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O círculo vicioso não chega a colocar mentiras; simplesmente coloca nada – Gustavo Bernardo – da minha coleção de frases;

Existe no mundo duas correntes de pensamento que sempre estarão se enfrentando, se encontrando, brigando, duelando, ou se entendendo.

  • a corrente do que – os que defendem de forma enfática tudo que é preciso para manter  as pessoas vivas, o chamado setor produtivo; a galera da mão na massa, que pensa nas coisas práticas e, óbvio, em alguma motivação necessária para isso, seja o lucro, salário, etc…os pragmáticos, pé no chão. Geralmente, taxados como o “pessoal de direita”;
  • E a turma do como – que analisam como esse processo vital se  viabiliza, em outras esferas subjetivas, através do respeito, da preservação da natureza, das pessoas, da inclusão, ou da exclusão, do desrespeito, etc. Geralmente, taxados como o “pessoal de esquerda”.

Obviamente, que a primeira, sem gelo,  é pé no chão e tem o seu papel.

E a segunda, é pé nas nuvens, quando radical,  tem a sua função.

Quando uma sociedade – ou mesmo uma pessoa –  conseguedosar o que se faz com o como se faz, há um equilíbrio e se consegue a tal sustentabilidade.

É preciso fazer, mas se pensa no como.

E para conseguir melhorar o como, quanto mais planejamento melhor, pois o pessoal do fast-que adora prazos curtos, pois tudo se justifica em nome da pressa.

Observe.

Quando o que é preponderante  haverá problemas mais adiante de crises correlatas: poluição, exclusão, guerras, revoltas, etc….

Quando o como é preponderante haverá problemas de subsistência, falta de produção, encarecimento dos produtos…

Ou seja, é preciso produzir e preservar, centro da discussão da sustentabilidade mundial hoje em dia.

Não é tanto meditar na montanha, nem tanto dormir com um a planilha de cálculos e de lucros.

O problema é que no mundo atual geralmente  uma banda fica lá sem ouvir a outra acolá.

Uma conversa de surdos, preconceitos, de lado a lado.

Não adianta subir na montanha para meditar, pois uma hora vai dar fome e sede e alguém terá que preparar a comida;

Como não adiante só preparar a comida e não subir nunca a montanha para meditar.

Equilíbrio é preciso.

Serve bem para a nossa campanha eleitoral que se avizinha com alguns candidatos marcadamente no como, outros no que…num diálogo de surdo-mudos.

Concordas?

10 Responses to “É possível o encontro entre o que e o como?”

  1. Concordo Carlos, na verdade o segredo de qualquer coisa está no bom senso e no equilíbrio das coisas, contudo, a parte difícil é, no meio dessa “conversa de surdo-mudos”, achar uma métrica que nos permita ponderar produção x planejamento, que x como, numa situação que possa ser considerada ótima para a sociedade.

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Rodrigo, fechado.

    Acrescentaria: talvez seja o papel da comunicação, das instituições e na melhoria constante… Saindo da ideia que existem “salvadores”, uns melhores do que outros, mas que todos fazem parte de um eco-sistema que deve produzir ideias e permitir que todos possa contribuir, no tempo adequado.

    Isso é a utopia.

    Uma meta a ser sempre perseguida, concordas?

    abraços,

    Nepô.

  3. Augusto Pinto disse:

    Carlos, seu post é de uma obviedade humilhante. Humilhante para quem não pensou nisso antes. Ele resume de uma forma clara o conceito de sustentabilidade, seja quando aplicado a uma empresa, ou a um país. Eu também gostaria muito de ver essa maturidade refletida nas opiniões de nossos candidatos a presidente. Para minha surpresa, a Marina é aquela que tem demonstrado mais equilíbrio em suas opiniões, o é que surprendente para alguém claramente rotulada na turma do “como”. Pena que ela não vai ganhar a eleição…

    Parabéns pelo post. Gostei muito.

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    Augusto, grato pela visita.

    Pois é…a Marina caminha por aquela trilha do menos compromissado e se permite a dizer coisas interessantes…o ideal seria que ela tivesse bastante voto e pudesse influenciar com suas ideias – para possível acordo no segundo turno – o vencedor.

    Mas como por aqui os acordos são sempre, acordos em caixa baixa, vamos em frente.

    Abraços,

    Nepô.

  5. Marina disse:

    Acho que se cada um buscar essa sustentabilidade dentro de si é um excelente começo para buscarmos o equilíbrio nas outras coisas. Afinal, empresas e sociedade são feitas de pessoas. E se essas pessoas estão/são mal resolvidas, é bem difícil o resto se resolver…

  6. Carlos Nepomuceno disse:

    Marina, acredito bastante nisso, pois acho que a ideia de fazer política para os outros e continuar a ser violento na relação do dia a dia com as pessoas…é passado…

    Difícil mudar?

    Sim, porém… para que serve a vida?

    abraços,

    Nepô.

  7. Marina disse:

    Um livro que retrata isso muito bem é o “Qual é a tua obra”, do Mario Sergio Cortella. A discussão dele sobre ética, sobre a importância de termos valores para enfrentarmos dilemas, é simples e genial.

    beijos!

  8. Carlos Nepomuceno disse:

    Marina, achei a entrevista dele aqui:

    http://www.youtube.com/watch?v=QK5LDsEKuEA

    estou ouvindo e gostando…

    Nepô, valeu a dica.

  9. Lucia disse:

    Nepô,
    Muito interessante as colocações Mario Sergio Cortella. Pesquei uma frase sobre educação que gostei:
    “A Educação brasileira ainda é muito ostentatória, muito mais apoiada na informação do que no conhecimento. Informação é cumulativa, conhecimento é seletivo.”
    Mais um livro para a lista, valeu a dica Marina.

  10. Carlos Nepomuceno disse:

    Comprei um sobre escola…depois comento.

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