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Uma campo de estudos na área social traz para a sociedade a possibilidade de analisar a sociedade sob um novo ponto de vista.

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A Antropologia Cognitiva, que se dedica ao estudo das rupturas de mídia no passado, analisar uma “time line” de tempo muito longa, pois mudanças de mídias demoram séculos a acontecer e a mostrar seus efeitos.

Assim, em dados contextos históricos temos embutidos sempre algo do ambiente cognitivo de plantão, que rege um modelo de sociedade.

As sociedades espelham sempre os limites e as possibilidades das tecnologias cognitivas disponíveis.

Dito isso, podemos observar que vivemos no início do século XXI o fim de um longo ciclo iniciado em 1450, com a chegada do papel impresso, uma mídia descentralizadora, que nos legou a sociedade moderna.

Com dois movimentos.

  • O de expansão até o século XX;
  • E o de contração, todo o século XX, com a chegada das mídias de massa.

A chegada da Internet, outra mídia descentralizadora, marca o fim de uma Era Cognitiva, que teve seu momento de expansão e de contração.

O momento de expansão permitiu um salto demográfico (de 1 para 7 bilhões), que nos levou ao movimento de contração.

Expansões demográficas criam a pressão por mídias descentralizadoras e, enquanto não chegam, reforçam mídias centralizadoras, que reduzem a diversidade da sociedade e tornam a organização social mais administrável.

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Chegamos ao final de um longo processo no qual as sociedades esbarraram nos limites da Era Cognitiva passada.

Vivemos hoje uma crise proveniente de um longo período de contração de ideias e de expansão demográfica.

O que houve foi um desempoderamento gradual da sociedade, um fortalecimento das organizações, que foram nos levando a crises de diversas naturezas, pois, de certa forma, voltamos, mesmo com a república a um modelo absolutista de baixo dinamismo e de influência de fora para dentro das organizações.

Criamos um certo poder absolutista, uma baixa participação da sociedade nos rumos das sociedades.

  • Isso se dá com a baixa autonomia de pensamento, através do incentivo por um sistema educacional repetidor;
  • E em uma baixa taxa de participação da sociedade sobre os rumos da sociedade.

Uma Revolução Cognitiva descentralizadora tem o poder de expandir os limites de participação.

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(Toda tecnologia cognitiva é também uma tecnologia participativa.)

Assim, assistimos movimentos de inovação, fortemente baseados nas novas tecnologias, que usam as tecnologias para quebrar barreiras participativas que as tecnologias cognitivas anteriores não permitiam.

Assim, não há superação da crise dentro dos limites estabelecidos pelas tecnologias passadas. O século XXI assiste e assistirá mudanças sociais, políticas, econômicas e religiosas movidos pelas novas tecnologias participativas. Portanto, sem novas tecnologias digitais participativas, não haverá mudanças profundas e radicais, diante da demanda exigida.

Porém, as tecnologias, como tenho discutido no blog, são indutoras de novas culturas, formas de agir e pensar, o que nos leva a necessidade das traduções desse macro-movimento em projetos sociais, políticos, econômicos e religiosos.

Tais projetos muitas vezes não terão a noção desse macro-movimento, que fica mais fácil de ser compreendido pelos Antropólogos Cognitivos, que estudam justamente esses macro-movimentos “tectônicos sociais”.

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A crise, da qual estamos no seu epicentro, é uma crise cognitiva, de uma cultura que já deu o que tinha que dar e estruturou nossa sociedade e a capacidade que teremos de nos abrir para uma nova, em que as tecnologias são apenas uma ponte indispensável para nos levar ao outro lado do rio.

É isso, que dizes?

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