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De quando em quando, escuto aqui e ali que o projeto de fulano é mais 2.0 do que o de beltrano.

Como se fosse mérito ou desmérito.

Ou se pudesse colocar uma régua para medir tamanho.

E como se o objetivo de implantar projetos colaborativos fosse um fim em si mesmo.

Tenho dito que o mundo colaborativo ou cooperativo que estamos entrando vem resolver problemas e as ferramentas de produção coletiva são meios para atingir determinados fins, que o modelo anterior não consegue.

É mais eficiente, barato e, portanto, necessário.

Mas não para tudo e nem do mesmo jeito.

Não faz sentido discutirmos qual projeto é mais 2.0 do que o outro.

Cada problema, situação, realidade vai exigir um tipo de saída colaborativa, ou não, conforme uma série de fatores.

É preciso perceber dado PROBLEMA e ver se pode ser SOLUCIONADO no todo ou em parte, a partir de conceitos e ferramentas colaborativas.

Muitos podem usufruir da colaboração em rede digital, pois o DNA dos problemas hoje não são muito diferentes:

  • Excesso de dados;
  • Pouca gente para lidar com eles (equipe interna);
  • Alto custo de solução em moldes pré-Internet;
  • Necessidade de atender rapidamente cada vez mais demandas mutantes.

E para estes casos fazer com que a colaboração e todas as ferramentas digitais em rede hoje disponíveis jogue a seu favor, é algo interessante.

Porém, como é uma mudança de organização da informação, de mudança de cultura, basicamente na estrutura de poder, é preciso que se adeque a cada ambiente organizacional.

O que faz com o que o projeto seja adaptado e, portanto, construído entre o ideal e o possível.

Ou seja, inicia-se de um jeito e pode ir avançando.

Qualquer afirmação purista de que não é 2.0 de raiz, puro, sem gelo, etc…pode ser um tiro no pé, pois é algo que se constrói e se vê resultados.

E, por causa disso, se expande.

2.0 por 2.0 é pura balela.

Sabedoria é preciso!

Concordas?

2 Responses to “Quem tem o 2.0 maior?”

  1. Mônica Couto disse:

    Da mesma forma que saborear um prato mais delicado e com sabores que precisam de reconhecimento, os projetos 2.0 precisam de “papilas gustativas” 2.0, e portanto, os apreciadores precisam de tempo para conhecer os novos sabores, identificá-los, reconhecê-los e , enfim, desfrutar e criticar até encontrar o seu “cardápio”. Enfim, caímos mais uma vez na questão da Educação e Cultura.
    Se não somos habituados a lidar com propostas provocativas , que nos estimulem a interagir, continuamos em nossa zona de conforto, apenas pálidos receptores daquilo que os “garçons” nos oferecem e/ou nos empurram goela abaixo.
    Completaria dizendo também que os projetos tornam-se 2.0 na mesma medida e proporção de seus interlocutores mais ou menos ativos.
    Pensamentos em andamento…

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Monica,

    estou lendo um livro sobre limites e que fala que um dos problemas principais do ser humano é saber se abrir ou se fechar, saber quando deve se mexer ou ficar parado.

    Chamada sabedoria…

    Pensei nisso lendo seu texto…

    No Brasil, país conservador por natureza, essas ideias de mudança não se proliferam muito,

    abraços

    valeu a visita.

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