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Futurismo é a atividade de construir cenários para que pessoas e organizações possam decidir no hoje sobre o amanhã.

Temos uma grande demanda por Futuristas, pois saímos depois da chegada da Era Digital de um Futuro Certo para um Incerto, no qual não se sabe bem qual é a nova lógica.

O grande desafio, aliás, dos Futuristas de plantão é justamente a compreensão da lógica pós-digital.

Podemos dizer que o mercado pratica o que podemos chamar de Futurismo amador, pois é totalmente baseado em emoções com baixa reflexão – desprezando pensadores relevantes do passado.

O primeiro passo, portanto, para sair do amadorismo é se nutrir das ideias e pensamentos dos epistemólogos do século passado, que vão dar um upgrade na mente futurista da rapaziada.

Epistemologia – reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano.

O que podemos aprender é o seguinte, principalmente com Thomas Kuhn ( 1922-96) e Imre Lakatos (1922-74):

  • o ser humano vive dentro de paradigmas/caixas, que duram um determinado tempo, até que gênios, fenômenos ou novas tecnologias os tornem obsoletos, precisando ser revistos no seu núcleo duro;
  • que nos momentos que os paradigmas/caixas são válidos (acertam os diagnósticos e prognósticos), temos um tipo de desenvolvimento normal do conhecimento e quando entram em crise (anomalia), passamos a uma fase extraordinária, na qual é preciso rever o núcleo duro;
  • que é preciso criatividade para revisar o núcleo duro para criar novos paradigmas mais coerentes com os novos fatos;
  • que os paradigmas/caixas são revistos normalmente por pessoas de fora do sistema com forte resistência de quem ainda acredita nos paradigmas antigos;
  • E, por fim, que os paradigmas/caixas nos trazem principalmente um grande problema psicológico de quem não consegue descartá-los.

Se formos aplicar estas ideias ao Futurismo, iremos perceber que a tendência dos futuristas amadores é desconhecer os conceitos da epistemologia.

E, por causa disso, não procurar rever as bases teóricas e filosóficas do atual paradigma/caixa para analisar os fatos.

Querem analisar, assim, o futuro baseado nos mesmos paradigmas/caixas obsoletos que utilizávamos antes.

Se projeta o futuro, mas sem rever as bases filosóficas e teóricas, que precisam ser alteradas.

O Futurista Profissional, necessariamente, tem que ter uma boa formação em epistemologia para compreender:

  • quais são os equívocos dos atuais paradigmas/caixas que precisam de ajuste;
  • quais são os novos paradigmas/caixas (geralmente criados por pensadores mais criativos), que podemo fazer o ajuste necessários;
  • E começar as projeções dentro de novos paradigmas/caixas e não dos antigos.

Toda a tentativa de prognosticar o futuro – com os mesmos paradigmas do passado é simplesmente querer caçar leão com um estilingue.

É isso, que dizes?

O tema do Futurismo é amplamente debatido no módulo Master 05 na Escola Bimodal:

Veja o depoimento dos nossos alunos:

http://bit.ly/31VCIAq

Ouça o depoimento de um deles:

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