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Aqui e ali e começam a chamar qualquer empresa nova do mercado de “empresa de tecnologia”.

Vivemos ainda largamente a incompreensão do papel das tecnologias para o ser humano.

  • para a maior parte dos seres vivos, incluindo estrategistas de plantão, ainda hoje, tecnologias têm papel de neutralidade na sociedade;
  • o que uma nova safra de pensadores discorda radicalmente, lembrando que elas têm uma determinada proatividade.

Quando temos por aí a conceituação do Uber (e de várias outras) como “empresa de tecnologia”, estamos diante dos pensadores Tecnoneutros, que disseminam a Tecnoneutralidade.

Os Tecnoneutros não enxergam o papel próativo das tecnologias no geral e das mídias em particular para a espécie.

Tecnologias, na verdade, têm duas fases quando surgem:

  • quando são inventadas por alguém, começam a ser “mastigadas”, em um necessário processo de aculturação;
  • quando se massificam e se estabelecem, são digeridas e se tornam invisíveis como se fossem naturais/culturais e não tecnologias.

Desse ponto de vista, as novas startups, que usam novas tecnologias, são empresas de tecnologias em processo de mastigação, que resolvem problemas em campos específicos – no caso do Uber de mobilidade.

Se olharmos de forma diferente – do futuro para hoje – não poderemos ver diferença entre o Uber e a Gol, por exemplo, ambas são empresas de mobilidade – que se utilizam de tecnologias velhas e novas.

Aviões já foram tecnologias em processo de mastigação até serem digeridas. Certamente, companhias de aviação já foram chamadas de “empresas de tecnologia“.

A Gol, podemos dizer que é uma empresa de “Tecnologias Digeridas” e a Uber de “Tecnologias em Mastigação”.

O grande diferencial para compreender o século XXI (algo que os futuristas profissionais têm que se dedicar) é justamente compreender a ruptura filosófica que tivemos entre Tecnoneutralidade e Tecnoproatividade.

A Tecnoproatividade ganhou fôlego no século passado e destaco pela ordem os canadenses: Harold Innis, Erick Havelock e depois Marshall McLuhan e Pierre Lévy, entre outros – todos gurus da nossa Escola de Futurismo Bimodal.

Estes autores e vários outros depois deles se revoltaram contra o verdadeiro absurdo filosófico-teórico de analisar a história humana e as sociedades contemporâneas com o olhar de Tecnoneutralidade.

O que, entre outras coisas, nos impede de entender os verdadeiros impactos da chegada da Era Digital em todos os setores, cegando os Futuristas Amadores de plantão.

Chamar o Uber de “empresa de tecnologia” é a expressão clara desse tipo de visão equivocada, que precisa ser superada.

É isso, que dizes?

Este tema é discutido nos módulos de Futurismo Avançado, que os membros permanentes da Escola têm acesso:

Veja o depoimento dos nossos alunos:

http://bit.ly/31VCIAq (módulos Master 4 e 5)

Um deles me disse o seguinte:

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