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Um pé é um pé.

A

Se você compra um novo sapato, o sapato vai se adaptar ao pé, mas o pé não vai se adaptar ao sapato.

O pé é feito de osso, músculo e pele.

Diferente do cérebro.

O cérebro é um ser vivo dentro do nosso cérebro, assim como o pulmão e o coração.

Eles agem sem te pedir licença.

São movimentos criados para você viver, mesmo que você não queira.

Porém, o cérebro é diferente do pulmão e do coração ele é mais plástico. Quando ele se relaciona com algo de fora diferente, diferente do pé, ele se adapta, muda, se molda para poder trabalhar melhor.

sapato

Assim, o cérebro é o único órgão do nosso corpo que se modifica de forma mais radical, a partir de algumas circunstâncias.

O cérebro muda de forma incremental ou radical.

  • Ao longo do tempo, com mudanças no ambiente cultural e natural.
  • A curto prazo quando introduzimos novas tecnologias, principalmente as cognitivas.

O cérebro altera a plástica cerebral.

E é a plástica cerebral do cérebro o epicentro da nossa cultura.

Quando ela muda, tudo muda.

E a sociedade, por incrível que pareça, vai se adaptar, ou podemos dizer, que vai negociar uma nova cultura, novas organizações com essa nova plástica cerebral. Por isso, que tenho defendido que somos uma espécie só: homo sapiens, com várias versões, conforme o uso das tecnologias, que têm plásticas cerebrais distintas.

Os usuários das Plataformas Digitais Colaborativas, por exemplo, são os Homo Sapiens 3.2, que vão dominar o planeta.

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Sabe por que?

Pois conseguem lidar de forma melhor e mais eficaz com a complexidade demográfica existente. A complexidade demográfica não é um valor moral e nem a nova versão da espécie é mais inteligente do que a outra.

Somos relacionais. Mudamos, conforme a Conjuntura Tecno-demográfica ecologia.

Quanto mais gente, mais complexidades, o que exige de nós uma plástica, ou se quiser, um cérebro mais sofisticado que consiga lidar melhor com mais dados. Um analfabeto consegue lidar com uma taxa de complexidade, mas saiu daquele patamar, ele se torna dependente de alguém que domine uma maior sofisticação.

Note: não estou dizendo que o analfabeto é um ser inferior. Estou dizendo que ele fica CONDENADO a uma inferioridade se não conseguimos fazer com que a sua plástica cerebral possa ser alterada para lidar com Tecnologias Cognitivas mais complexas!!

Esse ser humano com uma nova versão, portanto, não é mais sábio do que os demais, ele é simplesmente mais apto a resolver problemas mais complexos o que vai levá-lo a produzir serviços e produtos de uma nova maneira, o que irá levá-lo a dominar o mundo.

Se quisermos que o mundo não seja tão desequilibrado, precisamos entender qual é a raiz da dominação para que possamos criar vacinas contra ela!

Se quisermos que isso aconteça de forma menos agressiva e violenta (pois vai ocorre sem que nada possamos fazer), é preciso que compreendamos o papel fundamental das novas Tecnologias Cognitivas para o futuro da espécie e pratiquemos um trabalho radical de inclusão digital.

Old Boot

Paralelo a isso, é preciso criar novas filosofias que possam colocar uma bandeira nessa escalada em direção ao trabalho com mais complexidade.

Desenvolvi a ideia da Sofrimentologia, que seria uma forma de balizar nossas conquistas futuras como uma forma de reduzir sofrimento da espécie humana, dos mais radiciais para os menos radicais.

Mas isso tudo nos leva ao cenário do novo Século.

Quanto mais consciência tivermos deles mais rápido poderemos interferir com mais sabedoria no nosso futuro e vice-versa.

É isso, que dizes?

One Response to “O cérebro não é o pé, portanto, se adapta ao sapato!”

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