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Marx definiu, baseado muito na cosmovisão católica/monarquista, o mundo entre dois pólos, inferno e céu: proletariado versus empresários.

A base filosófica é essa com variações econômicas. Não é à toa que todo regime baseado em Marx acaba sempre em algum tipo de tirania, império.

Assim, a divisão entre dois pólos na sociedade, é algo que vêm de determinadas cosmovisões religiosas primitivas, que dividem o mundo em apenas duas contra-posições.

Um diabo e um santo em eterna luta, o que é de fácil compreensão para qualquer pessoas com baixa autonomia de pensamento.

A base da cosmovisão marxista, assim, se mantém nos princípios medievais estruturantes da monarquia e do catolicismo.

Quando alguém se diz “de direita”, na verdade, admite que existem dois pólos de poder válidos na sociedade, em contra-posição a alguém que é “de esquerda”.

Tenho insistido que essa narrativa “de direita” é reforçar a cosmovisão primitiva entre nós/eles que precisa ser superada, principalmente na maneira de pensar, que se reflete naquilo que dizemos.

Se olharmos a macro-história vemos que a sociedade humana procura sair ao longo do tempo da visão primitiva de mundo (bom/mau) para uma visão mais científica de diferentes forças em conflito a cada situação, numa complexidade de pensamento mais ampla.

Podemos situar, por exemplo, o catolicismo totalitário medieval,  o totalitarismo marxista, ou a sua variante o nazismo e o fascismo e agora o islamismo como projeto de poder como algo de um passado.

Que tem retornos no presente, pois se alastra em setores da sociedade, nos quais houve forte aumento demográfico e não se acompanhou a autonomia de poder, fundamental para a superação desse tipo de primitivismo de pensamento.

Não consigo me posicionar politicamente ao dizer que sou contra, por exemplo, a uma religião (oficial ou disfarçada) dogmática.

Quando abraço a cosmovisão libertária, de liberdade dos indivíduos, defesa do consumidor (e não de trabalhadores ou empresários) não é uma contra-posição a algo, mas uma projeto de sociedade.

Não sou “de direita”, pois a “esquerda” não é um projeto válido de poder, baseado em cosmovisão aberta, resiliente aos fatos, mas algo que não me serve de referência.

Existem pessoas republicanas e não republicanas (caso dos marxistas). E dentro da república temos diferentes cosmovisões da melhor forma de resolver problemas dentro dela.

Quando aceito me referenciar como pessoa de “direita” estou deixando de observar que o projeto “de esquerda”, na maioria das vezes, é anti-republicano. E, ao invés de ajudar no debate, estou embaralhando o mesmo.

Uma das funções dos liberais, é o discurso mais racional, baseado na experiência do passado menos religioso e dogmático.

É preciso trazer uma narrativa cada vez mais clara e objetiva, colocando cada proposta para a sociedade no seu devido lugar.

Não posso também dizer que sou anti-islâmico, ou anti-nazista, pois isso me tira a possibilidade de afirmação. Passo ser algo em negação a outro, isso é válido, num primeiro momento, mas isso não pode me definir.

Quando alguém se diz “de direita”, ao invés de estar combatendo quem é “de esquerda”, na verdade, está validando algo que não é, mas passa a ser projeto válido de poder.

Se dizer liberal, libertário, contra todas as formas de centralização de poder, de restrição ao direito da livre escolha dos consumidores, me parece algo muito mais profícuo.

Deixando claro que o marxismo e variantes não são projetos válidos de poder, como a história tem insistido em demonstrar.

O que dizes?

 

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