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Versão 1.0 – 09/09/13

Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

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Vimos neste post o problema do paradoxo cognitivo.

Temos, assim, em determinados momentos da história um momento de consolidação de um dado ambiente cognitivo, que tem seu ciclo de criação, consolidação e decadência. A decadência se deve ao tempo de uso versus o aumento de complexidade.

No momento que surge uma nova tecnologia cognitiva que descontrola as ideias inaugura-se a crise da transição. Anteriormente, havia uma crise difusa que se confundia com os modelos sociais, políticos e econômicos.

Não estava claro o suficiente que o DNA da crise, que é do próprio modelo cognitivo vigente, que parecia estático e imutável.

A chegada do novo ambiente cognitivo vai criando novas alternativas de produção de valor (tanto de bens como de conhecimento) que vai, aos poucos, demonstrando a crise cognitiva como o epicentro de todas as demais.

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A crise de transição pode, assim, ser caracterizada pelo início da chegada da nova tecnologia cognitiva descentralizadora e sua massificação.

Talvez, em duas etapas:

  • da sua fase inconsciente – pois não tínhamos ainda uma teoria que a compreendesse de forma mais clara;
  • de uma fase consciente – quando começamos a diagnosticar a crise e propor metodologias de superação.

Se analisarmos o passado, podemos identificar com mais clareza a crise de transição pós-papel impresso, que se inicia a partir de 1450 e vai até 1800 quando surge um novo modelo de governança, que permitiu a sociedade lidar melhor com a complexidade emergente. O final da crise culmina com a consolidação da democracia e do capitalismo, gestado entre filósofos, pensadores e revolucionários ao longo destes 350 anos.

O interessante, como temos insistido em demonstrar, foi que o novo modelo de governança permitiu uma sofisticação muito acentuada da gestão da espécie, possibilitando um salto demográfico como nunca havia ocorrido anteriormente (talvez em algumas civilizações antigas das quais ainda não tive registro) como vemos no gráfico abaixo:

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Hoje, ao estarmos em plena crise da transição já vemos os sinais da nova governança e a crise da anterior, mas tudo nos parece ainda muito enevoado, pois não temos ainda capacidade de ver com mais clareza o cenário como um todo.

Há mais inconsciência do que consciência.

Por enquanto é isso, que dizes?

One Response to “A crise da transição”

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