Versão 1.0 – 13/09/13
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Hoje tudo é inovação, todos somos inovadores. Quem não é inovador?
O ser humano precisa de palavras genéricas quando não compreende certas coisas para se sentir bem.
Vê-se claramente que o mundo está se mexendo de forma diferente, está muito mais instável e veloz, mais rápido e isso faz com que as organizações tenha que se lançar as algo que elas detestam: mudar.Â
 (Ver mais por que o humano detesta mudanças aqui).
Acredito que inovação, assim, passou a ser algo como um bezerro de ouro, um santo na parede, algo pomposo e bonito, mas não significa muita coisa tal como já foi ou ainda é gestão do conhecimento, reengenharia, OEM, gerência de projetos, etc…
Tudo isso pode/ou pôde ser algo interessante ou um verdadeiro desastre, depende de como a coisa vai ser pensada e implantada.
Podemos dizer, assim, que é preciso URGENTEMENTE adjetivar a inovação.
Se falamos que estamos em um projeto de inovação começam os pedidos para melhorar a toalha do banheiro (que é inovação), mudar a máquina do café (que é inovação) ou colocar uma impressora diferente (que é inovação).Â
Quando pensamos inovação, ou em projetos de inovação, ou em criação de carteira de inovação, é preciso compreender por que agora e não antes é preciso inovar? Inovar para onde? De que forma e para que lugar?
Aqui na  REDE DE PESQUISA AVANÇADA EM ANTROPOLOGIA COGNITIVA (REPAAC), onde desenvolvemos filosofias e teorias ninjas, observamos o seguinte:
- a) o mundo está mais instável por esse adensamento cada vez maior que 7 bilhões de pessoas nos obriga;
- b) essa demografia nos pressiona a criar uma coisa chamada computador e depois Internet;
- c) a circulação das ideias ganhou com estas novas tecnologias cogntivas em complexidade, a saber: flexibilidade, velocidade e capilaridade;
- d) do ponto de vista da macro-cultura humana, se encerra um ciclo do mundo impresso-eletrônico  monoteÃsta com uma verdade que vem do alto e fechada para um novo politeÃsta digital , no qual a verdade que vem de baixo e aberta);
- e) tal complexidade cognitiva politeÃsta nos leva a um novo cenário de criação de novos projetos inovadores sob esses novos paradigmas tecno-culturais;
- f) e, portanto, a estabilidade do mundo pré-digital não existe mais, mas não se cria valor apenas inovando sem direção de forma incremental, pois é preciso se direcionar para o futuro politeÃsta, a partir da leitura de um dado cenário, que os projetos de inovação, geralmente, não têm.
Este cenário nos leva a um tipo de inovação especÃfico que é uma inovação digital radical rumo ao politeÃsmo (olha aà três adjetivos). A saÃda, para ser mais exato, das organizações de um modelo de circulação de ideias monoteÃsta impresso-eletrônico para um novo digital politeÃsta.
Assim, é preciso dividir a inovação em duas:
- – a inovação incremental ainda dentro do próprio no monoteÃsmo em fase terminal – que é necessária e vai dar continuidade ao modelo monoteÃsta impresso-eletrônico, pois não acabará de uma hora para outra, mas vai perdendo valor progressivamente;Â
Porém com a necessidade de criar laboratórias de inovação politeÃstas, ou colaborativos para praticar uma inovação radical;
- – inovação radical politeÃsta – que vai criar novos projetos pilotos para experimentar a nova cultura digital politeÃsta, que vai ganhar valor progressivamente.
Na verdade, então, quando falamos aqui na REPAAC em inovação, no fundo, estamos nos referindo à migração assumida e conscientes de um mundo “a” para um mundo “b”.
Do monoteÃsmo para o politeÃsmo, que é uma cultura de construção das verdades tangÃveis (produtos e serviços) e intangÃveis (ideias) completamente diferente.
Para enxergar o politeÃsmo, entretanto, exige-se um trabalho grande de abstração, dentro da nova filosofia tecno-cognitivista e das novas teorias da Antropologia Cognitiva.