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Existem alguns fatores da sociedade humana que têm baixa capacidade de controle central, podemos apontar como:

  • o crescimento demográfico;
  • e a massificação de novas tecnologias (o que inclui as alterações na linguagem falada).

São fenômenos que ocorrem muito menos por uma vontade do planejamento central, mas muito mais pela ação individual de várias pessoas.

Assim, o que ocorre na sociedade é que ela passa a lidar com as consequências destes movimentos espontâneos, a partir de causas descentralizadas.

Diferente, por exemplo, de um plano de erradicação de mosquitos, ou a vacinação para conter determinada doença, tanto a expansão demográfica, quanto a massificação de novas tecnologias entram dentro do que Adam Smith tentou chamar de Mão Invisível.

Que depois foi ganhando outros nomes, tais como sabedoria das multidões, inteligência coletiva, cultura da participação.

São macro movimentos da espécie que podem ser estimulados por alguns fatores, mas que dependerá basicamente da adesão, ou não, de cada indivíduo: ter mais filhos ou comprar determinada tecnologia.

Podemos, inclusive, fazer uma relação entre os dois exemplos de ordem espontânea, já que:

  • Por que temos tecnologias, conseguimos superar barreiras de sobrevivência;
  • E por que conseguimos superar barrerias de sobrevivência, queremos mais tecnologias.

Os movimentos de Ordem Espontânea são muito criticados por pessoas que acreditam na força da Ordem Controlada.

Pessoas que acreditam – e meio que defendem – a Ordem Controlada não acreditam que haja nada espontâneo na sociedade, pois sempre há um grupo que está por trás dos movimentos espontâneos massificados.

Não se pode dizer que não há estímulos para movimento espontâneos, mas está na vontade de cada pessoa aderir ao não a esse movimento, numa aceitação de baixo para cima.

Se encararmos, por exemplo, aumentos demográficos como fazendo parte das Ordens Espontânea da espécie e que isso já vimos agora é possível – a história da sociedade humana precisa ser recontada.

Pois, apesar das críticas que se possa fazer a Malthus, numa coisa ele tinha razão: mais gente pode nos levar a crises de sobrevivência.

E os movimentos para que estas crises não ocorram tem que OBRIGATORIAMENTE a ser feitos, pois mais bocas exigem que se tenha comida na mesa.

  • Um mundo de 1 bilhão de habitantes, em 1800, quando Malthus escreveu seu livro, tinha uma complexidade básica de 3 bilhões de pratos de comida/dia, o que nos leva para um tipo de aparelho produtivo compatível;
  • Um mundo de 7 bilhões de habitantes, em 2019, tem uma complexidade básica de 21 bilhões de pratos de comida/dia, o que nos leva para um outro tipo de aparelho produtivo compatível.

Não é, portanto, pouco lógico afirmar que a Ordem Espontânea Demográfica – que vem de baixo para cima – “empurra” a sociedade OBRIGATORIAMENTE para movimentos de inovação, de aumento de produtividade, do surgimento de novas tecnologias.

E, no caso, da nossa adaptação da Teoria da História da Escola Midiática Canadense, para novos ambientes comunicacionais administrativos.

É isso, que dizes?

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