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Temos ao longo da história da filosofia percepções onipotentes, que nos levaram a diversos equívocos.

percepção

 

Podemos listar algumas para exemplificar:

percepção2

 

Temos uma percepção em relação à vida que nos leva a uma falsa imortalidade, o que faz com que tenhamos uma série de ações práticas que vão nessa direção.

Uma visão filosófica, digamos mais potente, é aquela que consegue o tempo todo nos ver – cada indivíduo – como um ser mortal, que deve saber dos seus limites para atuar enquanto está por aqui.

Outro exemplo do problemas de percepção é em relação ao conhecimento:

percepção3

 

Há diversas tendências de achar que o ser humano um dia poderá chegar a teoria final, o que é uma percepção onipotente do mundo, pois todo nosso conhecimento é dependente de três variáveis que mudam no tempo:

percepção4

 

Um novo cérebro que consegue ver os que os demais não conseguiram ou uma nova tecnologia ou um novo problema nos leva a ir adiante naquilo que conhecemos.

Vivemos outra situação de onipotência nos nossos dias.

Acreditar que controlamos 100% nosso cérebro e que ele não tem atividades autônomas sem nos pedir licença.

Note que não estou dizendo que ele tem 100% de autonomia, mas há algo nele que se modifica sem nos perguntar.

Essa taxa de autonomia do cérebro varia, conforme diversos fatores.

Que registrei aqui na Lista das leis:

lei20

 

Diria que há diversas outras atividades que fazem com que a Plástica Cerebral mude, mas nada será comparado a uma mudança de uma Tecnologia Cognitiva nova, pois é o principal instrumento do cérebro se relacionar com o mundo!

Perceber essa possibilidade de mudança, mesmo que se coloque uma percentagem baixa, é fundamental para entender nosso futuro, pois pela ordem:

  • – o cérebro é o epicentro do nosso corpo;
  • – é o epicentro da espécie;
  • – é o principal responsável por produzir Tecno-cultura;
  • – e quando ele se modifica, tudo se modifica em torno dele.

Como há algo que é autônomo sem o nosso consentimento, temos apenas que nos adaptar a isso, pois não temos controle.

Exige de nós sair da onipotência de acharmos que o controlamos por inteiro.

Poder interferir no futuro nos fará procurar sair de uma dada impotência (nada posso fazer) de uma onipotência (controlo tudo) para uma potência, o que, a partir da mudança, resta para fazermos.

É isso, que dizes?

One Response to “Os movimentos autônomos do cérebro”

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