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O áudio do artigo.

Link encurtado: https://bit.ly/artigobimodal280921

Introdução

O presente artigo tem a (s) seguinte nova hashtag (s):

  • #Sapiens 2.0 – as mudanças humanas, a partir do Digital.

É um Artigo Bimodal Fenomenológico (estudo do fenômeno). Não é, portanto, um Artigo Epistemológico (organizativo), pois NÃO trabalha com o detalhamento do Arcabouço Conceitual e nem levanta questões Aplicalológicas (aplicação dos estudos).

Resumo do artigo em tabela:

Vamos ao artigo:

“O maior bem do homem é uma mente inquieta.”Asimov.

Nenhuma outra espécie viva, além do Sapiens, se utiliza das tecnologias para sobreviver.

Somos a única Tecnoespécie do nosso planeta e sem entender isso fica difícil compreender a nossa trajetória.

Tecnologias criam um ambiente, uma espécie de “água do aquário”, dentro da qual “nadamos” sem perceber a sua influência nas nossas vidas.

Tecnologias criam uma espécie de Tecnoaquário Humano, que é mutante.

Modificamos, gradualmente, sem perceber a “água” do nosso Tecnoaquário pois criamos novos conceitos e novas tecnologias, que nos permitem mudar a forma como sobrevivemos.

As mudanças no nosso Tecnoaquário são OBRIGATÓRIAS, pois aumentamos, progressivamente, a população e precisamos ajudar nosso Ambiente de Sobrevivência.

Nem todas as Mudanças Tecnológicas no nosso Ambiente de Sobrevivência são iguais:

Tecnologias modificam direta, ou indiretamente, objetividades e subjetividades humanas. As objetividades são mais conscientes e as subjetividades mais inconscientes.

Temos, ao longo da história humana, três tipos de Mudanças Tecnológicas, que promovem diferentes Taxas de Alteração no Ambiente de Sobrevivência da nossa espécie:

  • as Periféricas – menor taxa (Exemplo: máquina de raio-x);
  • as Intermediárias – maior taxa (Exemplo: novas energias);
  • as Centrais – a maior de todas (Exemplo: novas Mídias).

Mídias são Tecnologias Centrais, pois são as “próteses” que influenciam direta e indiretamente nossa forma de pensar.

Vamos ao passado para exemplificar.

Na Era Oral, sem possibilidade de registrar informações, o Sapiens precisava armazenar todas elas na memória, o que determinava uma série de objetividades e subjetividades humanas.

Quando a escrita se massificou, o Sapiens pôde não só liberar a memória, mas passou a ter um registro do passado.

O Sapiens com a escrita foi se tornando uma espécie com mais capacidade de aprendizado com os erros e acertos dos nossos antepassados.

Novas Mídias promovem Mudanças Estruturais Objetivas e Subjetivas da espécie, que alteram bastante a civilização ao longo do tempo.

Quando temos a chegada e massificação de uma Nova Mídia, o Sapiens inicia um processo interno e externo de mudanças sociais.

As Revoluções Midiáticas ocorrem em dois sentidos:

  • de dentro do Sapiens para fora, através de mudanças principalmente subjetivas;
  • e de fora para dentro,  através de mudanças objetivas com o surgimento de novos produtos e serviços criados pelos Inovadores de Plantão.

Todas as mudanças que ocorrem e se consolidam tanto em cada Sapiens como na Civilização, no longo prazo, são aquelas que, de alguma forma, são consideradas por boa parte das pessoas, como algo que melhoram a sua vida.

Mudanças que agregam melhorias à sobrevivência tendem a permanecer no longo prazo e vice-versa.

O que melhora a vida das pessoas se torna, no longo prazo, Zonas de Atração e o que não melhora ou piora, se transforma em Zonas Neutras ou de Abandono.

Zonas de Atração são aquelas em que as pessoas querem imitar, usar ou morar e as outras ao contrário.

Já dissemos aqui algumas vezes:

O Futuro é uma espécie de guerrilha, que vai ocupando territórios, de forma lenta.

Mídias, entretanto, têm outro aspecto interessante.

São ferramentas utilizadas pelo Sapiens para resolver o eterno problema da Complexidade Demográfica Progressiva – o “Calcanhar de Aquiles” de uma Tecnoespécie.

Quanto mais Sapiens há no planeta, mais e mais temos que ter capacidade de nos reinventar!

O Aumento Demográfico gera novos tipos de demandas e vai tornando as soluções de sobrevivência humana obsoletas.

Mais gente no planeta, demanda uma mudança na “água” do nosso Tecnoaquário.

Uma Tecnoespécie vive, assim, sob a égide da Obsolescência Progressiva!

A Obsolescência Progressiva pode ser definida como o processo gradual de perda de capacidade do Sapiens de resolver problemas dentro das Tecnopossibilidades existentes, diante do aumento da Complexidade Demográfica. 

Por causa da Obsolescência Progressiva, o Sapiens tem que promover, de forma permanente, a Inovação Progressiva.

Vamos aqui aplicar a Animalogia para poder detalhar as mudanças que estamos passando.

A Animalogia é o estudo comparativo do Sapiens com outras espécies vivas.

Sem a Animalogia se torna impossível entender o amanhã.

Sistemas de Sobrevivência de Espécies Sociais, seja ele qual for, precisa promover um equilíbrio entre o Macro Modelo de Sobrevivência e o Patamar Demográfico.

O Macro Modelo de Sobrevivência é a forma como as espécies criam processos para se manter vivas. Tem características estruturais, que são aplicadas em todos e, de forma conjuntural, em diferentes grupos.

(Um alcateia de lobos nos Estados Unidos, por exemplo, se comparada a uma da África, terá diferenças conjunturais, mas terá estruturalmente o mesmo Macro Modelo de Sobrevivência.)

O equilíbrio entre o Macro Modelo de Sobrevivência e o Patamar Demográfico é o que podemos chamar de Equilíbrio da Sobrevivência.

O Equilíbrio da Sobrevivência tem como base a relação do Macro Modelo de Sobrevivência com o Patamar Demográfico.

Lobos, por exemplo, criaram, de forma instintiva, um Macro Modelo de Sobrevivência, que é feito sob medida para o Patamar Demográfico das Alcateias, que gira em torno de apenas 50 membros.

Formigas fizeram o mesmo.

Há um Equilíbrio da Sobrevivência entre o Macro Modelo de Sobrevivência das Formigas e o tamanho das colônias, que gira em torno de milhões de membros.

Formigas criaram, de forma instintiva, um Macro Modelo de Sobrevivência que é feito sob medida para o Patamar Demográfico das Colônias.

O Sapiens, entretanto, não criou ou altera o seu Macro Modelo de Sobrevivência, de forma instintiva.

O Macro Modelo de Sobrevivência do Sapiens é:

  • criado a partir das avaliações dos erros e acertos do passado;
  • reinventado de forma permanente, a partir de novos conceitos, novas tecnologias e novas metodologias, com um modelo estrutural mais parecido e diversas aplicações locais.

Se compararmos Lobos e Formigas vamos perceber que:

  • quando temos uma QUANTIDADE MENOR de membros de uma determinada Espécie Social, é possível operar com um Macro Modelo de Sobrevivência mais vertical. Em geral, se usa a Comunicação Sonora;
  • quando temos QUANTIDADE MAIOR de uma determinada Espécie Social, é NECESSÁRIO operar com um Macro Modelo de Sobrevivência mais horizontal. Em geral, se usa a Comunicação por Rastros Químicos.

Por causa do Patamar Demográfico, lobos precisam ter Líderes-Alfas sonoros para conduzir a alcateia já as formigas, não. Formigas se utilizam do Modelo de Sobrevivência dos Líderes Contextuais, através de Rastros Químicos.

Líder Contextual é aquele membro de um determinado grupo, no caso de uma colônia de formiga, que tem uma informação relevante em um determinado momento, a passa adiante, e depois volta a seguir outro Líder Contextual. É o que ocorre nas Organizações 2.0, ao se curtir ou não curtir determinado “caminho“.

A Topologia de Sobrevivência das Formigas é compatível com o Patamar Demográfico delas.

Temos assim, o seguinte:

  • Lobos se utilizam de um Macro Modelo de Sobrevivência baseado em sons, que demanda um Líder-Alfa para interpretar cenários e decidir o melhor para a alcateia;
  • Formigas se utilizam de um Macro Modelo de Sobrevivência baseado em Rastros Químicos, que NÃO demanda um líder-alfa para interpretar cenários e decidir pela colônia, já que as decisões são distribuídas, via Líderes Contextuais.

Uma Tecnoespécie, como o Sapiens, entretanto, tem um Equilíbrio da Sobrevivência Mutante.

O Equilíbrio da Sobrevivência Mutante tem como base a relação do Macro Modelo de Sobrevivência com o Patamar Demográfico do Sapiens, que aumenta e, por causa disso, vai se desequilibrando e precisas ser reinventado para poder se reequilibrar!

Quando aumentamos a população, promovemos um fenômeno sistêmico denominado Desequilíbrio Civilizacional.

Passamos a viver uma Macro Crise Civilizacional, pois o Macro Modelo de Sobrevivência, mesmos os aplicados nas Zonas de Atração, não é suficiente para resolver as novas demandas do Sapiens.

Assim, o Sapiens vive um fenômeno, até então desconhecido, que é o do Macro Modelo de Sobrevivência Transversal.

O Macro Modelo de Sobrevivência Transversal nos permite migrar de Macro Modelos de Sobrevivência de uma Espécie Social para outra, como é o caso agora do Modo Lobo para o Modo Formiga.

O Macro Modelo de Sobrevivência Transversal permite ao Sapiens migrar de Topologias de Sobrevivência de espécies mais verticais para as mais horizontais, conforme a mudança, sempre para cima, do Patamar Demográfico

Quando uma Tecnoespécie aumenta o Patamar Demográfico, a tendência da com o tempo é viver:

  • um Desequilíbrio da Sobrevivência, quando o Macro Modelo de Sobrevivência passa a não ser mais compatível com o novo Patamar Demográfico;
  • e migrar, a partir de Revoluções Civilizacionais de Macros Modelos de Sobrevivência de Espécies Sociais mais verticais para os mais horizontais para promover um Reequilíbrio da Sobrevivência.

Isso atende a uma regra geral de qualquer sistema vivo formado por vários membros.

Quanto mais você aumenta a complexidade de um dado sistema vivo, mais e mais há uma necessidade de promover a descentralização das operações e decisões para combater a entropia.

O Sapiens, assim, é uma Tecnoespécie, que tem um Equilíbrio de Sobrevivência Transversal e Progressivo.

O Equilíbrio de Sobrevivência Transversal e Progressivo do Sapiens vai na direção de cada vez mais descentralização para que possa lidar com a Complexidade Demográfica Progressiva.

Se antes o Modo Lobo servia ao Sapiens como Macro Modelo de Sobrevivência, mais Sapiens tem nos feito, tender para o Modo Formiga.

O Equilíbrio de Sobrevivência Transversal e Progressivo do Sapiens, se comparado com outras espécies, tende a migrar de espécies menos numerosas e, com o tempo, as mais numerosas.

Os estudos que são feitos sobre complexidade, diante das demandas da sociedade, têm cada vez mais estudado as formigas, pois parece que é a base de inspiração do novo Macro Modelo de Sobrevivência do Sapiens.

(Vejam o livro “Emergência” do Steve Johnson.)

Se compararmos as Organizações 1.0 com as 2.0 (Uberizadas ou Blockchenizadas) vamos notar que as primeiras operam no Modo Lobo e as segundas no Modo Formiga.

As formigas operam através do uso intenso de Rastros Químicos, que permitem que cada membro possa ser, ao mesmo tempo, “curtir” e “descurtir” as melhores opções de sobrevivência.

Se uma formiga qualquer descobre comida, passa a ser uma Líder Contextual, avisando a outros membros da colônia, através da comunicação por Rastros Químicos.

A formiga que achou comida passa a ser num curto espaço de tempo uma Líder Contextual e no momento seguinte volta a ser um membro qualquer, seguindo outra que tenha feito alguma descoberta similar.

Na colônia de formigas há um aumento radical na Taxa de Cooperação e Interação para que se possa superar o desafio de sobreviver dentro de um elevado Patamar Demográfico.

O Waze, por exemplo, é um exemplo típico da imitação do modus operandi de uma colônia de formigas.

Antes do Digital, era impossível imaginar um Waze, uma Zona de Atração do Modo Formiga.

O Mundo Digital permitiu que cada Sapiens ao navegar passasse a registrar as suas atividades em um banco de dados, num modelo similar, com as devidas adaptações, aos Rastros Químicos das formigas.

O DNA das Organizações 2.0 é justamente a passagem do modus operandi de uma alcateia de lobos, na qual estão as Organizações 1.0 para o modus operandi de uma colônia de formigas.

Obviamente, que quando o Sapiens, de forma inconsciente, passa a imitar o modus operandi das formigas não está virando ou sendo formiga. Ao contrário, a Crise Civilizacional que passamos hoje é justamente esta:

O Sapiens tem hoje um Patamar Demográfico similar a uma colônia de formigas e um Macro Modelo de Sobrevivência parecido com o dos Lobos.

Vivemos hoje um Desequilíbrio Civilizacional e toda a Revolução Midiática, que estamos passando, desde a chegada do Digital, visa estabelecer um Reequilíbrio Civilizacional.

Todo o ajuste que será feito dentro da Civilização 2.0 é na migração lenta e gradual do Modo Lobo para o Modo Formiga em todas as áreas da sociedade, adaptando o que for possível, conforme cada caso, como detalhamos em diversos artigos sobre os setores.

  • Pela primeira vez, em toda a Macro-História humana estamos abandonando o que podemos chamar de Macro Modelo de Sobrevivência Mamífero, que demanda Líderes-Alfas Sonoros;
  • E estamos iniciando nossos primeiros testes no Macro Modelo de Sobrevivência Insetífero, imitando o Modo Formiga, que demanda Líderes Contextuais por Rastros Químicos.

O Sapiens 2.0, ao se utilizar, de forma gradativa, as novas mídias está objetiva e subjetivamente, mais e mais, adepto a esse novo Macro Modelo de Sobrevivência Insetífero.

Macro Modelo de Sobrevivência Insetífero é aquele que se utiliza de Rastros Químicos para resolver os problemas.

O que assistiremos ao longo das próximas décadas é o seguinte:

  • mais e mais inovações na direção da migração do Modo Lobo para o Modo Formiga;
  • a resistência de quem se beneficia ou não consegue abandonar o Modo Lobo;
  • e o surgimento de Zonas de Atração, Neutras e de Abandono, que se definirão justamente pelas decisões que tomarão diante dessa Encruzilhada Civilizacional, adotando, ou não, o Modo Formiga.

Podemos denominar o Modo Formiga como o epicentro da Civilização 2.0 e do surgimento de um novo Sapiens 2.0, que tentará criar Zonas de Atração com mais harmonia entre o atual Patamar Demográfico e o novo Macro Modelo de Sobrevivência mais compatível.

É isso, que dizes?

Colaborou o Bimodal: Átila Pessoa

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