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O Sapiens tem uma demanda central: resolver problemas da Complexidade Demográfica Progressiva. Somos a única espécie social que cresce sem pedir licença.

Nossa característica progressiva nos faz escravos da inovação e nos cria a latência de promover, de tempos em tempos, Revoluções Civilizacionais para ajustar a sociedade ao novo patamar de complexidade.

Revoluções Civilizacionais não deveriam nos assustar, pois são frequentes na Macro-História.

Os historiados de plantão estão longe de entender que a Macro-História humana é profundamente marcada pelas mudanças de mídias, que provocam Revoluções Civilizacionais nas trocas e na forma de decidir.

Quando temos a massificação de novas mídias, primeira etapa de uma Revolução Civilizacional temos duas fases:

  • a de forma – com a chegada de novas mídias –     novas possibilidades tecno-culturais  que permitem novas formas de trocas, que explicitam as latências. Esta fase é praticamente inconsciente, motivada pelos efeitos indiretos das tecnologias na nossa subjetividade, o que inclui movimentos involuntários do cérebro para se ajustar ao novo aparato midiático;
  • a de conteúdo – todo o aparato cultural organizacional necessário para transformar novas possibilidades em métodos, novas organizações, regras, leis, normas, metodologias e hábitos. Esta fase é a tomada de consciência das novas possibilidades, que nos faz transformar as novas possibilidades abertas pela nova mídia em hábitos, o que demanda esforços de filósofos, teóricos, metodólogos e empreendedores/inovadores dos diversos setores da sociedade.

A  Revolução Civilizacional da Escrita Impressa, por exemplo, permitiu novas formas de trocas e de decisão, como da república e do livre mercado. Depois, tivemos todo o aparato legal para que esse novo modelo se consolidasse e transformasse latências em hábitos.

O que vivemos hoje com a primeira fase da Revolução Civilizacional Digital é a etapa da forma, a fase inconsciente e emotiva do processo.

O que veremos nas décadas seguintes é a continuidade da expansão do Digital, o amadurecimento da nova forma de administração da Curadoria e a construção de novo aparato legal organizacional e de hábitos.

A nova forma é recheada de conteúdo, quando a Civilização 3.0 for se consolidando.

É isso, que dizes?

 

2 Responses to “Anatomia das Revoluções Civilizacionais Cíclicas”

  1. Eugênio Cony disse:

    Vemos a consolidação de uma personagem invisível e onipresente, não dialogável, que não aceita transparências, completamente opaca e invisível, responsável pelas negações de serviço, de soluções e ausência de qualquer possibilidade de você usuário do que for realizar o que precisa e o que queira, o “Sistema”.
    Você já ouviu referências a esse ser onipoderoso, porem incomunicável:
    – O Sistema não está deixando…
    – O Sistema caiu…
    – Não é assim que o Sistema aceita…
    – O Sistema cortou você!
    Eita!

  2. Evandro disse:

    Muito interessante esse texto. Também concordo que muitas vezes ficamos escravos da inovação. É uma dificuldade que exista a décadas no meu ponto de vista.
    Parabéns pelo site e pelo conteúdo.

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