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O áudio do artigo (exclusivo para os Bimodais, com exceção das quartas, quando disponibilizo na rede.) 

O que aprendi com este artigo?

Resumo feito pelo Tio Gemini:

O autor do texto, Nepô, critica o livro “Florescer” de Martin Seligman, mas reconhece seus méritos.

Nepô critica:

  • A falta de clareza na definição de conceitos como “felicidade” e “bem-estar”.
  • A confusão entre diferentes elementos da proposta de Seligman, como engajamento, significado e realização.
  • A falta de foco na singularização individual como caminho para o bem-estar.

Nepô reconhece:

  • A importância da crítica de Seligman à psicologia tradicional.
  • A percepção de Seligman da demanda por uma nova psicologia.
  • Algumas sugestões metodológicas úteis, como o “Ritual Rivotril das 5 Coisas Top do Dia”.

Nepô propõe:

  • Uma definição mais precisa de “felicidade” e “bem-estar”, levando em conta a singularidade individual.
  • Um foco maior na singularização como caminho para o bem-estar.
  • A utilização de ferramentas como o “Ritual Rivotril das 5 Coisas Top do Dia” e o “Alarme Anti-reclamação” para promover o bem-estar individual.

Em resumo, Nepô acredita que a psicologia positiva precisa ser mais clara, focada e prática para ser realmente útil às pessoas.

Alguns pontos adicionais:

  • Nepô concorda com a ideia de que a psicologia positiva deve visar a “cura” dos problemas emocionais, e não apenas o “alívio dos sintomas”.
  • Ele acredita que a democratização do conhecimento e das ferramentas de psicologia positiva é fundamental para promover o bem-estar individual e social.
  • Nepô propõe a criação de “Guias de Felicidade” para auxiliar as pessoas na construção de seus próprios projetos de bem-estar.

Frases de Divulgação do Artigo:

  1. Se no século passado, tivemos o boom da musculação do corpo, no século XXI teremos o boom do pilates da mente!
  2. Um Profissional Missionário, assim, não trabalha para ganhar dinheiro, mas ganha dinheiro para trabalhar.
  3. Defendemos a passagem do Orgulho 1.0 (autoestima colada em resultados) para o Orgulho 2.0 (autoestima colada nos processos).
  4. Um Projeto de Felicidade 2.0 pretende que cada pessoal desenvolva o seu Rivotril Orgânico para não precisar ir mais comprar na farmácia.
  5. Não resta dúvida que o grande objetivo da Psicologia 2.0 é promover a democratização dos divãs na sociedade.
  6. Bom Humor não é sair rindo por aí feito um maluco, é muito mais não estar chorando o tempo todo.
  7. Seligman é um ótimo destruidor de paredes, mas não tão bom reconstrutor das mesmas.
  8. Quanto mais eu me Singularizar, mais eu floresço enquanto ser humano!

Os Mapas Mentais do Artigo:

Vamos ao Artigo:

“A maior parte das psicoterapias e muitos medicamentos são apenas cosméticos, aliviando os sintomas por um curto período de tempo, seguido de um frustrante retorno ao ponto de partida.”Seligman.

Continuemos a Bimodalização do livro “Florescer: Uma nova e visionária interpretação da felicidade e do bem-estar” de Martin Seligman

Este é o segundo artigo.

Quando fazemos uma Leitura Mais Ativa do que Passiva isso implica em ler, marcar o que chamou a atenção e depois escrever, refletindo sobre cada um dos pontos.

Mais.

Procurar o que vai ser e como incorporado na Narrativa, seja ela Pessoal ou Profissional.

Aos poucos, nesse processo, vamos chegando a algumas conclusões sobre os autores.

Podemos, a partir deste livro, criar uma nova definição dos Conceituadores da Inovação Pessoal Emocional (que serve para qualquer área):

Bons ou Maus Questionadores do Mainstream, ou no popular, Escopeteiros;
Bons ou Maus Criadores de Teorias e Metodologias.

Seligman é um maravilhoso Escopeteiro, pois tem um dom especial para questionar a Psicologia 1.0, mas não é tão bom em criar as Teorias e Metodologias da Psicologia 1.0.

Ele é ótimo nas críticas e fraco na criação do que deve vir depois.

A sua proposta Teórica e Metodológica me parece confusa e mal formulada.

Destaco, porém, o seu grande mérito de perceber no ar as demandas do novo século, mesmo que não consiga entendê-las de forma mais profunda.

Vamos em frente.

Seligman assume ser afilhado de Aristóteles e procura agora revisar um pouco essa escolha:

“Minha visão original se aproximava mais à de Aristóteles — segundo a qual tudo o que fazemos tem como objetivo nos fazer felizes.”

Ele questiona o senso comum do conceito “felicidade”, ao defender, a partir de agora, o foco da Psicologia Positiva não mais em Felicidade, mas no Bem Estar:

“Ao ouvir a palavra “feliz”, o ouvido moderno escuta humor leve, alegria, bom ânimo e sorrisos.”

Ele sugere:

“Aquilo que sentimos (emoções positivas): prazer, entusiasmo, êxtase, calor, conforto e sensações. Uma vida conduzida com êxito em torno deste elemento eu chamo de “vida agradável ”.

Temos algumas variações do termo, que vão de vida feliz, agradável, bem viver.

Todos os conceitos, sejam eles quais forem, de maneira geral, estão dentro da Banheira de Piche do Mainstream.

Da mesma maneira que felicidade pode gerar confusão, bem estar também pode.

Quando colocamos qualquer conceito para rodar, é bem provável que as pessoas os interpretem de determinada maneira, pois vão usar os Paradigmas existentes dentro da Mente Primária delas.

Muitos termos precisam, assim, ser adjetivados e mais detalhados do tipo Orgulho Tóxico, Saudável, 1.0 ou 1.0 para que as pessoas parem e pensem:

“O que seria Orgulho Tóxico, já que orgulho imagino que sei, mas porque tóxico?”

Felicidade, bem estar, bem viver podem ser conceitos que se referem ao curto ou longo prazo.

E, por isso, precisam de melhores especificações.

Acredito, assim, que bem estar versus felicidade é uma falsa polêmica, pois ambas as escolhas precisam de adjetivos, tais como:

Bem Estar de Longo Prazo ou Continuado ou Felicidade de Longo Prazo ou Continuado – algo que dura no tempo, no longo prazo;
Bem Estar de Curto Prazo ou Momentâneo ou Felicidade de Curto Prazo ou Continuada – algo que dura no tempo, no longo prazo.

O fato de dizer que ao falar em bem estar estou necessariamente abordando algo no longo prazo e que todo mundo vai entender desse jeito, é fantasia.

Mais ainda.

A ideia de que se eu falar felicidade estou apenas me referindo aos extrovertidos e deixando os introvertidos de fora, também é outra fantasia.

Diria que sempre é preciso definir que estamos falando de Felicidade e Bem Estar Continuado e de Longo Prazo.

E que:

Felicidade ou bem estar não é ficar sorrindo, mas um conjunto de sensações continuadas que tornamos comuns nas nossas vidas.

Sem explicações mais detalhadas, ambos os conceitos geram confusão.

Temos ainda uma outra questão aqui, que é uma vida melhor, que pode ser mais ou menos engajada.

Vejamos:

“O engajamento é algo diferente, até oposto, de uma emoção positiva; pois quando você pergunta às pessoas que se entregam a uma atividade o que estão pensando e sentindo, elas geralmente dizem: “Nada.”. No envolvimento nós nos fundimos com o objeto. Acredito que a atenção concentrada exigida pelo engajamento consome todos os recursos cognitivos e emocionais que formam nossos pensamentos e sentimentos. Não há atalhos para o engajamento. Ao contrário, nele você tem de empregar suas forças pessoais e talentos para se envolver com o mundo. Existem atalhos fáceis para sentir uma emoção positiva, o que é ainda outra diferença entre o engajamento e a emoção positiva. Você pode se masturbar, ir às compras, usar drogas ou assistir à televisão. Daí a importância de identificar seus pontos mais fortes e aprender a usá-los com mais frequência para entrar no engajamento.”

Acredito que aqui temos um problema, que é a dificuldade que vejo em Seligman na criação de conceitos.

“Emoções Positivas” não são o oposto de engajamento – isso não faz sentido.

Eu sinto Emoções Mais Positivas em várias atividades da minha vida, naquelas em que estou mais ou menos vivendo um maior engajamento.

Engajamento vem de Mihaly, isso está no primeiro livro, que é o Estado de Fluxo.

Temos, assim:

Emoções Mais Positivas de Curto Prazo;
Emoções Positivas de Longo Prazo.

E ainda:

Emoções Positivas que vêm de atividades que me geram o Estado de Fluxo;
Emoções Positivas que vêm de atividades que NÃO me geram o Estado de Fluxo.

Usar drogas de forma frequente – e dependendo da droga – por exemplo, me gera uma emoção, sem dúvida, mas não é positiva é negativa, pois pode me viciar.

Não podemos chamar de Emoção Positiva algo que não me gera um bem estar maior ao longo do tempo.

Por isso, temos que separar as Emoções Positivas das Negativas.

O que ele está se referindo são Emoções.

Portanto, se ele se refere a Emoções – temos que separar em duas: as negativas e as positivas.

E talvez nos referir a Falsas Emoções Positivas, pois que no médio e longo prazo acabam nos fazendo mal.

Tenho uma namorada que sempre está me perturbando e eu não consigo me separar dela. Sim eu tenho emoções, são Falsas Emoções Positivas, pois podem até me fazer bem hoje, mas no longo prazo, muito mal.

Outro ponto.

Seligman cria uma certa confusão ao misturar Engajamento, Significado e Realização.

Engajamento (na linha do Mihaly) é descobrir atividades que me levam ao Tapete de Aladim, que servem de base para descobrir as minhas vocações.

Descoberto aquilo que me deixa num Estado de Engajamento (acho um nome melhor para isso), vou procurar colocá-lo na minha vida.

Desenvolver, ao máximo, os meus Estados de Engajamentos em projetos que sejam bons para mim e para mais gente me gera um Significado e, tudo isso, me dá a sensação de Realização.

Tá tudo integrado e não separado.

Por isso, prefiro definir que o foco de um Projeto de Felicidade deve ser a Singularização, na qual precisamos:

Descobrir nossas vocações;
Transformá-las em projetos sustentáveis, de forma a servir aos outros e ser remunerados por isso, se possível;
Gerando, assim, sensações de realizações de longo prazo, aplacando nossa dificuldade de lidar com a finitude.

Precisamos separar:

Pessoas que conseguem colocar nas suas vidas algum tipo de Estado de Engajamento;
Pessoas que NÃO conseguem colocar nas suas vidas NENHUM tipo de Estado de Engajamento.

Na sequência, é preciso detalhar diferentes Estados de Engajamento:

Estados de Engajamentos Não Servis – aqueles que servem apenas para a pessoa, tal como ir na academia malhar;
Estados de Engajamento Servis – colher tampinhas na rua para trocá-las por cadeiras de rodas para defincientes mais pobres.

E, por fim:

Estados de Engajamento Servis Menos Criativos – colher tampinhas na rua para trocá-las por cadeiras de rodas para deficientes mais pobres;
Estados de Engajamento Servis Mais Criativos – desenvolver um aplicativo para melhorar o projeto de colher tampinhas na rua para trocá-las por cadeiras de rodas para deficientes mais pobres.

Nem todo mundo quer ou consegue:

Ter algo que gere o Estado de Engajamento;
Ter um Estado de Engajamento Servil;
E ainda um Estado de Engajamento Servil Mais Criativo.

Diria ainda que:

Todos deveriam procurar um Estado de Engajamento, seja ele qual for;
Que o ideal é que estes Estado de Engajamento seja mais Servil;
E que os Disruptivos devem procurar o Estado de Engajamento Mais Servil e ainda Mais Criativo.

Isso tudo nos leva um pouco na linha do Ikigai.

Diz o Tio Chatinho:

“Ikigai é um conceito japonês que pode ser traduzido como “razão de ser” ou “razão para viver”. Originário da ilha de Okinawa, onde se concentra uma das maiores populações centenárias do mundo, o ikigai representa a convergência de quatro elementos principais na vida de uma pessoa:

Paixão: O que você ama fazer.
Vocação: O que você é bom em fazer.
Profissão: O que você pode ser pago para fazer.
Missão: O que o mundo precisa que você faça.

Quando alguém encontra o seu ikigai, experimenta um sentido profundo de propósito e satisfação na vida. É um equilíbrio entre esses quatro elementos, onde as paixões pessoais se alinham com os talentos, o que pode ser monetizado e o que contribui para o mundo. Encontrar o ikigai é um processo de autodescoberta e pode levar tempo, reflexão e exploração das próprias habilidades e interesses.”

Diria que quem consegue achar um Ikigai Completo consegue se sentir melhor na vida e vice-versa.

Vejamos as possibilidades do Ikigai:

Ikigai Completo (ideal) – consegue trabalhar no que ama, juntando paixão, vocação, missão e profissão e ainda servindo ao outro, deixando um legado mais consistente;
Ikigai Incompleto (bom) – consegue ter paixão, vocação e missão, mas não na profissão e nem servindo ao outro;
Sem Ikigai – (ruim) não tem nenhuma atividade que envolva paixão, vocação, missão, muito menos na profissão.

Nem sempre, entretanto, se consegue transformar Ikigai Completo. E aí a pessoa trabalha em algo que até não gosta e faz outra nos tempos livres.

Diz ele:

“O verdadeiro modo como a psicologia positiva começou é um segredo até hoje.”

Diria que é um mistério, que só pode ser explicado pela Ciência Social 2.0, que consegue enxergar a forte demanda pela Renascença Civilizacional.

A Psicologia Positiva atende fortemente várias destas demandas.

Ele define cinco elementos que formam os princípios da Psicologia Positiva:

Emoção Positiva – Reconhecer e cultivar emoções positivas, como alegria, gratidão, esperança e amor, promovendo um maior bem-estar emocional.
Engajamento: Encontrar atividades nas quais as pessoas se sintam imersas, concentradas e “no fluxo”, experimentando um senso de realização e satisfação profunda.
Relacionamentos: Valorizar e nutrir relacionamentos significativos e saudáveis, pois as conexões interpessoais são essenciais para o bem-estar emocional e psicológico.
Significado: Buscar e criar significado na vida, seja por meio de propósitos pessoais, valores, crenças ou contribuições para algo maior do que o próprio eu.
Realização: Estabelecer metas desafiadoras e alcançáveis, celebrar conquistas e desenvolver um senso de competência e eficácia pessoal.

Acho a ideia no geral boa, mas há uma confusão grande aqui.

Temos que definir uma visão do Sapiens para balizar aquilo que consideramos mais relevante no desenvolvimento do aumento da Taxa de Sapiencidade (me tornar o mais Sapiens que eu conseguir ser).

A visão Bimodal vai na direção da Singularização.

Quanto mais eu conseguir me Singularizar, mais Sapiens eu me torno.

O que diferencia o Sapiens das outras espécies é justamente a nossa capacidade de nos singularizar.

Assim, na Psicologia Bimodal 2.0 ou na Inovação Pessoal Emocional Bimodal 2.0 consideramos que Florescer é se Singularizar.

Quanto mais eu me Singularizar, mais eu floresço enquanto ser humano!

Assim, eu defino uma bússola e um norte: uma vida melhor, mais feliz, com mais bem estar vai na direção da Singularização.

Singularizar é o norte do Projeto de Felicidade Bimodal 2.0. Ponto!

O que me ajuda no processo Progressivo e Continuado de Singularização?

Visões mais Fortes (já dentro da Ciência Social 2.0) sobre o Motor da História e do próprio Sapiens como espécie;
Visões Mais Fortes do que é e o que não deve ser Projetos de Felicidade ou Bem Estar;
Sugestões de Princípios para guiar minhas Atitudes na vida;
Sugestões de Métricas para saber se estou indo bem ou mal na minha jornada.

Se aplicarmos essa visão Bimodal ao que sugere Seligman teríamos o seguinte:

Comparação do que sugere Seligman com o Projeto de Felicidade Bimodal:
Seligman
Crítica
Solução

Emoção Positiva – Reconhecer e cultivar emoções positivas, como alegria, gratidão, esperança e amor, promovendo um maior bem-estar emocional.

Aqui temos duas coisas misturadas. Uma coisa são ações que geram emoções positivas e outra são as próprias emoções que servem de guia para saber se estou indo bem ou mal;

Nas ações criar Hábitos e Rituais Rivotril que geram as Emoções Positivas; Outras medir se elas estão vindo para saber como estão avançando, isso é métrica;

Engajamento: Encontrar atividades nas quais as pessoas se sintam imersas, concentradas e “no fluxo”, experimentando um senso de realização e satisfação profunda.

 

Isso faz parte da Pesquisa Progressiva e Continuada pelo Estado de Fluxo ou Tapete de Aladim.

Na Visão sobre o Projeto de Felicidade é preciso separar as atividades que servem para todos os Sapiens e esta, em particular, se enquadra na busca individual de cada um;

Relacionamentos: Valorizar e nutrir relacionamentos significativos e saudáveis, pois as conexões interpessoais são essenciais para o bem-estar emocional e psicológico.

Isso faz parte do que chamamos de Foquismo é um dos princípios que deve servir de base para que não se tenha relacionamentos mais tóxicos;

A procura de se afastar de relações tóxicas, ainda envolve se manter distante de determinados lugares, situações, conteúdos, conceitos, padrinhos;

Significado: Buscar e criar significado na vida, seja por meio de propósitos pessoais, valores, crenças ou contribuições para algo maior do que o próprio eu.

Isso se embola com o Engajamento. Se eu procuro o que me faz bem, isso me define um significado, o que temos é um Engajamento e um Significado, como ideal, que sirva o outro, maior do que eu mesmo;

Aqui entra a ideia de um Ikigai Mais Completo – consegue trabalhar no que ama, juntando paixão, vocação, missão e profissão e ainda servindo ao outro, deixando um legado mais consistente;
Realização: Estabelecer metas desafiadoras e alcançáveis, celebrar conquistas e desenvolver um senso de competência e eficácia pessoal.
Isso embola de novo. Não tem como separar realização, significado e engajamento.
Claramente, Seligman consegue ser um bom questionador da Psicologia 1.0, mas não um bom desenvolvedor da nova Psicologia 2.0.

 

 

 

Diria que Seligman é um ótimo questionador do status quo, mas não é um bom desenvolvedor da Psicologia 2.0.

Ou em outras palavras.

Seligman é um ótimo destruidor de paredes, mas não tão bom reconstrutor das mesmas.

Ao Bimodalizá-lo vamos aproveitar mais as críticas que faz à Psicologia 1.0 (Tradicional) do que as sugestões na construção da Psicologia 2.0 (Inovação Pessoal Emocional 2.0).

Vamos aproveitar seu senso de propósito de entender a demanda pela Psicologia 2.0, mas não o que ele propõe como Teorias para que isso seja atingido.

O que ele propõe dos cinco princípios é algo muito embolado.

Diz ele:

“Florescimento pelo aumento da emoção positiva, do engajamento, do sentido, dos relacionamentos positivos e da realização.”

Me desculpe, Seligman, mas isso está bem confuso.

“Os introvertidos são muito menos animados do que os extrovertidos , mas se a política pública se baseia (como verificaremos no último capítulo) em maximizar a felicidade no sentido do humor, os extrovertidos recebem uma atenção muito maior do que os introvertidos.”

Veja bem.

Não estamos aqui para saber o que se diz no mainstream, mas sugerir formas de pensar e agir que ajudem a superar o que é ruim.

A ideia de que felicidade é só bom humor é falsa, depende de como vamos definir o conceito, na Bimodais, sugerimos o BOMTRC: no qual, o bom humor, otimismo, motivação, tranquilidade, resiliência e criatividade valem para todos.

Bom Humor não é sair rindo por aí feito um maluco, é muito mais não estar chorando o tempo todo.

Diz ele:

“A satisfação com a vida avalia essencialmente o bom humor, então não lhe cabe um lugar central em nenhuma teoria que pretenda ser mais do que uma alegrologia.”

Diz TC:

“A palavra “humor” tem uma origem interessante. Deriva do latim “humor”, que originalmente se referia a líquidos corporais, especialmente aqueles considerados responsáveis pela saúde e temperamento de uma pessoa. Na medicina antiga, a teoria dos humores, atribuída principalmente aos antigos gregos como Hipócrates e Galeno, sustentava que o corpo humano era composto por quatro humores básicos: sangue, bile amarela, bile negra e fleuma. O equilíbrio ou desequilíbrio desses humores era pensado para afetar a saúde física e mental de uma pessoa, incluindo seu estado de espírito e temperamento. Com o tempo, o termo “humor” passou a ser associado não apenas aos fluidos corporais, mas também ao estado de espírito ou disposição de uma pessoa.”

Note que, apesar do mainstream, humor é uma palavra neutra, não significa bom humor, ou show de humor, ou humorista.

Humor é o estado de espírito de alguém que pode ser para cima ou para baixo, conforme o índice particular de cada um.

Uma pessoa mais introvertida pode estar de bom humor e não estar rindo para todo mundo, mas estar mais carinhosa com os que estão à sua volta.

O bom humor significa um estado de espírito positivo e o mau humor um estado de espírito negativo, que pode ser passageiro ou mais permanente.

Projetos de Felicidade Mais Fortes visam, sem dúvida, manter o Bom Humor de forma continuada.

Qualquer guia de felicidade deve incentivar o bom humor e não o mau humor ou o estado de espírito mais positivo do que negativo.

Ele diz:

“Alguns jogadores especializados em bridge jogam para melhorar, aprender, solucionar problemas e para estarem envolvidos no jogo. Quando ganham, é ótimo. Eles chamam de “ganhar bonito”. Mas quando perdem é quase tão bom quanto — desde que tenham jogado bem.”

Tipicamente, aqui temos o que chamamos de Orgulho Saudável, que foca a autoestima no Processo e o Orgulho Tóxico, que coloca a autoestima no Resultado.

No xadrez, que eu jogo muito, estou o tempo todo me preocupando:

Em me preocupar cada vez menos com a minha posição no ranking;
Aprender cada vez mais com cada partida;
Procurando transformar cada aprendizado a cada jogo em ensinamentos para minha vida.

Isso faz parte do meu Projeto de Felicidade.

Diz ele:

“As pessoas que levam uma vida realizadora estão frequentemente absorvidas no que fazem.”

Uma vida mais realizadora é aquela que eu pratico o Ikigai Mais Completo, que não é só me engajar, mas servir aos outros também, realizando algo.

Podemos ter, ou não, mais ou menos criatividade nisso tudo.

Quando temos mais criatividade, eu passo a desenvolver o Eu Criativo.

O Eu Criativo é o maior gerador de energias positivas do Sapiens.

O Eu Criativo é a área mais nobre da mente.

Se ele está bem atendido pelo Eu Organizativo e consegue gerenciar bem a Mente Primária, temos tudo para ir adiante.

Uma vida realizadora (e criativa) é aquela em que colocamos o tempo todo o Eu Criativo para atuar.

Sobre a qualidade dos relacionamentos, define uma boa métrica:

“Existe alguém em sua vida com quem você se sente suficientemente à vontade para telefonar às quatro horas da manhã a fim de falar de seus problemas? Se sua resposta for sim, você provavelmente viverá mais.”

Diria que temos vários tipos de relacionamentos e que temos que procurar que sejam os mais saudáveis que conseguimos ter.

E dentro deles, temos aquelas amizades que podemos chamar de Relações Pilar.

São aquelas que nos dão suporte não só para as pequenas coisas da vida, mas também para as grandes crises.

Assim, como elas são os nossos pilares, nós também somos os pilares dela.

Diz ele:

“O objetivo da psicologia positiva é plural e significativamente diferente: aumentar a quantidade de florescimento na vida das pessoas e no planeta.”

Diria que esse é o objetivo parecido com o da Inovação Pessoal 2.0, que eu Bimodalizaria da seguinte maneira:

O objetivo da Inovação Pessoal Emocional 2.0 é aumentar a quantidade de singularização na vida das pessoas e no planeta, o que provoca, como consequência direta, o aumento da taxa de bem estar.

Note que o Ikigai fala não de florescimento, mas de singularização para que se possa florescer.

Repito:

Paixão: O que você ama fazer (cada um tem a sua).
Vocação: O que você é bom em fazer (cada um tem a sua).
Profissão: O que você pode ser pago para fazer (colocando a vocação, que apaixona para rodar).
Missão: O que o mundo precisa que você faça (transformando tudo isso em uma missão de vida).

Diria que me sinto muito mais confortável da seguinte maneira:

Pego os questionamentos do Seligman sobre a Psicologia 1.0;
A percepção dele do momento civilizacional, que demanda projetos de felicidade e bem estar;
Algumas sugestões Metodológicas;
Mas como inspiração para um guia, principalmente a parte teórica, acho muito mais adequado nos aprofundarmos na linha do Ikigai e dos Estóicos, deixando as Teorias de Seligman na gaveta.

Aí entramos no que Seligman é forte – questionar a Psicologia 1.0:

“A maior parte das psicoterapias e muitos medicamentos são apenas cosméticos, aliviando os sintomas por um curto período de tempo, seguido de um frustrante retorno ao ponto de partida.”

Dentro os Rituais Rivotril que tenho usado e sugerido usar, ele reforça também o “Ritual Rivotril das 5 Coisas Top do dia”:

“Toda noite, ao longo da próxima semana, reserve dez minutos antes de ir dormir . Escreva três coisas que deram certo hoje e por que deram certo.”

O que o Ritual Rivotril das 5 Coisas Top do dia tem gerado em mim, já estou fazendo há 15 dias:

Destacando o que me fez bem, aumentando emoções positivas e reduzindo as negativas;
Identificando, ao longo do tempo, o que me faz bem e começando, instintivamente, a fazer mais daquilo.

Ele diz:

“A probabilidade é que daqui a seis meses você esteja menos deprimido, mais feliz e viciado nesse exercício.”

O Ritual Rivotril das 5 Coisas Top é um bom exemplo da Inovação Pessoal Emocional 2.0, pois o que temos, em geral, é falar o tempo todo de coisas ruins.

O Alarme Anti-reclamação se soma ao Ritual Rivotril das 5 Coisas Top, que vai na seguinte direção (com uma boa inspiração nos Estóicos):

Não dê atenção e muito menos reclame sobre aquilo que você não pode mudar;
Não reclame do que você pode mudar, faça algo para que resolva ou minimize o problema;
Procure criar o hábito de destacar o que tem sido bom para você e incentive os outros a falar o que foi bom para eles, espalhando a energia positiva.

Seligman, na sequência, apresenta dados da Organização Mundial da Saúde (OMS):

“A depressão é a doença mais onerosa do mundo e os tratamentos preferidos são os medicamentos e a psicoterapia.”

Não resta dúvida que o grande objetivo da Psicologia 2.0 é promover a democratização dos divãs na sociedade.

Temos aí algumas macrotendências visíveis para a Psicologia 2.0:

O uso da Inteligência Artificial;
A disseminação da prevenção, via Guias de Felicidade (ou Bem Estar, se preferirem);
A formação de profissionais de Inovação Pessoal Emocional, na área de coaching para disseminar os guias.

Nessa linha, diz Sealing:

“Imagine um tratamento — oferecendo exercícios de psicologia positiva pela internet — barato, amplamente disseminado e pelo menos tão eficaz quanto as terapias e os medicamentos.”

Ele, como bom escopeteiro, não deixa barato, procurando sair da seguinte sinuca de bico:

“Hoje, temos o domínio esmagador que duas indústrias — as empresas farmacêuticas e a corporação das psicoterapias — têm sobre o tratamento dos transtornos do humor, incluindo a depressão.”

Ele leva da seguinte forma a ideia da Psicologia 2.0 versus a 1.0:

“Cura versus alívio de sintomas.”

E pisa ainda mais fundo:

“O primeiro segredinho sujo da psiquiatria biológica e da psicologia clínica é que ambas desistiram da noção de cura. // “Todos os medicamentos podem ser classificados como de intenção curativa ou cosmética.” // “Em outras palavras, essas terapias não se autorreforçam, e , portanto , os benefícios desaparecem com o tempo.”

Como dissemos na tabela do artigo anterior, a Psicologia 1.0 aposta na dependência cliente-terapeuta e não na sua independência, via ferramentas individuais de geração do Rivotril Orgânico.

No fundo, podemos dizer que:

Um Projeto de Felicidade 2.0 pretende que cada pessoa desenvolva o seu Rivotril Orgânico para não precisar ir mais comprar na farmácia.

Para termos uma maior independência das pessoas sobre problemas emocionais, é preciso criar guias, que elas possam usar para prevenir os sintomas mais graves, antes que ocorram.

E aí vamos de boas piadas, que sempre são boas para levantar o astral:

“Por estranho que pareça, a terapia de casal geralmente consiste em ensinar os parceiros a brigar melhor.”

Diz ele:

“A psicologia positiva, no entanto, está mais interessada em como transformar um relacionamento bom em excelente.”

Ele sugere o que podemos chamar de Ritual da Empatia:

“Eis a sua tarefa para a semana: ouça atentamente cada vez que uma pessoa importante para você contar algo bom que lhe aconteceu. Pare o que estiver fazendo para responder ativa e construtivamente. Peça à pessoa para lhe contar o fato em detalhes; quanto mais tempo ele ou ela passar revivendo-o.”

Diria mais.

Incentive as pessoas ao seu redor a falar de coisas boas, quando elas não estiverem sendo faladas.

Fora isso, preste atenção no que vem de bom da outra pessoa:

“As pessoas com quem nos importamos com frequência nos contam sobre uma vitória, um triunfo , e coisas menos significativas que aconteceram com elas. O modo como respondemos pode fortalecer o relacionamento ou miná-lo.”

Lembra uma conversa que já tivemos aqui sobre jogo de tênis, como metáfora de relacionamento de McKeown.

Relembro:

“E aí entramos em um dos diamantes do livro de McKeown, que é o jogo de tênis das relações, que eu vou Bimodalizar aqui:

Respostas com a bola perto – quando a pessoa responde bem perto do que você disse e com isso temos um upgrade no papo;
Repostas com a bola longe – quando a pessoa responde distante, mas mesmo assim ainda dá para ir adiante, mas com mais esforço, sinal de que a coisa não vai tão bem;
Repostas na rede – quando a pessoa não responde ou te dá um retorno em que claramente não está escutando o que você disse antes, num sinal de “não estou gostando nada dos teus papos”.

Diz ele:

“A maioria dos traços de personalidade é altamente herdável, o que significa dizer que uma pessoa pode ter herdado geneticamente uma forte predisposição à tristeza, à ansiedade ou à religiosidade.”

Um dos grandes desafios da Inovação Pessoal Emocional 2.0 é justamente este: compreender os efeitos da genética nos diferentes perfis das pessoas na sociedade.

Cada pessoa, que sabe que herdou geneticamente determinadas características, pode lidar melhor com elas, pois terá uma base maior para se entender.

O uso da IAs no campo da Inovação Pessoal Emocional vai ajudar bastante não só a definir os perfis, mas saber como cada um deles pode lidar melhor com os desafios que tem pela frente.

Diz ele, na limitação de traços genéticos e transtornos emocionais:

“As emoções e os traços de personalidade negativos têm limites biológicos muito fortes, e o máximo que um clínico pode fazer com a abordagem cosmética é levar seus pacientes a viver na melhor parte de sua faixa definida de depressão, ansiedade ou raiva.”

Faz uma diferente abordagem entres os tratamentos da Psicologia 1.0 e a 2.0:

“Resumindo, eles removem as condições debilitantes da vida. Remover essas condições debilitantes, no entanto, não é o mesmo que construir as condições propícias da vida.”

Estamos aqui falando de:

Proatividade Preventiva (Psicologia 2.0) – diante de problemas emocionais, através de uma musculação frequente da mente, evitando que se agravem e a necessidade de tratamentos mais fundos e personalizados;
Passividade Pósventiva (Psicologia 1.0) – se manter passiva diante de problemas emocionais e só resolvê-los depois que se agravam em um divã.

Ele resume:

“Se quisermos florescer e ter bem – estar, precisamos, sim, minimizar nosso sofrimento; mas além disso precisamos ter emoção positiva, sentido, realização e relacionamentos positivos.”

E aqui temos um ponto alto do livro de Seligman, que define bem o que é a Psicologia 2.0:

“Eu cultivo rosas. Passo muito tempo limpando a vegetação rasteira e as ervas daninhas. As ervas daninhas prejudicam as rosas; são uma condição debilitante. Mas, se você quiser ter rosas, não basta roçar e arrancar as ervas daninhas. Você tem de fertilizar o solo, plantar uma boa roseira, regá-la e alimentá-la com nutrientes.”

A mensagem é simples.

Se no século passado, tivemos o boom da musculação do corpo, no século XXI teremos o boom do pilates da mente!

Seligman é muito bom para questionar e apontar as tendências futuras e não tão bom em detalhar os caminhos, do ponto de vista teórico e metodológico, para nos ajudar a chegar lá.

Continua o tiroteio:

“Os pacientes precisam ser informados de que os remédios e as terapias apenas aliviam temporariamente os sintomas e que eles devem esperar a recorrência quando o tratamento se encerrar.”

E vai além:

“Os seguidores de Freud cometeram o erro de restringir a psicanálise aos médicos, e a psicologia positiva não pretende dar cobertura para mais um grupo corporativista. Se você estiver adequadamente treinado nas técnicas de coaching, nas teorias da psicologia positiva, em avaliações fundamentadas de estados e traços positivos, nas intervenções que funcionam, e souber quando deve encaminhar um cliente a alguém com uma formação mais adequada, você será, no meu entender, um genuíno disseminador da psicologia positiva.”

E as balas continuam:

“Pesquisar o mundo real tem um odor ligeiramente fétido nos altos escalões da psicologia acadêmica.”

E atira forte na pesquisa de base, também chamada de Ciência Pura:

“A aplicação frequentemente mostra o caminho para a pesquisa de base , enquanto a pesquisa de base que não tem noção de como pode ser aplicada geralmente não passa de masturbação.”

E, então, ele denuncia uma atitude Integrante da Ciência diante da pesquisa da Psicologia 2.0 e cita nome:

“Stan Moldawsky, um dos veteranos mais convictos, pôs fim à minha iniciativa ao dizer: E se as evidências não nos beneficiarem?”

Ou seja:

Eis a definição da Ciência Instagrante: não importa muito uma ciência que resolva problemas dos outros, mas apenas aqueles que a fazem.

Neste momento, Seligman se define claramente como um Conceituador Missionário, que combate os Instagrantes e os Sobreviventes.

E aí começa a jornada para levar a Psicologia 2.0 para as escolas:

“Além disso, hoje podemos ensinar as competências do bem – estar — como ter mais emoções positivas, mais sentido, melhores relacionamentos e realizações mais positivas. As escolas, em todos os níveis, devem ensinar essas competências (…) já que a a psicologia positiva é pessoal e profissionalmente transformadora.”

Diz ele:

“A emoção positiva é muito mais do que uma sensação agradável; ela é um sinal evidente de que está havendo crescimento, de que está havendo um acúmulo de capital psicológico.”

É isso, que dizes?

Nepô é o filósofo da era digital, um mestre que nos guia em meio à complexidade da transformação digital.”Leo Almeida.

“Carlos Nepomuceno me ajuda a enxergar e mapear padrões em meio ao oceano das percepções. Ele tem uma mente extremamente organizada, o que torna os conteúdos da Bimodais assertivos e comunicativos. Ser capaz de encontrar e interrelacionar padrões é condição “sine qua non” para se adaptar aos ambientes deste novo mundo.”Fernanda Pompeu.

“Os áudios do Nepô fazem muito sentido no dia a dia. É fácil ouvir Nepô é colocar um óculos para enxergar a realidade.” – Claudio de Araújo Tiradentes.

Tenho duas sugestões para que você possa apoiar e participar do nosso projeto:

a) entrar para a escola na décima primeira imersão batizada de Felicidade 2.0. O valor é de R$ 500,00, ficando até o final de junho de 2024.

Terá com isso: áudios de 18 minutos todos os dias, acesso ao novo livro “Sapiens 2.0: como viver melhor em um mundo muito mais descentralizado, dinâmico e inovador?”, participação nas lives mensais lives.

Basta depositar no pix / cnepomu@gmail.com

b) caso esteja sem tempo para entrar para a escola, mas gosta muito do nosso projeto, peço que colabore com um PIX para mantê-lo vivo, pode depositar qualquer valor no seguinte e-mail: cnepomu@gmail.com

Quem depositar qualquer valor, poderá fazer os cursos avulsos que faremos ao longo do semestre.

Agradeço à adesão à escola ou a colaboração via PIX para o nosso projeto.

Forte abraço,

Nepô.

Com prazer informo que meu novo livro foi este mês para as livrarias. Já está à venda na Amazon: https://a.co/d/3r3rGJ0

 

 

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