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De fato é bom pensar o digital em três ondas para separar o joio do trigo.

Muitos autores falam do impacto da digitalização na sociedade e nos negócios e isso é inegável.

Porém, isso é um efeito da primeira onda com a chegada dos computadores (de grande e micro) impactantes, desde 1960.

Podemos ver a chegada da Internet como a segunda onda e as plataformas participativas marcando a terceira onda.

Quando analisamos autores que falam de Transformação Digital falta a eles um pouco uma separação destes três momentos.

De fato, a digitalização quebrou muitas organizações e significou fortes mudanças na última década, mas vivemos hoje outro momento.

A chegada das plataformas participativas não pode mais ser chamada de digitalização dos negócios.

O Uber não digitalizou a cooperativa de táxi, assim como o Airbnb não fez o mesmo com os hotéis. Eles uberizaram o modelo administrativo!

O somatória das duas outras ondas criou, com várias tecnologias em sinergia, bem como novos empreendedores com outra mentalidade, o que podemos chamar da Terceira Onda, que podemos chamar de  Curadora.

Algo bem mais disruptivo do que as outras duas.

O Uber inaugura novo modelo de administração, pois o grande valor que gera para os clientes é oferecer produtos e serviços muito mais baratos e de melhor qualidade, pois “assassinou” o gerente.

Ele tem um fator exponencial (Geest, Malone e Ismail) ou assimétrico (Rogers) em relação as outras organizações.

É disruptivo na opinião de Rogers, pois oferece algo que os antigos concorrentes não conseguem oferecer.

Por quê?

Há na Terceira Onda Digital Curadora uma grande novidade: a chegada de novo modelo de administração sem gerentes,  no qual consumidores decidem, apoiados por Inteligência Artificial.

Podemos dizer que tudo foi se encaminhando para a criação de modelo de administração mais sofisticado para lidar com patamar de complexidade demográfico muito maior.

Porém, o interessante que isso se deu em ondas.

Quando se lê os livros sobre Transformação Digital se vê claramente que se trabalha ainda na segunda onda, quando a digitalização imperava como elemento disruptivo.

O que era para ser “disruptado”, acredito que já foi.

O que é preciso agora é analisar a chegada da Terceira Onda Digital Curadora, que o que está gerando novas organizações com mais exponencialidade e mais assimétrias em relação às concorrentes tradicionais.

A Terceira Onda Digital, horizontalizando relações, permitiu também além da Curadoria, aumento da taxa de aceleração da da inovação, o que fez de certa forma um revival na segunda onda digitalizadora.

Um projeto de Transformação Digital, assim, não pode se basear nos paradigmas da Primeira e Segunda onda, pois a grande ameaça, se ocorre no respectivo mercado, é a chegada disruptiva da Curadoria.

É preciso criar ações para que a organização tradicional se antecipe a ela.

É isso, que dizes?

 

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