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A palavra que vem é desamparo.

Desamparo – estado daquilo que se encontra privado de ajuda.

O mercado vive hoje um enorme desamparo conceitual.

Temos futuro que era mais ou menos certo e passou a incerto. E isso deu nó na cabeça dos estrategistas de plantão.

Vivemos o que Thomas Kuhn chamou de Anomalia Conceitual.

Anomalia – estado de anormalidade, irregularidade.

São mudanças que precisam ser entendida, explicadas para que se possa decidir sobre o futuro.

O padrão do mercado sempre foi de pensar pouco e agir rápido, pois o futuro era certo e não incerto.

O planejamento estratégico que todos estão acostumados é feito para mudanças conjunturais e não estruturais, como agora.

Mudanças estruturais implicam que há mudanças nas “placas tectônicas” dos paradigmas.

Mudanças de paradigmas exigem conceitos mais abstratos, o que não é muito a praia dos estrategistas de plantão.

Temos demanda, entretanto, por alterações das bases conceituais do que podemos chamar de “fazer negócios”.

Não estamos mudando tecnologias apenas, mas a forma como solucionamos os problemas dos consumidores.

Há em curso a maior mudança do modelo de comando e controle já vista na jornada do sapiens.

Os novos negócios uberizados (por causa disso exponenciais) não têm gerentes, controle de acervo ou de qualidade ou carteira assinada.

É preciso um upgrade URGENTE na Mentalidade Competitiva!

O Amparo Conceitual não tem ocorrido, pois as referências conceituais das organizações também estão perdidas!

O Desamparo do Mercado vem da incapacidade daqueles que normalmente ajudam, a saber:

  • as universidades no alto da sua torre de marfim, enredados em burocracia e no seu próprio umbigo;
  • os pensadores americanos com dificuldade de proceder as revisões filosóficas e históricas – o que não é a praia deles;
  • as grandes consultorias de negócio querendo vender rápido aquilo que o cliente quer e não o que deveria comprar, num populismo tóxico;
  • por fim, as organizações tradicionais tontas e com medo, querendo comprar qualquer coisa, que as mantenha calmas.

É a chamada Inovação Rivotril – inovar pode, não pode é mudar nada!

Diria que vivemos um Mega Desamparo Conceitual.

Quando mais precisamos de pensadores, que possam ajudar o mercado, mais temos palestrantes passando vídeos de passarinho.

O esforço da Escola Bimodal vai na outra direção.

Nosso objetivo é ser um espaço de produção conceitual, que possa estar entre os dois pólos: a ciência e os negócios.

A Escola Bimodal pretender ser área de desintoxicação dos conceitos populistas do mercado, que promete tudo ao cliente, mas não entrega nada.

Pretendemos oferecer ao mercado aquilo que acreditamos que ele deve comprar e não aquilo que ele acha que deve comprar.

Não se pode mudar um diagnóstico, só por que o paciente não gostou dele!

Apostamos que há um caminho difícil, mas necessário, que os administradores devem percorrer para que possam competir nesse novo mundo.

Temos disseminado nossos conceitos sem pressa e vamos, aos poucos, ocupando os espaços – acreditamos que os fatos estão a nosso favor.

A história mostra que os fatos são apaixonados por boas teorias.

É o que acreditamos.

É isso, que dizes?

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