Versão 1.1 – 07.08.13
Como vimos no post passado, a verdade é resultado de vários fatores históricos e contextuais e, principalmente, o poder que as organizações de plantão de cada sociedade em estabelecer a sua verdade hegemônica, o que não quer dizer que não haja as periféricas com mais ou menos repercussão, conforme a conjuntura social, polÃtica e econômica.
Quanto mais satisfeito estiver o conjunto da população, menos haverá espaço para a contra-informação e vice-versa. Porém, quando temos mudança nas tecnologias cognitivas e estas alterações mudam o modelo de controle das ideias, há uma sequência de fatores encadeados, que modifica bastante a sociedade.
A filosofia do século XXI, a meu ver, deve e vai se debruçar sobre os efeitos das mudanças das tecnologias cognitivas e das descobertas da neurociência sobre a relação ser humano/sociedade-verdade/realidade.
Podemos dizer, assim, seguindo a trilha dos filósofos do século passado, em admitir que se cria um ambiente em tensão da verdade e da realidade nas sociedades e estes são passados através dos meios de comunicação que está disponÃveis.
Assim, admite-se de que há uma relação de poder que estabelece verdades hegemônicas dentro de um dado ambiente cognitivo, que estabelece um fluxo das verdades/realidades de uma determinada maneira, tal como foi:
- – o ambiente oral – verdade/realidade transmitida pela oralidade;
- – o ambiente escrito – verdade/realidade transmitida pela palavra escrita;
- – o ambiente midiático – verdade/realidade transmitida pelo rádio e TV;
- – o ambiente digital – verdade/realidade transmitida pelas ferramentas digitais.
Assim, a relação de poder das organizações em estabelecer as verdades/realidades hegemônicas está condicionada TAMBÉM pelas tecnologias cognitivas e as relações de poder que se estabelecem são feitas e moldadas a partir desse ambiente.
Pode-se supor, e isso tem lógica, que se muda o ambiente cognitivo e se estabelece uma nova forma de controle das ideias na sociedade, muda-se, por sua vez, algumas coisas na relação verdade/realidade dentro da sociedade.
Ou seja, incorpora-se mais um elemento condicionador na relação sociedade/humano – verdade/realidade além dos já existentes até aqui: história, linguagem, relações de poder.
E isso vai nos levar a chamar a neurociência para ajudar, que veremos no próximo post.
[…] A verdade tecnológica […]
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