Feed on
Posts
Comments

ANOTAÇÕES GERAIS DO LIVRO DO THIEL (que foram resumidas no artigo síntese):

#Peter_Thiel – mergulhando neste autor.

O que é o “de 0 para o 1” de Thiel?

  • Sempre que criamos algo novo, vamos de 0 a 1. O Google é um bom exemplo de uma empresa que foi de 0 a 1;

Quando se cria algo que já existe, o autor define com 1 ao n. Quando se fala em criar empresas novas, que entram em mercados inexistentes, está se falando de caminhar do 0 ao 1.

Ele cria conceitos como o “progresso horizontal ou extensivo” significa copiar coisas que funcionam— ir de 1 a n. Porém, por outro lado o “progresso vertical ou intensivo” significa criar coisas novas — ir de 0 a 1.

O Progresso vertical é mais difícil de imaginar porque requer fazer algo que ninguém fez antes.

Ele exemplifica:

“Se você pega uma máquina de escrever e fabrica cem, fez um progresso horizontal. Se você tem uma máquina de escrever e desenvolve um processador de texto, fez um progresso vertical.”

Ele cita o exemplo da China, que tem o plano de vinte anos se tornar os Estados Unidos de hoje praticando o Progresso Horizontal, sem criar 0 a 1.

Em sociedades estáticas, de soma zero, o sucesso significava confiscar coisas dos outros e não inventar nada.

As diferentes fases do Progresso Vertical permitiram que tivéssemos hoje “uma sociedade mais rica do que qualquer geração anterior sequer conseguiria imaginar.”

Ele define o futuro:

“Hoje nosso desafio é imaginar e criar novas tecnologias que possam tornar o século XXI mais pacífico e próspero do que o século XX.”

Ele comenta que “é mais fácil copiar um modelo que criar algo novo”, mas que quando se copia modelos, a tendência a concorrência é muito maior.

O autor fala de algo como o “Oceano Azul“, mercados novos e sem concorrentes, usando o termo “Monopólio“.

Frase que ilustra:

“As companhias aéreas ganharam apenas 37 centavos de dólar por passageiro/ viagem. Compare isso com o Google, que cria menos valor, mas capta bem mais. As empresas de aviação competem umas com as outras, mas o Google está sozinho.”

(Não gosto de algumas opções de escolha de palavras feitas pelo autor.)

O momento da criação é algo original e estranho. O ser humano tem essa capacidade de criar algo do zero, sem que houvesse nada parecido antes.

Ele diz:

“Os humanos não decidem o que construir escolhendo em algum catálogo cósmico de opções previamente apresentadas.”

Começam do zero, por isso diz que é difícil ensinar empreendedorismo, um paradoxo, pois não existe uma fórmula.

“A importância esmagadora dos lucros futuros é contraintuitiva mesmo no Vale do Silício.”

Destaca que pessoas bem- sucedidas acham valor em lugares inesperados, bem como que tecnologias nunca foram um aspecto automático da história.

Fazer pequenas mudanças em coisas já existentes pode levar a um máximo local, mas não ajudará a achar o máximo global.

O novo Ecossistema Digital e os impactos nos negócios, segundo o autor:

  • A não ser que invistam na difícil tarefa de criar coisas novas, as empresas norte- americanas fracassarão no futuro por maiores que sejam seus lucros hoje.

O autor questiona muito uma espécie de capitalismo de compadrio, sem concorrência.

Fala das enormes burocracias administrativas, tanto públicas como privadas, buscar um novo caminho. Ficam esperando por um milagre.

Desculpa o senso comum: “é difícil culpar as pessoas por dançarem conforme a música.”

Afirma que “as crenças convencionais só passam a parecer arbitrárias e erradas em retrospecto. Sempre que uma delas desaba, chamamos a crença antiga de bolha.”

Ou seja, não temos uma ferramenta para dizer que estamos errados fazendo o que todo mundo faz.

Chega a citar que nas organizações mais disfuncionais, sinalizar que o trabalho vem sendo realizado (fingir que está sendo feito) torna- se uma estratégia melhor para o progresso na carreira do que fazer realmente o trabalho.

Note que ele usa o conceito de organizações mais funcionais e outras mais disfuncionais.

Lembra que vivemos hoje num mundo onde quase tudo o que fazemos é repetir o que já foi feito.

Podemos dizer que estamos viciados no “n para 1“.

Lembra que é difícil desenvolver coisas novas em organizações grandes, pois existem hierarquias burocráticas, que avançam lentamente e interesses entrincheirados são avessos ao risco.

Reforça aqui a ideia de Thomas Kuhn (1922 – 1996) que a saída para as crises de anomalia vêm de fora do sistema e não de dentro dele.

Podemos dizer que vivemos hoje uma Anomalia Civilizacional, pois crescemos a população e ainda não havíamos criado novas mídias, que permitissem um novo ciclo inovador.

Lembra que mesmo empresas enormes podem ser maus negócios. Tamanho não é sinônimo de sucesso.

E que basicamente uma empresa é definida por sua capacidade de gerar fluxos de caixa no futuro, independente o tamanho. Para ser valiosa, uma empresa precisa crescer e perdurar, mas muitos empresários enfocam apenas o crescimento de curto prazo.

Frases soltas sobre Cases Digitais:

  • PayPal: queríamos criar uma moeda nova na internet para substituir o dólar americano;
  • Barnes & Noble, muito insatisfeita, moveu um processo três dias antes do IPO da Amazon alegando que esta estava deslealmente se denominando “livraria” quando na verdade era uma “intermediária”.
  • Milhares de desenvolvedores projetam software para dispositivos da Apple porque é aí que estão centenas de milhões de usuários, e estes permanecem na plataforma porque é aí que estão os aplicativos.
  • A biodiversidade da úmida floresta amazônica refletia o primeiro objetivo da Amazon, que era catalogar todos os livros do mundo, e agora representa todo tipo de coisa no mundo, e ponto;
  • A melhor coisa que Jobs projetou foi sua empresa. Jobs viu que você pode mudar o mundo através do planejamento cuidadoso, não ouvindo o feedback de grupos focais ou copiando os sucessos dos outros. O planejamento de longo prazo costuma ser subestimado por nosso mundo do curto prazo indefinido.

Futurismo segundo Thiel:

Thiel é adepto do “Otimismo Definido”, que você constrói o futuro que prevê.

Para um otimista definido, o futuro será melhor do que o presente se ele planejar e trabalhar para torná-lo melhor.

O Otimista Definido promove planos ousados que o o levará de 0 a 1.

Somente num futuro definido o dinheiro é um meio para um fim, não um fim em si mesmo.

É uma prática de homens fortes, que acreditam em causa e efeito acreditavam em criar sua própria sorte trabalhando duro.

Ele acredita que o pessimismo domina grande parte do mundo.

Analisa que existe também otimista indefinido, que acredita que o futuro será melhor, mas ele não sabe como exatamente, por isso não fará planos específicos.

Em vez de trabalhar durante anos para criar um produto novo, os otimistas indefinidos reformulam produtos já inventados.

Otimista Indefinidos são habituados ao progresso sem esforço.

Como o futuro pode melhorar se ninguém o planeja?

O poder do acaso e subestimar a importância do planejamento

Uma empresa com um bom plano definido sempre será subestimada em um mundo onde as pessoas veem o futuro como aleatório.

Sobre a relação homem/máquina de Peter Thiel:

Os computadores são complementos para os humanos, não substitutos.

Os ludistas estão tão preocupados com o fato de que serão substituídos que prefeririam que parássemos totalmente de desenvolver novas tecnologias.

Os negócios mais valiosos das próximas décadas serão desenvolvidos por empresários que buscam fortalecer as pessoas, não torná-las obsoletas.

Tecnologia significa complementaridade.

Homens e máquinas são bons em coisas fundamentalmente diferentes.

As pessoas têm intencionalidade — forjamos planos e tomamos decisões em situações complicadas.

Somos menos bons em compreender quantidades enormes de dados.

Os computadores são exatamente o contrário: destacam-se no processamento eficiente de dados, mas lutam para fazer julgamentos básicos que seriam simples para qualquer ser humano.

O computador indicaria as transações mais suspeitas em uma interface de usuário bem projetada, e operadores humanos fariam o julgamento final de sua legitimidade. se seres humanos e computadores juntos podiam alcançar resultados substancialmente melhores do que qualquer um deles sozinho, quais outros negócios valiosos poderiam se desenvolver com base nesse princípio básico?

Os computadores conseguem achar padrões que escapam aos humanos, mas não sabem como comparar padrões de fontes diferentes ou como interpretar comportamentos complexos.”

Uma conclusão menos sintetizada:

Ele tem uma nova interpretação para o conceito de inovação incremental e disruptiva.

A disruptiva parte do zero e vai para o 1. E a incremental vai do 1 para o n.

Talvez, o conceito 0 para 1 seja mais preciso, de algo completamente novo, seria uma definição mais específica do que estamos chamando de disrupção.

Ele diz que a invenção não tem uma fórmula, faz parte do que ele chamou de “milagre” do ser humano que consegue inventar aquilo que não existe.

Afirma que o futuro da humanidade depende agora de um ciclo de inovações de zero para um, pois não há forma de colocar todos os humanos no mesmo patamar, pois o planeta não vai aguentar.

São dicas para os empreendedores que desejam criar projetos da envergadura de um PayPal.

Fala da importância do Otimismo Definido, que é não deixar o futuro ao acaso, mas estimular que invenções disruptivas possam ser feitas.

O livro vale por:

  • Dicas para empreendedores que querem criar organizações disruptivas (zero para um);

Leave a Reply

WhatsApp chat