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A grande crise que vivemos hoje é que as organizações atuais, que fazem a intermediação na sociedade, passaram anos e anos aprendendo a lidar com a intermediação analógica.

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A intermediação analógica, baseada no papel impresso, criada em 1800, com as revoluções liberais, que estruturaram a república e o capitalismo, foi concebida para um mundo de 1 bilhão de pessoas.

Hoje, nós temos 7 bilhões.

E, como vimos, existe uma relação entre a complexidade e a qualidade da intermediação.

Hoje, nossas organizações são incapazes de promover uma melhor relação de custo/benefício, pois todo o modelo foi estruturado para um mundo com muito menos gente. E com os limites de um ambiente cognitivo impresso.

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Quando o mundo cresceu, as organizações passaram por dois movimentos:

– perda de qualidade de entrega;
– e um processo gradual de engessamento.

Passaram a ser “autoridades” não pelo mérito de seus produtos e serviços, mas pela incapacidade de escolha da sociedades.

Podemos dizer que temos uma situação, do ponto de vista de intermediação, de uma intermediação não pelo mérito ou convencimento, mas uma intermediação pela força, seja de repetição de mensagens por mídias concentradas, seja pelas regras de mercado que impede a renovação das organizações.

O movimento de mudança social, política e econômica é justamente a implantação de intermediações ou reintermediações mais sofisticadas, que reequilibrem a relação de custo/benefício, a favor da sociedade.

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E a criação de organizações que sejam reconhecidas pelo seu mérito e não pela falta de escolha. E um ambiente social, político e econômico que impeça que elas voltem a aprender a dominar o mercado, impondo de novo o seu modelo.

É isso, que dizes?

 

 

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