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O áudio do artigo.

Link encurtado: https://bit.ly/artigobimodal060921

Introdução

O presente artigo tem as seguintes hashtags:

  • #big_data o detalhamento deste conceito como uma Hashtag e não um Conceito Científico;
  • #big_data_2.0 – quando passamos do uso dos Rastros Digitais da Produção Centralizada para a Distribuída.

O texto é um Artigo Bimodal Rompedor, pois é a primeira vez que abordamos tais questões dessa maneira.

É um Artigo Bimodal Fenomenológico, pois trabalha com o detalhamento do fenômeno Digital e NÃO com o Arcabouço Conceitual que antecede esta análise ou com a Metodologia do Futurismo.

Resumo do artigo em tabela:

Vamos ao artigo:

“Acesso a ferramentas baratas e flexíveis remove a maioria das barreiras para tentar coisas novas.” – Shirky.

Antes de tudo, é bom separar conceitos mais científicos dos mais propagandísticos, que podemos chamar de “hashtags“.

Hashtags, um termo bem recente criado no Digital, objetivam orientar diálogos, que são feitos em um determinado tempo e lugar.

Transformação Digital” é um bom exemplo de Hashtag bem difundida, mas que, ERRADAMENTE, está sendo utilizada como um conceito.

Transformação Digital” é uma Hashtag, que significa: ações necessárias de Organizações Tradicionais para promover a adaptação do Mundo Analógico ao Digital.

Do ponto de vista conceitual, as Hashtags ajudam a definir que tipo de assunto vamos tratar e, só então, iniciar o estudo, através de conceitos mais consistentes.

Hashtags são como uma “plaqueta na porta” para informar aos “passantes” que tipo de conversa está ocorrendo lá dentro.

Hashtags NÃO podem criar Narrativas Científicas, pois não foram criadas para a compreensão, apenas para chamar a atenção sobre determinado diálogo.

Hashtags, assim, NÃO são conceitos científicos, são mais ferramentas indicadoras de conversas, mais ligadas ao marketing e a propaganda.

Vivemos hoje, como abordamos, entre outros assuntos, neste artigo, uma Crise Civilizacional Pré-Digital, que reduz bastante a nossa capacidade de pensar de forma mais eficaz.

Hoje em dia nossa capacidade de reflexão está bem prejudicada devido ao Ambiente Informacional mais Centralizado das últimas décadas.

Mídias Concentradas aumentam a padronização do pensamento e isso gera uma dificuldade maior de se pensar com mais eficácia.

Um dos sintomas principais de qualquer Crise de Pensamento, como a atual,  é uma alta Taxa de Incapacidade de refletir como refletimos.

Nunca Crise de Pensamento é natural:

  • a confusão entre fatos e propaganda;
  • entre conceitos e Hashtags;
  • e uma enorme redução da Taxa de Reflexões Epistemológicas.

Estamos deixando de lado, ao tentar refletir sobre o Digital, um extenso Aparato Conceitual Epistemológico, construído ao longo de séculos.

O Aparato Conceitual Epistemológico tem o mérito de nos ajudar a organizar melhor o pensamento.

Podemos dizer que pensar hoje em dia que:

A Epistemologia é a bússola para que não nos percamos no oceano de fatos desconhecidos.

Uma das principais atividades do Futurista é a de organizar os diferentes sistemas de pensamento e depois, a partir deles, Narrativas e Conceitos para poder Futurar melhor.

Sim.

É da qualidade do Ferramental Conceitual de um Futurista, que podemos aferir a sua excelência.

“Big Data”, para nós, portanto, é uma Hashtag, que  significa: vamos conversar sobre a melhor forma de lidar com o evidente aumento exponencial de dados na sociedade?

Nada além disso: um espaço para conversar sobre as melhores ações sobre um determinado fenômeno.

Sim, é inegável que tivemos com a chegada do Digital, uma exponencial elevação na produção de dados e informações, o que demanda um enorme esforço de processamento.

O Sapiens, depois do Digital, saiu de um Ambiente Informacional com alta Taxa de Escassez para um de alta Taxa de Abundância.

Hoje, o diferencial competitivo para profissionais e organizações deixou de:

  • estar na obtenção de dados e informações;
  • e passou a ser também o de analisar o que vem sendo produzido aos borbotões.

Saímos da Escassez Informacional para uma exponencial Abundância num piscar de olhos.

Falamos aqui neste artigo sobre o surgimento dos Rastros Digitais – uma das principais novidades da Internet – que geram dados voluntários e involuntários, bastando que o Sapiens ligue um aparelho digital.

Basta ligar um aparelho digital que já está gerando dados, mesmo que o aparelho fique em cima da mesa da sala.

Os aplicativos do celular, por exemplo, informam aos respectivos bancos de dados, onde você está e até mesmo, em alguns casos, o que você está falando perto dele.

Quando se começa a utilizar um aparelho digital, passa-se a se ter uma contínua produção de Rastros Digitais Involuntários e Voluntários.

Os Rastros Digitais permitem:

  • conhecer cada vez mais a fundo a demanda de cada usuário;
  • aprimorar produtos e serviços;
  • viabilizar ofertas cada vez mais personalizadas;
  • e reduz, de forma exponencial, o custo do levantamento de dados, cada vez mais precisos, dos hábitos dos clientes.

O problema hoje, assim, não é mais saber o que o usuário quer, mas como atender, de forma cada vez mais personalizada, os seus desejos.

Com esse manancial de dados disponíveis, as Plataformas Digitais de todos os tipos passaram a poder personalizar mais e mais produtos e serviços.

O Ambiente Informacional de Abundância, e por sua vez, de personalização, viabilizado pelos Rastros Digitais, teve como consequência uma gradual alteração da Subjetividade da Sobrevivência.

Subjetividade da Sobrevivência pode ser definida como as alterações subjetivas que os Ambientes de Sobrevivência Humanos, sempre mutantes, promovem no Sapiens, de forma involuntária e invisível.

A subjetividade é algo que todos temos e são influenciadas pelo Ambiente de Sobrevivência, que vai se alterando.

O Ambiente Digital, com a profusão da personalização de produtos e serviços, está reduzindo as Taxas de Padronização Objetiva e Subjetiva e aumentando as Taxas da Personalização Objetiva e Subjetiva. 

As pessoas estão, tanto do ponto de vista objetivo, quanto subjetivo, se acostumando a viver em um mundo, mesmo que superpovoado, mais e mais com um aumento crescente da Taxa da Individualização.

O processo de Individualização não é, na maior parte das vezes, consciente. É algo que ocorre na relação de cada pessoa com o novo Ambiente de Sobrevivência Digital.

Quanto mais se vai fundo no Mundo Digital, consciente e inconscientemente, mais a pessoa está se individualizando.

Exemplo?

Imagine uma casa, com uma família de quatro pessoas (pais e dois filhos) antes da Internet, na qual toda a família se reunia na sala para assistir ao Jornal Nacional. Eram todos os membros da família, assistindo a apenas um canal de informações.

Imagine agora a mesma casa, com também uma família de quatro pessoas (pais e dois filhos) agora com a Internet, na qual cada membro da família está com um celular ligado.

Cada um dos membros daquela família está se informando em um aplicativo diferente, a partir dos seus critérios definidos pelo Rastros Voluntários e Involuntários.

O que temos nesse exemplo simples é de que há um forte incentivo para o aumento da Taxa de Individualidade de cada membro da família, que está, cada vez mais, aprofundando as suas particularidades inatas.

A Taxa de Individualidade é, assim, a medição objetiva e subjetiva de quanto o Sapiens está podendo desenvolver as suas particularidades inatas.

Há uma mudança radical nos hábitos de todos os tipos de consumo de cada Sapiens, que, cada vez mais, tenderá a querer mais e mais personalização.

Quanto mais a sociedade for criando condições para que a personalização possa ser vivida de forma objetiva, mais ela subjetivamente vai se expandir.

A demanda por cada vez mais personalização é um resultado objetivo e subjetivo do novo Ambiente de Sobrevivência, que vai, aos poucos, levando as pessoas a querer mais e mais individualização.

Podemos dizer que a Internet está promovendo, de forma gradual – e muitas vezes imperceptível – um processo de Personalização em Larga Escala.

Estamos saindo de uma baixa Taxa de Personalização para uma alta.

Organizações Tradicionais têm procurado atender a este novo cliente mais personalizado, através do processamento, cada vez maior, dos Rastros Digitais.

A partir das Demandas Personalizadas dos clientes, Organizações Tradicionais têm tentando diversificar, ao máximo, a sua Produção Mais Centralizada na Gestão.

A Produção Mais Centralizada na Gestão é aquela que a organização se responsabiliza pela qualidade de todos os produtos e serviços que estão sendo levados para o mercado.

O Big Data 1.0 é feito, assim, dentro da Gestão, na qual temos a Produção Mais Centralizada, quando uma determinada empresa controla diretamente ou mesmo indiretamente, via franquias, sua produção.

Podemos, assim, definir a Hashtag, Big Data 1.0 como o espaço de diálogo sobre o melhor uso que Organizações Gestoras passam a fazer dos Rastros Digitais.

Produção Mais Centralizada é uma característica da Gestão se comparada com a Curadoria, que tem um novo Modelo Administrativo, que permite uma maior taxa de produção individualizada.

O Big Data 2.0entretanto, é diferente.

Big Data 2.0 é o espaço de diálogo sobre o uso que Organizações Curadoras passam a fazer dos Rastros Digitais.

Organizações Curadoras são aquelas que organizam fornecedores de todos os tipos, mas que não mais se responsabilizam diretamente pelos produtos e serviços, que passam a ser transferidos para os fornecedores-parceiros. E, com isso, conseguem uma maior taxa de produção individualizada.

O Uber, por exemplo, é uma Organização Curadora.

O Uber não é responsável direto pela qualidade dos respectivos serviços, que levam a sua marca. É o motorista – um parceiro – que é permanentemente avaliado. O motorista uberizado não é um funcionário interno como no passado.

Se o motorista tiver um problema com um passageiro, não é o Uber que cometeu um erro, mas o motorista. Esta é a nova lógica de uma Organização Curadora.

A Produção de Serviços e Produtos Mais Descentralizados é a marca das Organizações Curadoras, que permite uma maior Taxa de Personalização.

Parece lógico, que se há uma descentralização de fornecedores, há mais chance de que haja um atendimento mais personalizado, pois é menos gente atendendo a menos gente, num processo de divisão da complexidade do atendimento.

Quanto mais fornecedores estiverem ativos em uma Organização Curadora, mais este Ambiente de Sobrevivência Curador conseguirá personalizar seus produtos e serviços.

Quando comparamos os dois Modelos de Produção de Serviços e Produtos, entre Organizações Gestoras e Curadoras, observamos que o uso dos Rastros Digitais é distinto:

  • no diálogo sobre o Big Data 1.0, por ter a produção mais centralizada, com poucos produtores, as Organizações Gestoras têm um determinado limite para personalizar produtos e serviços, a partir dos Rastros Digitais. E neste momento passamos a ter um problema de Escala da Personalização;
  • no diálogo sobre o Big Data 2.0, por ter a produção mais descentralizada, com muito mais produtores, as Organizações Curadoras quebram os antigos limites na capacidade de personalizar produtos e serviços. E neste momento passamos a ter maior Escala da Personalização.

Por que podemos dizer, a partir disso, que “as organizações tradicionais tendem a desaparecer?”.

Cada vez mais, com a vida de cada Sapiens estando cada vez mais imersa no Mundo Digital, as pessoas vão mais e mais aumentar a sua Taxa de Individualidade, muitas vezes de forma involuntária e invisível.

O aumento da Taxa de Individualização é um processo inevitável num Ambiente de Sobrevivência cada vez mais descentralizado.

O aumento da Taxa de Personalização Digital vai ocorrendo sem que as pessoas se deem conta disso.

Estamos vivendo, portanto, um exponencial aumento da Taxa de Individualização, algo que era impossível dentro de um Patamar Demográfico de oito bilhões de Sapiens. 

Assim, as pessoas, vão – cada vez mais naturalmente – demandar mais e mais personalização e só será possível atender a estas demandas, através da Curadoria, com a sua profusão de fornecedores.

Organizações Gestoras vão se tornando, gradualmente, obsoletas, pois estão esbarrando num aumento radical, gradual e constante, da personalização, que elas não são e nem serão capazes de atender.

Os usuários tenderão mais e mais a procurar produtos, serviços e atendimentos personalizados e isso NÃO será possível ser ofertado pela Gestão.

A Gestão cumpriu o seu papel, mas agora tem deixado, lentamente, de ser uma Zona de Atração e passando gradualmente a Neutra e, em vários casos, de Abandono.

Gradualmente, em função da explosão da personalização dos clientes, mais e mais as Organizações Gestoras darão lugar às Curadoras.

É a demanda exponencial da Personalização em Larga Escala que vai guiar as ofertas das organizações que estarão nas Zonas de Atração do futuro.

Nesta direção, podemos dizer que teremos dois cenários mais adiante:

  • O diálogo sobre o Big Data 2.1 – a Curadoria em Plataformas Centralizadas (Uberização);
  • O diálogo sobre o Big Data 2.2 – a Curadoria das Plataformas Descentralizadas (Blockchenização).

Isso, entretanto, é assunto para um outro artigo.

É isso que dizes?

Colaborou o Bimodal: Rodrigo Palhano.

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Os parágrafos que estão deslocados foram selecionados como as melhores frases do mês ou as definições conceituais mais relevantes, que são enviadas regularmente para os Bimodais e incluídas no Mapa Mental dos Bimodais para consulta permanente.

O presente artigo se encaixa nos seguintes tópicos no ROTEIRO/MAPA MENTAL BIMODAL:

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