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Por que defendo o tecno-liberalismo como única saída para a espécie

http://nepo.com.br/2014/12/12/por-que-defendo-o-tecno-liberalismo-como-unica-saida/

Quanto mais complexa for a demografia em termos de quantidade e qualidade, mais teremos que descentralizar o poder, dando autonomia para as pontas e isso é justamente o que propõe movimentos liberais: autonomia econômica e política.

Por que estamos vivendo momentos de tanto conflito?

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Por que temos duas propostas na América Latina de como devem ser nossas vidas daqui por diante.

Há um movimento no continente que tem questionado de forma veemente os dois pilares da sociedade moderna, que foram as bases das Constituições de todos os países até aqui: livre iniciativa e alternância de poder.

Imagina-se colocar no lugar, um Estado provedor, dominador, controlador, manipulando segmentos mais pobres, às custas de emperrar os setores mais dinâmicos, não se cria uma sinergia entre os dois pólos, mas uma oposição perversa.

Um grupo que tem uma superioridade moral que deve ficar no poder o mais tempo possível, como tem se proposto, através da reeleição indefinida, ou campanhas eleitorais que mostram que o adversário é um inimigo que não pode voltar “em hipótese nenhuma”.

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E a tentativa de domínio do PIB pelo Estado gradualmente, como vimos no Dilma I, a criação do bolsa-empresário. Ou as estatizações do gás e do petróleo, na Bolívia e Venezuela, respectivamente.

Querem criar o “socialismo do século XXI”, que, no fundo, é um capitalismo de estado (pior do que o atual), com um modelo entre o que é Cuba (em termos de democracia direta dos amigos do poder) e a China (em termos de economia), tendo como gestor um governante carismático, que faira o papel do monarca. No fundo, é um modelo adaptado da monarquia na república – marca dos modelos populistas.

O problema é que estas propostas não são explícitas, claras, são feitas por debaixo do pano, de forma suave, sonsa.

Unconnected bridge above the Colorado River

Não estaríamos aqui perdendo tempo com estas propostas medievais e monárquicas de uma ideologia que já deu o que tinha que dar, se não:

  • – tivéssemos tido o salto chinês justamente em direção à livre iniciativa, que demandou produtos que vendíamos, algo que durou 10 anos e coincidiu com a ascensão dos governos neopopulistas;
  • – uma pós-ditadura mal digerida, na qual os fundamentalistas totalitários saíram dela como os defensores da liberdade, da honestidade e da justiça, quando vemos que não é bem assim;
  • – e as gritantes desigualdades sociais, que o modelo de capitalismo de estado que temos hoje não conseguiu vencer.

Digo a vocês que temos pela frente a necessidade de criar um novo movimento que é pós-liberal e não neo-liberal.

Qual a diferença?

O pós-liberalismo vai resgatar os conceitos dos fundadores do liberalismo, que lutaram contra os reis e os senhores feudais e tiveram no papel impresso sua grande arma de descentralização do poder. Hoje, temos que usar a Internet para poder aumentar a livre iniciativa, incluindo os mais pobres, como força propulsora e não freio, e a alternância de poder com muito mais representatividade.

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  • O movimento neopopulista quer nos levar para trás, talvez uns 100 anos;
  • O movimento neoliberal concentrador (um falso liberalismo) quer manter a atual concentração;
  • E o tecno-liberalismo ou pós-liberalismo quer descentralizar o poder e o capital, usando todos os recursos da Internet para promover as mudanças.

Diria que esse movimento tecno-liberal vai apenas procurar facilitar, com novas filosofias, teorias, metodologias e tecnologias um macro-movimento da espécie que precisa (urgente) de uma sociedade mais sofisticada para lidar com a complexidade de 7 bilhões de habitantes.

Quanto mais complexa for a demografia em termos de quantidade e qualidade, mais teremos que descentralizar o poder, dando autonomia para as pontas e isso é justamente o que propõe movimentos liberais: autonomia econômica e política.

Quanto mais tempo adiarmos esse caminho, mais sofrimento e violência serão gerados, pois teremos modelos menos eficazes para lidar com as crises que a complexidade demográfica nos impõem.

Urge crescer esse movimento.

É isso, que dizes?

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