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As organizações devem se tornar ainda mais rápida do que jamais foram na adoção de mudanças, sob pena de se tornarem irrelevantes ou até mesmo desaparecerem Ricardo Neves da minha coleção de frases.

Mudança necessária e dois caminhos

Bom, já que Inês é morta, precisamos abrir espaço para o prosumidor – o que fazer?

Se chego a conclusão que a minha empresa agora tem que chamar o usuário para colaborar como devo proceder? Como envolver um conjunto de pessoas que trabalham comigo acostumados a um tipo de cultura há décadas em outra?

Bom, pensemos na experiência que encontramos na sociedade.

  • a) fazer uma mega esforço de convencimento e treinamento para mudar a empresa, começando com um setor e expandindo para os próximos;
  • b) criar uma nova empresa, partindo do zero para experimentar tudo de novo e servir como “balão de ensaio” para o futuro.

Na primeira opção, temos algo interessante. O Nilton Santos, um pensador web, e muito ligado no futuro. (Recomendo a leitura da tese dele no link anterior) me apresentou um panfleto no nosso último encontro.

Eles criaram o Núcleo Experimental de Tecnologias Interativas – NEXT, na Fundação Oswaldo Cruz, que tem o objetivo de ” estudar, pesquisar, avaliar e experimentar as possibilidades e potencialidades das tecnologias interativas para a viabilização de processo de comunicação e interação entre diferentes agentes.”.

A idéia de um núcleo de ponta é muito boa, pois permite criar um centro  avançado que pode começar a experimentar projetos pilotos em diferentes áreas, sendo um gestor de mudanças importante dentro da Fiocruz.

O modelo serve como um exemplo de ação a ser feita. Mais dados através de www.icict.fiocruz.br.

Na outra ponta, é interessante a experiência da Loja Americana que optou por, ao invés de gastar uma energia desnecessária com o convencimento do que era antigo, criar algo novo, do zero para ver como seria uma empresa web.

Pode contratar gente nova, desenvolver ou comprar produtos específicos, com um perfil muito próximo que o mercado requeria. Um estudo do case pode ser visto aqui.

A opção de começar do zero é altamente recomendável e pode trazer bons resultados, pois a empresa que começa, inicia sem vícios, pode crescer e, com os bons resultados, alavancar parcerias com a empresa antiga, influenciá-la e mesmo em situações mais extremas fundir com a anterior ou simplesmente fechar, com uma posição privilegiada no mercado.

Diminui-se o risco, ganha-se em cultura.

A idéia de começar tudo de novo ganha em agilidade e velocidadade, muitas vezes também em custos, tornando a dinâmica da nova empresa extremamente competitiva.

É a chamada canibalização da velha pela nova, deixando sempre a empresa a ponto de estar na ponta do mercado experimentando o que há mais de novo.

O interessante no caso da Americanas.com foi a junção posterior com a Submarino, formando a BW2, ocupando praticamente metade do mercado de varejo on-line, algo que dificilmente seria atingido se a Americanas, na época, como muitas lojas não tivesse optado por esse novo modelo.

Estamos, na verdade, diante de um novo modelo social, horizontal, que reflete uma grande alteração na forma de produzir conhecimento, algo que na história ocorreu algumas poucas vezes, na passagem da fala, para a escrita, para o livro, para os meios de massa, para o computador e, por fim, na Internet.

É preciso ter noção do tamanho da mudança para escolher o caminho certo, seja qual for, agir, e não ficar parado.


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