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 É preciso criar um grupo multidisciplinar, se possível com os todos os setores da organização, ou com os mais relevantes, com o aval da diretoria, que terá como missão promover a migração de uma topologia mais vertical para uma mais horizontal.


Versão 1.0 – 22 de outubro de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Diante do impasse das Redes Sociais Corporativas, descrito aqui, temos que ter uma metodologia para fazer a passagem de uma organização 1.0 para uma 2.0.

As etapas:

  • 1 –  alinhamento de visão;
  • 2 – criação de laboratório 2.0;
  • 3 – carteira de projetos do laboratório de migração;
  • 4 – execução do projetos definidos pelo laboratório de migração.

Isso não pode ser feito:

  • – sem uma visão estratégia de onde estamos e para onde vamos;
  • – encarado apenas como um projeto operacional, sob a responsabilidade de um dado setor;
  • – sem o envolvimento e o comprometimento da alta direção;
  • – sem a formação de uma equipe multidisciplinar;
  • – sem ser visto como um projeto de inovação radical de topologia de rede;
  • – sem a criação de um grupo de trabalho que vai gerenciar a mudança em todas as suas etapas em todas as iniciativas da organização dali por diante.

Pode-se fazer sem os elementos acima? Pode!

Mas o custo vai ser muito mais alto e os resultados incertos.

A maioria das organizações, por tradição, vai optar por esse vôo cego.

A ideia inicial da metodologia que venho desenvolvendo é de criar uma zona 2.0 de inovação, uma espécie de startup dentro da empresa para criar um pólo da nova cultura, com nova topologia de rede, comunicação e, por sua vez, gestão.

Acredito que podemos amadurecer tal projeto, aperfeiçoando a ideia,  mas a prática está demonstrando ser preciso ter alguém responsável por essa migração.

Assim, antes da zona de inovação, é preciso criar um grupo multidisciplinar, se possível com os todos os setores, ou com os mais relevantes, com o aval da diretoria, que terá como missão promover a migração.

Como premissa, esse grupo tem que passar por um forte treinamento para compreensão do desafio que se se tem pela frente.

É preciso ter um alinhamento da visão de onde estamos e para onde vamos, pois se isso não for feito, volta-se o tempo todo para a “maneira que já conhecemos para tocar novos projetos”, deixando de lado as premissas da mudança específica em curso, que são do ponto de vista da história da gestão – inusitada.

Não temos base e nem parâmetros  para uma mudança desse tipo.

O projeto é inovador em todos os sentidos.

Isso não pode ser algo superficial, mas tem que ter a consciência de todos de que há uma mudança de topologia de rede em curso e que o modelo atual de gestão e de comunicação da empresa interna e externa vai sofrer uma mudança significativa.

Se a organização não quer levar a discussão nesse nível, não consegue, não vê valor, não precisa, não tem condições.

Muitas organizações não terão “cabeça” para planejar uma mudança desse porte, que depende de uma visão muito abstrata.

Isso é até coerente, tudo certo!

Porém, o que é incoerente é não querer aprofundar, mas ao mesmo tempo querer  criar redes sociais corporativas sem um entendimento das consequências.

Uma decisão tem que ser coerente com a outra, certo?

Ou não se faz nada, ou se faz de forma consciente, certo?

Esse alinhamento de visão exige um documento que a represente, que deve ser o guia pelo qual todos vão seguir. O nível de compromisso exigido implica que as pessoas do grupo que formarão o laboratório de migração passaram por uma forte preparação para ter a EXATA NOÇÃO DO DESAFIO.

Como o qual, a alta direção assina embaixo.

Isso é premissa para que o projeto ande da forma adequada.

Se houver dúvida no meio do caminho, é preciso voltar para a etapa 1: alinhamento de visão, rediscussão das premissas que definiram o norte do projeto: o mundo muda para lá e é para lá que vamos!

Aí vamos ter que lidar com duas etapas:

  • Como criar a cultura nova – um ambiente desintoxicado que já nasça dentro de um ambiente com nova topologia, modelos de gestão e comunicação alinhado com o mundo 2.0 do lado de fora;
  • Como ir aculturando internamente a antiga para a nova – para que a migração seja feita paulatinamente.

Esse laboratório deve concentrar os esforços de todos os novos projetos de software, de mudança de gestão, de qualquer área para que tenha coerência para o mundo que estamos indo.

Os projetos devem estar alinhados, pois não adianta se ter uma área querendo projetos com uma visão de uma rede descentralizada e outros propondo projetos com o modelo antigo.

O laboratório deve servir como um conversor topológico de rede.

Entra visão, conceito, tecnologia, metodologia, processo 1.0 e devem sair 2.0.

Por isso, é importante criar uma célula já com a nova topologia, tendo um modelo novo de solução de problema para observar como é feito, o que é a mudança em si e como foi feita.

Os processos anteriores vai sendo deixados de lado.

Porém, é possível usar ferramentas novas nos processos antigos?

Sim, é possível, mas tudo de forma encadeada dentro de uma lógica de migração integrada, de tal forma a não se gastar esforços em algo que migrará para outro modelo em breve.

Por aí.

Que dizes?

4 Responses to “Laboratório de migração 2.0”

  1. Michele disse:

    Concordo Nepô com todas as palavras. Mas a partir do momento que a empresa paga, e paga caro, para obter uma ferramenta de rede social corporativa para uso interno de seus colaboradores, acredito não pensar muito nos impactos que isso trará a organização. No entanto, a ferramenta já foi comprada e teremos que adaptar os interesses da empresa ao conceito da ferramenta, sem que as duas partes conflitam. E como fazer isso? A ideia é montarmos um laboratório em paralelo e ir migrando a empresa para essa nova realidade. Mas porque não criar esse virus dentro da empresa e ele ir espalhando pelos os setores?

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Michele pergunta:

    A partir do momento que a empresa paga, e paga caro, para obter uma ferramenta de rede social corporativa para uso interno de seus colaboradores, acredito não pensar muito nos impactos que isso trará a organização. No entanto, a ferramenta já foi comprada e teremos que adaptar os interesses da empresa ao conceito da ferramenta, sem que as duas partes conflitam. E como fazer isso? A ideia é montarmos um laboratório em paralelo e ir migrando a empresa para essa nova realidade. Mas porque não criar esse vírus dentro da empresa e ele ir espalhando pelos os setores?

    Michele, pensei assim e não deu certo.

    Tenho quebrado a cabeça para entender por que, mas não funciona, simples assim. Do que leio, vejo, escuto.

    O vírus 2.0 traz dentro dele uma nova maneira de resolver problemas diferente da que estamos praticando hoje.

    É incompatível.

    Hoje, a gestão é baseada no controle vertical, a nova, no horizontal;

    As pontas não tem liberdade, as pontas passam a ter;

    É preciso que seja criado um novo modelo de meritocracia de baixo para cima, através dos rastros digitais para permitir gerenciar processos;

    Robôs informacionais precisam ser utilizados para acelerar decisões na relação com usuários.

    O que é possível fazer é traçar uma rota de passos, é o que vamos tentar na sua organização.

    De tal forma, a que todo passo hoje seja reaproveitado depois, sem jogar nada fora.

    O laboratório vai incubar os novos processos e vamos colocar novas formas de comunicação nos processos mais antigos, mas não acreditando que virarão colaborativos, serão mais abertos, mais líquidos, o que facilitará a migração futura.

    Ou seja, será uma nova forma de comunicar, mas não uma nova forma de trabalhar, só possível dentro de uma área isolada, com testes de novos processos…

    Vamos conversando…

    beijos,
    Nepô.

  3. Carlos Nepomuceno disse:

    Na verdade, vamos ter que fazer os passos:

    Organização fechada, comunicação vertical, mesma forma de trabalho.
    Organização menos fechada, comunicação menos vertical, mesma forma de trabalho;
    Organização mais aberta, mais horizontal, novas formas de trabalho. (Isso é possível no laboratório).

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    O que vamos tentar fazer é melhorar a comunicação, via redes sociais, mas sem perder de vista que não é esse o alinhamento futuro que precisa ser feito….assim, tudo bem…

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