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O áudio do artigo (exclusivo para os Bimodais, com exceção das quartas, quando disponibilizo na rede.)

Os Mapas Mentais do Artigo:

Síntese do Artigo:

Resumo feito pelo Chatinho:

O texto aborda a continuação da discussão sobre o desbloqueio criativo, baseado no livro “O Caminho do Artista” de Julia Cameron, enfatizando a importância da singularidade e do diário de bordo para projetos mais fortes de felicidade. Discute a gestão do descontrole e das emoções negativas diante da inovação, destacando a necessidade de gerenciar a mente primária e secundária. São exploradas as dificuldades enfrentadas pelos perfis inovadores, tanto saudáveis quanto tóxicos, e a relação entre o eu criativo e organizador. O texto ressalta a importância do equilíbrio entre esses dois aspectos para uma vida mais satisfatória e criativa, além de ponderar sobre a resistência às mudanças.

Frases de Divulgação do Artigo:

  1. Você não cria, você gerencia a criatividade do seu Eu Criativo.
  2. As pessoas tendem a ter medo do novo, pois temem o descontrole.
  3. O exercício da escrita diária é uma espécie de Pilates da Mente Secundária.
  4. Não existe inovação que não seja, em última instância, o desenvolvimento da Singularidade de alguém que está saindo para fora.
  5. Quanto mais é inflexível e centralizado um Ambiente de Sobrevivência, mais os Disruptivos vão ter que aprender a dar nó em pingo-d’água.
  6. A Singularidade, isso é importante, não é algo pronto, mas um processo de descoberta continuada e progressiva, que vai se alterando no tempo.
  7. Não tem jeito, uma vida mais feliz é aquela que conseguimos tirar nossa Singularidade do armário.
  8. As pessoas não querem, no fundo, ir contra nenhuma mudança, o que elas temem é perder o controle sobre suas vidas e ser inundado de Sensações Negativas.

O artigo faz parte de qual linha de pesquisa Bimodal?

Vamos ao Artigo:

“As páginas matinais são a principal ferramenta para sua recuperação criativa.“  – Julia Cameron.

Este é o terceiro artigo no qual continuamos a Bimodalizar o bom livro “O caminho do artista: desperte o seu potencial criativo e rompa seus bloqueios” de Julia Cameron.

Cameron aborda o problema do bloqueio criativo e a Bimodais se preocupa com o bloqueio da singularidade.

O foco da Cameron são artistas, o nosso são pessoas.

Não tem jeito, uma vida mais feliz é aquela que conseguimos tirar nossa Singularidade do armário.

O problema da Singularidade é que você não se olha no espelho e ela aparece, você precisa ir descobrindo ela.

A Singularidade, isso é importante, não é algo pronto, mas um processo de descoberta continuada e progressiva, que vai se alterando no tempo.

Não existe inovação que não seja, em última instância, o desenvolvimento da Singularidade de alguém que está saindo para fora.

Como conseguimos descobrir nossa Singularidade? É um trabalho continuado de pesquisa, que se assemelha muito a criação de uma startup, é preciso ir testando e avaliando.

É preciso criar um diálogo interno de você com as suas duas mentes: a Primária e a Secundária, conhecer os seus diferentes Eus e ir inventando a sua personal vida.

E aí surge a OBRIGATÓRIA demanda pela criação de um Diário de Bordo, no qual, entre outras coisas, é possível refletir sobre essa conversa com “seus botões”.
Diários de Bordo são ferramentas fundamentais e obrigatórias para Projetos Mais Fortes de Felicidade.

Dividiria os Diários de Bordo em dois:

Os Diários de Bordo da Rotina – aqueles que vamos usando para refletir no cotidiano sobre nossos projetos mais criativos, que nos levam ao Fluxo (ou a voar no Tapete de Aladim);
Os Diários de Bordo da Crise – aqueles que usamos para nos ajudar em momentos de crise diante de situações em que Emoções Negativas passam a inundar nossas mentes.

No Diários de Bordo da Crise, eu tenho feito o seguinte procedimento como referência:

Nomear o Gatilho Stressor – aquele que dá início a uma determinada crise, que inunda a nossa mente de Emoções Negativas, comparando-os com outros parecidos;
Nomear as Emoções Negativas que aparecem – para que possamos identificá-las e compará-las com outras que já surgiram em outros momentos da nossa vida;
Procurar maneiras de lidar com a crise, procurando, basicamente, ter como meta a redução da influência das Emoções Negativas na nossa mente;
Reduzida as Emoções Negativas, que nos impedem de pensar melhor, passar ao Aprendismo, procurando transformar o limão da crise na limonada do aprendizado;
Analisar o que pode ser feito para que aquele tipo de situação não se repita mais, ou se ocorre de novo, que possamos colocar nosso novo aprendizado para rodar;
Criar Mandamentos Preventivos para que tal situação não ocorra mais;
E analisar o que daquela situação estressante pode ser útil para outras crises parecidas ou não, para irmos criando uma metodologia cada vez mais forte de superação de crises eventuais, aumentando nossa capacidade de resiliência.

Cameron defende algo do tipo, numa prática diária de um caderno de anotações para desbloquear a criatividade, escrevendo três páginas por dia – parte integrante da metodologia dela para o desbloqueio criativo.

O exercício da escrita diária é uma espécie de Pilates da Mente Secundária.

Num Projeto Mais Forte de Felicidade precisamos estar o tempo todo ativando a Mente Secundária para rever os Paradigmas Mais Atrapalhantes e reforçar os Mais Ajudantes.

Dito isso, voltemos à análise do livro da Cameron.

Diz ela:

“A verdade é que nada demora tanto a morrer quanto uma ideia ruim.”

Digamos que a tendência da sociedade é mais de conservação do que de inovação.

Temos aqui um problema, basicamente, de gerenciamento do descontrole. Quando sentimos que não dominamos determinada situação, a tendência é o surgimento de Emoções Negativas.

As pessoas não querem, no fundo, ir contra nenhuma mudança, o que elas temem é perder o controle sobre suas vidas e ser inundado de Sensações Negativas.

Isso, inclusive, é bem ressaltado no livro de Thomas Kuhn (1922-96), “Estrutura das Revoluções Científicas”, quando ele nos lembra que novos paradigmas não são aceitos de pronto pelo status quo.

As pessoas rejeitam o novo, não pelo medo do novo, mas pela perda de controle daquilo que o novo pode trazer.

E aqui podemos fazer algumas reflexões interessantes.

A dificuldade da inovação ocorre de forma mais radical nas seguintes situações:

Quando o Ambiente é mais Centralizado e menos afeito a alterações que não venham do centro e não das pontas;
Quando lidamos com pessoas com uma Taxa menor de Abstração, isso as leva a ter mais dificuldade de uso da Mente Secundária.

Quando uma pessoa está mais imersa na Mente Primária, sem capacidade de revisá-la de fora e de longe, qualquer coisa que altere as regras será vista de forma mais assustadora.

Perfis mais Inovadores, que têm uma Capacidade Abstrativa maior, têm mais facilidade de lidar com mudanças, pois não estão tão imersos nos Paradigmas da Mente Primária.

O fator principal é que não sentem a sensação de perda de controle, pois estão mais acostumados a rever os Paradigmas.

As pessoas tendem a ter medo do novo, pois temem o descontrole.

Por causa disso, podemos dizer que:

O processo de introdução de mudanças em qualquer ambiente precisa estar FORTEMENTE preocupado no gerenciamento da perda de controle, que gera emoções negativas intensas.

De maneira geral, para não se perder o controle, se inventa frases do tipo “é melhor um pássaro na mão do que dois voando.”

Quanto mais é inflexível e centralizado um Ambiente de Sobrevivência, mais os Disruptivos vão ter que aprender a dar nó em pingo-d’água.

E aí voltamos com a necessidade do Diário de Bordo, que é, basicamente, um instrumento diário de reconhecimento das emoções, nos permitindo ter uma sensação maior de controle.

Com um Diário de Bordo Existencial, conseguimos criar o hábito de analisar melhor as tempestades e ficamos mais prontos para enfrentá-las.

O Diário de Bordo Existencial nos ajuda bastante a ter mais controle sobre nossas emoções.

E aí nós entramos em outra questão relevante sobre as duas abordagens sobre os Perfis Inovadores.

Temos duas visões sobre os Perfis Inovadores ao ler diferentes autores:

Neutralidade dos Perfis Inovadores (a do Mainstream) – todo mundo pode inovar do mesmo jeito, pois não há muita diferença entre as pessoas quando se trata da inovação;
Dualidade dos Perfis Inovadores (a da Bimodais) – há pessoas que têm a mente mais abstrata (disruptivos) que têm mais facilidade para a inovação no geral e a disrupção, em particular, do que pessoas com mentes menos abstratas.

Por exemplo, no livro de Kim e Mauborgne, “A estratégia do oceano azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante”, que Bimodalizamos antes, temos ali uma abordagem da Neutralidade dos Perfis Inovadores. Como é também o caso da Julia Cameron no livro que estamos Bimodalizando agora.

Kim e Mauborgne defendem a criação de Oceanos Azuis, mas em nenhum momento – pelo menos eu não achei – destacam a importância da escolha de Perfis Disruptivos para ajudar no processo.
Cameron também acredita que “todos os artistas são visionários”, como se todos tivesse nascido com a capacidade abstrativa maior.

Há uma preocupação – válida inclusive – de que é preciso destacar que todos nós somos criativos e podemos desenvolver mais nossa singularidade, sem dúvida.

Mas determinadas pessoas nascem com uma capacidade abstrativa maior e são mais aptas para desenvolver inovações mais disruptivas.

Elas não são melhores do que as demais, apenas tem um tipo de Singularidade mais afeita a esse tipo de inovação.

Eles falam de criatividade e inovação como se todo mundo tivesse o mesmo potencial para inovar – o que não se encaixa com a minha percepção da realidade.

Isso não quer dizer que não se pode aumentar a taxa de abstração de qualquer pessoa, mas apenas que determinadas pessoas já nascem com a capacidade abstrativa maior.

Voltemos ao livro.

Ela diz:

“A identidade do artista sofredor é a raiz de muitos males: alcoolismo, promiscuidade, problemas fiscais, agressividade e um comportamento autodestrutivo em assuntos do coração. Todo mundo sabe da fama dos artistas: estão sempre sem dinheiro, são loucos e irresponsáveis. Mas e se eles não precisassem ser assim? Qual seria minha desculpa para agir dessa forma?”

Eu extrapolaria o termo “artista” e colocaria a situação de qualquer pessoa no lugar.

Diria que uma Existência Mais Tóxica este é um problema geral, que é um mal gerenciamento da nossa capacidade personalizadora.

Quando se trata de inovação, isso é um fato, pessoas mais disruptivas tenderão a ter mais dificuldade de gerenciar a sua vida.

Por quê?

A demanda por desafios é maior, não aceita muito o estabelecido, e a demanda pelo Gerenciamento Existencial se torna mais complexo.

Quem tem uma Mente Menos Abstrata acredita mais nos Paradigmas Mais Mainstream e tem um problema menor para administrar a sua inquietude.
Uma pessoa mais disruptiva faz um esforço maior para administrar a sua vida, pois tem por natureza não aceitar o que está pronto.

E aí está o “x” da questão para uma vida de um disruptivo mais sábio.

Que regras podem ser quebradas e quais devem ser respeitadas?

Temos que separar então o Disruptivismo em dois, o Tóxico e o Saudável:

No Disruptivismo Mais Saudável – as regras que estão sendo quebradas geram vidas mais saudáveis;
No Disruptivismo Mais Tóxico – as regras que estão sendo quebradas geram vidas mais problemáticas.

De maneira geral, o Disruptor tem problemas, principalmente quando enfrenta Ambientes de Sobrevivência Mais Massificadores.

Quanto mais estes Ambientes de Sobrevivência são mais Massificadores, mais o Disruptivo vai ter que ter sabedoria para evitar praticar o Disruptivismo Tóxico.

Mudando de assunto, diz ela:

“Nosso artista criativo é uma criança interior.”

Sim, o Eu Criativo precisa ser bem cuidado para que ele possa render.

De maneira geral, o Eu Criativo é o Cachorrinho Interno mais exigente que temos, pois ele precisa:

Ser identificado;
Ter seu valor reconhecido;
Precisa ser desafiado;
Ter seus tempos de descanso.

Muitas vezes cometemos um grande engano ao afirmar “eu sou criativo”. Isso é falso. O que temos é uma área da nossa mente que nos permite criar. O que fazemos é gerenciar esta área.

A criatividade vem desta área da mente que precisa ser bem gerenciada.

Você não cria, você gerencia a criatividade do seu Eu Criativo.

Esta área da mente que tem facilidade para criar NÃO é você!

Você precisa aprender a gerenciar o Eu Criativo para que ele possa render bem.

Assim, o que uma pessoa que pratica o Orgulho Saudável pode dizer é o seguinte: eu sou um bom gerente do meu Eu Criativo. Nada além disso.

Vejamos a diferença entre os dois tipos de orgulho:

Orgulho Saudável – aquele que nos orgulhamos da nossa capacidade de gerenciar nossos Potenciais Singulares e de colocá-los para agir, os resultados são relevantes, mas não são fundamentais;
Orgulho Tóxico – aquele que nos orgulhamos mais dos resultados obtidos do que de nossa capacidade de gerenciar nossos Potenciais Singulares.

Diz ela sobre os riscos de uma vida mais disruptiva:

“Salte e a rede vai aparecer.”

Sim, uma vida mais disruptiva envolve sempre riscos, pois estamos operando numa área mais de sombra do que de luz.

A disrupção nos leva ao Oceano Azul.

Porém, isso depende do apetite de risco de cada pessoa e dos contextos dos Ambientes de Sobrevivência.

Diria o seguinte, se existe um percentual de mais de 50% do projeto dar certo, vale a pena pesar o risco.

É importante no processo de Singularização aprender a criar uma relação entre o Eu Criativo e o Eu Organizador.

Um não vive sem o outro.

Quando o Eu Organizador abafa o criativo temos problema e vice-versa.

Uma vida melhor é quando conseguimos harmonizar os dois Eus: o Criativo e o Organizador, ambos habitam a Mente Secundária.

Uma outra frase emblemática:

“Lembre-se de que frequentemente resistimos ao que mais precisamos fazer.”

Interpreto de forma um pouco mais comedida.

Nem tudo que resistimos é algo que deve ser feito.

Volta a ideia da ponderação.

O Eu Criativo precisa, portanto, do Eu Organizador. Quando os dois criam uma dupla de vôlei bem afinada, as chances de se correr para o abraço é maior.

O Eu Organizador é mais cauteloso e o Eu Criativo mais atirado, mas ambos estão na Mente Secundária nos ajudando a ter vidas melhores..

É isso, que dizes?

Nepô é o filósofo da era digital, um mestre que nos guia em meio à complexidade da transformação digital.”Leo Almeida.

“Carlos Nepomuceno me ajuda a enxergar e mapear padrões em meio ao oceano das percepções. Ele tem uma mente extremamente organizada, o que torna os conteúdos da Bimodais assertivos e comunicativos. Ser capaz de encontrar e interrelacionar padrões é condição “sine qua non” para se adaptar aos ambientes deste novo mundo.”Fernanda Pompeu.

“Os áudios do Nepô fazem muito sentido no dia a dia. É fácil ouvir Nepô é colocar um óculos para enxergar a realidade.” – Claudio de Araújo Tiradentes.

Tenho duas sugestões para que você possa apoiar e participar do nosso projeto:

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Terá com isso: áudios de 18 minutos todos os dias, acesso ao novo livro “Sapiens 2.0: como viver melhor em um mundo muito mais descentralizado, dinâmico e inovador?”, participação nas lives mensais lives.

Basta depositar no pix / cnepomu@gmail.com

b) caso esteja sem tempo para entrar para a escola, mas gosta muito do nosso projeto, peço que colabore com um PIX para mantê-lo vivo, pode depositar qualquer valor no seguinte e-mail: cnepomu@gmail.com

Quem depositar qualquer valor, poderá fazer os cursos avulsos que faremos ao longo do semestre.

Agradeço à adesão à escola ou a colaboração via PIX para o nosso projeto.

Forte abraço,

Nepô.

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