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Se alguém me perguntar o que realmente é novo e MAIS original nas minhas ideias, diria que a é a toria do Descentralismo Obrigatório.

É resultado final de somatório de conceitos preliminares que formam teoria maior.

Convidei Thomas Malthus, Charles Darwin e Marshall McLuhan para ” conversar” – o que me levou a algo completamente diferente de como pensamos o humano, a sociedade e a forma como caminhamos no tempo.

Fui anotando tudo que “eles diziam” ou acho que diriam e fui avançando pela estrada.

O que fiz na prática foi:

  1. foquei num problema único ao longo de 20 anos de pesquisa, capacitação, consultoria, desenvolvimento de produtos e serviços: o que é a revolução digital? Causas? Consequências? Metodologias recomendadas?
  2. procurei autores – sem nenhum preconceito de qualquer tipo – que realmente poderiam me ajudar neste desafio;
  3. promovi diálogos entre eles McLuhan-Malthus, McLuhan-Darwin, Darwin-Malthus e todos comigo;
  4. cheguei a conclusões preliminares a partir destes diálogos paralelos entre eles;
  5. e, por fim, desenvolvi a teoria do Descentralismo Obrigatório para estimular a reflexão o debate e, principalmente, a ação.

Este texto é o primeiro que faço, com tal clareza de roteiro, que me permite explicar o passo a passo do meu trabalho.

Vejamos os conceitos estruturantes do Descentralismo Obrigatório, que podem ser considerados em parte ou no todo:

  • Demografismo – a ideia de que o Sapiens é espécie que cresce demograficamente é de Thomas Malthus – o que fiz foi dar este nome e criar sinergia com os outros dois conceitos estruturantes do trabalho: Cognitivismo e Progressivismo, sugerindo nova visão sobre o papel da demografia na Macro-História do Sapiens;
  • Cognitivismo – conceito criado para dar forma às ideias de Marshal McLuhan, para quem: mudou a mídia, mudou o cérebro, mudou o cérebro, mudou a sociedade (“o meio é a mensagem”), que juntei ao Demografismo e ao Progressivismo, oferecendo nova visão sobre o papel das mídias na Macro-História do Sapiens;
  • Progressivismo – conceito criado para resumir as ideias de Darwin, que diz que somos, como as outras espécies mutantes, mas que ganharam novas cores com as ideias do Demografismo e do Cognitivismo, propondo nova visão sobre o papel da mutação no modelo de sobreviviência do Sapiens na Macro-História.

(Note que Malthus é autor maldito e McLuhan, surpreendentemente ignorado. Os dois foram muito úteis para meus propósitos, o que, a meu ver, demonstra que preconceitos intelectuais deve ser evitados.)

Foi o somatório de Demografismo + Cognitivismo + Progressivismo que obtive o = Descentralismo Obrigatório.

Com a junção dos três autores e minhas intuições e contribuições, pude perceber novos fenômenos humanos, que não estavam claros.

Diálogo Malthus-McLuhan – a relação das mídias com a demografia

A primeira conversa foi de Malthus com McLuhan.

Vejamos a regra da macro-história na soma de Cognitivismo Demográfico ou o Demográfico Cognitivismo:

Crescemos demograficamente quando temos novas mídias e novas mídias nos fazem crescer demograficamente.

Isso é uma proposição nova para a compreensão da Macro-História, a partir do diálogo destes dois autores.

Vivemos, assim, espécie de espiral.

Mídias são remédio sistêmico para a espécie, pois nos ajudam a sair de crises demográficas, pois permitem a criação de ciclos de inovação.

O ciclo de inovação, entretanto, que nos permitem a voltar a crescer demograficamente – acaba por nos levar à nova crise civilizacional.

Assim, o Sapiens viverá, de tempos em tempos, crises demográficas civilizacionais, pois cresce em membros e precisará de novas mídias para se reequilibrar, em ciclos contínuos.

Há um fenômeno histórico cíclico que podemos chamar de Crises Midiáticas-Demográficas Civilizacionais. Não podemos pensar a história sem esse componente.

Diálogo Darwin-McLuhan – a relação entre sobrevivência da espécie e tecnologias

Aí tive que refletir sobre modelos administrativos. E fui buscar algo em Darwin e juntar também com McLuhan.

Darwin afirma que espécies são mutantes, incluindo o Sapiens. E McLuhan destaca o lado tecno da nossa espécie. Assim, podemos aferir que outros animais têm modelo de sobrevivência, que podemos chamar de administrativos genéticos. E o nosso é tecnocultural.

O das outras espécies é fixo e o nosso é mutante também por ser Tecnocultural, sujeito às tecnologias.

Neste momento, se forma o que chamei de Triângulo de Sobrevivência das Espécies.

  1. Cada espécie terá modelo de sobrevivência, incluindo o Sapiens;
  2. Que o modelo de sobrevivência é formado por três vetores harmônicos: administrativo, comunicação e complexidade demográfica.

Que o Triângulo de Sobrevivência da Espécie do Sapiens diferente das demais é muito mais mutante, pois a complexidade demográfica é progressiva!

Sendo progressiva, tanto o modelo administrativo e o de comunicação, por ter complexidade demográfica progressiva, precisa ser mutante.

Assim, uma espécie Tecnocultural como a nossa, é muito mais mutante que as demais, pois o modelo midiático-administrativo não é genético, sendo “natural” que promova mudanças midiáticas-administrativas no tempo.

Mais ainda.

Tais mudanças não serão opcionais, mas OBRIGATÓRIAS para evitar crises de sobrevivência!

Por sermos Tecnoculturais, nosso modelo de administração e comunicação NÃO PODEM ser fixos, pois a Complexidade Demográfica é progressiva.

O que leva a sermos – diferentes das outras espécies – não geneticamente mutantes, mas tecnoculturalmente mutantes.

Temos modelo midiático (comunicação) e administração NECESSARIAMENTE e OBRIGATORIAMENTE mutantes.

Os modelos midiáticos-administrativos do Sapiens (isso já faz parte da defesa do Descentralismo) não são fixos – e precisam ser aprimorados no tempo para incorporar mais gente.

Uma espécie que tem Complexidade Demográfica Progressiva terá que ter necessariamente Modelo Midiático-Administrativo Progressivo.

Mudanças administrativas, assim, são “naturais” em uma Tecnoespécie, pois novos modelos midiáticos-administrativos precisam ser criados para se tornar mais compatíveis com o patamar demográfico de plantão.

É algo que qualquer Tecnoespécie (se tiverem outras no universo) precisará fazer.

O Sapiens tem, assim, aprimoramento midiático-administrativo OBRIGATÓRIO.

Aqui, temos conceito ainda também intermediário de Espécie Midiática-Administrativa Progressiva.

O Sapiens será a espécie mais mutante de todas, pela característica Tecnocultural .

Note que tudo isso é o somatório de diálogo entre os autores, que considero mais relevantes para a compreensão do digital: Malthus, McLuhan e Darwin.

Todos vão na linha da resposta a pergunta filosófica:

Quem somos?

O que agrego a tudo isso de realmente novo, fazendo a síntese dos três?

O Descentralismo Obrigatório!

Não só vamos modificar nosso modelos midiático-administrativos no tempo, mas faremos isso na direção da descentralização obrigatória.

Gradual aumento do poder de decisão de cada pessoa sobre cada vez mais problemas.

O que muita gente defende como bandeira política algo que “seria bom” que ocorresse, cheguei a conclusão que é movimento NATURAL, INEVITÁVEL E OBRIGATÓRIO do Sapiens.

Vai ocorrer naturalmente, mesmo que se queira impedir.

As novas mídias e, a seguir, novo modelo administrativo, surgem como movimento sistêmico necessário para lidar com a complexidade demográfica.

Fazem parte do que podemos chamar de ações sistêmicas da espécie (para não chamar de macro-evolutivas).

A descentralização administrativa, mais poder para cada indivíduo, é a única forma no longo prazo de lidar com a complexidade demográfica progressiva.

Todas as regiões que tiverem papel de liderança estarão adotando o modelo mais descentralizador possível. A descentralização será o diferencial competitivo.

E todas as regiões, aonde tiver Sapiens, tenderão a migrar para essa direção, mesmo que leve tempo, em função das barreiras Tecnoculturais anteriores.

Assim, o que posso dizer para definir o Descentralismo Obrigatório?

Somos Tecnoespécie que cresce demograficamente, o que nos força a criar, de tempos em tempos, mídias mais descentralizadas, que nos empoderam e permitem tomar decisões melhores, através de modelos administrativos mais descentralizados e distribuídos. Isso não é opcional, mas obrigatório. E ocorrerá naturalmente, pois, além de todos os movimentos Tecnoculturais, os cérebros das novas gerações vão sendo moldados pelas novas mídias – tornando esse movimento ainda mais “natural”.

Olhando de onde comecei para agora, não imaginava que fosse tão longe, mas nada como um passo depois do outro.

É isso, que dizes?

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