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O áudio do artigo.

Link encurtado: https://bit.ly/artigobimodal090821

Introdução

O presente artigo procura refletir sobre algumas percepções, que circulam no Senso Comum:

  • Há uma estreita relação entre mudanças e conceitos – de maneira geral, as pessoas têm a ilusão de que a mudança e a inovação NÃO passam pelo questionamento de conceitos e Narrativas Conceituais;
  • Há uma fantasia que mudar é apenas começar a fazer coisas diferentes – não é assim que funciona. O processo de mudança começa justamente na forma de pensar;
  • Há uma fantasia de que posso modificar um conceito, mas os outros não serão atingidos – todos os nossos conceitos formam uma espécie de cadeia encadeada, ao se modificar um, acaba se criando uma reação em cadeia da modificação dos outros;
  •  Se a pessoa não muda a forma de falar, não mudará a forma de agir – quando passamos a nos preocupar com a nossa forma de pensar NECESSARIAMENTE é preciso nos preocupar com a forma que falamos. Quando não nos preocupamos com esse tipo de coisa, dificilmente mudaremos.

É, assim, bom chamar a atenção de que:

Mudanças passam necessariamente pelo processo em que a pessoa que quer mudar assume a sua Bolha Informacional e passa a utilizar novos conceitos na sua fala. Da fala, se passa para as mudanças operacionais.

Por fim, é preciso dizer que o presente texto é um Artigo Bimodal Rompedor, pois é a primeira vez que abordamos tais questões dessa maneira.

Vamos ao Artigo.

“Existem escolas batizadas em homenagem a pessoas que abandonaram a escola.”Taleb.

Vimos neste artigo “Bolha Informacional: se você não conhece a sua, não vai mudar nunca!” que:

Todos os Sapiens vivem na sua Personal Bolha.

Bolhas Informacionais são formadas por conceitos e valores.

Valores são mais estruturais – uma espécie de gaveta – nas quais guardamos os conceitos.

Quando refletimos sobre conceitos, querendo, ou não, acabamos esbarrando nos valores.

O somatório de valores e conceitos é o que podemos chamar de Narrativas Conceituais.

As Bolhas Informacionais, assim, são compostas por Narrativas Individuais, que organizam valores e conceitos organizados de uma determinada maneira que podem ser identificadas pela forma como falamos.

Me mostre como você fala e te direi quem és.

O uso de determinados conceitos, portanto, expressam nossos valores e dão algum tipo de coerência daquilo que chamamos “nossa forma de pensar e agir“.

Somos aquilo que conseguimos conceituar e falar.

Podemos dizer que conceitos são “tijolos“. A Narrativa Conceitual é o “muro“. E os valores o “cimento”, que vai unindo tudo na nossa Bolha Informacional.

Quando estou em sala de aula, a minha estratégia de mudar a forma como os alunos pensam é justamente deixando-os falar, analisando o discurso e questionando os Conceitos do Senso Comum.

Aqueles Conceitos que eu, a partir da minha Narrativa Conceitual, considero que devem ser questionados.

Uma sala de aula, assim, serve exatamente para isso: fazer com o que o aluno enxergue a sua Bolha Informacional para que possa escolher, através da reflexão, uma nova e mais eficaz.

Ninguém, assim, sai da Personal Bolha, as pessoas olham e escolhem uma Personal Bolha melhor.

 A estratégia de um Mudancista de Excelência é justamente provocar um questionamento na Narrativa Conceitual de seus clientes.

E tudo isso começa no questionamento da forma com o Cliente do Mudancista (a pessoa que quer ou já está em processo de mudança) fala.

Ao se questionar determinado conceito, que está dentro de uma Narrativa, estamos provocando o início de uma revisão da própria Bolha Informacional.

Assim, todo o processo de mudança passa NECESSARIAMENTE pelo questionamento dos conceitos, que são falados por cada pessoa.

Ao se questionar um conceito e apresentar um mais adequado, se inicia um processo de revisão da Narrativa Conceitual do cliente.

Ao terem seus conceitos questionados, é comum em sala de aula os alunos me dizerem: “nunca parei para pensar nisso”.

O aluno está me dizendo:

“Nunca parei para questionar este conceito dentro da minha narrativa”.

Em geral, não paramos para pensar nos conceitos. Temos um péssimo hábito de não parar para pensar em como pensamos.

Parar para pensar em como pensamos é ter um cuidado especial nos conceitos que escolhemos.

Conceitos têm que ser precisos, não deixar margem de dúvida e se aproximar, o máximo possível, dos fatos.

Conceitos Saudáveis são aqueles que geram a mentor Taxa de Confusão possível, são facilmente entendidos, sem se distanciar dos fatos.

Porém, qualquer conceito quando questionado dentro de uma determinada narrativa acaba por provocar modificações em outros, pois todos são encadeados.

Nenhum conceito dentro de uma Bolha Informacional está isolado sem que tenha conexão com os demais.

Narrativas Conceituais são repositório vivo de conceitos encadeados, que visam criar uma lógica de pensamento e ação.

Todos conceitos formam uma cadeia, que, ao se questionar um, se inicia um processo de questionar boa parte deles.

Assim, de maneira geral, quando o Cliente do Mudancista  inicia a jornada para o questionamento de um conceito/tijolo, na verdade, muitas vezes, se inicia o processo de revisão da narrativa/muro.

Conceito -> tijolo
Narrativa -> muro

Mais ainda.

O processo de mudança ocorre quando o Cliente do Mudancista segue um determinado roteiro:

  1. ter consciência de que ele tem uma Bolha Informacional sobre a qual ele muitas vezes NÃO tem consciência;
  2. que boa parte da sua Narrativa Conceitual foi aceita, muitas vezes, sem ser questionada;
  3. que ele pode e deve ter a prática constante de alterar conceitos dentro da Narrativa Conceitual da sua Bolha Informacional;
  4. que ele pode optar por conceitos mais adequados que poderá levá-lo a tomar decisões melhores.

Assim, todo o processo de mudança de um Cliente de um Mudancista passa NECESSARIAMENTE pelo questionamento dos conceitos do senso comum e sugestão de novos mais adequados.

O que se está fazendo num Processo de Mutação de alguém é justamente, antes de se promover Mudanças Operacionais, estimular Mudanças Conceituais.

Ninguém muda a forma de agir, se não mudar a forma de pensar.

E ninguém muda a forma de pensar se não começar a falar de forma diferente.

O que um Mudancista tem que fazer é utilizar novos conceitos para fazer um contraponto à Narrativa Conceitual de seus clientes.

Ao ter contato com novos conceitos, se inicia o Processo de Mutação. O Candidato à Mutação deve ser estimulado a falar de outra maneira, adotando os conceitos mais adequados, o que o fará entrar em um processo de revisão da sua forma de pensar e agir.

Toda vez que um Candidato à Mutação procura novos conceitos na hora de falar, vai lembrar que está revendo a sua forma de pensar e, isso ajuda na modificação do modo de agir.

Quando um Cliente do Mudancista, depois de algum tempo, volta a falar do mesmo jeito do que falava antes é sintoma de que não incorporou o Processo de Mutação.

A consolidação do processo de mudança é justamente quando ele – depois de algum tempo – passa a falar de forma distinta, o que acaba o levando a agir de forma diferente.

Quem usa determinados conceitos na sua Narrativa Conceitual, acabará agindo da mesma maneira.

Somos aquilo que pensamos e falamos.

Só se pode aferir que houve, de fato, uma mudança se o Candidato à Mutação deixa de usar os antigos conceitos e passa, gradualmente, a se utilizar dos que ela considerou os mais adequados.

Da mudança de Conceitos, passamos para a revisão da Narrativa Conceitual e desta para a alteração das opiniões e dos hábitos.

Revisão de Conceitos -> Da Narrativa -> da forma de pensar e agir.

O exercício diário de cada pessoa, a se esforçar para passar a usar um novo conceito, vai garantindo o processo de mudança.

Quando as pessoas pouco ligam para os conceitos que está usando, ela simplesmente NÃO ESTÁ NUM PROCESSO DE MUDANÇA!!!

A Hashtag “Sair da Caixa”, assim, é:

  • olhar para a sua própria Bolha Informacional;
  • revisar os conceitos inadequados;
  • passar a usar os novos conceitos;
  • e, ao mesmo tempo, agir de forma diferente.

Olhar e revisar a própria Bolha Informacional é o processo gradual de redução do Zecapagodismo Conceitual.

A redução do Zecapagodismo Conceitual ajuda a decidir melhor e vice-versa.

É isso, que dizes?

Colaboraram com o artigo os seguintes Bimodais: Rodrigo Palhano.

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GRIFOS EM NEGRITO E VERMELHO: DESCRIÇÃO DE NOVOS E ANTIGOS CONCEITOS BIMODAIS. 

GRIFOS EM NEGRITO E VERDE: NEOLOGISMOS BIMODAIS PARA MELHORAR A NARRATIVA

GRIFOS EM NEGRITO E MARROM: HASHTAGS BIMODAIS PARA ORGANIZAR A NARRATIVA.

PALAVRAS EM CAIXA ALTA E NEGRITO: CHAMANDO A ATENÇÃO DO LEITOR PARA ALGO ESPECÍFICO, DO TIPO OBRIGATORIAMENTE.

Os parágrafos que estão deslocados foram selecionados como as melhores frases do mês ou as definições conceituais mais relevantes, que são enviadas regularmente para os Bimodais e incluídas no Mapa Mental dos Bimodais para consulta permanente.

 

O presente artigo se encaixa nos seguintes tópicos no ROTEIRO/MAPA MENTAL BIMODAL:

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