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A queda de 46% para 10% em três meses pode ser explicada pelo modelo de campanha da presidente, no chamado marketing político anti-republicando, que foi executado, ao estilo do Foro de São Paulo pelo seu marqueteiro principal: João Santana.

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De maneira geral, o conceito da república é:

  • – cosmovisões diferenciadas que convivem na mesma sociedade, com metodologias diferentes de atuação na sociedade;
  • – que se estruturam em partidos, que defendem a cosmovisão e suas metodologias e as aplicam após ser escolhidos.

A criação do Foro de São Paulo e de um projeto de poder, chamado de Socialismo do Século XXI, com um forte viés anti-republicano, trouxe à cena o marqueteiro, dito de sucesso, João Santana.

O marketing político que ele passou a fazer nas campanhas de Chavez e Maduro, com um currículo sempre ligado aos projetos do Foro, até fora da AL:

Lula da Silva (2006) e Dilma Roussef (2010 e 2014), no Brasil; Hugo Chávez (2012) e Nicolás Maduro (2013), na Venezuela; Mauricio Funes, em El Salvador; Danilo Medina, na República Dominicana; e José Eduardo Santos, em Angola. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Santana).

O modelo não é assim para se manter a república rodando, mas um projeto de vencer as eleições, de qualquer maneira, para implantar um novo modelo político de forte controle de uma cosmovisão sobre as outras, que perderiam a capacidade moral de estar no poder, vide Venezuela, onde ele apoiou Chavez e Maduro.

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Assim, a campanha não é feita para se governar depois, mas para ir, como foi na Venezuela, através do enfraquecimento das instituições republicanas, implantar um regime de força/marketing, no qual não há oposição.

A campanha “vitoriosa” não visa portanto, como o nome já diz, marketing, defender e propagar a marca (a cosmovisão do grupo) dentro da república, defendendo as suas qualidades, mas apenas a desqualificação do adversário e criar a peça publicitária que for para ganhar.

É um estilo de marketing político anti-republicano, que explora todas as brechas da legislação para chegar e se manter no poder.

O problema é o pós-eleição como vemos agora no Brasil, pois, diferente da Venezuela, não se avança aqui no regime de força e é preciso haver algum elo entre a campanha e o governo: o que simplesmente foi abandonado já nos primeiros dias.

O marketing político republicano exige um compromisso entre o que se diz que vai fazer o que vai fazer de fato, dentro de um limite razoável de possibilidades.

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A grave crise que enfrentamos de uma presidente com 10% de aprovação a menos de 4 meses de mandato é justamente o esvaziamento total dos princípios republicanos, expressos na campanha.

Ela não representa ninguém, pois quem não votou nela não acredita ser ela a pessoa indicada de defender a sua cosmovisão. Es os que votaram se sentem traídos, pois ela não faz o que disse que ia fazer. Alguns setores mais iludidos acreditavam que o PT ia caminhar para o modelo Venezuelano, o que encobriria essa crise, mas isso é quase impossível no Brasil, já que diferente de lá, entre outros aspectos:

  • – o PIB não é estatal;
  • – o exército não é bolivariano;
  • – não existem milícias;
  • – o país tem 200 milhões de habitantes;
  • – há uma complexidade muito maior;
  • – e há centros como São Paulo, que é completamente avesso ao modelo estatista proposto.

Ou seja, fizeram o marketing político venezuelano no Brasil, ou o marketing do Foro de São Paulo e o resultado é este.

O marqueteiro, como diz no Wikipedia dele: “Considerado um dos mais importantes consultores políticos do Brasil – e, entre eles, o de maior projeção internacional.” Tem um modelo de fazer marketing anti-republicano, que consegue até eleger, mas não é capaz de garantir a governabilidade, quando a corda é esticada como foi.

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É preciso criar instrumentos que impeçam esse tipo de marketing perverso, ao ponto, por exemplo, de impedir o candidato que continue governando depois de um escancarado e explícito estelionato eleitoral.

É isso, que dizes?

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