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Na era em que vivemos, o que faz a diferença são o conhecimento que as pessoas dominam e a interação entre elas, o que gera conhecimento coletivo. O decisivo é o fator humano, condição que dá a cada indivíduo o direito de sentir-se sócio e comportar-se como dono da organização onde trabalha – Emílio Odebrecht (na Folha, 07/02/10), da minha coleção de frases.

Grosso modo, vivemos três etapas distintas da relação das pessoas com as empresas produtivas na sociedade:

  • O tempo do trabalho por imposição e cerceamento – escravidão, em quase extinção;
  • O tempo do trabalho por negociação de troca de horas por salário, com o controle da hora de trabalho braçal  – emprego, hoje no início do declínio;

  • O tempo do trabalho por  envolvimento  –  emprego-acionista, nova forma de relação trabalhista em ascensão, ainda semente, que vai virar muda, árvore e floresta.

Justifica-se na nova era de trabalho por adesão os seguintes fatores lógicos:

  • mais e mais o diferencial das empresas será a sua capacidade de se reinventar;
  • assim, o diferencial que importará nos empregados é a sua capacidade de criar;
  • as empresas tendem a contratar mais gente que cria;
  • a criação não pode ser medida por nenhum instrumento externo ao cidadão (não se pode saber se fulano está dando tudo);
  • é preciso, então, criar uma relação por adesão, motivação e envolvimento, o que nos leva necessariamente a outra forma de contrato, desde a participação mais e mais nos resultados, na transformação do empregado em empreendedor e deste para semi ou completo acionista do negócio.

Pode parecer que esse discurso soe até velho, pois já se fala isso há tempos, mas a rede veio acelerar a velocidade da inovação, o que fará necessariamente que a sociedade (empresas dentro do bolo) tenham outro ritmo e essa mudança seja cada vez mais evidente, pois o concorrente terá um outro tipo de relação com sua rede de colaboradores.

E se o concorrente se mexe…

Modelos de gestão de pessoas com o do Google, Microsoft, entre tantas, que hoje parecem a exceção, serão a regra, independente o setor, pois todos, de alguma forma, terão que acelerar o passo.

(Por fim, vale lembrar que os processos de mudança não são uniforme, são diferenciados entre regiões e mesmo nas mesmas regiões por tipos de avanço de desenvolvimento de cada empresa. Não resta dúvida, a meu ver, entretanto, que as locomotivas, os as candidatas a, da economia mundial vão abraçar esses conceitos.)

A lógica é esta, você teria algo que se contraponha a isso?

Diga lá!

2 Responses to “O capitalismo da adesão”

  1. Demevir disse:

    Você tem razão quando diz que este discurso soe até velho. Já trabalhei e conheço algumas empresas que sempre prometem mudar o ritmo e buscar uma nova forma de “incentivar”, não se seria esta a palavra correta, seus “colaboradores”. E o tempo passa. O plano de mudança não vem e os funcionários não se movem. Apenas reclamam entre si e no máximo ficam de cara feia pro “chefe”.
    Eu acho que tal mudança de postura deve partir também do funcionário. Ele deve mostrar que deseja participar mais e ser um gerador de novas idéias e ações. Claro que para isso a empresa precisa ver ou quere enxergar esta postura de seu funcionário.
    Nos últimos anos tenho visto várias empresas cegas e perdedendo ótimas pessoas. Quem não valoriza é deixado para trás…hehe. Será que esta postura vai mudar mesmo?

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Demevir, empresas que farão a diferença já estão se posicionando, sugiro procurar uma delas. Vai demorar para ser geral, mas a locomotiva já saiu, procure os vagões da frente,

    abraços,
    Nepô.

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