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Estou lendo o livro do John Rifkin Imagine Lennon.

A tese dele é de que o sistema capitalista vai acabar para um sistema muito mais colaborativo.

É uma tese ousada, vende livro, palestra.

Algo assim você espera que seja bem defendida com argumentos sólidos, certo?

Não é isso que se vê.

Na página em que o autor tem iniciar a defesa da Sociedade Colaborativa de Custo Zero, ele diz que “economistas” afirmam que vai haver uma sociedade do bem estar.

Como é?

Sim, Economistas no plural acreditam, como se só houvesse um tipo de economista no mercado, que todos pensam igual e que a tese já é consenso por 100% deles.

Ou seja, toda a defesa de uma tese tão ousada é baseada em “economistas”, sem nenhum pé de página.

E aí vamos para conceitos, do tipo.

Mercado vão acabar.

No fundo, a tese dele é de que Mercados com Trocas Comerciais vão dar lugar a Mercados sem Trocas Comerciais.

Rifkin ainda não viu nada parecido, mas acredita que tudo vai caminhar nessa direção e vê no marketing que hoje é feito – eu te dou algo para poder te vender depois, como o primeiro passo para a tese dele.

Podemos classificar os equívocos (ainda só estou no início do livro) como:

  • falta de comprovação empírica do que ele sugere para frente, algo que existe hoje vai mudar muito para chegar no que ele acha que vai chegar;
  • falta de defesa consistente teórica, pois vai precisar se aprofundar muito na economia para explicar em detalhes do Custo Marginal Zero e o fim do sistema capitalista.

Um livro que defende alto tão bombástico precisa ter as duas defesas muito consistentes para que seja levado a sério.

Não parece que será.

É isso, que dizes?

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