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No nosso diagnóstico, só existe uma forma de compreender as mudanças que a sociedade e os negócios vem passando: analisar a macro história e comparar com fenômenos similares.

O fenômeno similar recorrente é: mudanças de mídia ao longo da história, que alteraram a civilização de forma marcante: gestos, oralidade, escrita e agora o digital.

Os pensadores da Antropologia Cognitiva (que estudam esse fenômeno) criaram, assim, nova lei para a espécie humana, que não era evidente antes:

  • mudou a mídia, a placa mãe da espécie, mudou a civilização.

Podemos ainda ir além, quando aprofundamos o tema.

Mudou a mídia, mudou o próprio sapiens, pois passamos a ter um ambiente diferente para nos comunicar e administrar problemas.

Motivo: o Sapiens, de temos em tempos, precisa OBRIGATORIAMENTE de novas formas de se organizar para lidar com novo patamar de complexidade demográfica.

Alteramos o que podemos chamar de DNA Civilizacional.

O DNA Civilizacional é formado pelos códigos de comunicação e administração, que definem o que podemos fazer na sociedade e nossos limites.

Quanto mais aumentamos a população, mais estes limites tecno-civilizacionais começam a ser questionados e mais queremos criar novas alternativas para superá-los.

Leia-se novas mídias e novo DNA Civilizacional.

Assim, caminha a humanidade.

No mundo pré-digital, não era possível ter um Uber e agora é, justamente por causa do novo DNA Civilizacional 2.0.

O Uber se utiliza do novo DNA Civilizacional disponível para resolver, de uma nova maneira, algo que não era possível antes.

Sem o novo DNA Civilizacional era impossível abrir mão de gerentes e agora já é.

Dessa forma, podemos criar uma nova classificação do sapiens, dividindo pelos DNAs civilizacionais existentes. Podemos perceber que:

  • O DNA Civilizacional 1.0 (Mamífero) – até a chegada do Digital era próximo, ou imitava bem o modelo de comunicação e administração dos mamíferos: líder-alfa com comando e controle mais fixo.
  • O DNA Civilizacional 2.0 (Insecto) – percebemos disrupção no modelo de comando e controle, muito mais próximo dos insetos e isso precisa de uma classificação adequada.

Assim, podemos dividir a nossa espécie em duas, a partir dos DNAs Civilizacionais:

  • Sapiens 1.0 (Mamífero) – até a chegada do digital, com o DNA Civilizacional específico;
  • Sapiens 2.0 (Insecto) – pós-digital, idem.

Note que a classificação, provisória, deixa claro a guinada neste novo século, pois passamos a ter um DNA Civilizacional Disruptivo, no qual abandonamos pela primeira vez o modelo próximo dos mamíferos.

O novo DNA Civilizacional 2.0 (Insecto) nos permite resolver problemas de forma exponencial na complexidade demográfica atual.

O Sapiens 2.0 (Insecto) é diferente do 2.0 (Mamífero), pois de forma inusitada temos:

  • decide nas grandes e novas comunidades de trocas e consumo por rastros e não mais por sons;;
  • a liderança é contextual e não fixa, depende da reputação digital (por rastros) de cada membro nas plataformas;
  • não há mais um líder controlador de produtos e serviços, mas comunidades de consumo, que administram o acervo, reguladas por algoritmos.

Tudo que pensarmos de inovação e de futuro, que vai gerar valor, será obra do Sapiens Insectus e não do Mamiferus.

É isso, que dizes?

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Um dos formandos da escola me disse  seguinte:


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