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O que um sapiens tem de comum com outro que nasceu há dez mil anos?

E com o vizinho?

Ou com aquele que tem a mesma ideologia ou oposta?

  • O que seria sempre comum podemos chamar de essência?
  • O que seria incomum em cada pessoa definimos como substância?

A substância é a essência em ação, de forma particular, cultural e pessoal.

Podemos, por exemplo, dizer que nosso lado animal é da nossa essência: precisamos comer, beber, ter aonde dormir, se reproduzir.

Isso é algo que temos em comum com as outras espécies vivas. Toda espécie viva, podemos dizer, tem algum tipo de demanda de sobrevivência para se manter viva.

Todas precisam disso.

O Sapiens, entretanto, diferente das outras espécies conseguiu transformar a natureza e se recriar ao longo da história.

Diferente das outras espécies, podemos dizer que nós somos culturais e mais do que isso, somos tecno-culturais, pois somos os únicos que podemos alterar a forma como vivemos, alterando o ambiente tecno-cultural.

Podemos alterar a forma como nos comunicamos e como administramos as sociedades, diferentes das outras espécies. E, por causa disso, podemos crescer demograficamente, como nenhuma outra espécie.

Assim, o Sapiens na sua essência além de precisar viver é uma espécie inovadora, mutante, tecnológica, midiática, que vai alterando a forma de viver, conforme as necessidades objetivas e subjetivas da espécie.

Diria mais.

Diria que a análise da macro-história nos coloca como uma espécie que, por crescer demograficamente, precisa descentralizar o poder.

Sim, apesar das recaídas centralizadoras, a tendência do Sapiens para lidar com a complexidade demográfica progressiva é, no longo prazo, capacitar pessoas, através de mídias (tecnologia) e educação (cultura) para decidir cada vez melhor.

Isso, a meu ver, faz parte da nossa essência.

Não é o que normalmente se pensa sobre ela e é totalmente inverso do que se imaginava no século passado, mas se refizermos a nossa essência tendo como base:

  • nossas demandas animais;
  • a complexidade demográfica progressiva;
  • e a inovação obrigatória como fator de sobrevivência.

Veremos que a única forma possível de nos manter com melhor qualidade é a descentralização de poder.

2 Responses to “A descentralização de poder faz parte da nossa essência!”

  1. […] Já disse aqui que a distribuição de poder, ao longo do tempo, faz parte do que podemos chamar de essência humana. […]

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