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O áudio do artigo.

Link encurtado: https://bit.ly/artigobimodal170921

Introdução

O presente artigo tem a (s) seguinte hashtag (s):

  • #Política_2.0 ou Política Digital, uma nova forma que o Sapiens irá encontrar para tomar decisões coletivas, de forma mais participativa com cada vez menos políticos.

É um Artigo Bimodal Fenomenológico (estudo do fenômeno). Não é, portanto, um Artigo Epistemológico (organizativo), pois NÃO trabalha com o detalhamento do Arcabouço Conceitual e nem levanta questões Aplicalológicas (aplicação dos estudos).

Resumo do artigo em tabela:

Vamos ao artigo:

“Para melhorar é preciso mudar. Para atingir a perfeição é preciso mudar sempre.” – Winston Churchill.

Política: atividade voltada para governar, administração de nações ou Estados.

Temos desenvolvido uma série de artigos procurando analisar o futuro em diversos setores.

Temos a seguinte base comum, que vale para todos os setores da sociedade:

O Sapiens 2.0, com as mudanças objetivas e subjetivas em curso em função do novo Ambiente de Sobrevivência, a partir das Tecnopossibilidades das Novas Mídias, demandará cada vez mais agilidade, personalização e participação a baixo custo.

Somos uma Tecnoespécie Mutante, que pode aumentar a população, mas se vê obrigada, independente do momento histórico em que vive, a estar o tempo todo praticando a Inovação Progressiva.

A Inovação Progressiva é uma obrigação da espécie de promover ajustes incrementais, radicais ou disruptivos para poder lidar, de forma mais adequada, com a Complexidade Demográfica Progressiva.

Temos hoje, em função das Tecnopossibilidades do Digital, a opção de promover uma disruptiva Reintermediação dos Processos de Sobrevivência, que atingirá todos os setores da sociedade, incluindo a atividade política.

Mídias, entre outras influências sobre a sociedade, definem o Macro Modelo de Intermediação, a partir de suas Tecnopossibilidades.

O Macro Modelo de Intermediação é a forma como resolvemos problemas, de forma hegemônica, a partir das Tecnopossibilidades existentes. Estamos saindo do Modelo de Intermediação Analógico (Gestão) para o Digital (Curadoria).

A Política 1.0 é o resultado do que conseguimos inovar com as Mídias Analógicas, que nos legou a atual Intermediação Política, na qual as pessoas são OBRIGATORIAMENTE representadas por políticos.

A Política 1.0 foi a melhor forma, até o momento, de administrar decisões coletivas, pois inovamos, ao máximo, dentro das Tecnopossibilidades Midiáticas, que tínhamos disponíveis.

Algumas lições importantes.

O Sapiens faz sempre o que é possível dentro das Tecnopossibilidades existentes. Nada além disso.

O Sapiens vive dentro de “muros” tecnológicos e precisa de novas tecnologias para que possa ultrapassá-los.

Me apresente os Limites Tecnológicos e te apresentarei as possibilidades que temos a cada momento histórico para sobreviver.

Quando temos novas Tecnopossibilidades, o impossível se torna possível.

Quando aumentamos a população, a forma como resolvemos problemas em TODOS os setores passa a ficar, progressivamente, obsoleta.

Não é diferente na política.

Hoje, praticamos nas Zonas de Atração, ao longo dos últimos séculos, a Política 1.0, na qual alguém intermedia o desejo dos demais para a tomada das decisões coletivas.

Na atualidade, políticos recebem votos, com a promessa de atender às reivindicações das pessoas e passam a representá-las, através de um processo de Reintermediação Política Analógica.

Vivemos hoje uma Revolução Civilizacional, que impactará todos os setores, sem exceção, incluindo a área política.

Em todos os setores, o que assistiremos é a passagem de um tipo de Intermediação de Sobrevivência, que ficou obsoleta para uma que permita superar os impasses do exponencial aumento demográfico que tivemos.

A obsolescência do Ambiente Político Analógico, como em todos os outros setores, tem uma causa principal: o aumento demográfico.

E uma solução geral: o uso inteligente e criativo dos novos Macro Modelos de Intermediação Mais Ágeis.

A crise do atual Ambiente Político Analógico, portanto, não se resolverá com novas tecnologias sobre o mesmo modus operandi, mas novas tecnologias sobre um novo e disruptivo modus operandi.

Mídias criam Ambientes de Sobrevivência Emergentes que vão se espalhando na sociedade, através dos inovadores de plantão e, aos poucos, vão reestruturando os setores com novas filosofias, teorias, metodologias, tecnologias e operações.

Com o crescimento populacional –  ainda mais em países como o Brasil (que cresceram sete vezes em 120 anos) – cada vez mais cada político passou a ter o peso e a responsabilidade de representar cada vez mais gente.

Há uma crise de representação tanto quantitativa como qualitativa.

Vejamos o caso do Brasil em particular, mas serve, em algum grau, para todos os países do mundo.

Hoje, temos em Brasília (513 deputados e mais 81 senadores), o que nos dá o total de 594 políticos.

Se tivéssemos este mesmo número de políticos na capital federal em 1900, quando éramos 30 milhões de brasileiro, teríamos a seguinte relação político versus cidadão:

  • Em 1900, cada político em Brasília representaria algo em torno 50 mil brasileiros;
  • Em 2021, cada político em Brasília tem que representar 350 mil brasileiros.

Temos, claramente, um problema de quantidade versus representação na Política 1.0, pois cada político saltou da representação de 50 para 350 mil brasileiros.

Aumentamos exponencialmente o número de brasileiros em sete vezes, em 120 anos, que esperam, de alguma forma, ser representados pelos mesmos políticos.

O que ocorreu no Ambiente Político e em todos os outros Setores de Sobrevivência da sociedade é um progressivo “não conseguir atender as demandas por incapacidade de Ferramental Tecnológico e Conceitual para geração das ofertas compatíveis”.

O Ferramental Tecnológico e Conceitual da Política 1.0 ficará cada vez mais obsoleto com o avançar da Revolução Civilizacional Digital.

O mesmo está ocorrendo na Ciência, na Justiça, nas Cidades, entre outros setores.

Com o aumento populacional no Brasil, cada político precisa representar cada vez mais gente, que tem, sobretudo, demandas cada vez mais particulares.

Temos no Digital o aumento radical da Taxa de Personalização, que agrava ainda mais o problema da obsolescência da Política 1.0.

A Taxa de Personalização é uma tendência humana de aumentar a individualização com a chegada de novas Mídias Descentralizadas.

Mídias Mais Concentradas, como no século passado, criaram Subjetividades Mais Massificadas e Mídias Mais Descentralizadas criam, ao longo do tempo, Subjetividades Mais Personalizadas. 

Hoje, com o Digital está explicitada uma crise de representação política, pois o Modelo de Intermediação Política 1.0 é cada vez menos compatível com a Sapiens 2.0.

O Sapiens 2.0 é um demandante voraz de agilidade, personalização, participação, ao menor custo possível.

Antes do Digital, de fato, os políticos passaram a representar cada vez mais gente, porém os eleitores estavam sob o efeito do aumento da Taxa de Padronização das Mídias Mais Centralizadas.

A crise na Política 1.0 era latente, mas não tão explícita como agora diante de um Sapiens mais exigente em um mundo cada vez mais participativo e transparente.

Hoje, houve uma explosão da personalização e isso torna o modelo, cada vez mais obsoleto.

Assim, mais e mais haverá a demanda da sociedade em querer rever o atual Ambiente Político.

Não só pela quantidade de cada vez mais gente para os mesmos políticos, mas por que as demandas são cada vez mais particulares e são impossíveis de serem expressas por um representante.

Na Política 2.0, estamos prevendo Ambientes Políticos com menos intermediação,  com decisões coletivas mais diretas e mais próximas das pessoas.

A implantação da Política 2.0 não vai ocorrer na semana que vem, mas será uma tendência em diversos países.

Haverá a demanda cada vez maior por um processo de Reintermediação Política, com o cidadão demandando a passagem das decisões para cada vez mais perto e de forma cada vez mais direta e ágil.

Se a Escrita Impressa teve como consequência o fim dos Absolutismo e o surgimento das Repúblicas Liberais, o Digital nos legará um novo modelo ainda mais descentralizado e distribuído, que podemos chamar de Pós-Liberal (até surgir um nome melhor).

Isso tudo gerará uma onda de renovação política, na direção da descentralização, com o uso intenso de Plataformas Participativas.

Mais e mais as pessoas perceberão que o que elas precisam, em termos de decisão coletiva, não pode ser mais resolvido pela atual Política 1.0.

Países, regiões ou cidades que adotarem a Política 2.0 gerarão Zonas de Atração. E os que resistirem ficarão nas Zonas Neutras ou de Abandono.

Renovar disruptivamente, de forma inteligente, inovadora, através da experimentação gradual, o Ambiente Político é preciso!

É isso, que dizes?

Colaborou o Bimodal: Augusto Borella.

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Os parágrafos que estão deslocados foram selecionados como as melhores frases do mês ou as definições conceituais mais relevantes, que são enviadas regularmente para os Bimodais e incluídas no Mapa Mental dos Bimodais para consulta permanente.

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One Response to “Política 2.0: a tendência é não termos mais políticos”

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