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O Sapiens, como qualquer espécie, precisa consumir para sobreviver.

Outras espécies, entretanto, consomem direto na natureza e nós criamos ambiente cultural para isso.

Conforme fomos gradualmente aumentando a população, tivemos que criar organizações intermediárias para prover produtos e serviços.

Existe, assim, o que podemos chamar de Consumo cada vez mais Intermediado e, por sua vez, taxa de “Qualidade de Consumo“.

  • Quanto MAIS o cidadão tiver poder de escolha, maior será a qualidade de consumo, pois menos as organizações de plantão vão impor produtos e serviços aos consumidores.

E vice-versa.

  • Quanto MENOS opções de escolha tiver, mais terá que aceitar a imposição das organizações de plantão.

Quanto maior for a taxa de Qualidade de Consumo, mais o cachorro balança o rabo e menos o rabo balança o cachorro!

Muitos já estudaram os efeitos da qualidade de consumo e as variações de sistemas econômicos com mais ou menos liberdade de concorrência.

Porém, é novo o estudo dos efeitos das Revoluções de Mídia na variação da taxa da Qualidade de Consumo.

Revoluções de Mídia acabam por promover de forma global reintermediações na sociedade, que se iniciam com reintermediações de ideias e depois dos produtos e serviços.

E temos a seguinte regra:

  • Quanto mais intangível é o produto/serviço, mais tenderá a ser atingido diretamente por Revoluções de Mídia;
  • Quanto mais tangível é o produto/serviço, menos tenderá a ser atingido diretamente por Revoluções de Mídia.

Porém, mudanças de mídia acabam por atingir todos os setores INDIRETAMENTE, pois o consumidor quando é empoderado de novas mídias, se modifica, pois:

  • Passa a receber informações de mais fontes, incluindo de outros consumidores;
  • Passa a comparar preços e qualidade de atendimento com mais facilidade;
  • Aumenta senso de comunidade, através de grupos que se conectam de forma permanenete com mais facilidade do que no passado;
  • É afetado por novos modelos de negócio, modificando parâmetros de consumo;
  • Tem mais espaço para reclamar e ser ouvido por outros consumidores.

Uma Revolução de Mídia aumenta assim, a taxa da Qualidade de Consumo da sociedade, alterando os parâmetros do consumidor, que fica mais exigente.

O viés da Qualidade de Consumo passa de baixa/ou estável para alta,  pressionando por mudanças nas organizações de plantão.

Mudanças nas mídias, assim, promovem a melhoria da taxa da Qualidade de Consumo, pois se descentraliza o poder midiático da sociedade.

O poder da sociedade é, e sempre será, fortemente baseado no controle dos canais midiáticos/produtivos, que numa revolução desse tipo, se descentralizam por mudanças tecnológicas.

A demanda pelo aumento da taxa da Qualidade de Consumo pelo cidadão se dá de forma rápida e massificada, tendo forte impacto para as organizações tradicionais de plantão, que estavam acostumada a um consumidor muito menos exigente.

As mudanças, no caso da Revolução de Mídia Digital, são mais profundas, pois os novos modelos de negócio que surgem, operam num modelo de controle consumidor-fornecedor e empresa-colaborador completamente distinto:

  • Surgimento de novos modelos administrativos, que permitem a avaliação constante da Qualidade de Consumo, via estrelinhas (Uber, AirBnb, Mercado Livre, etc.);
  • Alteração do ambiente de negócios, com financiamento descentralizado, sinergia, difusão de cultura empreendedora, que permite o surgimento de cada vez mais concorrentes disruptivos;
  • Relação fornecedor-empresa muito mais flexível, com pessoas entrando e saindo, através da avaliação permanente e online da taxa de reputação digital, fornecida a cada ato de consumo.

Não é apenas mudança tecnológica, mas cultural/administrativa, que altera a forma como o consumo é exercido, transferindo o poder fortemente para o cidadão.

Se consegue, com isso, novo patamar na Qualidade de Consumo, em outros parâmetros, o que torna o antigo modelo organizacional cada vez mais obsoleto.

A migração de um modelo para outro é processo que tem quer ser feito, através de metodologia de migração administrativa bimodal, com duas frentes:

  • Bimodal Administrativo 1 –  continua a operar no modelo antigo;
  • Bimodal Administrativo 2 –  outra, do lado de fora, no modelo novo.

Algo  que o mercado vem absorvendo lentamente, mas vem.

É isso, que dizes?

 

 

 

 

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