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Não precisa ser um gênio para saber como vai acabar a aventura neopopulista latino americana.

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Vai acabar como foi o Muro de Berlim por falta total de entrega.

O movimento neopopulista latino é hiper conservador, pois quer resgatar algo de monarquia em um mundo cada vez mais complexo. Quer resgatar um modelo neocomunista, colorido com um papo de socialismo do século XXI, que tem uma incapacidade total de entrega e de lidar com a complexidade demográfica atual.

A Venezuela é uma radicalização clara e evidente desse futuro.

Crises profundas e incontornáveis, que vão demorar décadas, talvez um século para que o país consiga voltar a ser um país compatível com o novo século.

Estima-se que quase 10% da população emigrou, sendo 100 mil de nível superior e 7 mil médicos, isso somado é quase como se houvesse tido um terremoto no país e escolhido mentes em que houve um alto investimento no país.

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O movimento neopopulista é um vôo de galinha, pois não é histórico, é a-histórico.

É um movimento fundamentalista que sonha com um retorno ao que não deu certo, turbinado por oportunistas de plantão que conseguem ver nesse sonho perdido uma oportunidade para ficar no poder. Não há teoria nova, apenas uma metodologia nova.

O fundamentalismo a-histórico tem espaço para crescer, pois:

  • – há bolsões nítidos de miséria;
  • – não há uma ideologia anti-sistêmica competente.

E o que há, então, é um presente não satisfatório, um passado que não deu certo e, assim, investe-se em um futuro utópico, sem nenhuma base de sustentação, a não ser a fantasia de um mundo melhor.

A colheita do neopopulismo será trágica.

Aonde ele conseguir plantar suas raízes mais fundo, mais tempo levará para que o sofrimento passe.

Teremos algumas semi-ditaduras no continente, incapazes de solucionar as graves crises, o que as levará a ser cada vez mais ditadura, em um processo perverso em um círculo vicioso de tentar impedir que a realidade se mostre, pois há uma incapacidade de auto-crítica. O grande problema do fundamentalismo é justamente este, a incapacidade de auto-crítica faz com que ele mais e mais acredite que o seu projeto vai dar certo, mesmo que tudo não esteja dando certo.

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É preciso, assim, uma nova teoria social, que me parece ser o colaboracionismo e a república digital, que aponte saídas para os bolsões de miséria e que possa ser anti-sistêmica, indo contra a atual concentração das organizações financeiras.

Sem isso, o processo fica nebuloso.

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