Uma escola de pensamento é criada por um ou dois filósofos que têm uma visão diferenciada sobre determinado fenômeno e inaugura uma nova linha de análise.
É o que Imre Lakatos (1922-74) chamou de “núcleo duro”.
Qualquer estudo de qualquer fenômeno é feito de encruzilhadas filosóficas e as Escolas de Pensamento fazem as suas escolhas.
Nós da Bimodais somos herdeiros da Escola de Toronto, cujo núcleo duro é o seguinte:
Tecnologias quando são criadas mudam o ser humano e a sociedade. E quando as mídias chegam temos novas civilizações.
Tudo o que vem depois das nossas análises parte destas premissas, que é uma maneira de ver o mundo disruptivamente diferente das outras escolas que estudam a sociedade humana.
Marshall McLuhan (1911-80) fez uma opção que, se levada à risca, faz com que descartemos boa parte dos pensadores das ciências da sociedade humana.
Temos, entretanto, o contato com diversos autores que têm análise sobre a sociedade, mas que, agora, precisam ser “reconceituados”.
Precisamos colocar o que é interessante do que eles disseram diante das novas premissas.
É o caso de vários autores que captamos parte do que disseram e vamos incorporando à nossa narrativa, tal como Thomas Kuhn (1922 – 96).
Porém, o trabalho do metafuturista, meu caso, e de vários membros da escola é analisar como aquele autor melhora nossa capacidade de análise.
Integralmente, parcialmente ou em nenhum momento?
Em que parte especificamente?
Assim, vamos enriquecendo nosso repertório, mas sem perder contato com o nosso Núcleo Duro, que é a pedra fundamental da nossa análise.
Não é um desafio fácil, mas é o que nos estimula e nos faz sermos hoje o melhor grupo futurista do Brasil.
É isso, que dizes?