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Versão 1.2 – 13/07/21

O áudio do artigo.

O áudio da segunda versão do artigo.

O problema do nosso tempo é que o futuro não é o que costumava ser.“- Paul Valéry.

Este texto faz parte dos Artigos Didáticos Bimodais, por isso são mais densos, com forte preocupação conceitual e servem de base para que se possa entender, dialogar e aprimorar a Narrativa dos Bimodais.

É Ferramental Conceitual para que os Futuristas Competitivos Bimodais e respectivos clientes, em particular, e a sociedade, de maneira geral, possam lidar melhor com este novo cenário disruptivo.

O objetivo do artigo é detalhar a Metodologia Bimodal de Conceituação de Fenômenos.

A Conceituação de Fenômenos pode ser dividida nas seguintes atividades:

  1. Definição da Essência do Fenômeno – na qual, através de diversas comparações, se consegue determinar o que é e o que não é o fenômeno estudado. Um terremoto é uma coisa, uma Tsunami é outra; bem como uma crise econômica é uma coisa e uma Revolução Midiática outra bem diferente;
  2. A partir da Definição da Essência do Fenômeno, é preciso Conhecer quem são os Conceituadores Especialistas daquele evento para que se evite começar a análise sem parâmetros e, a partir deles, poder aprimorá-las. São raríssimos os fenômenos que nunca tenham sido estudados pelo Sapiens. Começar do zero o estudo de determinado fenômeno sem recorrer aos especialistas do passado é simplesmente uma insanidade;
  3. A partir do Conhecimento de quem são os Conceituadores Especialistas, se inicia a Busca pelos Padrões do Fenômeno, a partir dos estudos comparativos do mesmo fenômeno com outros similares do passado – sem o estudo comparativo histórico, a chance de se poder diagnosticar, tratar e prognosticar é quase nenhuma;
  4. O primeiro passo para se chegar aos Padrões do Fenômeno é a Identificação dos Padrões Estruturais, os eventos internos que sempre estiveram e permanecem presentes em todas as recorrências;
  5. A partir da Identificação dos Padrões Estruturais, é preciso promover a Identificação dos Padrões Conjunturais, que variam, conforme cada fenômeno, a partir das novidades conjunturais do Fenômeno Presente;
  6. A partir deste conjunto de análises é possível apresentar os prováveis Diagnóstico, Prognóstico e Tratamento para reduzir os Desconfortos diante do Fenômeno.

Se formos analisar uma chuva, podemos dizer que SEMPRE ocorre a queda de água de nuvens, porém, nem sempre há raios.

Termos água em uma chuva é algo ESTRUTURAL e os raios são CONJUNTURAIS, podem ocorrer ou não.

Neste momento temos:

  • Chuva (sempre com água) e COM raio;
  • Chuva (sempre com água) e SEM raio.

Porém, além da divisão Estrutural e Conjuntural, temos ainda o tipo de chuva que estamos falando. Neste momento, estamos falando de como a água cai, pois existem várias maneiras:

  • com vento ou sem vento?
  • muita ou pouca água?
  • curta ou demorada?

Neste momento, podemos criar uma planilha sobre o tipo de chuva:

– Do ponto de vista conjuntural: com raio ou sem raio?
– Do ponto de vista estrutural: de vento? muita ou pouca água? De vento ou sem vento? Rápida ou longa?

Nestes casos temos as Variações Estruturais da chuva.

A Metodologia Bimodal de Conceituação de Fenômenos serve para qualquer tipo de estudo, no caso da chuva é possível classificar de que tipo de chuva estamos falando e poder comparar uma de hoje com outra de ontem.

Vamos aplicar agora a Metodologia Bimodal de Conceituação de Fenômenos para o estudo do Digital, que é o nosso foco:

Passo 1: Social ou Não Social?

Há duas opções na decisão de que tipo de fenômenos estamos analisando do ponto de vista da Origem dos Fatos:

  • Fenômenos Sociais – são fatos provocados diretamente pelo ser humano;
  • Fenômenos Não Sociais – são fatos provocados por fatores externos ao ser humano, ligados à natureza, originados por outros animais.

A Bimodais é especialista na análise de Revoluções Midiáticas Civilizacionais, um Fenômeno Social, o que descarta uma série de outros Não Sociais, tais como Tsunamis, Pandemias, Terremotos.

A atual Pandemia, por exemplo, está sendo analisada se foi criada em laboratório por pesquisadores (Fenômeno Social) ou foi provocada por doenças de outras espécies, tal como morcegos, que se espalharam sem interferência humana (Fenômeno Não Social).

Passo 2: Que tipo de Fenômeno Social?

Porém, é preciso um aprofundamento ainda maior, pois é preciso entender de que tipo de Fenômeno Social estamos analisando ao se tentar compreender a Revolução Midiática Civilizacional Digital.

E aí temos uma nova Encruzilhada Conceitual e uma importante decisão a ser tomada.

Podemos ter dois tipos de Fenômenos Sociais:

  • os Fenômenos Sociais Diretamente provocados pelo surgimento de novas Ferramentas Operacionais (tecnologias);
  • e os Fenômenos Sociais Indiretamente provocados por novas Ferramentas Operacionais (tecnologias).

Todos os Fenômenos Sociais sofrem, em alguma medida, sofrem a influência da chegada de novas Ferramentas Operacionais (tecnologias), pois estas fazem parte integrante da espécie.

  • Podemos dizer que o surgimento da república foi provocado INDIRETAMENTE pela chegada da prensa, mas não diretamente;
  • A mudança social de uma cidade que construiu uma ponte é algo que foi DIRETAMENTE provocado por aquela nova Ferramenta Operacional (Tecnologia).

Podemos ter a seguinte regra:

  • Quanto mais distante um fenômeno está relacionado a chegada e massificação de uma nova Ferramenta Operacional (Tecnologia) mais é uma Consequência Indireta;
  • Quanto mais próximo um fenômeno está relacionado a chegada e massificação de uma nova Ferramenta Operacional (Tecnologia) mais é uma Consequência Direta.

Passo 3: Que tipo de Massificação de Ferramentas Operacionais estamos falando?

Podemos ter a massificação de Ferramentas Operacionais (tecnologias), entre outras, de:

  • Mobilidade – carro voadores e foguetes turísticos para passear no espaço;
  • Energia – solar e eólica;
  • Alimentar – alimentação transgênica;
  • Midiática – Internet.

Cada uma destas novas Ferramentas Operacionais (tecnologias), que chegam e se massificam na sociedade permitem usos distintos e abrem novas Tecnopossibilidades Específicas, diferentes das demais.

Assim, se não precisamos EXATAMENTE de que tipo de Ferramenta Operacional (Tecnologia) estamos falando, fica muito difícil definir a Essência do Fenômeno e chegar a seus padrões.

Passo 4: Qual o impacto daquela determinada Ferramenta Operacional (Tecnologia) para a sociedade? 

Note que há nesta separação tipos distintos de Ferramentas Operacionais (Tecnologias):

  • Básicas – que influenciam pouco o conjunto da sociedade, é o caso do surgimento da máquina de Raio-X, de uso muito específico;
  • Intermediárias – influenciam mais o conjunto da sociedade, é o caso do surgimento das Ferramentas Operacionais (Tecnologias) de Energia ou de Transporte;
  • E as Centrais – as que abrem maiores Tecnopossibilidades para o ser humano, tais como a Engenharia Genética, que pode alterar a forma, a Mobilidade Espacial, que pode nos permitir viver em outros planetas, bem como as Midiáticas, que modificam a nossa forma de pensar, conhecer, nos relacionar, nos informar, trocar, colaborar, interagir, etc.

Para se chegar à Essência do Fenômeno, o Conceituador Profissional precisa definir se é um Fenômeno Diretamente provocado pelo surgimento de novas Ferramentas Operacionais (tecnologias) e definir de que tipo de Massificação Tecnológica estamos falando.

No caso da Revolução Midiática Civilizacional Digital, temos a chegada de novas mídias, que são as Ferramentas Operacionais (tecnologias) Centrais, que abrem as maiores Tecnopossibilidades para a espécie, comparadas as Básicas e Intermediárias.

Passo 5: Quem são os Conceituadores Especialistas? 

E aí se pode definir um Tipo de Fenômeno Ferramental Operacional específico: a chegada e massificação de novas mídias, o que nos permite partir para a etapa seguinte no processo de Conceituação de Fenômenos:

  • identificação e aprofundamento das análises feitas pelos Conceituadores Especialistas no fenômeno específico para saber como foram as recorrências do passado, o que eles pensaram sobre ele para que possamos compará-los com o atual.
  • o objetivo é não só conhecer, se aprofundar, mas também aprimorar os conceitos.

No caso das Revoluções Midiáticas Civilizacionais, a Bimodais encontrou os pesquisadores da Escola Canadense de Toronto (Canadá), que estudam esse tipo de fenômeno há mais de 70 anos, iniciando, a partir deles, a compreensão do mesmo.

Passo 5: Quais são os Padrões Estruturais do Fenômeno? 

Conhecidos os especialistas, podemos passar a Identificação dos Padrões Estruturais do Fenômeno, que sempre estão presentes em todas as recorrências.

Na análise, que foi feita, descobrimos os seguintes Fatores Estruturais de uma Revolução Midiática Civilizacional:

  • uma nova mídia sempre tem três elementos recorrentes: um Canal Midiático, um tipo de Armazenamento do conteúdo que é produzido e uma Linguagem, os códigos criados para que um possa entender o que o outro quer dizer.

Vejamos:

  • Gestos – mãos (canal), memória (armazenamento) e gestos (linguagem);
  • Oralidade – boca (canal), memória (armazenamento) e palavras (linguagem);
  • Escrita – pedra, parede, papiro, papel (canal), arquivos, bibliotecas (armazenamento) e palavra escrita (linguagem);
  • Digital – computadores de todos os tipos (canal), banco de dados (armazenamento) e ícones (linguagem).

Passo 6: Quais são os Padrões Conjunturais do Fenômeno? 

E, a partir da Identificação dos Padrões Estruturais  aí se pode identificar os Padrões Conjunturais, o que há de novo no Fenômeno Presente distinto do que ocorreu nas Recorrências do Fenômeno Estudado?

No caso da Revolução Midiática Civilizacional Digital, temos as características particulares e específicas dos Novos Canais, do Novo Armazenamento e da Nova Linguagem – todos feitos dentro do Ambiente Digital.

O que muda com o Digital não é que temos agora novos canais, novo tipo de armazenamento e nova linguagem, mas o tipo de cada um deles.

Numa análise da chegada de uma nova tecnologia é preciso identificar o que será permitido ser feito que antes não era possível.

Aquilo que era impossível de fazer antes das novas tecnologias, mas que todos gostariam de fazer, aponta as tendências do que vai ocorrer no futuro.

Notem que sem essa metodologia mais profissional da Conceituação de Fenômenos, principalmente os Desconhecidos e Estruturantes, a chance de conseguirmos diagnosticar bem e agir, conforme esta visão, se torna bem pequena.

É isso, que dizes?

PS – os Fatores Causantes, Detonantes, Consequentes e Atuantes da Revolução Midiática Digital será visto mais à frente, a partir dessa conceituação do fenômeno.

Colaborou com o artigo a seguinte Bimodal: Fernanda Pompeu.

Vem tomar pílula vermelha todos os dia na Bimodais.  Me manda um Zap: 21-996086422 (Nepô, quero sair de Matrix!)

GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS

GRIFOS EM NEGRITO E AZUL: NOVOS CONCEITOS BIMODAIS (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO)

PALAVRAS EM CAIXA ALTA E NEGRITO: CHAMANDO A ATENÇÃO DO LEITOR PARA ALGO ESPECÍFICO, DO TIPO OBRIGATORIAMENTE.

Os parágrafos que estão deslocados apenas uma vez à direita foram usados para divulgação do artigo nas Mídias Digitais.

Os parágrafos que estão deslocados duas vezes à direita foram selecionados com as melhores frases do mês ou definições de conceitos, que são enviados regularmente para os Bimodais.

O presente artigo se encaixa nos seguintes tópicos no MAPA MENTAL BIMODAL:

(Entre para a Escola para ter acesso completo ao MAPA MENTAL BIMODAL com o roteiro da formação, no qual temos os links para todos os artigos e áudios sobre as nossas diversas Metodologias Futuristas. Aqui, você terá a possibilidade de dialogar sobre as metodologias com o Curador da Escola e com os outros Bimodais. Mande um Zap: 21-99608-6422.)

3 Responses to “Metodologia Bimodal de Conceituação de Fenômenos”

  1. […] justamente por causa disso, na Metodologia Bimodal de Conceituação de Fenômenos temos defendido que é preciso separar os Padrões Estruturais daqueles que são […]

  2. […] Há diversas análises sobre o Mundo Digital, que têm cometido graves Erros Epistemológicos, que apresentamos na nossa Metodologia Bimodal de Conceituação de Fenômenos. […]

  3. […] No presente artigo, vamos abordar o processo de Interpretação da Realidade e no próximo o de Conceituação de Fenômenos. […]

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