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Não há possibilidade de se pensar melhor sem o que podemos chamar “estabilidade emocional”.

E aí vamos esbarrar em dois conceitos de estabilidade:

  • A mais comum – estabilidade = solidez;
  • A mais eficaz – estabilidade = equilíbrio.

Note que a estabilidade sólida é aquela que não prevê forças em disputa. É uma estabilidade inflexível, na qual há uma força única dominando o ambiente.

A estabilidade equilibrada, não.

Equilíbrio – condição em que as forças que sobre ele atuam se compensam, anulando-se mutuamente.

Assim, podemos dizer que estabilidade emocional é estabilidade equilibrada. Ou a procura do melhor equilíbrio possível.

Mas que forças podemos dizer que precisam de equilíbrio?

Diria que temos duas:

  • A criança traumatizada – pois socializar é, mais ou menos, um processo traumático para poder viver socialmente;
  • E o adulto possível – aquele que inventamos, sem muito refletir, para poder sobreviver.

Há, assim, uma relação fortemente emocional entre a criança traumatizada e o adulto possível, que podemos chamar de Equilíbrio Emocional Sólido, não refletido, inflexível.

Ou se quiserem de Equilíbrio Insano.

O Equilíbrio Insano é o principal fator principal para a geração de dogmatismos.

O Equilíbrio Insano tem dificuldade de aceitar mudanças, pois afeta o insustentável equilíbrio emocional da pessoa.

Diria, assim, que o Equilíbrio Emocional é a capacidade que temos de entender nossos traumas infantis e suas consequências com a criação não do que vou chamar de Adulto Criativo.

O Adulto Criativo é aquela pessoa que consegue o equilíbrio entre os traumas infantis e o Adulto Fake, criado muito mais para se defender do que para criar.

O Adulto Criativo tem um bom diagnóstico do que os traumas infantis geraram de padrões automáticos.

E consegue superá-los analisando problemas com menos intoxicação dos seus fantasmas herdados.

Quanto mais a pessoa consegue trabalhar o seu Adulto Criativo, mais chance tem de pensar com mais eficácia e vice-versa.

É isso, que dizes?

Este artigo faz parte do projeto da Bimodais: “Vamos Pensar Melhor?”.

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