilidade de construir de forma artificial, que será cada vez mais natural, o “formigueiro humano digital”.

É isso, que dizes?

Este é o

Sempre quis saber de onde o McLuhan partiu e não achei.

Ele não era um cara que deixava bibliografia no final dos livros, bem como o Lévy não deixa também.

Agora cheguei no cara -> Ludwig Wittgenstein:

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Ludwig Joseph Johann Wittgenstein (Viena, 26 de Abril de 1889 — Cambridge, 29 de Abril de 1951) foi um filósofo austríaco, naturalizado britânico. Foi um dos principais atores da virada linguística na filosofia do século XX. Suas principais contribuições foram feitas nos campos da lógica, filosofia da linguagem, filosofia da matemática e filosofia da mente.

Se eu pudesse resumir as ideias de Wittgenstein seria:

A linguagem é o real!

Ou seja, quando trabalhamos com a ideia que temos percepções, estas percepções estarão condicionadas ao ambiente cognitivo que temos, que é a linguagem que nos permite receber e expressar nossas percepções.

Antes dele e da corrente que se cria a partir dele.

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Ele pode não ter sido o primeiro, mas foi um dos mais famosos, que quebra a ideia de que seria possível chegar a uma dada verdade, pois temos o limite da linguagem,, que sempre será uma aproximação.

(Gleiser quando afirma que a verdade é história bebe da mesma fonte.)

Wittgenstein ao dizer que não chegamos ao real, mas apenas a uma linguagem que é uma tentativa de real, ele sempre vai desconfiar do real.

A filosofia, assim, teria o papel de criar um campo lógico de revisão da linguagem para que possamos saber se o que está sendo falado faz mais ou menos sentido.

Passamos a olhar para a percepção de uma nova maneira, como tento expressar abaixo:

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Por que Wittgenstein seria o pai de McLuhan?

  • Pois o real é a Linguagem.
  • E a Linguagem é uma Tecnologia Cognitiva.
  • Uma Tecnologia Cognitiva é o real.

O meio é a mensagem, pois interfere na forma que pensamos e vemos o mundo.

Como elas não são fixas, mudanças nas Tecnologias Cognitivas alteram a espécie e nos coloca em outro patamar, que é a base da Filosofia Tecno-Cognitiva e dá a base para a Antropologia Cognitiva.

Wittgenstein é o cara.

É isso, que dizes?

O que é real?

Um modelo:

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O diagnóstico a ser feito:

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Há problemas insolúveis, pois:

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– Temos problemas no Ambiente de Pensamento atual;
– Ou no Modelo Cognitivo.

Quando temos uma nova Era Cognitiva um conjunto de problemas antes insolúveis podem ter saídas completamente diferentes.

É uma era que se abre para a revisão completa de problemas.

 

Haverá sempre uma “agenda” de demandas, conforme há escolhas, que leva os governantes a adotá-la para vencer.

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A agenda vai sendo substituída e se incorpora como legado do país.

Não é, portanto, de um grupo, mas uma conquista coletiva.

Retrocessos na agenda ou renegar a agenda fará com que não seja eleito ou que, se eleito, saia do posto, à procura de quem atenda a próxima agenda.

Pela ordem, até o momento no Brasil:

  • – Democracia;
  • – Inflação;
  • – Fome absoluta.

Na próxima agenda, manter as anteriores e ir adiante, chutaria:

  • Inclusão, via educação e saúde ( o que implica saneamento.)

 

Fiz este mapa para apresentar nossas lutas por um equilíbrio:

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Muita gente confunde estas duas expressões.

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  • As filosofias e teorias revelam, pois lidam sempre no âmbito dos conceitos.
  • As metodologias e tecnologias são desenvolvidas, pois atuam na sociedade.

Filosofias e teorias não tocam na realidade.

São como quadros que são pintados para tentar expressar a sociedade, mas são sempre quadros, que procura revelar coisas que a maior parte das pessoas não conseguem enxergar.

Sigmund Freud

Freud não inventou ou desenvolveu o inconsciente, mas “pintou” um quadro teórico de que ele provavelmente existe e percebê-lo era fundamental para criar uma metodologia para tratamento que é a psicanálise.

Assim, Freud:

  • Revelou o inconsciente;
  • E desenvolveu as bases de uma metodologia: a psicanálise.

Einstein não desenvolveu a energia, a partir da matéria.

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Ele “pintou” um quadro em que revelou que a matéria poderia gerar energia, através da fórmula  E = mc^2\,.

O uso da energia nuclear, a a partir da fórmula é uma metodologia e uma tecnologia, que se seguiu a partir daquela revelação.

O ser humano não desenvolve ou muda determinados fenômenos da natureza, que funcionam INDEPENDENTE do ser humano.

O que acontece é que muitas vezes nossa capacidade de ver estes fenômenos é limitada por:

– pelas tecnologias disponíveis;
– pelas mentes dos pensadores disponíveis, até o momento;
– pela baixa complexidade do Ambiente Cognitivo disponível.

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A partir da sua revelação, de identificação das relações de causa e efeito destas forças, que é o que faz a teoria, é que podemos desenvolver as metodologias e as tecnologias, a partir delas.

É assim que filosofia e a teoria conversam com o mundo.

É isso, que dizes?

A Ciência não é feita para compreender o mundo, mas, ajudá-lo a reduzir sofrimentos.

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Que inventemos as métricas para chegar a isso, mas acredito que essa é uma bandeira e tanto.

Ok, vamos lá:

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Temos uma falta de narrativa das oposições.

O Magnoli fala disso aqui nesse primeiro bloco do Roda Viva:

E podemos dizer que na política temos em termos de oposições duas possibilidades:

  • oposição reativa incremental – aquela que questiona o que está dado;
  • – oposição propositiva radical– aquela que traz algo radicalmente novo (isso é raro em termos de histórica política).

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A oposição reativa é aquela que reúne um conjunto de problemas de quem está no poder, aponta estas questões e diz que modificá-las, dentro do mesmo paradigma.

Há exemplos que foram incrementais na política brasileira:

  • O PMDB, antigo MDB, foi isso uma frente contra os partidos pós-ditadura;
  • O PT foi isso  uma frente contra os partidos conversadores pós-pós-ditadura, incluindo a oposição ao Partidão (mais Stalinista) com o conceito de socialismo democrático (que no fundo é uma social democracia disfarçada com traços autoritários do antigo PCB.)

A oposição reativa, assim, é aquela que reúne um conjunto de problemas de quem está no poder, aponta estas questões e diz que modificá-las, dentro do mesmo paradigma.

A narrativa é a que será construída em oposição ao que está, mas dentro de um mesmo paradigma. Ou seja é uma narrativa de sugestões de melhorias em vários pontos.

Uma oposição propositiva acontece quando há um novo paradigma que se procura estabelecer na forma de se fazer política de se construir algo radicalmente novo.

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Se estabelece um conceito de mudança radical do modelo que se encontra.

  • – os republicanos foram essa proposta radical (dentro da passagem de duas Eras Cognitivas – oral-escrita impressa);
  • – os comunistas foram essas proposta radical (dentro da mesma Era Cognitiva oral-escrita impressa, já depois com algo de eletrônica).

No século passado, nos países de democracias mais estabelecidas, houve a variação do tamanho do Estado, mais ou menos, que acabou dividindo a situação e a oposição.

Com agendas mais ou menos conservadoras em termos de cultura, movimentos sobre aborto, gays, ecologia, religião, etc.

No momento atual, entretanto, temos que entender a nova Conjuntura Cognitiva que é algo novo em relação aos últimos dois últimos séculos

Estamos hoje na migração de uma Era Cognitiva para outra.

(Quem quer fazer política e ignora essa realidade, está fingindo que está fazendo política.)

Mudanças em Eras Cognitivas significam quebras de Paradigmas Cognitivos, pela ordem: na Plástica Cerebral, no Modelo Mental, no Ambiente de Pensamento e, por fim, nas Organizações, onde estão as políticas.

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Hoje, já temos um cérebro e ferramentas cognitivas mais sofisticadas do Homos Sapiens 3.2 que apontam a possibilidade da reinvenção da política, no sentido lato do termo.

Não podemos pensar em apenas fazer reforma na política, mas reforma no conceito da política, criando uma nova forma de pensar, misturando tudo que fizemos por algo ainda mais sofisticado e compatível com um mundo hiper conectado de 7 bilhões de pessoas.

Assim, é preciso construir uma aliança supra-partidária no país para iniciar um movimento e não um partido que consiga apontar e começar a experimentar novas formas de conceituar a política.

E isso não será feito dentro do atual modelo, mas algo que tem que ser pensado de fora, podendo até se utilizar do atual modelo, mas com a clareza que o objetivo é experimentar algo muito mais sofisticado, de forma clara e transparente. Com a anuência de experimentação pela sociedade, através de consultas, leis, aprovações. É reforma radical e não revolução!

De aceitar para poder testar e observar que ali, ali, ali e ali estão sendo experimentadas novas formas de representação política para dar um salto qualitativo no que temos.

Não é ABSOLUTAMENTE reduzir a participação, mas é descentralizar essa participação, colhendo tudo que pode ser preservado de positivo do modelo atual, mas com muito mais recursos do novo.

É algo que não temos parâmetros, mas vamos construir parâmetros, através da experimentação em um movimento basicamente inovador, no qual as Plataformas Digitais Colaborativas são o epicentro, regulados por Algoritmos de Colaboração de Massa

A política 3.0 será feita com algorítimos, sem isso não é possível pensar em Colaboração de Massa.

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Esse movimento não pode se fechar em um partido, pois seria como querer nascer jacaré para não ser jacaré. O jacaré é um jacaré e nada vai desfazer isso.

A experiência da Rede Sustentabilidade, do qual estou empenhado e acompanhando, está mostrando alguns equívocos:

  • a) a ideia de algo que não seja um movimento supra-partidário;
  • b) algo que não tenha como ÚNICO eixo central  E UNIFICADOR  a reconceituação da Política, com um movimento Republicano Digital ( o resto todo vem depois disso);
  • c) algo que seja fazer o novo, sendo o novo e não falando apenas do novo.

Hoje, é preciso, assim, concordo com o Magnoli no vídeo acima, construir uma narrativa RADICALMENTE nova.

E uma narrativa RADICALMENTE nova só pode partir de uma teoria nova, de uma nova forma de pensar como a sociedade muda para poder ter clareza do desafio que temos pela frente.

(O pai dessa nova teoria social é o McLuhan! Veja este vídeo aqui.)

Uma nova visão cenário que vai apontar: estamos em “a” (política 2.) e devemos ir para “b” (política 3.0).

A nova narrativa procura criar uma coerência entre os pontos, fecha algumas premissas e torna essas premissas cláusulas pétreas da qual seus membros não vão abrir mão. A meu ver: descentralizar o poder, o capital, as oportunidades para decidir com mais diversidade.

Se tem algo que a trajetória do PT pode nos ajudar, no que foi positivo, foi justamente a coerência entre uma Oposição Reativa, que se manteve coerente, como uma grande frente de esquerda, ao longo de 20 anos.

Toda a decadência que existe hoje dessa frente, que foi se desmilinguido, é de que aquela narrativa não era propositiva, era apenas reativa e hoje não há nada de novo a propor (pois não é um capitalismo renovado e nem um socialismo atualizado) apenas se manter na meta que foi traçada: o poder, com uma nova articulação com os setores mais conservadores da sociedade, incluindo a população oralizada.

É preciso, assim, criar no Brasil uma grande frente de pessoas (incluindo os órfãos do PT onde me incluo) que consigam enxergar a atual Conjuntura Cognitiva, do qual a política é um dos conceitos em mutação, para começar a preparar uma agenda de longo prazo para criar a República Digital, um ambiente de tomada de decisões muito mais sofisticado do que o atual, no qual a diversidade de decisões vai trazer a saída para as diversas crises que temos.

Inovação e empreendedorismo descentralizado como eixo central, chamando o cidadão para ajudar a decidir com muito mais participação do que hoje!

(Isso, obviamente, faz dos Republicanos Digitais defensores de um movimento radical de Inclusão Digital para tirar a população brasileira da prisão da oralidade, que só consegue ver a monarquia, ou algo parecido, como saída.)

Te pergunto: você tá nessa?

É isso, que dizes?

Vejamos as forças:

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Com a seguinte divisão:

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A título de exemplo, detalhando forças tecnológicas:

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E isso permite novas classificações:

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Note que quando vamos mais fundo, podemos traçar um melhor “DNA” de uma determinada força e, só então, compará-la no passado.

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Assim, passo a poder comparar uma força atual com algo que ocorreu no passado, possibilitando ter mais dados para uma análise mais apurada e mais sofisticada.

Vou dar outro exemplo com Economia:

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O que se pode fazer é ir detalhando, como fiz na tecnologia, até chegar em que tipo de ruído estamos tendo na área econômica.

Podemos também termos fatores casados.

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O que nos vai dando que tipo de ruído estamos falando para podermos ir ao passado termos subsídios, no caso uma crise econômica provocada por guerras.

E assim vamos conseguindo “limpar” os fenômenos para nos ajudar a entender do que estamos falando separando tomate de melancia.

É isso, que dizes?

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