A Web 2.0 tem demostrado que grandes grupos humanos podem se gerenciar de maneira muito mais fácil – Clay Shirky – (da minha coleção de frases fundamentais.)
A atual crise, na minha ingenuidade de não economista, se resume no seguinte.
Chegaram para um “mendigo americano” e perguntaram se queria comprar uma casa com piscina.

O mendigo que queria uma casa com piscina. Ao vivo e a cores.
“Yes, great!” – respondeu.
Emprestaram a grana e venderam o papel do empréstimo, com carimbo da raposa (agentes de risco) que tinha que tomar conta do galinheiro (mercado de empréstimos).
A ideia boa se espalhou e muito gente sem condição nenhuma de comprar nem um bombom, abriu hipoteca oferecendo de garantia um carrinho de supermercado.

Show me the Money....
Um belo dia o mendigo disse, o que já se sabia, “vou voltar para debaixo da ponte”.
E o mico começou a ser empurrado para cada vez mais otários, na escala dos malandros.
E deu no que deu.
Em resumo: vai ser preciso colocar um outro tipo de fiscal para tomar conta do galinheiro, que não tenha interesse de comer as galinhas.
Nesse cenário, abre-se um novo ciclo que vai ter um desdobramento inesperado.
Estou lendo o livro “Here Comes Everydody“, do Clay Shirky.

Um livro que eu recomendo fortemente - Shirky é brilhante!
Ele traz um conceito interessante.
Hoje, as ferramentas 2.0 são mais baratas para gerenciar grandes grupos.
Cita diversos casos nos quais é possÃvel com recursos mÃnimos administrar – sem grande investimento hierárquico – um número grande de pessoas, o que no modelo tradicional, acarretaria um custo impraticável.
Hoje, assim, o que era caro começa a ficar barato.
Portanto, já tivemos a fase de redução de custo com a Web, entre outros:
- Comunicação (vide Skype, MSN, E-mail);
- Publicação (blog, sites, etc);
- Compartilhamento (listas de discussão, comunidades, etc).
E o gerenciamento de grandes grupos vai ser a bola da vez, marcado o inÃcio da mudança nas organizações, no processo evolutivo no novo ambiente de conhecimento, através de novas camadas de inteligência.
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A bola da vez: a redução de custos nas novas organizações 2.0.
Será feito através da importação dos conceitos das redes sociais, cada vez mais dinâmicas e com a interferência de todos os atores do processo, dos consumidores a fornecedores – com menos verticalização, menos gerentes – numa horizontalização, só possÃvel, através da auto-colaboração assistida, que é o novo modelo que começa a se mostrar viável.
Veja mais sobre auto-gestão de colaboradores em dois outros posts.
O modelo empresarial – necessário até aqui – exige nÃveis hierárquicos para que tudo funcione a contento.
Está começando?
Sim, está, mas vai sofrer um salto com a crise, já que o custo de implantação é mais cultural…e vai sobrar tempo para se replanejar nos próximos anos dentro das organizações mais sábias.
Perdido por um…

No tabuleiro da crise, ganhráa quem souber mexer as peças 2.0.
É uma situação que nos leva a uma oportunidade de ampliar o novo ambiente de conhecimento, que começou com um mendigo que queria uma casa com piscina, um executivo esperto que aceitou seu carrinho de supermercado como garantia e passou adiante o papel podre carimbado por uma raposa que fingiu que estava dormindo e deixou tudo acontecer.

Enquanto a raposa "dormia", as galinhas sumiam no horizonte...
E haja sofrimento por todo planeta….
Concordas?
mundo e azul