Cepticismo ou ceticismo é qualquer atitude de questionamento para o conhecimento, fatos, opiniões ou crenças estabelecidas como fatos.
Ninguém é totalmente cético, ou totalmente não cético.
Temos que colocar taxas.
Quando a taxa de ceticismo chega a determinado nível, podemos dizer que beira o Ceticismo Tóxico. Que é uma atitude na vida que leva a pessoa a questionar tudo, às vezes com grande poder de argumentação, mas procura inviabilizar qualquer atitude pró-ativa, pois nada vai dar certo. É uma forma de criar muita fumaça, mas permanecer no mesmo lugar.
Se estamos falando em aulas participativas, em inovação, em mudanças na sociedade o Ceticismo Tóxico paralisa a pessoa e a coloca em uma atitude de inativo crítico. Como é uma pessoa que costuma participar muito, começa a criar um problema delicado de resolver, pois o questionamento visa mais embolar do que desembolar.
Ou seja, é um pró-ativo da inatividade, que usa do poder de argumentação para justificar a sua atitude de inação pelo ceticismo.
Assim, podemos dizer que existe dois tipos de inativos no geral e em sala de aula:
- – os inativos passivos – que são passivamente inativos, sem crítica;
- – e os inativos ativos – que são criticamente inativos, com crítica.
O ceticismo tóxico, assim, contraria a máxima da inovação, baseada no lema do AA:
Serenidade para o que não se pode mudar, coragem para o que se pode e sabedoria para perceber a diferença.
O ceticismo tóxico não tem, sob esse ponto de vista, sabedoria, pois ele não tem serenidade para o que não pode mudar, pois está sempre inquieto e ativo, mas não trabalha a coragem para mudar o que pode, pois nada pode ser mudado, nada tem jeito.
Se transforma em um agente de não transformação ativo, porém com um discurso extremamente coerente do ponto de vista teórico, mas completamente ineficaz no prático, que dificulta muito quem quer tentar ter coragem para mudar algo.
É aparentemente um pró-ativo que esconde uma inovação crônica.
A alta taxa de ceticismo tóxico é extremamente perigosa em aulas participativas, pois exige uma clareza muito grande do Incentivador de problematizações.
Veja aqui um pouco como eu sugiro a lidar com este transtorno.
É isso, que dizes?
[…] São os raros extremos individuais de alunos inativos e críticos, que estão vivendo um problema que eu diagnostiquei de “ceticismo tóxico“. […]
[…] Já vimos aqui o problema do ceticismo tóxico para a inovação. […]