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Consumidor 3.0

Existe uma luta surda na sociedade hoje contra os monopólios ineficientes públicos e privados, que foram criados no século passado.

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  • A concentração de mídia gera concentração de renda e poder.
  • Bem como, a descentralização de mídia, nas asas da Internet, pressiona para a desconcentração de renda e poder.

Existem dois movimentos, que considero mais eficazes, em paralelo, para reduzir estes monopólios.

  • Legislações – que protejam mais e mais a livre iniciativa, que evitem que o estado cresça, bem como, que organizações privadas ineficiente possam, via lobbies, criem nichos de mercado de baixa competição, desempoderando os consumidores.
  • Tecnologias participativas digitais – que sejam estimuladas para que mais e mais se implantem o Reputacionismo Digital, que permite de baixo para cima a avaliação de produtos e serviços, não só exercendo o poder de consumo, mas também o de indicar para os outros consumidores as falhas, repartindo experiências (exemplo Reclameaqui.com.br).

Assim, o movimento de descentralização social não será apenas feito, através de criação de plataformas, mas, também por projetos políticos de descentralização, com espelhamento econômico.

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Uma redução radical do estado, bem como, das organizações privadas que usam o estado e legislações que foram criadas para manter seus monopólios ineficientes, vide, no nosso caso, bancos, empresas de aviação, empreiteiras, planos de saúde, empresas de telefonia, de rádio e televisão.

O governo, por exemplo, defende a regulamentação da mídia e o melhor que temos que fazer é justamente o contrário: desregular, abrindo a mídia para empresas estrangeiras, liberando faixas de rádio e de televisão, sem anuência estatal, para termos muito mais emissoras, do que temos hoje.

O mesmo na área bancária, onde sites que querem que vizinho empreste dinheiro para vizinho sejam proibidos, como já ocorreu no país.

Ou ainda que empresas de aviação estrangeiras possam competir com as nacionais, ou pequenas empresas possam ser criadas pelo interior do Brasil.

O problema é que temos uma visão, quando falamos em livre mercado, de que o livre mercado é para que grandes grupos controlem o estado, criando um livre mercado para monopólios ineficientes. Ou seja, para um livre uso do mercado pelos monopólios ineficientes, que é o que tem acontecido até então no século XX.

Isso não é livre mercado, isso é mercantilismo, com proteção para os monopólios ineficientes agirem, com um certo conluio dos estatistas com os mercantilistas, que se invertem, mas mantém seus privilégios, a despeito do consumidor e da sociedade.

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Livre mercado para valer é algo que é simples ver se está acontecendo. Nele, quem tem poder é o consumidor. Se não é assim não é livre mercado. Quem passa a mandar não são as organizações, mas o cidadão/consumidor, que passa a ser a balança para definir que empresas vão adiante e quais vão para trás.

Isso é sim liberalismo na veia, mas mais do que liberalismo precisamos entender que vivemos no início de uma revolução cognitiva e temos hoje uma nova forma de “reputacionar” produtos e serviços, sejam eles estatais ou privados.

Por isso, acredito que temos que falar hoje de liberalismo 3.0.

Plataformas digitais colaborativas permitem a participação de massa, na qual empresas que são concessionárias ou administradas pelo Estado podem ser avaliadas de fora para dentro como um critério de avaliação, continuidade e permissão para reajustes, por exemplo.

(Estou ajudando a bolar um projeto destes aqui no Rio para fiscalização pelo cidadão da frota de ônibus.)

Assim, o liberalismo 3.0 (novas legislações e novas tecnologias) será a arma do consumidor 3.0, que defenderá um estado cada vez mais limitado, um ambiente cada vez mais competitivo, e, portanto, livre, no qual o consumidor terá cada vez mais voz e poder, reduzindo custo e aumentando benefícios.

Em tal modelo, no qual teremos menos serviços estatais, os recursos do estado serão maiores para combater as desigualdades que, a meu ver, devem ser resolvidas, através de entrega de vouchers para que o cidadão mais carente possa também escolher o melhor serviço privado para resolver seus problemas.

E não ser obrigado a ter apenas uma opção de escolha estatal como é hoje, que pela qualidade do serviço,  nem sempre podemos chamar de pública.

É isso, que dizes?

 

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