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Vamos definir Marketing como estratégia empresarial da adequação da produção e oferta de mercadorias ou serviços às necessidades e preferências dos consumidores.

Gosto de usar uma tradução de marketing que seria “mercadando” ou “mercantilizando”. Que é jogando o jogo do mercado para ajustar aquilo que eu vendo com alguém que quer comprar.

É um jogo saudável numa sociedade aberta e livre, no qual há trocas voluntárias.

O marketing é o exercício saudável para que pessoas possam encontrar o que querem de ambos os lados.

Não haverá sociedade humana sem mercado, assim, se estamos falando de futuro, o marketing não é algo que vai se acabar, mas sofrerá mudanças ao longo do tempo.

Podemos dizer, conforme nossa análise, que o Marketing como todas as áreas que temos analisados vivem a mesma Crise Estrutural.

A sociedade humana pulou de um para sete bilhões e a forma como resolvermos problemas ficou obsoleta diante do aumento radical da demanda e a incapacidade do acompanhamento da oferta.

Tivemos no século passado, um fenômeno chamado Crise Demográfica por Falta de Mídia Centralizadora.

O que significa isso?

Aumentamos a população, mas não tivemos mídia para ajudar na descentralização das decisões, que foram se concentrando.

Organizações foram se centralizando e se tornando enorme, criando um tipo de marketing extremamente vertical, de poucos para muitos.

Todo o marketing que praticamos, antes do digital, viveu sobe o efeito dessa Crise.

Com a chegada do digital, houve uma distribuição generalizada de:

  • novos canais, que permitiram o aumento da transparência, deixando as contradições (o que se diz e o que se faz) das organizações tradicionais na “janela”;
  • e o surgimento de cada vez mais plataformas, que criam cada vez mais o conceito de pessoa-mídia, profissional-mídia.

Assim, temos hoje o boom do marketing pessoal, profissional, das micro-empresas e uma crise das organizações tradicionais.

O modelo centralizado do passado se torna incompatível com o novo cenário.

Organizações querem estabelecer diálogos com os clientes para alinhar produtos e serviços, mas isso se mostra inviável.

É preciso distribuir as decisões e as ações, pulverizar produtos e serviços, em grandes plataformas uberizadas, nais quais é possível esse novo diálogo do marketing.

Hoje, cada vez mais, cada pessoa precisa ser “marketizar”, aprender a não só ser uma pessoa que vende diretamente ao mercado, com a explosão do trabalho e não mais do emprego.

Isso gera um desafio subjetivo e objetivo grande.

Bem como, aprender a se marketizar num novo cenário, cercado de redes digitais, com centenas de regras, normas, facilidades e dificuldades.

Diria que o futuro do marketing, em grande medida, é conseguir suprir estas milhões de novas pessoas-startups, ou startups-pessoas de instrumentos para que possam se marketizar.

Além disso, há uma outra crise paralela, mas que afeta ao marketing, que é uma espécie de “verdaderização” da sociedade.

O que é isso?

A explosão da transparência pede que as pessoas se envolvam de forma mais profunda no que oferecem e consomem, aumentando relativamente a taxa de pessoas com propósitos versus pessoas com propósitos.

Isso implica em um processo pessoal de procura de felicidades, que chamamos de estruturais, no qual se procura criar projetos de vida.

Temos que imaginar que o novo patamar de complexidade demográfico nos aponta a necessidade de criar novas formas cada vez ainda mais distribuídas, que nos permitam resolver a crise de explosão das demandas e a incapacidade das ofertas, recolocando o papel do marketing.

Este é o texto base da comunidade Marketing Bimodal, que será aprimorado com os debates internos da comunidade.

É isso, que dizes?

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