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Inovação 3.0 é algo particular, diferente do que tratamos geralmente sobre inovação.

(No fundo, o nome adequado para isso seria Mutação 3.0.)

Não é apenas algo genérico, que podemos chamar de disruptiva, incremental ou radical que são conceitos gerais para uma inovação qualquer.

É, na verdade, uma mutação, uma mudança que deve ser programada de um modelo administrativo para outro, dependendo de cada negócio e problema que gera valor para a sociedade.

A Inovação 3.0 é a passagem de uma Civilização a 2.0 para outra 3.0.

É algo particular, pois é uma mudança com foco, direcionada.

A base da Inovação 3.0 é a chegada de nova mídia, que traz algumas possibilidades, uma sempre, de alguma forma, com vários elementos dos que cito abaixo:

  • Nova linguagem – a dos cliques, que torna possível os projetos do Uber, Waze, AirBnb, Google, com mudanças sensíveis no mercado em que penetra;
  • Novos canais – descentralizados, que permitem que tenhamos a massificação de textos, áudios e vídeos, com forte repercussão social, política e econômica;
  • Novo armazenamento – distribuídos, que viabiliza o Bitcoin e o Blockchain, também “matador” de modelos de negócios tradicionais.

Além disso, o surgimento da primeira geração da “espécie auxiliar do Sapiens”, um cérebro externo, a Inteligência Artificial, que nos permite resolver uma série de problemas de outra forma.

(A Inteligência Artificial é algo completamente inusitado e sem precedentes na história do Sapiens, diferente do surgimento de novas mídias (canais, linguagem e armazenamento).)

O foco princicipal da Inovação 3.0 é a reintermediação.

Reintermediar significa que alguém deixa de intermediar algo para que outro alguém o faça.

Isso é uma passagem de poder.

Temos uma intermediação mais controladora, mais vertical para uma menos controladora, mais horizontal.

O Sapiens combate aumento de complexidade na história, com descentralização das decisões.

E é isso que é o nó para a Inovação 3.0.

Inovar significa abrir mão de um determinado poder para que processos sejam feitos de forma melhor, isso implica alguns pontos hiper-sensíveis, a saber, pois implica:

  • abrir mão de controle, no qual há interesses de todos os tipos;
  • acreditar no novo modelo de controle.

Assim, não é uma passagem simples, pois é algo profundamente arraigado no ser humano.

É por causa disso que a Inovação 3.0 sempre tem sido feita de fora para dentro das organizações tradicionais e nunca de dentro para fora.

As pessoas não percebem a dimensão do que tem que ser feito.

Aposta-se tudo numa mudança tecnológica, na qual “tudo ficam como está”, apenas com novas tecnologias.

Mas não é isso que a Civilização 3.0 demanda e aponta, pois o que o Sapiens precisa para resolver os problemas que o aflige é um novo modelos administrativo mais distribuído, que o permita lidar melhor com os velhos e novos problemas cada vez mais complexos.

É isso, que dizes?

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