Versão 1.0 – 05.08.13
Uma das principais descobertas da neurociência, nova ciência baseada nas descobertas sobre nosso cérebro, em função de novas máquinas de medição e pensadores, é de que ele não é estático, ou dividido apenas em dois lados.
O cérebro é uma rede mutante e se adapta ao ambiente e também as tecnologias que usa.
Ou seja, o cérebro de quem dirige um carro é diferente daquele que NÃO dirige que tem que “incoporar” o automóvel a ele. Há uma plasticidade mutante do nosso cérebro, que faz com que nos adaptemos as novidades tecnológicas.
Portanto, o cérebro é tão mutante, quanto as tecnologias cognitivas e aí temos um grande campo de estudo para pensarmos a relação da verdade/realidade na sociedade.
Note que como vimos nos últimos posts (aqui e aqui) de que a relação de poder e de representação das autoridades se estabelece, a partir da verdade/realidade dominante e esta a partir do ambiente cognitivo de plantão, regido pelas tecnologias cognitivas.
Ao se mudar as tecnologias cognitivas podemos supor que o cérebro se altera, muda a sua plasticidade para “incoporar” o novo modelo, assim temos:
Note que a realidade/verdade é dependente das tecnologias cognitivas e estas dependentes da plasticidade cerebral que se estabelece. Podemos dizer assim que quando mudamos as tecnologias cognitivas, alteramos nossa plasticidade cerebral e, por sua vez, podemos questionar, a partir daí a verdade/realidade.
É uma comprovação da ideia de McLuhan que afirmava que o meio é a mensagem.
Ou seja, não importa o canal que você assiste a televisão (modernizando o discurso dele) está mudando a plasticidade de seu cérebro.
O que nos leva a pensar sobre um novo paradigma de que o sistema de poder é relacionado a uma determinada plasticidade cerebral.
Isso vamos ver no próximo post.