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Não é incomum um cirurgião diagnosticar e operar.

Porém, o ideal é que tenhamos dois profissionais:

  • o que diagnostica;
  • e depois o que opera.

Temos na medicina um amplo leque de organizações que fazem exames. Igual aos legistas num crime.

O legista dá um laudo, mas quem investiga é o policial, muitas vezes o legista não sabe nem quem está sendo acusado.

É importante a separação entre quem tem que ajudar ou fazer diagnósticos e aqueles que vão executar.

Quando é a mesma pessoa há um interesse óbvio envolvido e também um certo “piloto automático” de que é sempre melhor operar.

Se um médico cirurgião está acabando de reformar o consultório e precisa de dinheiro, será que ele vai rejeitar alguém que pode esperar mais dois anos para ver se realmente precisa ser operado?

O ideal, do ponto de vista ético e operacional, que não.

O problema que temos hoje no mercado de Transformação Digital é de que o Diagnóstico/Tratamento estão sendo feitos pelas mesmas pessoas.

Empresas de consultoria vendem o exame, o tratamento e a operação e vendem o que é mais interessante, geralmente, para elas e não para o cliente!

A pessoa vende um pacote de Transformação Digital, no qual o diagnóstico/tratamento já está pronto e ele vende integrado, sem uma independência se o diagnóstico vai REALMENTE ajudar o cliente.

Profissionais de Inteligência Competitiva, de maneira geral, não se envolvem na execução das Metodologias de Ação propostas.

São Profissionais que trabalham com mais abstração e tem capacidade de compreender as forças envolvidas.

São feitos para diagnosticar e propor mudanças, mas não executá-las, pois isso os levará a propor diagnósticos afinados pelos interesses de quem vai executar a metodologia de ação.

Por isso é preciso ter uma Ética do Profissional de Inteligência Competitiva, vejamos alguns pontos que me deveriam ser observados:

1 – o PIC não deve executar as Metodologias de Ações Competitivas propostas;

2 – deve acompanhar para fazer os ajustes, mas não se envolver diretamente, pois acabará influenciando o diagnóstico/metodologia;

3- ele deve ser remunerado para diagnosticar para que possa ter independência, mas se compromete com os resultados;

3 – o cliente para o PIC não tem razão, pois ele se compromete com diagnósticos e tratamentos que o cliente muitas vezes não quer aceitar.

A função em detalhes do PIC pode ser vista aqui.

One Response to “Quem faz o diagnóstico, não pode ter o interesse em “operar””

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