Qualquer ser humano pode pensar qualquer coisa.
Porém, há limites.
– De tempo, da capacidade do cérebro, das influências, valores e aprendizados recebidos.
– Das tecnologias de conhecimento disponÃveis.
– Dos traumas emocionais.
– Da necessidade de sobrevivência.
Assim, há liberdade, porém, limitada por vários fatores.
Mais.
Se falamos em pensamento cientÃfico temos ainda o limite dos problemas e diversas variantes conceituais e operacionais para lidar com eles.
O conceito “livre pensador”, assim, pode ser enganoso e não permitir enxergar uma série de limites.
O conceito mais adequado, assim, a meu ver, seria: pensadores ousados, pensadores inovadores, pensadores disruptivos, inquietos, que não aceitam os limites impostos.
E rompem, mas nunca 100% free.
O pensar sempre será algo feito dentro de determinados limites, que podem ser rompidos e se chegar a novos, principalmente se houver consciência dos mesmos.
É sempre uma liberdade parcial, que pode ser rompida, para novos limites.
Assim, a ideia “pensar fora da caixa”, que induz o momento em que está totalmente fora é falso.
Ao sair da caixa, se opta, de forma reflexiva, ou não, para outra caixa.
E desta para outra.
O que existe é o eterno processo de revisão das caixas, o que caracterizaria uma mente inquieta, inovadora, insatisfeita.
Porém, nunca totalmente livre de alguma caixa.
Em resumo, não há pensadores livres, apenas inquietos.
É isso, que dizes?