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Nenhum saber é absolutamente seguro – Francis Bacon – da minha coleção de frases.

Tenho trabalhado bastante neste blog sobre o nosso espanto contemporâneo a cerca do fenômeno Internet.

Fomos surpreendidos por algo que, aparentemente era estático, como uma montanha, mas se mexe como um vulcão.

O movimento contínuo das plataformas do conhecimento sobre o qual escrevi um artigo centífico e é, aliás, o tema da minha tese de doutorado.

Os estudiosos da nova história admitem que temos que repensar a maneira como estudamos o passado.

Para eles, o passado não é estático, recebe novos olhares, em função das novidades do presente.

Ou como diz Peter Burk:

Cada geração, vivendo com os problemas do presente, interroga o passado pensando em suas próprias questões (…) O historiador escreve para o seu tempo, consciente de que uma próxima geração vai fazer seu trabalho de outra maneirada minha coleção.

É uma eterna reatualização!

Assim o presente, em função de novas descobertas, tecnologias ou fenômenos nos faz revisitar o que passou sempre com outros olhos, relendo de outra maneira, às vezes, os mesmos documentos e autores.

A Internet está cumprindo este papel de instigadora do retorno à história social com novos paradigmas.

É preciso revisitar os diferentes estudos sociais que não levaram em conta a importância das Plataformas do Conhecimento, que tiveram um papel mudo por se tratar de movimentos  imperceptíveis, que exercereram influência de médio e longo prazo nas civilizações.

Eram, sem dúvida, difíceis de serem avaliadas no momento vivido, como foi o surgimento da fala, da escrita, do livro manuscrito ou do livro impresso.

Tivemos uma mudança com a comunicação de massa, mas ainda assim, nada que pudesse fazer a releitura de forma clara que podemos fazer agora com a chegada da Web.

É um novo tipo de mundo!

Pela primeira vez, somos capazes, em função da nossa realidade, de ver com clareza o que era nebuloso pelos mais sábios dos nossos antepassados.

As mudanças nas bases de troca de informação condicionaram a sociedade de forma marcante, mas não nos demos conta até aqui.

A Web, com a sua velocidade, com nossa capacidade de rever o surgimento e os condicionamentos impostos pelo livro impresso, por exemplo, de trocar e acessar diferentes autores que estudam o tema, nos permite hoje compreender que é possível desatar esse nó teórico.

O que era antes algo lento tem se acelerado e terá que fazer parte das estratégias humanas de sobrevivência.

Já que o processo está se acelerando, ainda mais agora com a digitalização.

O que era no tempo do hardware, agora é no tempo do software!

É tanto assim que agora já o encaramos como versões 1.0, 2.0, etc…

Para onde vamos com nossas plataformas de conhecimento?

Como nos adpataremos à elas?

E como podemos nos beneficiar para torná-las a serviço do humano e não ao contrário?

Saber estas respostas são peças-chaves para definir nosso futuro.

Criei esta pirâmide para demonstrar que a base da mesma é muito pouco estudada, até aqui, mas que necessitará cada vez mais atenção, inclusive inaugurando uma nova Ciência.

piramide_açoces

As plataformas condicionam a maneira que pensamos.

A maneira que pensamos definem as ações que temos.

E estas ações, por sua vez, a médio e longo prazo reestruturam as organizações sociais, que passam a ser o espelho da maneira nova que passamos a pensar os problemas.

É um processo, antes de tudo, de desentermediação para se ganhar velocidade, que molda a sociedade.

O que antes era verdade inquestionável, depois da nova plataforma passa a ser dúvida, a partir da mudança cognitiva dos novos habitantes, que re-olham nossas instituições.

Um tema que abordei em detalhes neste post sobre a nova lógica matemática da Web.

É isso, o que achas?

One Response to “No fundo do poço há uma plataforma”

  1. […] depois de muitos posts e discussões gostaria de refazer a resposta de forma mais sucinta. 1) o que percebo é que a parte mais abaixo da sociedade, a camada básica de troca de informação e conhecimento, mudou com a chegada da rede […]

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