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Poucas organizações estão prontas para se comprometerem de corpo e alma com a reinvenção que necessitam pôr em prática para extrair inovação e criatividade de seus funcionários – Débora C. Stephens – da minha coleção.
Este foi o primeiro post no meu blog há cerca de nove meses atrás.
Mantenho-o lá atrás, mas começo aqui a repensar algumas coisas sobre ele, abrindo os nove meses de nascimento desse espaço que vos cerca.
Na palestra Sou+Web naquela época o pessoal da TIM perguntou:
“Afinal, como será a empresa do futuro?”
odelo vertical para cada vez mais horizontal.
De algo “eu faço e toma pronto” para “vem aqui fazer junto comigo que eu te dou uma força mais adiante. Te dou algo que é a tua cara e você pode alterar quando quiser”.
O mercado era um porque o ambiente de conhecimento era um; mudou o ambiente de conhecimento, a partir das novas tecnologias de informação e comunicação, e estamos diante de um novo mercado.
É uma fase de transição dolorosa, mas necessária.
Antes: eu bolo meu produto aqui e coloco lá no mercado…
Mas hoje, com o processo colaborativo, o mercado está aqui, está lá, ou em todo o lugar? Existe ainda dois espaços, ou um só? Já que é muito barato você trazer o seu consumidor para dentro da “bolação” do seu produto… o tal “prosumidor”.
Quando alguém coloca o consumidor para preparar a sua própria estampa da camiseta, fazer ele mesmo o seu pacote de turismo ou produzir o seu próprio carro, o que na verdade está se fazendo?
Com um custo barato, via internet, estamos pedindo para o prosumidor clicar e ordenar para o robô da fábrica algo que ele já está comprando, não algo que vai comprar.
É uma redução enorme de corte de custo: pesquisa, marketing, estoque… tudo!
Ou seja, tentar enfrentar esse futuro pensando com a cabeça do passado é algo meio demodé… vai consumir dinheiro e não vai nos levar a lugar nenhum.
Assim, quando a empresa pensa no seu negócio, não pode mais pensar em que é uma empresa de serviço… está indo pela caminho errado. Ela ERA uma empresa de serviços, agora é uma gestora de comunidades que tenta resolver determinados problemas de seus prosumidores.
TIM, empresa gestora de comunidades de usuários de equipamentos móveis. É preciso que o usuário possa ele mesmo fazer o seu próprio plano, dizer com que amigos agora ele quer falar mais barato… como se fosse um Orkut ou um Twitter. Ele vai mudando e pagando menos.
É um passo inicial…
Quando Gutemberg inventou o livro, a Europa tinha uma estrutura hierárquica, centrada em reis e igrejas.
O livro permitiu que um conjunto de idéias (que não andavam circulando no planeta) pudesse ser trocado. Daquele momento em diante as organizações puderam se reestruturar.
Os reis e papas perderam a hegemonia com as revoluções que se seguiram, da francesa à russa.
Com a internet o que está em cheque é um outro tipo de hierarquia: a dos que sabem o que a sociedade quer, do presidente da empresa, ao gerente de marketing, aos políticos, etc…
Agora, todo mundo quer dizer e quer encomendar o que realmente lhe agrada.
É um novo passo… e se a Tim, do nosso exemplo não entrar, e as demais forem adiante nessa nova concepção, aparece a Tom… e fim de papo.
Desenvolvo um pouco mais a idéia no segundo post sobre o assunto.
Meu twitter: http://twitter.com/cnepomuceno
Este post foi publicado também na webinsider e na Dicas-L.
Hoje, depois de muitos posts e discussões gostaria de refazer a resposta de forma mais sucinta.
1) o que percebo é que a parte mais abaixo da sociedade, a camada básica de troca de informação e conhecimento, mudou com a chegada da rede digital;
2) essa camada, fundamentalmente, ganhou velocidade para atender a uma população de 7 bilhões de pessoas;
3) assim, é preciso mais velocidade para gerar informação que dê conta de servir 21 bilhões de pratos de comida por dia, café, almoço e janta;
4) o ser humano, a história tem mostrado isso, só consegue circular informação de forma mais rápida, se diminui o número de consumidores (o que não é possível) ou aumenta a velocidade do ambiente, retirando intermediários;
5) o movimento nessa direção, em função da indústria do software, mais barata e de fácil distribuição, passa a ser feito de fora das empresas para dentro, nas tecnologias de comunicação e informação, foi assim nas homepages, nos portais, nas intranets, será assim nas redes sociais (As empresas virarão Orkuts.)
6) ou seja, é uma novela das oito, todo mundo sabe que o galã beijará a mocinha, mas quer se saber exatamente como?
E aí reside a sabedoria.
Não é um processo em que a tecnologia fará diferença, mas como a usamos.
É, basicamente, um processo cultural, a saber:
1) compartilhamento de poder, a hierarquia atual foi muito útil, agora está emperrando processos;
2) colaboração entre pares, chega de publicar no meu HD, é preciso ter ambientes virtuais aonde eu deposito o resultado do meu esforço para que todos leiam e comentem;
3) estímulo de criatividade e capacidade de inovação. Errar faz parte do jogo.
Esse seria um resumo, do que pensei e amadureci nestes últimos nove meses de blog.
O blog, confesso, mudou minha vida e minha cabeça.
Agradeço a todos que têm entrado e comentado.
Olá, prof!
Estou lendo o livro Futur da Administracao (Gary Hamel)
e acho que a mudança cultural é inevitável!
No futuro teremos responsáveis ao invés de chefes
Fluxo fluído
Liberdade
Sem gerentes, mas líderes
Eu também acho que nós aproveitamos muito pouco dos nossos erros, as empresas deveriam ter “investigadores dos erros”, “descobridores da essência do erro”, sei lá, algo assim…ao inves de afasta-lo, traze-lo para perto, olharmos cara a cara, aí sim aprenderemos alguma coisa.
Estou sonhando no dia que a empresa valorizará aqueles que erram pq tentam, pq ousam, pq inovam…
No livro tem uma parte “A inovacao em gestao geralmente redistribui o poder. (então, não espere que alguém se empolgue)
é…. me diga, quando esse futuro chega mesmo???
Pq eu sinto q ele já está atrasado….
Paty,
para alguns já chegou.
Para outros, nunca chegará.
O mundo não é uma linha de gente abraçada caminhando junta. É irregular.
No Vale do Silício, leia o livro Startup, muito do que você diz aqui já acontece de certa forma. É, digamos, a ponta do iceberg, uma antena que irradia novos tempos.
No Brasil, existem empresas mais próximas desse novo momento e empresas que nunca conseguirão dobrar o cabo.
Do ponto de vista pessoal, sugiro que procure estes novos ambientes, eles andam por ai.
É uma boa definição de procura profissional, concordas?
Valeu a dica do livro, vou tentar achar.
abraços,
valeu a visita,
Nepomuceno.