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História 3.0

Temos hoje espécie de historicismo de poucos critérios, que perdeu a validade depois da chegada da Internet.

Vejamos.

Admite-se que o fim da pré-história ocorre com a chegada da escrita manuscrita há cerca de 5 mil anos.

Porém, mais para trás o critério é outro.

Considera-seque a mudança da pré-história para a história foi provocada por outras mudanças tecnológicas: o período paleolítico (mais antigo/pedra lascada rústicas) para o neolítico (mais novo/pedra polida).

São critérios diferentes.

  • Ora a era se alterou por mudança da mídia de plantão – escrita, que inaugura novo ciclo.
  • Ora foi a mudança das tecnologias usada – pedras.

No livro “Sapiens – uma breve história do homem”, Youval Harari defende que mais do que a chegada da pedra polida, a grande mudança humana que nos tirou da pré-pré-história foi a chegada da oralidade.

De novo, voltamos com o impacto das mídias, porém, na sequência, Harari não continua na mesma linha, ignora a escrita, a escrita impressa e o restante.

Por fim, quando chegamos em 1450, início praticamente unânime pelos historiadores da sociedade moderna, se atribui a nova fase à queda de Constantinopla, que encerra o ciclo do Império Romano e não a chegada da prensa, em 1450, que teve impacto muito maior.

As mudanças que estamos vivendo com a chegada da Internet demonstra que toda vez que a sociedade massifica novas mídias descentralizadoras passa a sofrer o impacto de mudanças de fora para dentro.

E mudamos eras.

Mídias criam novos hábitos, novos hábitos criam novas formas de pensar e agir.

A história, assim, precisa refazer seus critérios de macro-mudanças do passado para:

  • Gestos – pré-história;
  • Oralidade – história sem registro;
  • Escrita – história com registro.

E uma revisão profunda da relação das mudanças de mídia como indutoras de alterações do passado, incluindo depois, a complexidade demográfica progressiva.

É isso, que dizes?

 

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